Coordenação Pedagógica

O papel do coordenador pedagógico na recuperação dos alunos

4 perguntas para você responder junto com a equipe e avaliar o processo

Primeira semana de dezembro. Pode ser que seja tarde para fazer a recuperação dos alunos. Mas, por outro lado, convido os coordenadores a pensar sobre este processo tão importante e necessário e que também deve ser responsabilidade da gestão da escola. É um momento muito adequado para trazer à tona essa discussão, porque refletir sobre como acontece a avaliação na escola é um processo que não pode acabar nunca, e precisa ser sempre renovado no final do ano, quando os ânimos estão exaltados e os fracassos doem mais. Por isso, trago alguns questionamentos que podem ajudar a sua escola a repensar o processo de recuperação.
1. Você sabe como acontece a recuperação na sua escola?
Os professores têm horários disponíveis para fazer recuperação no contraturno? Quando os alunos faltam à aula, como podem recuperar provas e trabalhos? Existe alguma norma ou diretriz ou cada professor define como vai lidar com a situação? Alunos com dificuldade de aprendizagem têm acompanhamento psicopedagógico? Você sabe quais alunos foram chamados para recuperação, quais vieram e quais faltaram?
Organizar o processo de recuperação na escola, respeitando a LDB e as diretrizes da mantenedora, é uma das funções do coordenador. Se a escola possui clareza nas instruções para realizar a recuperação, ela deixa alunos, professores e famílias muito mais tranquilos. Aí, quando chega o final do ano, todo mundo sabe o que fazer e o pânico não pega ninguém.
2. Os pais são informados quando os alunos estão apresentando dificuldades de aprendizagem?
Alguém poderia dizer que os pais ficam sabendo quando recebem o boletim, mas uma coisa é ter acesso a um papel, outra bem diferente é ser chamado para uma conversa. Quando acontece este encontro com os pais, além de informar sobre os resultados do aluno, também é necessário traçar estratégias para resolver ou minimizar o problema. Quando todos têm clareza do que fazer e tudo que foi acordado fica registrado, é muito mais fácil identificar onde está o problema e quando o aluno não consegue melhorar o seu rendimento.
3. Quem conversa com os alunos sobre o seu rendimento?
Conversar com as famílias é essencial, mas não substitui a importância de uma conversa próxima com o estudante. E não só aquela conversa que o professor da disciplina têm com cada um. Em muitas escolas o Orientador Educacional faz esta função, em outras existe um professor conselheiro, mas nada impede o coordenador de fazer a atividade. O aluno não deve se sentir sozinho, nem culpado porque não está conseguindo um desempenho suficiente para ser aprovado. Principalmente nos anos finais, quando cada turma tem mais de seis professores diferentes, os alunos podem ficar perdidos e desanimados, desistindo de estudar muito antes do final do ano por pensar que não tem mais “chance” de ser aprovado.
4. Na sua escola acontece o pré-conselho?
Principalmente no último período letivo, seja bimestre ou trimestre, é necessário que os professores se reúnam, pelo menos um mês antes do final do ano, a fim de verificar quais são os alunos que precisam de um atendimento mais específico e como vai ser realizado. Neste momento, a coordenação deve estar junto dos professores sugerindo possibilidades e criando alternativas para oferecer recuperação aos alunos que precisam. Dessa forma, os professores não ficam sozinhos decidindo a aprovação ou reprovação dos alunos e percebem que a gestão da escola está trabalhando junto e não apenas cobrando resultados.
Ao final desse processo, não devemos divulgar índices de reprovação, e sim pensar em cada um, porque, por trás dos índices, nós temos pessoas. Também é necessário refletir se não tornamos o sucesso coletivo e o fracasso individual. Entendemos o sucesso dos alunos como um orgulho para a escola, mas o fracasso, só é problema do aluno e da sua família. Cada aluno reprovado ou evadido na escola representa uma falha do coletivo da escola, porque todos são responsáveis. Por isso, nunca é tarde para se pensar na recuperação.

Foto ilustrativa

DEFINIÇÃO

Coordenação pedagógica é um cargo da área da educação que tem como objetivo melhorar as práticas dos professores na formação continuada da escola. No Brasil,na década de 1920 que surgiu a função de coordenador pedagógico. Tal função surgiu com a proposta de equilibrar, hierarquizar propostas e competências pedagógicas. [1]
Um coordenador pedagógico precisa saber das necessidades de sua equipe de trabalho, analisando o planejamento das atividades, as produções dos alunos à partir das aulas dadas pela sua equipe de professores e os resultados das turmas. Para isso o coordenador pedagógico pode observar as aulas acontecendo em salas ou as ações dos professores (dentro e fora da sala de aula).
Dentro da comunidade escolar, o coordenador pedagógico possui uma função articuladora, transformadora, ou seja, age como um elemento mediador entre o currículo e os professores, e os outros atores da educação. O coordenador pedagógico deve ter pleno conhecimento dos professores e alunos com quem trabalha, da realidade sociocultural em que a escola se encontra e os demais aspectos das relações pedagógicas e interpessoais que se desenvolvem na sala de aula e na escola.

Coordenador pedagógico[editar | editar código-fonte]

O coordenador pedagógico em algumas redes de ensino é também conhecido como orientador, supervisor ou, simplesmente, pedagogo. Em outras, de coordenador pedagógico, que é como um gestor escolar. São os profissionais responsáveis pela formação dos professores nas escolas e é um colaborador direto da direção.
Segundo as orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), espera-se que o coordenador possua certa autonomia para organizar o trabalho pedagógico, procurando garantir no interior da escola uma gestão participativa e democrática. Porém, o que se encontra nas instituições educacionais é a dificuldade de se implantar essa gestão. [2]
Pode-se dizer que esse sujeito tem, sobretudo, quatro funções: mediadora, articuladora, formadora e transformadora. [3]
  • Função mediadora, no sentido de revelar/desvelar os significados das propostas curriculares permitindo que os professores elaborem seus próprios sentidos;
  • Função articuladora, a fim de criar condições para que os docentes trabalhem coletivamente as propostas curriculares;
  • Função formadora ao dar condições para o docente aprofundar na sua área;
  • Função transformadora ao se trabalhar com questionamentos, ajudando o docente ser reflexivo e crítico.
Cabe ao Coordenador pedagógico ou professor coordenador supervisionar, acompanhar, assessorar e avaliar as atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar assistência pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos. Outra atribuição que cabe ao coordenador pedagógico é o relacionamento com os pais e a comunidade, especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-curricular e didático da escola, comunicação , e interpretação da avaliação dos alunos.[4]

10 Conteúdos Necessários à Formação do Coordenador Pedagógico[editar | editar código-fonte]

1. Identidade profissional: o coordenador precisa entender sua função na escola, a troca de experiências entre os pares é uma boa opção para isso.
2. Concepção de formação: o coordenador deve monitorar constantemente as práticas em sala de aulas, não basta somente encaminhar os professores para cursos.
3. Relações interpessoais: para ser um bom articulador e formador, o coordenador deve relacionar bem com todas as pessoas no âmbito escolar, para não parecer um fiscal aos observar aulas.
4. Liderança e condução de grupo: o coordenador tem que ter competência e liderança para conduzir os profissionais de sua equipe durante as reuniões pedagógicas e durante as atividades rotineiras na instituição.
5. Planejamento: o coordenador deve elaborar uma pauta para seus horários, reuniões, orientações aos professores e com estratégias para a melhoria de trabalho.
6. Estratégias de avaliação: o coordenador precisa saber observar os docentes em sala de aula, analisando o conhecimento que os professores possuem dos conteúdos, a forma como são ensinados e as interações com os alunos.
7. Instrumentos metodológicos: o coordenador pode guardar os planejamentos dos docentes, onde fala das necessidades do ensino que precisam ser supridas, assim como os portfólios, com relatos, fotos, produções, registro de notas a avanços que ajudam a detectar a evolução de cada turma durante o ano letivo.
8. Conhecimentos didáticos: o conhecimento do coordenador é crucial para avaliar os métodos utilizados pelos professores em sala de aula, assim como conduzi-los nos processos.
9. Tematização da prática: consiste na reflexão das teorias de uma boa prática em sala de aula, que podem ser gravadas em vídeos, para que o professor aprenda vendo modelos. Assim podem ser apresentadas gravações feitas dentro ou fora da escola.
10. Troca de experiências: o coordenador precisa saber documentar, sistematizar e compartilhar experiências, levando aos docentes, por exemplo, projetos bem sucedidos. Isso pode ser feito na escola, ou pela internet, com redes colaborativas.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coordena%C3%A7%C3%A3o_pedag%C3%B3gica