domingo, 30 de setembro de 2018

COMO IDENTIFICAR AS DIFICULDADES DOS ALUNOS?

Tanto professores quanto coordenadores precisam lidar diariamente com as dificuldades dos alunos em relação aos conteúdos apresentados. Mas como é possível compreender quais são as principais dificuldades dos alunos? Como pensar intervenções adequadas para ajudá-los? Para tanto, é importante elaborar uma série de atividades que possam contribuir, de forma significativa, para a resolução dos problemas encontrados, sejam eles quais forem.
Neste artigo você verá exemplos de como identificar as lacunas no aprendizado dos estudantes e como agir para superá-las. Confira!

A importância da correta identificação das dificuldades dos alunos

Muitas vezes as dificuldades apresentadas pelos alunos não são tratadas com a devida atenção. Sendo assim, isso contribui para o aparecimento de lapsos de aprendizado, insatisfação direcionada à escola e até mesmo a evasão escolar.
O processo de identificação das dificuldades dos alunos é extremamente benéfico para os estudantes, pois gera neles a segurança necessária para prosseguir nos estudos. Isso ocorre, sobretudo, uma vez que as limitações deles são respeitadas e devidamente corrigidas, sempre com a ajuda do corpo docente e da coordenação.

Como fazer a identificação?

Não é mais novidade que a tecnologia pode – e deve – ser utilizada como prática pedagógica. Dessa maneira, além de auxiliar no dia a dia em sala de aula, ela poder ser usada como instrumento para facilitar o reconhecimento de dificuldades. Confira nos tópicos abaixo como fazer isso!

Aplicação de simulados

Os simulados online são uma excelente maneira de otimizar o tempo, tanto dos alunos quanto dos professores. Um exemplo disso são as plataformas que contêm um banco de questões para que seja possível treinar para provas importantes, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A melhor parte disso é que os professores não precisam corrigir e analisar as respostas manualmente e ainda é possível utilizar a correção TRI.
Ainda assim, o docente não precisa analisar o desempenho da classe apenas com simulados. Existem plataformas com ferramentas de avaliação que usam atividades onlines para auxiliar na identificação das dificuldades e no acompanhamento do aprendizado dos alunos.

Análise de relatórios

Os relatórios servem não apenas para que os estudantes percebam quais conteúdos precisam de mais atenção, mas também para que os professores descubram o que deve ser revisado. Os resultados obtidos nas avaliações diagnósticas online devem ser interpretados para que se acompanhe a evolução do aprendizado. É essa análise que vai indicar à equipe docente quais as intervenções pedagógicas necessárias.
Se as dificuldades são coletivas, cabe ao professor, com a ajuda da coordenação, analisar bem as informações obtidas sobre os obstáculos encontrados pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Isso pode ser feito, por exemplo, pela análise dos conteúdos que foram mais errados ou da taxa de marcação das alternativas. É possível, a partir disso, seguir alguns caminhos como a mudança de metodologia, desde que se respeite o Projeto Político Pedagógico da escola, a fim de apresentar uma variedade maior de elementos educacionais que ajudam na superação das dificuldades apresentadas pela classe.
Para saber se as ações geraram os resultados esperados, é importante dialogar com os alunos, para que eles tenham a chance de relatar suas percepções a respeito das novas práticas pedagógicas. Também é necessário que novas atividades sejam aplicadas para assegurar que as lacunas do aprendizado foram superadas.
Também é importante se atentar para casos isolados de dificuldade. Isso porque é preciso estar sempre atento a problemas como hiperatividadedéficit de atenção e bullying, por exemplo, que podem atrapalhar o processo de aprendizado.

Conclusão

Com o auxílio da tecnologia também é possível encontrar diversos materiais que orientam o educador a respeito de como identificar as dificuldades dos estudantes. Assim, é possível buscar orientações, por exemplo, sobre como o coordenador pedagógico deve atuar junto à equipe docente na identificação dos pontos que necessitam atenção e como os relatórios podem ser analisados a fim de se identificar informações relevantes sobre o desempenho dos alunos.
A importância de analisar os dados obtidos vai além das melhorias implementadas no dia a dia escolar, pois a escola pode utilizar essas informações para nortear o seu planejamento escolar. Dessa forma, a escola pode organizar com antecedência não apenas o conteúdo programático, como também os métodos avaliativos e a campanha de matrículas.
Além disso, identificar as dificuldades dos estudantes e pensar intervenções pedagógicas específicas para cada uma delas é fundamental para que a instituição melhore cada vez mais a qualidade do ensino. Para isso, é fundamental aplicar atividades de forma continuada, para que forneçam à equipe docente um panorama claro do aprendizado dos alunos – e a tecnologia tem muito a contribuir nesse cenário.

Este artigo foi escrito pela Amanda Sampaio da par Plataforma Educacional. Conheça melhor a par e entenda como ela pode ajudar a sua escola a melhorar a qualidade pedagógica!

FONTE:
WPensar

sábado, 29 de setembro de 2018

COMO ADAPTAR A SUA ESCOLA PARA ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

oda escola é obrigada por lei a ter a estrutura necessária para receber crianças com deficiências. Para que sua instituição esteja preparada para a chegada de um novo estudante com necessidades especiais, é preciso capacitar os funcionários, o corpo docente e adaptar a estrutura física. Sua escola está preparada? Veja a seguir 6 dicas para tornar excelente a acessibilidade em sua instituição!

Quais são as chamadas “necessidades especiais”?

Pessoas com necessidades especiais são aquelas que possuem condições que alteram de forma permanente as funções consideradas normais para o ser humano. Existem alguns tipos de necessidades especiais, que podem afetar aspectos motores, sensoriais ou intelectuais.
Segundo a legislação brasileira, são portadores de necessidades especiais as pessoas que se enquadram nos seguintes critérios:

Deficiência física

Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, causando o comprometimento da função física. São consideradas deficiências físicas: paraplegia, tetraplegia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade, entre outras.

Deficiência auditiva

Perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma.

Deficiência visual

Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica ou os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o

Deficiência mental

Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; utilização da comunidade; utilização dos recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer e trabalho.

Deficiência múltipla

Associação de duas ou mais deficiências.

Dicas para adaptar a sua escola para receber crianças com necessidades especiais

1| Rampas

O ideal é colocar rampas de acesso e nivelar o piso (principalmente nas áreas externas). A escola precisa construir rampas de acesso que permitam que o aluno chegue sem dificuldade até salas de aulas, andares superiores, bibliotecas, lanchonetes, quadras, brinquedos, salas de informática e demais ambientes. As rampas devem ter corrimões apropriados e em duas alturas, um com 0,70m e outro 0,92m. É importante lembrar que esse acesso deverá ser facilitado também à todos os ambientes usados pelos estudantes.

2| Portas

As portas da instituição também precisam ser adaptadas para garantir a passagem de uma cadeira de rodas. É recomendado que a largura do vão seja de no mínimo 0,80 m e a altura de 2,10 m. Além disso, as maçanetas devem ser de alavanca (e não redondas), o que facilita a abertura por pessoas com problemas motores nas mãos. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveu o Manual de Acessibilidade da instituição, que orienta e informa sobre as Medidas Padrão Para Cadeirantes. Fique atento!

3| Móveis

Todos eles devem ser adaptados, com fácil acesso e com portas, quando for o caso, que permitam a entrada do cadeirante. O ideal é que 50% dos equipamentos sejam acessíveis, com altura livre inferior de no mínimo 0,73m do piso. Para que isso seja adaptado da melhor maneira possível, é recomendado que pelo menos 1% do total das carteiras, sendo no mínimo uma para cada duas salas de aula, seja especial para cadeirantes. Para isso, a mesa deve ter altura flexível chegando ao mínimo de 0,73m do piso. Essa preocupação deve se estender ao refeitório e lanchonetes, para permitir que o aluno possa se alimentar confortavelmente.

4| Salas de aula

Além do acesso fácil e da porta com dimensões adequadas, a sala de aula precisa estar adaptada para atender esses estudantes com necessidades especiais. As lousas devem ser instaladas a uma altura inferior a 0,90 m do piso. Os móveis devem ser acessíveis e um cadeirante precisa passar com facilidade até chegar ao seu local na sala. Os móveis devem ser dispostos de maneira que o deficiente consiga visualizar o professor e o quadro-negro com facilidade, e as fileiras de carteiras devem ter largura suficiente para que o aluno circule pela sala.

5| Banheiros

Tanto alunos quanto professores precisam ter acesso a banheiros especiais adaptados para cadeirante. Para isso, no mínimo 5% dos sanitários da escola precisam ser adaptados, garantindo que haja pelo menos um banheiro adaptado masculino e outro feminino. Além disso, 10% dos demais sanitários devem ser facilmente adaptáveis, caso se faça necessário por um aumento do número de alunos da escola. Além de portas grandes e altura do vaso adequada, os banheiros devem possuir barras de apoio para o vaso sanitário e para os lavatórios.

6| Piso tátil

Os pisos táteis são placas com relevo fixadas no chão. Elas permitem que deficientes visuais se localizem e possam se locomover com autonomia. Existem dois tipos de piso tátil: o direcional, com relevos lineares, e o de alerta, com relevos redondos dispostos uniformemente. O piso tátil direcional deve ser instalado para indicar caminhos, enquanto o piso tátil de alerta deve ser usado para sinalizar degraus, portas, obstáculos, mudanças de direção ou cruzamentos de caminhos. Além disso, o ideal é que a escola instale um mapa tátil próximo à entrada. Com esse recurso, deficientes visuais poderão entender o espaço em que estão e se deslocar com mais facilidade.

7| Material didático

Deficientes visuais precisam ter acesso ao material didático. Por isso, é importante fornecer versões com letra ampliada e alto contraste para alunos com baixa visão e versões em áudio ou braille para os estudantes cegos. Fora isso, computadores devem contar com programas de conversão de texto em áudio e de interface de uso para cegos. No caso de deficientes auditivos, é preciso oferecer uma versão legendada ou com a presença de um intérprete de LIBRAS ao utilizar materiais audiovisuais.

8| Profissionais

Professores e demais profissionais pedagógicos devem ser treinados para lidar com alunos portadores de necessidades especiais. É preciso que estes profissionais entendam de forma clara qual é a deficiência do aluno, quais são suas limitações e quais são as consequências dos tratamentos. Fora isso, é comum que estudantes com limitações mais severas contem com facilitadores que oferecem uma atenção individualizada e atuam como mediadores do aprendizado. Vale destacar que a escola também deve acionar um intérprete de LIBRAS para o caso de ter que atender um aluno deficiente auditivo!

9| Estacionamento

A Lei da Acessibilidade (Lei nº 10.098, de 2000, artigo 7º) determina que todos os espaços de estacionamento devem 2% das vagas, ou no mínimo uma vaga destinada a pessoas com mobilidade reduzida. Por isso, se sua escola tiver estacionamento, você terá que demarcar uma vaga para deficientes. A vaga deve estar próxima à entrada da escola e deverá contar com um espaço lateral para facilitar o embarque e desembarque. Qualquer motorista ou passageiro com mobilidade reduzida terá o direito de utilizá-la.

10| Sinalização

Para indicar o acesso para pessoas com mobilidade reduzida, bem como móveis especiais e banheiros adequados, é necessário fazer uso do símbolo internacional de acesso. Já os recursos para deficientes visuais devem ser sinalizados com o símbolo internacional de pessoas com deficiência visual, enquanto os recursos para surdos recebem o Símbolo Internacional Deficiência Auditiva. Os símbolos podem ser desenhados em branco sobre o fundo azul ou também em branco e preto.

FONTE:
WPensar

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

EVITE PROBLEMAS E FUJA DESTES 6 ERROS DE GESTÃO ESCOLAR!

Muitas vezes, uma instituição de ensino não alcança o progresso esperado devido a alguns erros de gestão escolar. Nem sempre a falta de recursos é a real raiz de problemas financeiros ou mesmo da alta rotatividade de professores, pode ser que essas questões surjam a partir da má organização de setores e processos internos.
Se a sua escola passa por esse problema, saiba que nem tudo está perdido. Podemos dizer que se trata de uma situação totalmente reversível, que requer apenas algumas mudanças de atitude em pequenos processos do dia a dia, além da adoção de ferramentas e medidas que permitem otimizar a gestão e ganhar tanto em confiabilidade dos dados quanto em produtividade.
Para ajudá-lo a identificar esses agentes, listamos abaixo alguns exemplos de erros de gestão escolar que podem estar impedindo seu negócio de expandir-se. Confira!

1. Não fazer planejamento

Em nossa vida, tudo necessita de planejamento. Seja o destino das próximas férias ou a aquisição de um bem, sempre pensamos antes de agir. Então, por que a tomada de decisões em sua escola seria diferente? Para não ser pego de surpresa por eventos que poderiam até levar a sua instituição à falência, é importante planejar, tanto no setor administrativo quanto no pedagógico.
Um cronograma de pagamentos bem definido permite conhecer o fluxo de caixa e saber exatamente o valor que se tem disponível para novos investimentos. Dessa forma, você não corre o risco de gastar mais do que pode em determinado item e sofrer com a falta de recursos para arcar com outras obrigações.
Além disso, envolver toda a equipe nesse planejamento demonstra transparência e democracia. É importante que cada um reconheça suas responsabilidades e se sinta parte importante no processo de gestão escolar. Dessa forma, você também evita a alta rotatividade e a perda de grandes talentos que teriam muito a acrescentar.

2. Não investir em tecnologia

É inegável o quanto os avanços tecnológicos vieram para revolucionar todos os setores, e não seria diferente no ambiente acadêmico. Seja em sala de aula ou nos processos administrativos, é importante estar sempre disposto a inovar. Afinal, além de tornar as aulas mais agradáveis e interativas, a informática é importantíssima para uma boa gestão escolar.
É por isso que a implantação de um software de gestão escolar pode ser tudo o que a sua escola precisa para tornar os processos internos mais efetivos. Dessa forma, escolher uma ferramenta que permita integrar dados financeiros e pedagógicos é uma boa maneira de ter uma ideia exata da situação da instituição. Gerenciar dados de alunos, sejam eles referentes a pagamentos, notas ou frequência permite determinar a abordagem necessária e construir relacionamentos mais estreitos com cada um dos envolvidos.

3. Não estabelecer padrões

Em termos gerais, para o bom funcionamento da escola, as rotinas de trabalho precisam ser padronizadas. Comprar materiais, por exemplo, deve se tornar um processo regrado, onde se elabore uma lista, pesquise os fornecedores e, por fim, efetue a confirmação.
Vale ressaltar que uma compra em volumes maiores permite que os preços e entregas sejam negociados. Contudo, tal economia não seria possível em compras picadas que, além de deixarem a instituição sujeita a valores mais altos, ainda dificultam o controle sobre as entradas e saídas. Embora pareça algo muito simples, trata-se de um hábito que faz toda a diferença na administração da escola.

4. Não acompanhar o rendimento dos professores

Muitas escolas caem no erro de acreditar que avaliações são necessárias apenas no ato da contratação. Dessa forma, se esquecem de mensurar resultados e acabam perdendo a oportunidade de identificar falhas e problemas que fazem toda a diferença nos resultados. Toda instituição de ensino que se preocupa com a educação dos seus alunos deveria acompanhar o rendimento dos professores.
Tal processo permite a identificação de falhas que podem ocorrer tanto nas metodologias utilizadas quanto no relacionamento das pessoas envolvidas. Dessa forma, essas questões podem ser ajustadas para não trazer prejuízos aos resultados, seja em termos de retenção de alunos ou do sucesso da instituição, devido a sua avaliação no mercado.

5. Não ter planos para casos de inadimplência

Toda escola está sujeita a casos de inadimplência, e por mais que se tente contornar a situação, alguns casos inevitavelmente ocorrerão. Nesse sentido, você precisa estar preparado para lidar com o problema sem que as contas da instituição sejam prejudicadas. Além disso, algumas ações ajudam a garantir os recebimentos ainda que atrasados.
Muitas vezes, mensurar os pagamentos atrasados e pensar em ações para recebê-los demanda tempo. Por isso, é preciso contar com um sistema que permita um acompanhamento diário que identifique os atrasos assim que eles ocorrerem. Assim, é possível entrar em contato com os alunos inadimplentes e identificar os casos em que esse comportamento seja recorrente e os que representam apenas eventos isolados.
Deixar essa análise para depois de outros processos (muitas vezes considerados mais importantes) é um grande erro. Tal atitude pode ser considerada uma negligência em relação às finanças da instituição, que ficará sujeita a grandes rombos no orçamento. Uma vez instituída a falta de recursos devido ao atraso nos pagamentos, a situação se torna mais difícil de solucionar.

6. Trabalhar sem metas

Estabelecer metas permite traçar melhor o plano de ação para alcançá-las. Uma instituição de ensino que não tem objetivos fica sem um direcionamento do trabalho, como se a direção a qual é necessária caminhar fosse ainda desconhecida. Isso pode causar desinteresse, tanto nos colaboradores quanto nos alunos.
Se professores, alunos e colaboradores do setor administrativo passarem a enxergar propósitos em cada ação e até mesmo no conteúdo de cada curso, todos passarão a trabalhar juntos em busca de um objetivo comum. É esse senso de equipe que permite o crescimento de uma escola e sua ascensão no mercado.
Como se pode ver, os erros de gestão escolar podem trazer consequências desastrosas que impactam nos resultados em termos gerais. Em casos mais extremos, podem levar a instituição à falência, quando na realidade ainda existem recursos suficientes para contornar uma crise e salvá-la.
FONTE:
EscolaWeb

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O GUIA COMPLETO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS

A gestão democrática nas escolas está baseada na coordenação de atitudes e ações que propõem e viabilizam a participação social no cotidiano das instituições. Nesse modelo de gestão, a comunidade escolar é considerada sujeito ativo.
Isso significa que professores, alunos, pais, responsáveis, gestores, equipe pedagógica e demais colaboradores podem e devem participar de todas as decisões da escola. Contudo, é preciso que todos tenha consciência sobre seus papéis.
Para que sua gestão escolar seja mais democrática, preparamos este artigo com as principais informações sobre o assunto. Confira!

O que é a gestão escolar democrática?

O termo gestão escolar surgiu com o objetivo de trazer para o contexto educacional os elementos e conceitos que estão relacionados com o aumento da eficiência dos processos — melhorando a qualidade do ensino.
Faz parte da rotina da gestão escolar abordar as questões que oferecem condições para que a instituição cumpra seu papel principal, ou seja, ensinar com qualidade e formar cidadãos preparados para a vida pessoal e profissional.
Desse modo, a gestão escolar direciona sua equipe para as ações que levam aos resultados. Isso ocorre por meio da valorização do potencial de liderança que cada membro da comunidade escolar tem.
Para funcionar, a gestão escolar é dividida em seis pilares interdependentes. São eles:
  • Gestão pedagógica;
  • Gestão administrativa;
  • Gestão financeira;
  • Gestão de recursos humanos;
  • Gestão da comunicação;
  • Gestão de tempo e eficiência dos processos.
O fato é que esses pilares podem ser convertidos para uma base segura e que envolve a participação mais ativa da comunidade escolar. Esse é o princípio da gestão democrática nas escolas.
Seu modelo de gestão pode ser autocrático ou democrático. Em uma autocracia, as decisões são verticais e vêm de quem está a frente do comando da instituição. Alguns gestores enxergam eficiência nesse modelo, pois garante a ordem.
Gestores autocráticos nem sempre conhecem as necessidades dos demais, principalmente de quem está na base da pirâmide. No contexto escolar, a autocracia pode afastar a direção das necessidades dos pais, alunos e até professores.
Por esse motivo, é importante que você considere a adoção de atitudes mais democráticas para que as pessoas possam expor suas necessidades, problemas e expectativas — maximizando suas chances de encontrar soluções verdadeiramente eficazes.
A gestão democrática nas escolas descentraliza as tomadas de decisão que envolvem a instituição de ensino, permitindo a participação do coletivo. Desse modo, além dos gestores, podem participar professores, demais funcionários e alunos.
Podem ter vez e voz todos aqueles que estão envolvidos na comunidade escolar, sempre com o suporte da instituição para que sejam fortalecidos o diálogo e a relação horizontal — sem destaque para as hierarquias.
Trata-se de um modelo de gestão amparado pela Constituição Federal de 1988, bem como reforçado pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) e pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
A legislação brasileira entende que a gestão democrática nas escolas deve ser um dos princípios para que se alcance uma educação de alta qualidade. Por meio dela, é possível criar e fortalecer o vínculo da instituição com a comunidade.
Como resultado dessa aproximação e da gestão compartilhada, o aluno ganha o suporte necessário para aprender e se desenvolver. Além disso, a escola passa a ser vista como um espaço participativo.
É importante a reflexão sobre a prática social da educação por meio da democracia. Nem todos os membros da comunidade escolar têm consciência sobre seu papel e, quanto maior ela for, maiores serão as possibilidades de construirmos uma educação inclusiva, qualidade social e democrática para todos.
A gestão democrática nas escolas não é algo importante somente para a direção da escola. Esse é um assunto que precisa ser discutido, compreendido e colocado em prática por alunos, colaboradores, professores e responsáveis — além das associações e organizações do bairro e até da cidade.

Quais são os principais desafios enfrentados pelos gestores democráticos?

O conceito por trás da gestão democrática nas escolas é muito bonito, contudo, ele traz consigo alguns desafios. O primeiro está na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96).
Essa lei aponta um rumo que precisa ser seguido, mas não detalha como isso pode ser feito. Ela aponta o lógico, mas não estabelece as diretrizes para que se seja possível delinear a gestão democrática.
Antes de estabelecer as diretrizes, os gestores escolares precisam compreender e se adaptar às mudanças que surgem na sociedade. Essa necessidade existe porque qualquer estrutura educativa precisa ser debatida a partir do seu aspecto histórico e social.
Trata-se de um processo que passa pela maneira como o ser humano, a partir de um contexto, analisa sua realidade. Isso o leva a perceber que é um transformador subjetivo do próprio momento.
Em muitos casos, esse ser humano desconhece o conceito de autonomia como uma construção contínua, individual e coletiva. As pessoas tendem a assumir ou repassar responsabilidades, jamais enxergar a possibilidade de coparticipar nos resultados.
O funcionamento de uma gestão democrática nas escolas obriga a participação de todos os níveis e instâncias nas decisões da instituição — permitindo um mútuo acompanhamento e uma troca de experiências enriquecedora.
Só que isso revela como muitos pais e responsáveis pelos alunos estão se afastando cada vez mais da escola e, em alguns casos, das próprias responsabilidades — delegando-as somente para a instituição de ensino.
Cabe à escola, como organização, se adaptar a nova sociedade — que reflete mudanças sociais, econômicas e políticas, apresentando novas expectativas, necessidades e problemas.
O fato de existir uma nova sociedade instiga a transformação do ambiente escolar, promovendo a democracia e a participação de todos. Isso permite enxergar o modo mais eficaz para fornecer os novos conhecimentos que ela precisa.
Com o conceito de gestão democrática nas escolas, outros vêm para acrescentar. Inovação, competitividade e produtividade são alguns desses conceitos, pois estão alinhados com os interesses da sociedade atual.
No entanto, essa transformação não pode ser unilateral. Ela precisa ser feita com a participação de toda a comunidade escolar, com enfoque no resultado positivo. Por um lado, a escola deve investir em conhecimento para aumentar sua capacidade de inovar e criar; por outro, a participação dos pais é indispensável.
O objetivo da gestão escolar democrática é garantir a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos, para que eles desenvolvam as competências e habilidades demandadas pela sociedade.
Nesse contexto, as famílias devem acreditar no trabalho desenvolvido pela instituição de ensino. E o papel delas no contexto escolar é cada vez mais complexo, exigindo mais esforços e organização.
O aluno já não é mais preparado apenas para temas como física, biologia ou matemática. Ele precisa aprender a compreender a si mesmo, a vida e a sociedade na qual vive, ou seja, se tornar um cidadão.
Para tal, a escola precisa se reconstruir a partir do conceito da gestão democrática, ou seja, deve agir, se movimentar e sair da posição de executora. Cabe à escola pensar, refletir e tomar a iniciativa de convocar a comunidade escolar para essa mudança.

Qual é a importância da participação da comunidade escolar?

O educador, pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire afirma que não é a educação que forma a sociedade, mas ela é a que estrutura o processo educacional em função dos próprios interesses.
Para entender a relação escola-família, bem como a importância da participação de pais e responsáveis no dia a dia da instituição de ensino, precisamos lembrar que uma faz parte da vida da outra.
De modo geral, com o objetivo de progredir, a sociedade cria necessidades. Isso demanda das instituições de ensino a formação para que os futuros cidadãos tenham as habilidades e competências desejadas.
Isso nos leva a refletir sobre a unilateralidade da relação sociedade-escola. Em muitos casos, a instituição de ensino é tratada como única responsável pela formação das crianças e adolescentes.
Observar essa relação unilateral gera o seguinte questionamento: como a escola consegue suprir as necessidades da sociedade se ela não participa do dia a dia da instituição? A resolução dessa situação vem da gestão democrática nas escolas.
Não é de hoje que a escola vem adotando um modelo estático e segmentado, sem a participação de todos os indivíduos que fazem parte da comunidade escolar. Isso revela o modelo de administração focado na figura do diretor.
Esse modelo de gestão é direcionado para o cumprimento das normas, determinações e regulamentos existentes. Contudo, isso não condiz com a realidade da sociedade atual — que é mais participativa em muitas frentes.
A participação da comunidade escolar na gestão das instituições de ensino é uma questão estratégica para o futuro de todos. Quando não há comunicação entre as partes, as escolas demoram muito tempo para se adaptar à realidade das pessoas.
Por outro lado, há instituições de ensino que encontram dificuldade na adoção de uma gestão mais democrática. Os gestores dessas escolas consideram intermináveis as discussões entre os membros da comunidade escolar, associando-as a atrasos nos processos de tomada de decisão.
Do ponto de vista dos alunos, a experiência da gestão democrática nas escolas é extremamente positiva. Eles entendem que não é apenas o diretor que tem o poder de decisão e que ele é compartilhado com todos os interessados — inclusive eles.
A participação da comunidade escolar no processo de democratização da gestão escolar é fundamental, pois, sem ela, não há democracia. As palavras democracia e participação andam de mãos dadas, pois um conceito remete ao outro.
Vale ressaltar que a participação, como em qualquer democracia, pode ser opcional — jamais uma obrigação. Por isso, é fundamental que se trabalhe a conscientização de toda a comunidade escolar para que seus membros enxerguem a oportunidade de cumprir com seus respectivos papéis sociais.
Essa conscientização envolve a mobilização individual e coletiva, com o objetivo de superar o comodismo e o individualismo — incentivando o trabalho em equipe para alcançar um bem maior.
Como resultado, obtém-se o conhecimento acerca da realidade da comunidade escolar que, por vezes, é totalmente diferente. Entretanto, o contato frequente permite a criação das melhores ações e condições para que sejam atendidas as necessidades dessa comunidade.

Quais são os benefícios da gestão escolar democrática?

Para estar alinhado com o conceito de gestão democrática nas escolas, você precisa ser um gestor que pela participação, transparência e descentralização das decisões envolvidas no cotidiano da instituição.
A busca por uma gestão compartilhada e baseada na discussão e consenso, entre os membros da comunidade escolar, convida todos para que exerçam um trabalho conjunto e focado em soluções.
Nenhuma decisão é tomada de forma autoritária, muito menos sem a prévia discussão — principalmente quando se tem em questão o futuro da sociedade. Por isso, gestores devem participar desse processo como mediadores.
Seu papel na gestão democrática é o de ser a referência para o diálogo, que promove os encontros necessários para que os membros da comunidade escolar participem ativamente do cotidiano da instituição.
Muitos benefícios são alcançados por meio desse modelo de gestão e você confere os principais a seguir:

Alunos mais responsáveis e politizados

A atual geração de crianças e adolescentes não viveu na época da repressão. Eles nasceram e estão crescendo em um mundo com mais liberdades e oportunidades. Por isso, devem aprender a valorizar esse momento.
Para tal, os estudantes precisam exercitar virtudes ligadas às políticas, como a identificação de problemas, a discussão das soluções, o consenso entre os envolvidos, a implementação das decisões e o asseguramento de que elas serão cumpridas.
Uma vez que a gestão democrática é horizontal, os alunos percebem que todos têm uma parcela de responsabilidade pelo que foi decidido e a forma com a qual será cumprido. Desse modo, eles ganham maturidade e aprendem um novo método de organização baseado na compreensão pelas necessidades dos demais.
Trata-se de um aprendizado que é levado para a vida, pois é criado um senso de responsabilidade em relação a outras escolas, como o voto. Assim, sua escola prepara alunos que são mais conscientes e ativos na sociedade.

Redução na quantidade de insatisfações

É comum, sob uma gestão autoritária, exista pessoas insatisfeitas. A insatisfação surge a partir da decisão unilateral do líder — que nem sempre é baseada nas necessidades e expectativas dos principais impactados por ela.
No ambiente escolar, os alunos podem ficar insatisfeitos com uma metodologia, regra ou conjunto de ações que foi determinado por alguém e que não atende às necessidades e expectativas deles.    
Em compensação, na gestão democrática nas escolas, as decisões são tomadas coletivamente durante reuniões e encontros cujo foco está na busca por soluções consensuais — o que diminui a probabilidade de deixar alguém insatisfeito.
Esse modelo democrático de gestão permite que todos os membros da comunidade escolar tenham a chance de se expressar. Desse modo, eles propõem melhorias e as ações passam antes pela aprovação da maioria.
Uma vez que a comunicação é feita de maneira horizontal, não há mais motivos para que as insatisfações se sobreponham às escolhas, pois todos têm a possibilidade de participar do processo de decisão.

Aumento na quantidade de soluções criativas

Observe que, por meio da gestão democrática, a comunidade escolar ganha vez e voz para opinar e decidir o que é melhor para todos. Com isso, vem a descentralização das decisões e o consequente aumento nas soluções criativas.
Essa é uma vitória possível de se alcançar, pois as decisões deixam de ser tomadas somente por uma pessoa ou um grupo seleto. Quando são tomadas coletivamente, ficam suscetíveis às realidades de cada um.
Diante de um problema de aprendizado, por exemplo, a equipe pedagógica pode pensar a partir das técnicas dominadas. Em compensação, os alunos conseguem mostrar outros aspectos ligados ao dia a dia.
É muito importante que seja valorizada a interação entre as diferentes gerações e suas respectivas perspectivas de vida. Isso tende a ser mais produtivo do que a gestão tradicional — que nivela muito a vivência de quem toma a decisão.

Melhora no rendimento escolar

Note que a gestão democrática incentiva a participação dos alunos, aumentando o interesse deles pelo cotidiano da instituição — o que incentiva também a melhora no rendimento escolar.
A escola passa a ser vista pelos alunos como um espaço que está sob a responsabilidade de cada um, ao invés de ser aquele lugar estranho que só é frequentado por uma força maior — a obrigação de estudar.
Quando os alunos participam da gestão escolar, o interesse deles é refletido na participação em sala de aula, no interesse pelos conteúdos e até no modo como eles cuidam da instituição.

Como colocar esse tipo de gestão em prática em minha escola?

Ouça a comunidade escolar

Essa é a principal função de um gestor. A escola é feita para suprir as necessidades da comunidade, portanto, é fundamental que você conheça saiba da existência de cada uma delas. E você obtém isso por meio do diálogo.
Valorize a participação de todos e, como gestor, adote o papel de intermediador para dar a oportunidade de todos se manifestarem. Para que o diálogo se estabeleça, todos precisam ser ouvidos.
Faça com que a comunidade escolar esteja envolvida na criação dos projetos educativos. Apresente-os para que sejam avaliados e recebam críticas, elogios e sugestões de melhoria.
Abra as portas da instituição para que a comunidade se sinta à vontade nele. Desse modo, você consegue construir um laço de confiança com os alunos, pais e responsáveis, além de aprender a lidar de maneira diferente com vários assuntos.

Faça um planejamento escolar eficiente

O planejamento é essencial para que a gestão escolar democrática possa existir e funcional em sua plenitude. Falar é diferente de fazer, portanto, planejar é uma etapa fundamental para que esse modelo de gestão possa existir.
Convoque os principais agentes da formação acadêmica para que, juntos, possam estabelecer os passos necessários para a transformação do modelo de gestão escolar. Além disso, distribua responsabilidades.
Por meio do planejamento e consequente conversa com a comunidade escolar, torna-se possível escolher a representatividade de cada parte. Alunos, famílias, gestores, funcionários e professores devem ter um ou mais papéis nesse contexto.

Promova a união entre todas as partes

A união entre os membros da comunidade escolar não deve ficar restrita às reuniões e conversas que falam sobre as ações da instituição. É preciso ir além, incentivando a participação de todos nas ações e decisões.
Como gestor, cabe a você criar e fortalecer os laços que incentivam a comunidade escolar a participar da implementação dessa gestão democrática nas escolas. Contudo, essa não é uma missão tão fácil.
Será necessário investir em tempo e bastante diálogo para convencer as pessoas de que elas têm um papel fundamental dentro da instituição — principalmente os pais e responsáveis que enxergam a escola apenas como a responsável pela educação dos filhos.
Isso revela a importância do planejamento, que envolve a criação dos momentos certos em que os membros da comunidade escolar serão abordados e apresentados ao modelo democrático de gestão escolar.
Nesses encontros, levante as necessidades da comunidade a partir das considerações apresentadas. Aproveite a oportunidade para explicar as razões que baseiam essa mudança na gestão.

Dê transparência às tomadas de decisão

Tenha em mente que, mesmo quando são tomadas de maneira coletiva, as decisões nem sempre ficam claras para todos os envolvidos. Isso revela a necessidade de dar o máximo de transparência para esse processo.
Todas as ações da instituição devem ser divulgadas — algo que pode acontecer nos corredores, no portal do alunoe até redes sociais. O importante é que todos conheçam as ações e as consequências dela no dia a dia da comunidade.
Esse é um modo de se estabelecer uma parceria entre todos, deixando claro que é do interesse da escola que a comunidade saiba o que acontece dentro dela — facilitando também o caminho inverso.
Você é um líder que trabalha, coopera e sugere o que sabe fazer. Contudo, como gestor democrático, pode adotar uma postura mais voltada para a coletividade do que as próprias decisões.
Ao adotar uma gestão democrática em sua instituição, você aprende e assume responsabilidades novas. Desse modo, adquire e oferece autonomia para os membros da comunidade escolar possam buscar soluções que agreguem ao desenvolvimento do projeto pedagógico da instituição.
Isso motiva as pessoas, deixando-as com o desejo constante de crescer. Assim, a gestão democrática nas escolascria líderes e prepara as pessoas para as necessidades futuras da sociedade.
FONTE:
EscolaWeb

domingo, 16 de setembro de 2018

ALMOXARIFADO, O QUE É E COMO ORGANIZAR.

COMO ORGANIZAR SEU ALMOXARIFADO - 10, DICAS



FONTE: Youtube


ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE MATERIAIS: ALMOXARIFADO


FONTE: Youtube


ARRUMAÇÃO DE ESTOQUE: COME PELO BÁSICO



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