Como fazer a semana pedagógica em pouco tempo
Com o fim das férias e o início de um novo ano letivo, chega o momento de organizar as ideias, avaliar o ano anterior e estabelecer novas metas. No entanto, para planejar o retorno às aulas, é preciso levar em conta a realidade de cada escola e cada município. Enquanto algumas instituições possuem uma semana de organização pedagógica, outras reservam somente um ou dois dias para realizar o planejamento.
Neste ano, terei somente um dia para fazer uma reunião com toda a equipe. Portanto, preciso saber o que deve ser priorizado e definir os conteúdos básicos para esse primeiro encontro. Em seguida, durante o resto da semana, os aspectos específicos das turmas serão discutidos individualmente com cada um.
Para me organizar, elaboro uma lista das ações que preciso desenvolver:
- Planejamento da semana pedagógica:
antes da reunião com os docentes, é essencial reunir-se com a equipe gestora para definir as atividades que deverão ser desencadeadas nesta semana.
- Avaliação do ano anterior:
durante o ano letivo, anoto ideias e sugestões para repensar algumas práticas que não estão sendo muito eficazes. Na avaliação, retomo os meus registros para nortear a discussão com os professores. É o momento de escutá-los e buscar ajustes e melhoramentos na aplicação do PPP, garantindo um trabalho de parceria. Essa avaliação com o grupo é uma ótima oportunidade para elaborar atividades que auxiliem e melhorem cada vez mais a prática pedagógica.
- Organização básica das turmas:
organizo as turmas em parceria com a equipe gestora e apresento aos docentes a lista dos seus alunos. Depois, realizo reuniões individuais para conversar sobre os dados das turmas e o currículo específico de cada uma, além de identificar os alunos com mais necessidades de aprendizagem.
- Reuniões individuais:
com os dados de cada turma em mãos (documentos, mapas de aprendizagens, fichas individuais, relatórios de resultados, índices de alfabetização e conteúdos trabalhados), analiso e apresento para o professor a turma que lecionará. Conhecer o perfil de cada aluno e da classe como um todo é essencial para traçar metas e objetivos para o ano.
- Organização da agenda:
é importante construir o calendário escolar com a participação dos educadores. Juntos, a equipe gestora e os docentes devem definir os horários de formação permanente em que toda a equipe deverá estar presente e aqueles que serão realizados individualmente. Também é um bom momento para fazer uma previsão de datas para as reuniões de pais.
- Planejamento da primeira semana de aula:
nesse encontro, discutimos como será feito o acolhimento dos alunos e as atividades que serão propostas para um melhor conhecimento das turmas. O coordenador pode abordar de forma geral o que deve ser feito nesse período para que os docentes iniciem seu planejamento.
Também considero importante criar um ambiente escolar agradável em que todos se sintam a vontade para propor ações e metas a serem desenvolvidas durante o ano escolar.
E vocês, como organizam o planejamento do início do ano?
Abraços,
Eduarda
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O que fazer antes do retorno dos professores?
Olá, seja bem-vindo!
Todo gestor escolar sabe que na Educação nada é por acaso. Os bons resultados não acontecem da noite para o dia, nem são obras individuais. Todas as ações devem ser bem elaboradas, para que possam ter resultados que agreguem valores e possibilitem avanços nos processos pedagógicos. Por isso, não podemos iniciar o ano letivo sem um bom planejamento. Mas antes que as propostas possam chegar aos professores para serem discutidas coletivamente, devemos estudar muito e pensar quais projetos e atividades pretendemos colocar em prática.
O primeiro passo para a organização das atividades deve ser a elaboração do calendário escolar, seguindo as legislações vigentes e respeitando também as características locais. Ele deve prever as atividades que a escola terá com a comunidade, tais como reuniões de pais, dos conselhos escolares e dos conselhos de classe/série, as datas de início e encerramento dos bimestres, além das comemorações e as mostras pedagógicas.
Outro assunto importante, e que já falamos aqui no blog, é o estudo dos dados educacionais, tanto das avaliações externas, quanto das internas. A organização dessas informações deve ser feita antes do planejamento coletivo, pois como nós, gestores, conduzimos essa análise, precisamos conhecer todos os dados, entender as informações implícitas em cada item, saber em que ponto das expectativas de aprendizagem as turmas, e até mesmo cada um dos alunos, estão. Isso agiliza o processo que depois contará com a colaboração de todos.
E na sua escola, o que você julga importante fazer antes do retorno dos professores? Quais informações são analisadas coletivamente? Compartilhe sua experiência com a gente, deixe o seu comentário e suas dúvidas e sugestões.
Um grande e respeitoso abraço, até quarta!
Edicarlos Mellin
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Professores deixaram a equipe e os novatos chegaram. E agora?
O início do ano letivo é sempre um momento desafiador para nós, coordenadores pedagógicos. E não são apenas as atividades corriqueiras desse período que nos ocupam. A gestão da equipe é uma das questões mais preocupantes, especialmente quando a saída de professores se torna numerosa e frequente.
Os fatores que podem influenciar um docente a mudar de escola são diversos: o salário, a localização, o perfil dela e os recursos oferecidos, o modelo de contratação (nem sempre estável), o relacionamento com os colegas, entre outros. Seja como for, essa é uma decisão muito pessoal, e ao gestor, muitas vezes, só resta respeitá-la e minimizar os impactos.
Aspectos como a formação continuada e o estabelecimento de vínculos entre o docente e os alunos são prejudicados quando há muitas trocas de profissionais. Para o coordenador, a movimentação excessiva pode causar um desânimo. É importante não esmorecer e tomar algumas medidas iniciais para estabelecer a parceria entre a coordenação e os docentes que chegam.
Abaixo, listo as ações que considero mais importantes para os primeiros encontros com o corpo docente:
- Antes de qualquer coisa, o professor novato precisa ser apresentado aos futuros colegas, demais membros da equipe gestora e funcionários, para que se sinta acolhido.
- A pauta dos primeiros encontros deve ser organizada de maneira que os novos profissionais possam interagir e tirar dúvidas sobre a organização. Deixe bem claro o perfil da instituição e as atividades que serão desenvolvidas no ano que se inicia. Exponha a metodologia de trabalho e as ações da coordenação e apresente um cronograma básico do primeiro bimestre.
- É importante falar sobre o projeto político-pedagógico (PPP), explicitar os meios de formação continuada e as metas da instituição. Pode-se, ainda, designar um professor mais experiente, com mais tempo de casa, para cada novo contratado, a fim de auxiliar no processo de adaptação.
- Também é oportuno explicitar as peculiaridades de cada turma que será assumida pelos novatos. O coordenador pode organizar previamente os dados básicos dos alunos em uma planilha com resultados alcançados, índices de aprendizagem e algumas necessidades. Em um segundo momento, em uma reunião individual, cabe detalhar melhor o perfil dos estudantes.
- Promova, ainda, uma discussão ampla sobre as primeiras ações que todos devem realizar nas primeiras semanas de aula, como atividades diagnósticas.
E você, coordenador? Costuma considerar a chegada de novos membros na equipe na hora de dar os primeiros passos para o ano letivo?
Abraços,
Eduarda
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Vai ter aula no sábado. E agora?
O período de aulas está prestes a começar! É hora de entrar de vez no ano escolar, já desconsiderando os muitos feriados e pontos facultativos – em 2016, pelo menos 11 cairão durante a semana.
Para dar conta de cumprir os 200 dias letivos previstos em lei, muitas redes optam por introduzir alguns sábados de presença obrigatória. Esta é sempre uma das primeiras preocupações da equipe na hora de discutir o calendário, até porque – sejamos sinceros – ter que trabalhar e estudar em um dia normalmente dedicado ao descanso e a poucas obrigações é um tanto desmotivador. Muitas instituições optam por organizar esses sábados como um dia normal, com as atividades habituais. O resultado é que muitas alunos não comparecem e o esforço torna-se pouco produtivo.
Então, como o coordenador pedagógico pode lidar com isso? Talvez a solução seja repensar o tipo de atividade para os sábados letivos, envolvendo não somente o corpo docente, mas também pais e parceiros da escola na elaboração do planejamento.
Para estimular ainda mais a participação dos alunos, vale contar com a ajuda dos responsáveis, informando-os sobre as datas com antecedência, as expectativas de aprendizagem, e envolvendo-os no desenvolvimento das atividades.
O ideal é propor algo que complemente a formação dos estudantes. Tendo essa premissa, jogos, feiras e exposição de projetos, excursões, oficinas e apresentações artísticas são só alguns bons exemplos de como é possível usar o sábado de maneira mais atraente.
É importante ressaltar que essas propostas devem estar sempre em sintonia com os conteúdos do currículo. Pode-se organizar cada sábado letivo voltado para uma área diferente: um pode se voltar mais para Matemática e Ciências, outro ligado a Língua Portuguesa e literatura, e assim por diante.
Outra tarefa da qual o coordenador não pode abrir mão é a de documentar o que for feito, do planejamento à execução. Isso permite dar um retorno à comunidade escolar sobre os resultados alcançados.
Com essas medidas, alunos, professores e famílias se sentirão mais envolvidos e motivados a investir na escola um tempo que seria de folga. Todo esse esforço certamente resultará em momentos prazerosos e relevantes para todos.
E você, coordenador, já fez alguma experiência como essa?
Abraços e bom inicio de ano letivo!
Eduarda.
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Início de ano é sinônimo de planejamento
Antecipar e planejar cuidadosamente cada ação com vistas a assegurar a qualidade do trabalho pedagógico deve ser o foco do coordenador logo nos primeiros dias do ano letivo. Como, em geral, temos pouquíssimos dias reservados para isso antes do início das aulas, é preciso colocar as mãos na massa agora mesmo!
E são quatro as principais atividades neste começo.
A primeira delas é planejar a reunião pedagógico-administrativa com o diretor. Isso significa que é hora de preparar uma acolhida para o grupo de professores e funcionários que retornarão ou iniciarão as atividades na escola. O desafio é envolver todos na revisão e atualização do projeto político-pedagógico.
Nessa primeira reunião, precisamos deixar claro para os novatos e relembrar os veteranos de alguns combinados, como o horário de funcionamento dos diferentes setores da instituição e a rotina de cada profissional. Afinal, é fundamental que todos saibam quando poderão recorrer aos funcionários da secretaria, em que dias e horários o diretor e o coordenador estão na unidade escolar ou em reunião na Secretaria de Educação e quando eles estão disponíveis para se reunir e atender os professores, por exemplo.
Além disso, é preciso dar orientações, preferencialmente por escrito, sobre diversos aspectos do cotidiano escolar, como as regras para o uso de celular, para o momento de entrada e saída das crianças, assim como para os horários de merenda, parque e outros. Vale também dar direções sobre como lidar com situações inesperadas, como falta de professor e acidentes com as crianças. Nesse caso, protocolos claros asseguram a qualidade na segurança e atendimento a todos.
Também é importante divulgar quais serão as pautas dos demais dias da semana pedagógica. Dessa forma, os professores se organizarão e trarão os materiais necessários para a elaboração dos planejamentos.
A segunda atividade que o coordenador deve se preocupar é a elaboração de um plano de ação para o período de acolhimento e adaptação das crianças. Nesse plano, é necessário explicitar o que cabe a cada setor da escola, de funcionários à equipe de direção. Ao coordenador, também cabe auxiliar os professores na preparação do plano de aula para esse período, que é muito delicado, pois impacta tanto no dia a dia da escola como no relacionamento com as famílias. O momento deve, portanto, favorecer a interação dos pequenos com o ambiente e com os novos colegas.
A terceira ação é planejar uma reunião com foco na organização das salas de aula. Na Educação Infantil, o arranjo de cada espaço e a disposição dos materiais é uma intervenção que define e explicita a concepção pedagógica de ensino e de aprendizagem da escola. Portanto, precisa haver uma formação sobre isso e o professor precisa ter tempo para realizar as mudanças.
A quarta e última atividade, que é de responsabilidade do coordenador, mas é bem mais bacana quando podemos contar com a parceria do diretor para definir o foco, é fazer um diagnóstico dos saberes dos professores para elaboração do projeto de formação. Será na leitura dos registros, dos planejamentos e, principalmente, dos acompanhamentos da prática de cada docente que o coordenador encontrará os indícios sobre quais devem ser os conteúdos e objetivos a ser perseguidos no projeto de formação com o grupo. Lembre-se de que é interessante uma ou duas metas bem claras a cada projeto.
Ao longo das semanas, vamos aprofundar a reflexão sobre os itens citados acima. Por enquanto, que tal compartilhar conosco quais são suas prioridades de início de ano?
Um abraço, Leninha
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A importância da avaliação diagnóstica inicial
Identificar o que os alunos já sabem antes de começar o trabalho de mais um ano letivo é essencial para iniciar o planejamento docente. Para garantir que nada seja deixado de lado, organizo um cronograma de ações pedagógicas e elaboro um plano semestral com os professores, em que analisamos os dados de cada turma e elaboramos as avaliações diagnósticas.
A avaliação diagnóstica ajuda a identificar as causas de dificuldades específicas dos estudantes na assimilação do conhecimento, tanto relacionadas ao desenvolvimento pessoal deles quanto à identificação de quais conteúdos do currículo apresentam necessidades de aprendizagem. Costumo dizer que ela possui três objetivos principais: identificar a realidade de cada turma; observar se as crianças apresentam ou não habilidades e pré-requisitos para os processos de ensino e aprendizagem; e refletir sobre as causas das dificuldades recorrentes, definindo assim as ações para sanar os problemas.
Ela pode ser feita em qualquer momento, mas no início do ano letivo permite conhecer melhor a realidade do aluno. O professor tem o dever de verificar o conhecimento prévio de cada um, constatando as condições necessárias para garantir a aprendizagem. Além disso, ela também funciona como uma análise do ensino na escola, já que os resultados das salas de aula de uma mesma série podem promover reflexões importantes para o replanejamento das propostas e atividades que devem ser oferecidas a todos.
Dentre os instrumentos que utilizo para verificar a aprendizagem das crianças, destaco:
- Produção de texto: retomo os gêneros trabalhados em cada série nas diferentes modalidades organizativas. Assim, planejo uma situação em que os alunos produzirão um texto de determinado gênero e analiso os aspectos linguísticos e discursivos de cada um.
- Leitura e interpretação de textos: organizo práticas de leitura para identificar quais habilidades os alunos dominam e quais ainda precisam desenvolver.
- Resolução de problemas envolvendo as operações: considero neste caso os diferentes tipos de problemas que envolvem as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.
- Cálculos diversos.
- Análise de dados das turmas: índice de alfabetização e resultado de avaliações anteriores.
A tabulação dos dados obtidos oferece um mapa da turma e permite identificar quais são os alunos que precisam de uma orientação maior. O plano de trabalho precisa ser definido para atender às necessidades desses estudantes, e muitas vezes torna-se necessário fazer uma intervenção pedagógica. O docente também não pode deixar de lado aqueles que têm mais facilidade, contemplando a todos em seu planejamento.
E vocês, como realizam as avaliações diagnósticas?
Abraços,
Eduarda
FONTE:
GESTÃO ESCOLAR
GESTÃO ESCOLAR