segunda-feira, 29 de abril de 2019

COMO FAZER UMA PLANO DE AULA

Selecionamos nesta postagem importantes dicas e sugestões de Como fazer um plano de aula eficiente com roteiro passo a passo, além de modelos prontos para imprimir.
O planejamento escolar é uma tarefa do educador que compreende tanto a previsão das atividades em termos de organização e coordenação diante dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. Através do planejamento é que o professor programa as ações de suas aulas, sendo este também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação (LIBÂNEO, 2013).
O Planejamento no ambiente escolar deve ser considerado como atividade que supõe o conhecimento da dinâmica interna do processo de ensino e aprendizagem e das condições que determinam sua efetivação. Nesse sentido, o planejamento do ensino constitui-se basicamente a partir da ação do professor em definir os objetivos a serem alcançados, desde seu programa de trabalho até eventuais e necessárias mudanças de rumo, no qual cabe ao professor diagnosticar o objetivo a ser alcançado, as estratégias de ensino e de avaliação e, agir de forma a obter um retorno de seus alunos no sentido de redirecionar sua matéria.
Mas como fazer um plano de aula eficiente e eficaz? Confira:

O que é um planejamento de ensino?

Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados de modo a possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e ações necessárias, e tudo o mais que seja delas decorrente, no sentido de tornar possível alcançar os objetivos e metas desejados e nele preestabelecidos.
  • É um processo que exige organização, sistematização, previsão, decisão.
  • É um ato político-pedagógico porque revela intenções e intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o que se pretende atingir.

Etapas do Planejamento de Ensino

  • A PREPARAÇÃO consiste em se formular objetivos claros e a previsão de todos os passos necessários para alcançá-los;
  • O ACOMPANHAMENTO visa a forma de atuação do professor e o aprendizado do aluno;
  • O APRIMORAMENTO busca a avaliação do alcance dos objetivos traçados.
Confira alguns planos de aulas prontos sobre diversos assuntos e disciplinas (clicando aqui).

Como fazer um plano de aula?

 plano de aula é um instrumento de trabalho que específica os comportamentos esperados do aluno, os conteúdos, os recursos didáticos e os procedimentos que serão utilizados para sua realização. Ele busca sistematizar todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que professor e aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.


Confira a seguir algumas dicas e sugestões de Como fazer um plano de aula:

Ementa:

  • Resumo dos conteúdos que irão ser trabalhados;

Objetivos:

  • Formação de habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos: habilidades cognitivas, sociais, atitudinais etc.

Conteúdos:

  • Saber sistematizado, hábitos, atitudes, valores e convicções;

Metodologia:

  • É o estudo dos métodos, ou seja, é a forma que se irá desenvolver as ações;

Recursos:

  • Instrumentos utilizados para a realização das ações.

Avaliação:

  • Deverá considerar o avanço que aquele aluno obteve durante o curso.

Como fazer um plano de aula? Dicas importantes


Objetivos:
  • Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer e relatar.
  • Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar.
  • Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar.
  • Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar.
  • Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar.
  • Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.
Metodologia:
  • Aula expositiva dialógica (Vice-Versa)
  • Exposição via televisão ou via televisão/DVD de filme, documentário, clipe e etc.
  • Exposição de slides
  • Elaboração de fichamentos
  • Resumos de textos pré-selecionados
  • Mapeamentos
  • Resolução de exercícios,
  • Atividades práticas
  • Alongamentos
  • Condicionamento físico
  • História da (…)
  • Técnicas de (…)

Como fazer um plano de aula? Roteiro passo a passo


Como escolher um tema de aula?

  • Escolha um tema geral para a sua aula;
  • A escolha do tema pode ser influenciada por um assunto do momento, uma data comemorativa ou mesmo fazer parte da grade curricular padrão.

Como definir a aplicação do plano de aula?

  • É preciso ser identificado para saber qual o tipo de atividade poderá ser aplicado para os alunos de acordo com a sua idade e suas dificuldades;

Quanto tempo deve durar um plano de aula?

  • Nem sempre a duração do plano de aula ou de um projeto tem a duração prevista ou recomendada, pode ser que dure mais ou menos, depende muito do tempo e do processo de andamento de cada atividades e das dificuldades da turma, o importante é que você consiga chegar ao objetivo principal do seu temo escolhido;

Como definir a disciplina?

  • Qual a matéria escolar que está envolvida com o tema;

Qual o objetivo?

  • Como todo projeto e plano de aula, o objetivo é a parte central do trabalho, como o nome já diz, é o objetivo que você quer alcançar com os seus alunos.
Importante, nesta etapa do processo, você deverá usar verbos no tempo presente, como:
  • Desenvolver a ação coletiva;
  • Articular o cotidiano com a vida escolar;
  • Despertar o interesse pelo assunto;
  • Instigar o trabalho em grupo;
É importante destacar que os objetivos do plano de aula não precisam ser necessariamente objetivos grandiosos e resultantes em grandes projetos. Uma vez aplicado no ambiente escolar, o objetivo se torna unicamente o aprendizado do conteúdo trabalhado no plano de aula.

Desenvolvimento do plano de aula?

  • Aqui você vai colocar as suas idéias de como ira desenvolver o tema escolhido, propondo atividades, brincadeiras, jogos, diálogos, como irá utilizar os recursos escolhidos, etc; O plano de aula pode envolver jogos e brincadeiras, tornado o aprendizado mais divertido.

Quais recursos usar?

  • São matérias que você irá utilizar em sala de aula, como: som, livro didático, lápis de cor, cd, quadro negro, matérias recicláveis, etc;
  • Vale lembrar que o planejamento desses recursos deve ser feito com antecedência, para garantir que estarão disponíveis.

Como avaliar o plano de aula?

  • Avaliar qual o desempenho da criança durante o processo de ensino e aprendizagem durante a aula. Qual foi a sua meta? Conseguiu alcançá-la? Avalie o trabalho individual e o trabalho em grupo, e qual o conhecimento adquirido por seu aluno durante o projeto.

O que observar no plano de aula?

Observação: Nenhum projeto e nenhum plano de aula é igual ao outro, devemos seguir a exigência de cada instituição de ensino, se a sua ideia não deu certo, vale a pena improvisar e melhorar, o importante é sempre produzir conhecimento e auto confiança. Imprevistos fazem parte do cotidiano escolar.
É importante que você mesmo tenha um modelo de passo a passo para o plano de aula, isso ajudará na elaboração de projetos ao longo do tempo, você adquire mais experiência e acumula ideias para as próximas vezes que precisar montar um plano de aula divertido e educativo.
O planejamento escolar é um conjunto de planos de aula, que pode ser elaborado antes ou durante o ano letivo, mas não deve ser fixo e seguido a risca, ele deve atender ao seu contexto escolar.
Vale lembrar que, principalmente para a educação infantil, alguns planos de aula estarão presentes todos os anos, como no caso de datas especiais. Então vale a pena ao longo do ano ir coletando ideias para as aulas sobre o dia da mulher, dia dos pais, festas juninas e outras atividades para datas comemorativas.
Alguns temas são recorrentes em várias etapas da vida escolar do aluno, como as disciplinas de português e matemática, então podem ser projetos de médio a longo prazo. Outros temas recorrentes como meio ambiente podem ser tratados como planos de aula escolares.

Como fazer um plano de aula? Modelo de plano de aula para imprimir

Como fazer um plano de aula? Modelo de plano de aula para imprimir

domingo, 28 de abril de 2019

DEVEMOS COMEMORAR O DIA DAS MÃES NA ESCOLA, SIM ou NÃO?

Muitos especialistas questionam o papel dessa e de outras comemorações dentro das instituições de ensino.

Uma das discussões é sobre as crianças que, em suas histórias de vida, trazem situações delicadas em relação às mães, como separação, doenças e até perda.
Outro argumento é que as famílias não são mais as mesmas de algumas décadas atrás. Elas existem nos mais diferentes formatos, e em alguns deles a clássica figura materna não está presente. Alguns exemplos são casais separados, mães que não têm ou dividem a guarda, filhos de pais solteiros e também os de casais homo afetivos.
As escolas que concordam em fazer apresentações e homenagens às mães podem expor as crianças a essas situações de diferenças, por isso quem é contra vê isso como um possível constrangimento e prefere promover o Dia da Família, que contempla todas as configurações familiares e celebra o amor e a gratidão a quem está sempre ao lado dos pequenos.

Já quem defende a comemoração do Dia das Mães nas escolas, usa a data para incentivar um contato maior da instituição com a mãe e promover a aproximação entre os pais e a criança. A integração ainda ressalta a importância do afeto através do presente artesanal que geralmente as turmas fazem para as mães e/ou responsáveis. Nesse caso, acredita-se que as diferenças entre as famílias podem ser pauta para assuntos como tolerância e respeito, e que, independente de por quem é criada, a criança tem sempre uma referência a quem prestar homenagem.

Além disso, escolas que fazem uma celebração de Dia das Mães acreditam que é bastante prazeroso para o aluno ver os pais conhecendo seus amigos, seus professores e o ambiente em que ele passa muitas horas do dia. Como resultado, a criança fica mais aberta a conversar em casa sobre a rotina, tirar dúvidas e compartilhar suas vivências.
E você, mamãe, o que acha sobre as comemorações na escola e qual a melhor forma de incluir as famílias diferentes?

FONTE: Só Escola

sexta-feira, 19 de abril de 2019

AS RESPONSABILIDADES DO DIRETOR

Entenda o papel do líder da escola, encarregado de orquestrar a administração da instituição, o fazer pedagógico e a relação com a comunidade

Escola organizada e limpa, equipamentos funcionando, contas em dia, funcionários em ação, comunidade participativa - e, acima de tudo, alunos aprendendo. Esse é o cenário ideal para uma instituição de ensino. Não se chega a ele sem muito trabalho e sem a presença de um diretor à sua frente. Ele deve ser um profissional que, na definição clássica do pesquisador Antônio Carlos Gomes da Costa, conjuga três perfis básicos:
  • Administrador escolar: mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e instruções, é exigente no cumprimento de prazos;
  • Supervisor pedagógico: valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente;
  • Líder sociocomunitário: preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.
Não é uma tarefa fácil. O diretor precisa ter conhecimento e sensibilidade para lidar com os diversos aspectos que interferem no bom funcionamento da escola que dirige: do domínio das questões financeiras e legais à comunicação com pais, do relacionamento entre os funcionários à gestão da infraestrutura do local. A lista abaixo dá uma ideia da complexidade de sua atuação:
As principais funções do diretor
  • Cuidar das finanças da escola;
  • Prestar contas à comunidade;
  • Conhecer a legislação e as normas da Secretaria de Educação para reivindicar ações junto a esse órgão;
  • Identificar as necessidades da instituição e buscar soluções junto às comunidades interna e externa e à Secretaria de Educação;
  • Prezar pelo bom relacionamento entre os membros da equipe escolar, garantindo um ambiente agradável;
  • Manter a escola esteja limpa e organizada;
  • Garantir a integridade física da escola, tanto na manutenção dos ambientes quanto dos objetos e equipamentos;
  • Conduzir a elaboração do projeto político-pedagógico, o PPP, mobilizando toda a comunidade escolar nesse trabalho e garantindo que o processo seja democrático até o fim;
  • Acompanhar o cotidiano da sala de aula e o avanço na aprendizagem dos alunos;
  • Ser parceiro do coordenador pedagógico na gestão da aprendizagem dos alunos;
  • Incentivar e apoiar a implantação de projetos e iniciativas inovadoras, provendo o material e o espaço necessário para seu desenvolvimento;
  • Gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores, orientadores e funcionários;
  • Manter a comunicação com os pais e atendê-los quando necessário.
Todo esse trabalho, no entanto, não pode ser solitário. O diretor, como líder da escola, deve envolver sua equipe de professores, coordenadores, orientadores e funcionários no planejamento e execução das tarefas. Além de garantir uma gestão transparente e democrática, saber delegar é fundamental para dar conta do trabalho.
Essa articulação e parceria entre todos os profissionais deve sempre visar à meta principal de toda e qualquer escola: a aprendizagem dos alunos. Afinal, é função primordial do gestor prezar pela qualidade do fazer pedagógico da instituição que dirige, não sendo apenas um provedor e organizador de recursos.
FONTE:  Gestão Escolar

quinta-feira, 18 de abril de 2019

O QUE FAZ CADA MEMBRO DA GESTÃO ESCOLAR?

Diretor, vice-diretor, coordenador e orientador pedagógico são primordiais para o bom funcionamento da escola

Para uma escola funcionar de maneira organizada, não é só cada um no seu quadrado: os profissionais envolvidos na gestão precisam trabalhar em conjunto, dentro das suas responsabilidades. Diretores, vice-diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais devem trabalhar em conjunto para complementar o trabalho do professor – e garantir o aprendizado do aluno. "Essa organização é para melhorar o desenvolvimento e desempenho de todos os que estão envolvidos nos processos pedagógicos", afirma Márcia Regina Chammas, orientadora educacional há 19 anos na unidade Higienópolis do Colégio Rio Branco. Abaixo, explicamos qual é o papel de cada um dos atores da gestão escolar. Confira:

Diretor, o líder da comunidade"Orquestrar a administração de um colégio", foi assim que Lucia Seixas, diretora e mantenedora do Colégio Conexão há 28 anos, de Taguatinga, Distrito Federal, define o papel de diretora. Segundo ela, o diretor desempenha múltiplas funções para garantir o aprendizado de seus alunos a partir de uma educação continuada de sua equipe docente. Responsável por administrar uma escola, cuidar das finanças, supervisionar o projeto político-pedagógico (PPP), cuidar da equipe, organizar eventos escolares e envolver a comunidade são algumas das tarefas atribuídas ao diretor.

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Vice-diretor, o braço direito"É uma função que nos dá a responsabilidade de tomar certas decisões e às vezes tem a importância de ser um elo entre os professores e o diretor", afirma Gilmara Marques de Souza, vice-diretora da Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira, localizada em Itabirito, Minas Gerais. O vice-diretor é àquele responsável por auxiliar o diretor em suas atribuições, contribuindo para a gestão administrativa e pedagógica e compartilhando as tarefas. Ainda assim, é importante ressaltar diretores e vice-diretores podem se dividir de acordo com os pontos fortes de cada um.

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Coordenador pedagógico, o guardião da aprendizagemCompreender os pontos fortes e fracos que a escola tem, garantir o PPP, cuidar da formação continuada da equipe e acompanhar os resultados de aprendizagem da escola são algumas das funções que o coordenador deve desenvolver no ambiente escolar. "No dia a dia temos múltiplos papéis. A função do coordenador é articular a proposta curricular com os professores e de ser mediador entre as demandas dos alunos, das famílias, dos diretores e dos professores", explica Anderson Weber, coordenador pedagógico do Colégio Mater Amabilis, localizado em Guarulhos, São Paulo.

LEIA MAIS   Coordenador pedagógico: o que fazer e o que não fazer
Orientador educacional, o mediador"Mediação" é a palavra-chave que a coordenadora Márcia usa para definir o trabalho que faz de orientadora educacional. Ela explica que o orientador pode e deve ajudar na articulação entre alunos, professores e pais. "Acredito que o orientador pela qualidade diferenciada de seu olhar pode contribuir e proporcionar o desenvolvimento e o desempenho de todos os que estão envolvidos nos processos educacionais-pedagógicos", explica.

LEIA MAIS   O papel do orientador escolar
Diferentemente de professores e outros profissionais que desempenham seu trabalho focado no currículo disciplinar, o orientador busca entender o comportamento dos alunos em uma perspectiva mais ampla. Ele também deve trabalhar em conjunto com outros profissionais no ambiente escolar e da comunidade buscando construir, a partir da escuta e diálogo, a formação dos alunos. Segundo a orientadora, projetos desenvolvidos dentro e fora de sala de aula também é parte essencial do trabalho deste profissional.

FONTE:  Gestão Escolar

quarta-feira, 17 de abril de 2019

DIRETOR É FUNDAMENTAL PARA GARANTIR APREDIZAGEM

Quanto mais altos os níveis de gestão, melhor o desempenho dos alunos, diz Universidade de Stanford

Para garantir que os alunos aprendam, toda a comunidade escolar precisa estar envolvida na construção e na aplicação do projeto político pedagógico (PPP). E isso inclui a participação ativa do diretor, responsável por administrar a escola, supervisionar o trabalho da equipe e assegurar que a formação dos professores se reflita em resultados na sala de aula.
Com o objetivo de entender como algumas práticas de gestão escolar estão relacionadas com a aprendizagem, pesquisadores da Universidade de Stanford entrevistaram diretores de 1800 escolas de Ensino Médio de oito países em 2015, entre eles Reino Unido, Canadá, Suécia, Brasil e Índia. Eles identificaram que, quanto mais altos os níveis de gestão, melhor o desempenho dos alunos em exames padronizados. No Brasil, por exemplo, foram avaliados os resultados do Enem e da Prova Brasil.
Segundo os pesquisadores, entre as medidas adotadas pelas melhores instituições estão a definição de objetivos e metas de aprendizagem; o monitoramento e o uso de dados para identificar as dificuldades dos alunos; a incorporação de boas práticas de ensino; a valorização dos professores e a capacidade de incentivar e reter os melhores talentos.
Angela Luiz, coordenadora pedagógica da Área de Gestão da Comunidade Educativa Cedac, explica que a parceria da dupla gestora é fundamental para criar estratégias e intervenções que atendam às necessidades dos estudantes. “Enquanto o diretor assegura o espaço e os recursos para a formação docente, o coordenador deve estar mais próximo à sala de aula e aos resultados dos alunos”, aponta. Ela destaca que, embora o diretor tenha outras demandas, como processos administrativos e financeiros, todas as suas atividades precisam estar a serviço da aprendizagem.
Os docentes podem utilizar instrumentos de avaliação para registrar as habilidades e o desenvolvimento das turmas - informações que serão úteis para que o coordenador e o diretor identifiquem melhorias, segundo Angela. “O gestor deve analisar esses dados de forma colaborativa com toda a equipe para, depois, definir um plano de ação, estabelecer metas e buscar os recursos necessários para colocá-las em prática”, diz.
Liderança e bom clima escolar
Ernesto Faria, diretor do Iede e doutorando em Organização do Ensino, Aprendizagem e Formação de Professores na Universidade de Coimbra, acrescenta que o diretor tem um papel de liderança dentro da escola para garantir um bom clima escolar. “O gestor deve inspirar e nortear o trabalho da equipe, favorecendo uma boa relação entre a dupla gestora e os professores. Além disso, deve estar engajado com o que está sendo feito na sala de aula e ter clareza das ações que precisam ser colocadas em prática”, explica.
O uso de dados sobre a aprendizagem também pode ajudar o diretor a oferecer suporte para os professores, auxiliar os alunos dentro e fora de aula e facilitar a relação com as famílias, afirma o diretor do Iede.
Na EREM Alberto Torres, em Recife (PE), a diretora Girselha da Silva Queiroz pediu para que seus professores fizessem o planejamento de aulas em conjunto, o que mudou a relação dos alunos com o conteúdo. A prática também serviu para os docentes de todas as disciplinas refletirem sobre os resultados da escola no Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE), que avalia o desempenho dos alunos nas disciplinas de Português e Matemática.
Com esses dados em mãos, Girselha transformou os gráficos em intervenções para as aulas, em parceria com os docentes. “O coordenador e o diretor são mediadores e facilitadores desses encontros entre os professores, momento em que podem trocar e produzir conhecimento”, reflete a diretora.
FONTE:  Gestor Escolar

segunda-feira, 15 de abril de 2019

COORDENADOR, VOCÊ NÃO SABE DE NADA!

Essa é uma certeza que todo coordenador precisa ter em mente ao começar o ano

Aprender com os erros dos outros vai fazer você entender os problemas da escola e compreender os colegas.
Então o Ano Novo traz uma função nova, numa escola nova (ou não) e junto com ela um montão de desafios. Será que vou dar conta do recado? Já estive nesse mesmo lugar e poderia, se vocês tiverem interesse, compartilhar alguns erros e acertos que aconteceram comigo.
Primeiramente tenha uma certeza em mente: “Você não sabe de nada”. Se for uma nova escola, você não sabe nada porque não conhece a escola, se é na mesma escola na qual você lecionava antes, não sabe de nada porque não olhou para sua escola do ponto de vista da coordenação.
Não estou dizendo que você não sabe de nada porque não tem qualificação para a função, não é por aí. Estou dizendo que você precisa aceitar que não sabe de nada e que não vai chegar com a solução mágica para os problemas de ninguém. Ninguém está esperando que você chegue com essa possibilidade, mas sim, com desconfiança, cautela e até talvez, quem sabe, um pouco de esperança.
Aceitar que não se sabe de nada nos faz mais humildes, mais próximos e muito mais capazes de olhar para o entorno sem preconceito, além de fazer-nos ansiosos por descobrir e conhecer toda a comunidade escolar. Não creio que eu soubesse disso na época em que comecei. Fosse esse o caso, talvez tivesse evitado que muitas ideias que borbulhavam na minha cabeça fossem desperdiçadas em projetos que não tiveram adesão, nem conclusão.
Aceitar que não se sabe de nada não é gritar aos quatro ventos que você não sabe o que está fazendo lá, nem por onde vai começar. É uma disposição interior, um compromisso que você assume consigo mesmo de que vai entrar nessa permitindo que os outros se mostrem, que a comunidade lhe acolha, sem derrubar sobre eles todo o seu conhecimento e sabedoria, erguendo um muro muitas vezes intransponível.
Entendido isso, você precisa de informação. Busque em sites especializados os índices da escola na Prova Brasil, no Ideb, Ana, índices de aprovação, reprovação e evasão. Organize os dados de forma que você compreenda se a escola evoluiu ou não, se a dificuldade maior está em Língua Portuguesa ou Matemática, em que séries a escola mais reprova, e tudo mais que passar por sua cabeça. Essas informações são públicas e qualquer pessoa pode ter acesso. Dessa forma, você constrói uma imagem da escola. Mas lembre-se: mesmo com todas essas informações, você ainda não sabe de nada porque atrás desses dados há pessoas, que estavam fazendo o seu trabalho e tomaram certas decisões que levaram a estes números. Positivos ou negativos não importa. Os números não são nada sem as pessoas.
Na secretaria da escola também é possível encontrar muitas informações úteis, tanto nos arquivos como com o próprio secretário. Se a escola não possui um sistema prático que organiza os resultados de cada ano, você pode dar uma olhada nas atas finais dos últimos anos letivos e ver qual o perfil dos alunos que estão sendo reprovados, a distribuição de turmas e quais os índices de aprovação de cada professor.
Depois de conhecer todos os dados da escola, o próximo passo é estabelecer uma parceria com seus colegas na equipe pedagógica. Na rede na qual trabalho, os gestores começam a trabalhar antes dos professores o que dá um bom tempo para que a equipe se conheça, converse e estabeleça como vai trabalhar. Nossa equipe na escola tem reuniões semanais para discutir e tomar decisões. Ninguém deve estar sozinho, nem a coordenação, nem a direção, muito menos alunos e professores. Uma equipe segura consegue conduzir a escola com tranquilidade e o coordenador é uma parte importante dessa equipe.
Quando os professores chegarem, você e sua equipe já devem ter as primeiras reuniões programadas. É neste momento que você se apresenta e começa a conhecer os colegas. É importante realizar atividades que permitam que todos possam falar e opinar sobre a escola a partir do seu ponto de vista, quais são os pontos positivos e o que pode melhorar. Também seria importante mostrar a todos a análise que você fez a partir dos índices da escola. Sei por experiência própria que geralmente esses números não são levados em conta pelos professores. Em muitas escolas, nas reuniões iniciais, são discutidas algumas metas para o ano letivo. Participe desta discussão e aceite as decisões feitas coletivamente. Se você for um bom observador conseguirá compreender como as decisões são tomadas, quem participa mais, quem aparenta ter mais poder, quem se omite. Lembre-se novamente que você não sabe de nada e que precisa compreender as relações que se estabelecem, sem julgar ou tomar partido.
Durante o ano letivo, uma de suas funções será planejar e organizar as coisas para que as metas sejam atingidas e o processo seja avaliado. Fazer uma parada no meio do ano para avaliar o que está sendo realizado sempre é positivo. Se você busca ajudar a construir uma escola democrática e autônoma, precisa que todos participem dessa avaliação: alunos, professores, funcionários e pais.
Lembre-se de que nenhum projeto ou meta se estabelece no primeiro ano. Se sua escola já tem uma caminhada positiva em relação ao desempenho dos alunos e uma identidade constituída fica mais fácil, mas não menos trabalhoso. Se sua escola ainda está lidando com resultados negativos, não se desespere. Continue conhecendo e aprendendo sobre/ com os colegas e alunos, sempre tentando configurar alguns índices e parâmetros para demonstrar o desenvolvimento ou a estagnação do trabalho.
Se existe uma dica que eu tenho prazer em compartilhar é esta: colete, analise e divulgue dados. Tanto os dados oficiais externos, como dados coletados dentro da própria escola. Por exemplo, identifique o nível de escrita e leitura dos alunos ao final de cada ano do ciclo de alfabetização e compare com os outros anos ou compare as avaliações dos alunos no meio e no final do ano letivo. Assim fica mais fácil identificar os problemas. Precisamos trabalhar a partir de problemas reais da escola para alcançar mudanças que possam ser mensuráveis.
De resto, só posso desejar boa sorte e lembrar mais uma vez que a gente não sabe mesmo de nada e só começa a conhecer quando se permite olhar para fora e para dentro, sem preconceito.
FONTE:  Gestão Escolar

domingo, 14 de abril de 2019

COMO (E O QUÊ) DIZER AO PROFESSOR QUANDO ALGO QUANDO ALGO PRECISA MUDAR

Quando ficar claro que os alunos estão sendo prejudicados, o coordenador deve intervir para garantir a aprendizagem


É importante ter uma conversa transparente com o professor e explicar quais são os problemas enxergados

Planejar junto com os professores, acompanhar as aulas, sugerir outras possíveis metodologias são funções que se espera que o coordenador desempenhe. Até aí, tudo bem, porque podem se construir grandes parcerias entre professor e coordenador. Mas se a partir do acompanhamento, o coordenador percebe que o professor está equivocado na metodologia que emprega, na forma com que se relaciona com os alunos ou na expectativa em relação ao desempenho dos alunos, por exemplo, e não aceita suas sutis observações, então é hora de mudar a conversa.
Nestes momentos, creio que sempre estamos num lugar frágil e delicado, porque o coordenador deve dizer ao professor o que pensa, mas de uma maneira positiva. Em outro texto que escrevi e foi publicado neste blog, uma pessoa deixou um comentário que me tocou profundamente. Dizia mais ou menos assim: “Um mau coordenador pode destruir um professor”.
Refleti muito sobre esta frase porque nunca quero estar neste lugar de “mau coordenador” – mas também preciso fazer meu trabalho e nem sempre é fácil e tranquilo falar com os professores. Então o que fazer? E como fazer?
Em nossa escola, temos reuniões semanais de toda equipe gestora (diretor, vice-diretor, coordenador de Anos Finais e anos Iniciais e orientador educacional) e nestes encontros todos trazemos pautas para discutir. Quando um fato como esse acontece comigo (de ter de falar seriamente com o professor para mudar o que não funciona em sala de aula), coloco em pauta na reunião e discutimos juntos o problema que identifiquei, a necessidade de fazer uma intervenção e depois a estratégia a ser utilizada. Fica estabelecido também quem acompanhará a conversa, pois o coordenador não precisa estar sozinho nessa ação.
Acredito que cada situação é diferente, então não tenho dicas de como agir em todas as situações em que vocês, coordenadores, se encontram. Porém, creio que poderia trazer alguns pontos importantes para pensar.
Acompanhar um professor não é só saber se ele entrega a papelada em dia, chega no horário ou cumpre as regras. Para acompanhar adequadamente, o coordenador precisa visitar a sala de aula, ler o planejamento, ver o resultado das avaliações, antes de emitir alguma opinião sobre o trabalho do professor. Precisa compreender qual a metodologia usada pelo professor, qual a eficácia dela com os alunos e verificar como ele reage ao auxilio no planejamento. Isso leva tempo, principalmente se o coordenador ou o professor são novos na escola ou na função.
Sempre é bom ter em mente a frase que citei antes e ter cuidado ao emitir julgamentos sobre os professores, principalmente para quem não é da equipe gestora, ou seja, outros professores, pais, colegas. Uma avaliação mal feita e um julgamento apressado podem comprometer seu trabalho e a reputação do professor. Além do mais, o coordenador não é o dono da verdade, nem tem todas as respostas.
Quando você tiver certeza de que existem intervenções que devem ser feitas, é chegada a hora de dividir tudo com sua equipe. Neste momento, você deve trazer tudo o que observou, explicar como obteve esses dados e como foram as conversas com o professor. As seguintes ações devem ser planejadas em conjunto.
Na escola, encontramos os mais diversos tipos de pessoas e, assim, os mais diversos tipos de professor, desde os mais qualificados pedagogicamente aos que parecem achar que ser professor é algo que desperta dentro da gente como o instinto materno, e não se preocupam em estudar, repetindo tudo como “era no meu tempo”. Independentemente disso, todos merecem respeito e profissionalismo no trato.
Quando temos uma situação com muitos pontos a serem discutidos, é importante que o coordenador escolha um problema de cada vez. Quando tratar do assunto, o coordenador deve ter um grande arsenal de sugestões, até mesmo sequências didáticas prontas para aqueles que não sabem como planejar. Todas as propostas devem ter retorno e avaliação posterior em nova conversa.
Os coordenadores devem saber que é preciso muita paciência e determinação, porque no frigir dos ovos quem está sendo prejudicado são os alunos. E os alunos devem ter seus direitos de aprendizagem garantidos, independentemente da falta de entendimento entre os adultos. Isso é uma coisa que deve estar sempre clara nas conversas. As mudanças devem acontecer para beneficiar a melhor aprendizagem da turma. Então, quando for detectado que os alunos estão sendo prejudicados, não pode haver muito espaço para a negociação.
Mantenha registros escritos e assinados pelas partes de todas as conversas realizadas. Uma das funções do coordenador é colaborar para a avaliação dos professores – e para aqueles que estão em estágio probatório, isso é muito importante.
Por fim, lembre-se de outro texto que eu escrevi: “Coordenador, você não sabe de nada” e elabore uma linha de atuação para você mesmo, sempre dentro do respeito pelo outro. Pode ser muito gratificante quando coordenador e professor chegam a um entendimento e realizam grandes projetos. Boa sorte!
FONTE:  Gestão Escolar

sábado, 13 de abril de 2019

POR QUE O COORDENADOR PEDAGÓGICO PODE SER O MELHOR FORMADOR DE PROFESSORES

A formação do professor está muito vinculada à ideia de que ele deve ser o especialista de sua disciplina, mas isso precisa mudar


formação de professores é uma das estratégias mais apontadas quando se fala em qualidade educacional. As possibilidades de viabilizar tal formação são inúmeras, mas aqui vou me ater a uma delas: o papel do coordenador pedagógico na formação continuada de docentes.
Em conversas com colegas percebi que é mais comum que o coordenador pedagógico se enxergue como multiplicador ou articulador dessas formações. Defendo o contrário. Creio que os coordenadores pedagógicos têm muito a contribuir para a formação continuada de docentes. Ninguém melhor que esse profissional conhece o perfil de sua equipe docente, as demandas dos educandos e o contexto da escola.
Vejo o coordenador pedagógico como aquele intelectual que, ao mesmo tempo em que põe a mão na massa, é capaz de compreender como a teoria e os debates em torno da Educação estão perto ou longe do chão da escola. É um ótimo termômetro da aplicabilidade das políticas públicas e das propostas pensadas pela universidade em cursos de pós-graduação, além de outras propostas das redes pública e privada.
Na elaboração da proposta de formação de professores, o coordenador pedagógico não pode perder de vista dois aspectos: sua posição como aquele que é detentor do saber e a solidão de seu trabalho docente.
Como detentor do saber, ainda é muito comum que os professores sejam formados pelas faculdades para ser tudo, exceto educadores. O desejo de torná-los altamente capazes de dominar os saberes próprios de sua disciplina, bem como de entupi-los de teorias sem propor sua articulação com a prática faz sair dos cursos de graduação profissionais que não estão preparados para a sala de aula.
Falo por mim. Pouco ou nada sabia da efetiva aprendizagem em sala de aula até pisar em uma como professor. Minha experiência era a de aluno e meu fazer pedagógico inicial se baseou naquilo que vi meus professores fazerem, para o bem e para o mal. Mas como desejamos ir, parafraseando Nietzsche, além do bem e do mal, a prática me mostrou que ou buscava formação mais específica e adequada, ou jamais conseguiria desempenhar meu papel de professor no século XXI.
Não há novidades quanto a isso, há mudança de postura. A minha – e a de muitos outros – veio com Paulo Freire, descoberto por mim décadas depois. Embora seja nosso Patrono da Educação e seja sempre citado aqui e acolá, suas ideias ainda não impactaram a sala de aula satisfatoriamente. Não precisamos dizer muito sobre isso a não ser aquilo que foi exaustivamente dito por ele: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
A formação do nosso professor ainda está muito vinculada à ideia de que ele deve ser o especialista dominador de sua disciplina como alguém encerrado em uma torre de marfim. Nosso professor sente-se muito desconfortável com a incerteza. E com razão: a sociedade – e os educandos – também esperam dele respostas para tudo.
E esse é um ponto no qual o coordenador pedagógico pode atuar para desconstruir. Sem dúvida enfrentará resistência, pois nesse caso trata-se de autodefesa, justa inclusive. No entanto, ninguém melhor que ele pode (de)formar seus colegas professores.
O outro aspecto que pode ser alvo do processo formativo proposto pelo coordenador pedagógico é o fazer docente como ato solitário. Permitam-me o trocadilho, mas precisamos tornar nossos professores solidários.
A prática docente, como bem o dizem Lessard e Tardif, em um belo e minucioso livro chamado O Trabalho Docente, tem sido um ato isolado. O professor entra na sala de aula, fecha a porta e esse espaço passa a ser um microcosmo alheio ao restante da escola, à comunidade e à sociedade em geral.
Iniciativas como a docência compartilhada, a organização curricular em projetos e práticas interdisciplinares mostram-se saídas para esse isolamento, mas é preciso atacar no ponto fulcral desse ostracismo: o discurso da minha aula. Infelizmente, o professor se construiu enquanto profissional como dono da aula que, assim, deixa de ser um tempo e um espaço para a troca e a construção compartilhada de conhecimento, com alunos e outros colegas, e passa a ser um feudo impenetrável. Como seria bom se um grupo de professores pudesse dizer “nossa aula de hoje”, como de fato há experiências relatadas Brasil afora.
Mas como fica o coordenador diante desse feudo? Aqui acredito que seu papel formativo associado à sua função como articulador do projeto da escola é a melhor forma de quebrar esse isolamento – melhor e única, pois as demais formações estão fora da escola e não reúnem aquele grupo de docentes.
Algumas redes têm garantido efetivamente o tempo de coletivo para o professor fora da sala de aula. Ainda há muitas dificuldades pela própria condição dos professores que, em vista de baixos salários, são forçados a acumular aulas em duas ou três escolas, além das obstruções burocráticas colocadas pelos sistemas para negar ao professor o acesso ao tempo de horário coletivo. No entanto, também ouvimos de colegas educadores discursos de pouca valorização desse tempo, como se o horário de formação em serviço fosse um fardo a ser carregado.
Por isso é importante que os coordenadores pedagógicos garantam a efetividade desse horário, e garantir sua efetividade significa:
  • Conscientizar a equipe de que o horário coletivo é o coração do processo para qualificação e articulação da proposta curricular da escola;
  • Cobrar o devido respeito de todos os profissionais aos tempos previstos para essa formação e planejamento da proposta da escola, considerando que assiduidade e pontualidade são fundamentais;
  • Construir uma pauta formativa e de planejamento que seja significativa para todos, em que teoria e prática estejam intimamente relacionadas;
  • Propor uma bibliografia que não subestime os professores em sua dimensão intelectual, afinal o professor também deve ser um pesquisador;
  • Avaliar constantemente o processo de formação, de modo que se possa perceber sua articulação à sala de aula e sua efetividade na transformação da escola.
Não é trabalho que se faça em um mês. Como disse em outro artigo, tudo que mexe com a cultura instituída em uma comunidade exige paciência para mudar, mas também coragem para fazê-lo. Afinal, é tão importante compreender como questionar. Até a próxima!