domingo, 31 de julho de 2022

FÉRIAS CONFORME A "CLT"

 
Imagem: Advogado Trabalhista

FÉRIAS – ASPECTOS GERAIS


Férias é o período de descanso anual que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo".

 

As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este chamado de "concessivo".

 

A lei não permite a conversão de todo o período em pecúnia, ou seja, "vender as férias", apenas autoriza que 1/3 do direito a que o empregado fizer jus seja convertido em dinheiro.


FRACIONAMENTO DO GOZO DAS FÉRIAS - EM ATÉ 3 PERÍODOS

 

De acordo com a Lei 13.467/2017 (que alterou o § 1º do art. 134 da CLT) a partir de 11.11.2017, as férias poderão ser usufruídas em até 3 (três) períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 (cinco) dias corridos, cada um, desde que haja concordância do empregado.

 

A concordância do empregado em dividir as férias em 3 períodos afasta o pagamento em dobro, desde que o último período de gozo esteja dentro do período concessivo, sob pena de o empregador pagar em dobro, os dias de férias gozadas fora do período concessivo.


FONTE: Guia Trabalhista



Imagem: Sindicato APEOC

Férias de professor, como funciona?

Tanto a legislação quanto a jurisprudência no Brasil são bastante restritivas no que diz respeito às férias, que é considerada uma questão diretamente relacionada à saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores.

De acordo com a legislação brasileira em vigor, a todo empregado é assegurado 30 dias de férias a cada 12 meses de trabalho (as chamadas “férias ganhas”). São pagas as férias do empregado e, além da remuneração das férias, ao empregado também é devido ao empregado um subsídio equivalente a 1/3 do valor das férias.

Professores, no entanto, possuem frequentemente regras diferentes para as férias, apesar de serem pagos como outros profissionais da categoria.

Como funcionam as férias de professor?

No final do período de férias auferido por um trabalhador de outras categorias (12 meses), o empregador deve conceder férias dentro do período de 12 meses a partir da data em que o funcionário obteve as férias (denominado período de concessão). “Concessão” deve ser interpretada como “permissão para o funcionário tirar férias efetivamente”, não sendo permitida sua mera substituição por pagamento em dinheiro. Na verdade, as férias não podem ser convertidas em pagamento (em substituição às férias) a não ser a pedido do empregado e, mesmo nesse caso, apenas 1/3 das férias podem ser convertidas.

Acontece que para os professores, a questão é diferente. O ano letivo tem 3 meses de intervalo: dezembro, janeiro, e julho. Em um desses meses, geralmente julho, os sindicatos obrigam por acordo coletivo que os professores tenham 30 dias de férias coletivas. Geralmente o mês escolhido é julho.

Além dos 30 dias de férias coletivas, os professores podem ter direito a um recesso de 15 a 30 dias. Este recesso ou férias deve ser tirado em um mês diferente do das férias coletivas. Por exemplo, se as férias foram em julho, o recesso deve ser tirado em dezembro ou janeiro. Se as férias foram concedidas em dezembro ou janeiro, o recesso deve ser tirado em julho.

Há uma lei de férias do professor em janeiro?

Sim, em muitos municípios e estados. É preciso conversar com seu sindicato para entender como vão funcionar as férias dos professores em sua cidade ou estado.

O salário de férias é pago como o de qualquer profissional que sai de férias. Em recessos, o salário é pago normalmente, sem o adicional de férias de 1/3.

Professor pode fracionar férias?

Uma restrição imposta pela legislação brasileira é que, via de regra, as férias individuais sejam gozadas em um único período, vedado o fracionamento. A Reforma Trabalhista, no entanto, possibilitou o fracionamento das férias em até 3 períodos de 10 dias.

Porém, por conta do esquema de funcionamento das escolas, o fracionamento de férias não está previsto em convenções coletivas de trabalho de professores.

Note que professores, em alguns estados, são diferentes de instrutores, com sindicatos diferentes também para a representação dos profissionais. Instrutores, geralmente, tem mais liberdade, e podem fracionar as férias. Eles atuam geralmente em cursos e não em escolas que precisam respeitar o ano letivo.

Acordos podem possibilitar diferentes esquemas de férias para professores

Algumas escolas podem efetivar um acordo com sindicatos para poder possibilitar diferentes esquemas de férias e de recesso. Porém, os acordos podem ser limitados por legislações municipais e estaduais.
(...)

FONTE: Ponto RH



sábado, 30 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - Pesquisa de Campo

 TEMA DA SEMANA (2ª Parte): Metodologias Ativas
Semana de 24/07 à 30/07
Sábado, dia 30/07/22

(Requer adaptação para o Ensino Fundamental)

VÍDEO-1

PESQUISA DE CAMPO, METODOLOGIA CIENTÍFICA.


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Pesquisa de campo: conceitos, finalidade e etapas de
como fazer

A pesquisa de campo é um procedimento bastante utilizado no meio acadêmico, e se caracteriza pelas investigações com coleta de dados, em campo.


O que é uma pesquisa de campo?

A pesquisa de campo é caracterizada por investigações que, somadas às pesquisas bibliográficas e/ou documentais, se realiza coleta de dados junto à pessoas, ou grupos de pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa.

Neste sentido, a pesquisa de campo, assim como a bibliográfica, pode ser somada a outros procedimentos.

Visando uma pesquisa mais completa você pode agregar esta pesquisa com a pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação e a pesquisa participante, por exemplo.

Neste cenário, a pesquisa de campo surge como uma das formas de investigação mais difundidas e utilizadas por pesquisadores e alunos em seus trabalhos acadêmicos e científicos.

Qual é a finalidade da pesquisa de campo?

Desta forma, a pesquisa de campo tem a finalidade de observar fatos e fenômenos da maneira como ocorrem na realidade por meio da coleta de dados.

Posteriormente tais dados serão analisados e interpretados com base em uma fundamentação teórica sólida e bem fundamentada.

O objetivo será, especialmente, compreender e explicar o problema que é objeto de estudo da pesquisa.

Pesquisa de campo e áreas do conhecimento

A pesquisa de campo pode ser utilizada em qualquer área do conhecimento.

Entretanto, algumas delas como Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia, História, Pedagogia, Política, fazem grande uso  para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades e instituições.

Assim, buscam compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade.

Como desenvolver uma pesquisa de campo

Para sua execução, é preciso selecionar as técnicas de coleta de dados que sejam mais adequadas à natureza do tema.

Além disso, é preciso definir quais técnicas serão aplicadas para o registro e análise dos dados coletados.

Dependendo das técnicas de coleta e análise  dos dados, a pesquisa poderá adquirir a característica quantitativa ou qualitativa.

Todo o processo de planejamento e execução começa com a definição do tema do trabalho e do problema de pesquisa.

Uma vez que se tenha objetivos geral e específicos, deve-se iniciar o trabalho de revisão da literatura, onde é preciso buscar fontes de pesquisa que pautem sua investigação ao fornecer conceitos e informações já estudados sobre aquele tema.

Essa procura por referências teóricas se caracteriza por uma pesquisa bibliográfica, que pode envolver a pesquisa em livros, artigos, reportagens, documentos oficiais e trabalhos científicos, como teses e dissertações.

Todo o conteúdo encontrado ao longo desse levantamento teórico vai servir para contextualizar o problema de pesquisa e apontar lacunas que precisam ser preenchidas para se chegar aos objetivos do estudo.

Isso quer dizer que muitos dados que podem ser importantes para se atingir os objetivos do seu trabalho não são encontrados no levantamento teórico, onde entra a pesquisa de campo.

Técnicas de coleta de dados

A pesquisa de campo não prevê técnicas específicas para a coleta de dados, sendo que elas podem variar bastante de acordo com as necessidades do trabalho.

Ou seja, as técnicas utilizadas devem ser selecionadas e aplicadas conforme a natureza dos dados que precisam ser colhidos, sendo que essas técnicas podem se basear em métodos quantitativos ou qualitativos e algumas das mais utilizadas são observação, entrevista e questionário.

Etapas da Pesquisa de Campo

1. Pesquisa bibliográfica

Inicialmente, deve-se realizar uma pesquisa bibliográfica aprofundada, principalmente para conhecer melhor o seu objeto de pesquisa e os trabalhos já desenvolvidos na área

2. Determinação da metodologia

Em parceria com seu grupo de pesquisa ou a pessoa que está te orientando, deve-se definir a metodologia para coleta e análise de dados.

3. Interpretação dos resultados

Um dos passos mais importantes é a análise dos dados coletados por meio do referencial teórico. Basicamente, o seu referencial deve explicar a sua realidade, ou, ao menos, tentar justificar.

4. Comunicação/publicização

Ainda, tão importante quanto realizar uma boa  análise de qualidade, é fundamental que todos os resultados sejam publicizados. Seja por meio da apresentação do seu trabalho, ou a publicação em anais de eventos ou artigos em periódicos.

Tipos de pesquisa de campo

A pesquisa de campo pode ser classificada em três tipos principais, de acordo com o objeto de estudo e a metodologia: Exploratória, Quantitativa-Descritiva e Experimental.

Pesquisa de campo Exploratória

Objetiva estreitar o conhecimento com o tema a ser estudado, ajudar na formação de hipóteses e facilitar a determinação de métodos e técnicas.

Pesquisa de campo Quantitativa-Descritiva

Visa a descrição detalhada do objeto de estudo em dados quantitativos, podendo ser usados desde testes estatísticos a avaliações subjetivas com escalonamento quantitativo.

Pesquisa de campo Experimental

Na pesquisa experimental se determina um objeto de estudo.

Conforme Gil (2007), a pesquisa experimental objetiva selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciar o objeto.

Além disso deve-se definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Perguntas para a pesquisa de campo

Além destes tópicos relacionados ao tema, fazem parte da estrutura de uma pesquisa de campo:

  • A população (o público-alvo) a ser estudado
  • O método pelo qual a escolha da amostra será obtida
  • O tipo da abordagem metodológica (se quantitativa, qualitativa ou mista)
  • Quais fenômenos serão estudados
  • Os métodos de medição das variáveis de interesse
  • Tendo claras estas definições, o pesquisador pode partir para a pesquisa propriamente dita. Para isso deve criar o formulário para pesquisa de campo e obter seus dados.

Junto da coleta, o pesquisador deverá fazer o levantamento bibliográfico e o desenvolvimento da fundamentação teórica necessária ao trabalho em questão.

FONTE: Mettzer

sexta-feira, 29 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - World Cafe

 TEMA DA SEMANA (2ª Parte): Metodologias Ativas
Semana de 24/07 à 30/07
Sexta, dia 29/07/22

VÍDEO-1

METODOLOGIAS ATIVAS - World Cafe (Learning Cafe)

VÍDEO-2

WORLD CAFE


VÍDEO-3

METODOLOGIA WORLD CAFE


PROFESSOR(A), ADEQUE O VÍDEO E O TEXTO PARA A ÁREA DA EDUCAÇÃO.

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O conceito de World Café

Os desenvolvedores do método são Juanita Brown e David Isaacs. A história da criação, que data de 1995, é bem interessante e você pode conhecê-la no site The World Café. A premissa é oferecer uma tecnologia social com potencial para engajar pessoas em conversas importantes.

O World Café é um processo criativo baseado em diálogos entre indivíduos, numa elaboração coletiva e colaborativa para responder questões de grande relevância. Os participantes são divididos em grupos para conversar sobre um determinado tema previamente escolhido. As conversas acontecem em rodadas com duração determinada e, ao final de cada uma, os grupos são redefinidos de maneira que os participantes vão se misturando ao conversar com diferentes pessoas.

Mudar a composição dos grupos durante a atividade garante a máxima variação na combinação das ideias. Na natureza, a combinação genética entre os indivíduos gera diversidade e, da mesma forma, no Word Café, acontece um processo de polinização, em que duas ideias se encontram e dão origem a uma terceira. Quanto maior a polinização de ideias, melhor o resultado do World Café.

A finalidade da metodologia

A aplicação de atividades desse tipo destaca a incrível capacidade de aproveitar a diversidade de pensamentos, conhecimentos e pontos de vista existentes em um grupo. Desse modo, é possível fazer emergir da inteligência coletiva um sem-número de insights criativos que levarão à solução de um assunto em debate.

Na Ynner, entendemos como isso é poderoso e aplicamos a metodologia com os clientes diante de situações como estas:

  • a empresa está diante de cenários complexos e/ou precisa atingir resultados desafiadores;
  • a liderança deseja envolver o time na tomada de decisão, impulsionar o intraempreendedorismo e a motivação dos colaboradores, além de garantir o engajamento deles na hora de tirar as ideias do papel.

Recentemente, uma grande empresa nos procurou porque estava percebendo uma mudança no perfil do consumidor e antevendo a dificuldade que a organização enfrentaria para lidar com o novo padrão de comportamento.

Preparamos e conduzimos o World Café e, ao final da atividade, a organização sabia como poderia se transformar para atender o novo cliente. Tudo com base em projetos idealizados pela própria equipe, que finalizou a atividade motivada para agir a partir das próprias ideias.

A forma certa de alcançar resultados com World Café

Como já falamos, a metodologia tem caráter bastante livre. Porém, é importante saber que ela envolve 7 princípios fundamentais.

Nos itens abaixo, vamos explicar a você quais são eles e mostrar detalhes enriquecedores de aplicação que vieram dos aprendizados da Ynner durante os vários anos de preparação e condução das dinâmicas de World Café. Aprenda com a gente!

1. Definir e compartilhar objetivos

É importante que os participantes do World Café sejam impelidos para agir. Então, só compartilhar informações com o grupo, por exemplo, não é um bom motivo para fazer um World Café. A ideia do método é que os participantes sejam protagonistas na comunicação, na idealização e na geração de soluções para um problema. Portanto, o principal conteúdo de um World Café é gerado na própria atividade pelos participantes.

2. Simular o ambiente descontraído de um café

Não é à toa que a palavra Café aparece no nome da atividade. Queremos as pessoas confortáveis para expor ideias, sem receio de julgamentos, com pensamento, fala e escuta aguçados para resultar em alto potencial criativo. Reproduzir a atmosfera de um café com amigos, numa conversa informal e descontraída, é uma excelente prática.

3. Elaborar perguntas realmente poderosas

Este é um fator de alta relevância para o sucesso do World Café, pois precisamos de perguntas capazes de estimular um debate crescente, que motive o aprofundamento do nível da conversa. Esse é o segredo dos incríveis resultados que a dinâmica pode gerar.

4. Garantir que todos participem e contribuam

É normal ter, no grupo, alguns indivíduos extrovertidos e outros mais introvertidos. Como a polinização de ideias depende da máxima combinação de pontos de vista diversos, precisamos da participação de todos. Por isso, deve-se recorrer a técnicas que garantam que cada pessoa envolvida contribua, seja ouvida e apresente ideias.

5. Conectar diferentes perspectivas

Conforme os participantes trocam de mesa e participam de diferentes composições de grupos, eles têm a oportunidade de conhecer e conectar perspectivas distintas.

6. Escutar e prestar atenção aos insights

Os aplicadores do World Café devem ser preparados para identificar padrões de debate. Há momentos em que é necessário guiar o grupo no sentido de aprofundar um ponto, manter o foco e conectar ideias.

7. Realizar a colheita e o compartilhamento das descobertas

Ao final da atividade, é importante realizar uma plenária para que os participantes tenham uma visão global dos resultados gerados na atividade. Esse fechamento tem um efeito muito positivo, pois o grupo percebe o valor do resultado gerado pelo trabalho.

A nossa experiência ainda nos permite encerrar este post de orientações recomendando que, após a finalização do World Café, seja realizada a análise, a seleção e a priorização das ideias nascidas na atividade.

Alguns dos clientes da Ynner, com base nas recomendações que recebem no processo, elaboram planos de ação ou até mesmo projetos a partir dos insights escolhidos. Assim, conseguem colocá-las em prática e ainda prolongam a motivação e o engajamento dos participantes do World Café por um longo período durante a execução do plano ou projeto.

FONTE: Ynner

quinta-feira, 28 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - Grupo de Verbalização e Grupo de Observação (GV/GO)

 TEMA DA SEMANA (2ª Parte): Metodologias Ativas
Semana de 24/07 à 30/07
Quinta, dia 28/07/22

VÍDEO-1

'    GRUPO DE VERBALIZAÇÃO E GRUPO DE OBSERVAÇÃO(GV/GO)


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GV/GO Grupo de verbalização Grupo de Observação

Consiste em dividir os alunos em dois grupos, atribuindo ao primeiro, chamado de verbalização, a função de discutir um tema e ao segundo, chamado de observação, a análise crítica da dinâmica de trabalho seguida pelo primeiro grupo.

Os alunos são colocados nos grupos por simples sorteio, sendo conveniente limitar o tamanho de cada grupo a um máximo de 15 alunos.

Para facilitar a observação recomenda-se uma disposição concêntrica dos dois grupos, sendo o círculo interno o de verbalização. Terminada a primeira parte da sessão,  o que poderá durar: até uma hora (incluindo discussão e análise da dinâmica), os grupos  invertem suas funções. A equipe que na primeira parte se encontrava em verbalização, ocupa agora a posição de observação, e vice-versa.

Desta maneira realizam-se dois objetivos: Observação análise de um tema importante e treinamento dos alunos em dinâmica de grupo.  


Esquema da técnica de verbalização e observação

FONTE: Penta3


quarta-feira, 27 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - Design Thinking

  TEMA DA SEMANA (2ª Parte): Metodologias Ativas
Semana de 24/07 à 30/07
Quarta, dia 27/07/22

VÍDEO-1

DESIGN THINKING PARA EDUCADORES


FONTE: SalaOficial

VÍDEO-2

METODOLOGIAS ATIVAS NA EDUCAÇÃO - DESIGN THINKING


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COMO APLICAR O DESIGN THINKING NA EDUCAÇÃO EM 5 PASSOS

Para desenvolver a capacidade crítica e analítica dos alunos, com o objetivo de solucionar problemas ou propor novas ideias, é necessário o apoio de diversas ferramentas e métodos.

Com isso, práticas de outros segmentos também foram adaptadas para a escola, como é o caso do design thinking na educação

De forma geral, trata-se de uma abordagem que tem sido muito utilizada para identificar falhas e aperfeiçoar processos.

É também uma alternativa para promover a inovação e a criatividade, e, por ser centrado nas pessoas, tem bastante relação com o ambiente escolar. 

Neste artigo, vamos explorar mais sobre esse conceito, mostrar como o design thinking na sala de aula pode ser aplicado e os benefícios que ele traz para a prática escolar. Confira! 

design thinking é uma abordagem que visa encontrar soluções para os problemas. Na educação, ele é conhecido por incentivar a aprendizagem investigativa e segue um processo estruturado.

Tanto educadores quanto alunos atuam de forma ativa e colaborativa, gerando conhecimento e desenvolvendo a empatia.

O conceito de design thinking tem início em 1970, com a publicação do livro Experiences in Visual Thinking, do professor de Engenharia da Universidade Stanford, Robert H. McKim.

A obra propõe impulsionar o raciocínio seguindo um modo visual de pensamento fundamentado em três elementos: verimaginar e desenhar. Essa integração ampliaria os métodos de discernimento, resultando em formas mais eficientes para resolver problemas.

O termo foi popularizado por outro professor, Rolf Faste, também da mesma universidade. Faste promoveu essa ideia por meio de cursos para desenvolver as habilidades de inovação dos estudantes e influenciar a criatividade. Dessa forma, mostrou como essa técnica é relevante também na educação.

Essa abordagem, portanto, se insere entre as diversas metodologias ativas – que representam uma nova perspectiva com relação à educação tradicional. Assim, por meio de uma participação ativa o aluno se torna protagonista do próprio aprendizado.

Além disso, essa nova maneira de pensar o ensino também se relaciona aos princípios da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, que tem a proposta de um currículo único para a educação básica brasileira em que seja desenvolvido o pensamento crítico nos estudantes.

A ideia do design thinking aplicado no ambiente escolar busca melhorar a atuação de cada estudante, que passa a ter uma percepção mais real dos problemas educacionais.

Além disso, muitas vezes, seu uso se torna lúdico e a turma se identifica mais. Logo, essa interação apresenta respostas mais positivas, afinal, qual o aluno que não gosta de aprender de maneira divertida?

Nesse contexto, a utilização do design thinking na sala de aula é crucial para que as escolas consigam desenvolver o protagonismo; a comunicaçãocooperação; o pensamento científicocrítico e criativo dos alunos. 

Introduzir o design thinking na sala de aula é despertar a criatividade dos alunos, pois eles passam a criar ideias novas, por meio de processos estruturados para descobertas e experimentações.

Assim, o passo a passo para a sua utilização condiz em:

A primeira etapa visa orientar os processos, estimulando a compreensão sobre como transformar um desafio ou problema em uma oportunidade, de forma a utilizar soluções viáveis.

É essencial incentivar os alunos a praticarem observação das pessoas que estão envolvidas no problema, entendendo suas necessidades. Pode ser estruturada com alguns passos básicos:

  1. Revise o desafio junto com a turma
  2. Cada aluno compartilha o que sabe
  3. Construção de equipes
  4. Definição do público envolvido na resolução do problema
  5. Estabelecer um plano de coleta de informações
  6. Coleta de informações

A coleta de informações pode ser feita através de entrevistas ou pesquisas na internet. O que for descoberto pode ser anotadas em post-its coloridos para serem agrupadas por temas ou afinidades.

Nesta etapa, os alunos podem trabalhar as possibilidades de solução, pensando estrategicamente nos diversos cenários e desafios que podem encontrar pelo caminho.

É o momento transformar histórias e informações em insights para a resolução do problema. É fundamental todos compartilharem suas percepções e anotações que surgiram na etapa anterior.

Para facilitar o entendimento, deve-se encorajar os alunos a agrupar as informações coletadas em temas similares.

Na fase de ideação, olhamos para o todo em busca de ideias para a resolução do problema com base no que foi interpretado.

Aqui, a reflexão e a criatividade são as habilidades fundamentais praticadas pelos estudantes. Assim, eles conseguem propor boas soluções para o problema visto na etapa anterior.

Estamos buscando o maior número de soluções para o problema possível nesta etapa, sem julgamentos. É uma etapa que expande as possibilidades, por mais que sejam absurdas, elas podem abrir outros caminhos mais criativos de solução.

A etapa de ideação tem algumas regras para a geração de ideias:

  1. Evite julgamentos
  2. Encoraje ideias ousadas
  3. Construe em cima de ideias dos colegas
  4. Foco no problema
  5. Seja visual com as ideias (desenhar é o melhor)
  6. Quantidade é melhor que qualidade nesta etapa
  7. Errar é bem vindo

Elas também podem ser anotadas em post-its diferentes, mas, o importante, é fazer com que o aluno trabalhe soluções específicas para resolução do problema.

Depois da sessão de ideação, o grupo refina as ideias mais promissoras e por fim, vota nas soluções mais promissoras para seguirmos para a próxima etapa.

O momento da prototipação pela aplicação do design thinking na educação visa dar forma à ideia que responde melhor ao problema inicial.

Aqui, podem ser desenvolvidas representações visuais, separamos algumas ideias:

  1. Storyboards
  2. Modelos
  3. Diagramas
  4. Histórias
  5. Anúncio
  6. Encenação
  7. Material digital (blog, site, vídeo)
  8. Maquete

Se possível, o protótipo deve apresentar uma escala proporcional ou mesmo real.

Ao terminar a etapa de prototipação, são feitas as validações para verificar como determinada solução se aplica, obtendo feedbacks dos professores e do público envolvido na pesquisa (se houver).

Em seguida, eles podem discutir a questão de forma colaborativa, sempre pensando em evoluir a experiência e o aprendizado.

A fase de evolução dá uma perspectiva de continuidade para os alunos. Mostra como seria a aplicação do seu projeto, incentivando o protagonismo e impacto enquanto indivíduo.

Envolve planejar os próximos passos, comunicar a solução para as pessoas envolvidas e documentar o processo.

Muito importante na fase de evolução é entender e definir como vamos saber se a solução foi um sucesso.

Um dos principais benefícios da utilização do design thinking na educação é permitir que os alunos explorem novas possibilidades sobre o problema que está sendo analisado, melhorando a construção de conhecimento.

Como essa é uma abordagem centrada nas pessoas, sua relação com a sala de aula permite criar oportunidades transformadoras aos estudantes, que passam a analisar questões sob perspectivas diferentes. Dessa forma, buscam por novas soluções aos desafios encontrados.

Veja outros benefícios que o design thinking na educação oferece para o processo de ensino-aprendizagem:

  • promove a empatia;
  • desperta a motivação e o interesse;
  • favorece a cultura de inovação nas aulas; 
  • ajuda a desenvolver competências e o protagonismo do aluno;
  • incentiva a reflexão e o aprimoramento contínuo da comunidade escolar;
  • possibilita novas oportunidades de aprendizagem;
  • estimula o pensamento e a criatividade para lidar com os desafios e as transformações do mundo.

Por fim, a formação do pensamento crítico, a partir de conceitos aplicados na escola por meio dessa abordagem, servirão de suporte para diversos outros aspectos na vida dos estudantes.

FONTE: Tutor Mundi

segunda-feira, 25 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - Estudo de Caso

  TEMA DA SEMANA (2ª Parte): Metodologias Ativas
Semana de 24/07 à 30/07
Segunda, dia 25/07/22

VÍDEO

METODOLOGIAS ATIVAS - ESTUDO DE CASO


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ESTUDO DE CASO: 8 PERGUNTAS PARA UTILIZAR ESSA METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM NAS AULAS


Estudos de caso são narrativas que trazem um problema ou dilema ético a ser resolvido ao final. “A situação é contada como uma história, com personagem, conflito e até diálogos. Por sua vez, o aluno é convidado a tomar uma decisão para auxiliar os sujeitos retratados na resolução daquele exemplo”, resume a pesquisadora de estratégias de ensino diferenciadas e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fernanda Luiza de Faria.

“Para chegar a uma resolução, eles pesquisam, aprendem e mobilizam saberes, dando significado aos temas de estudo envolvidos”, acrescenta a professora do Centro de Ensino e Aprendizagem da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Cinthia B. Spricigo.

A seguir, confira 8 respostas sobre a metodologia e formas de utilizá-la no ensino:

Qual a origem da metodologia estudo de caso?

Ela é uma variação da Aprendizagem Baseada em Problemas. Sua origem data da década de 70, na Escola de Medicina da Universidade de McMaster (Canadá). “Um paciente fictício era retratado com sintomas desconhecidos. Os alunos precisavam discutir os indícios para chegar a um diagnóstico”, explica Faria. O modelo foi adotado por outras graduações até chegar à educação básica.

Os casos precisam ser reais?

Não. Casos verídicos podem ser extraídos de reportagens de jornal. “Utilize uma situação de outra cidade ou que seja difícil do aluno encontrar sua resolução na internet”, sugere Faria.

Se a opção for por criar um caso fictício, esse deve dialogar com a realidade do aluno. “Assim, ele verá significado e aplicabilidade no conteúdo curricular estudado”, pontua ela.

Quais habilidades são desenvolvidas?

A metodologia contribui para que os conteúdos curriculares façam sentido, uma vez que é aplicada a situações reais ou que poderiam ser verdadeiras. “Desenvolve o raciocínio, a capacidade de interpretação de textos e de argumentação fundamentada. Além disso, como é desenhada para equipes, estimula o trabalho colaborativo”, lista o professor do Centro de Ensino e Aprendizagem da PUC-PR, Paulo Góis.

Como o estudo de caso pode ser aplicado?

Os alunos são divididos em grupos, nos quais levantam hipóteses e argumentam até chegar a um veredito. Outra variação é os grupos criarem casos e trocarem entre si para resolução. “Também pode ser realizado de forma não participativa, quando o professor expõe o caso, aponta as hipóteses e sugere as decisões”, descreve Faria.

Os estudantes podem usar um “diário de bordo”, para registrar as fontes de pesquisa e os dados encontrados. “O professor pode orientar como identificar fontes confiáveis e não confiáveis, como fake news”, aconselha a docente.

Como deve ser a mediação do professor durante o processo de aprendizagem?

Ele não deve fornecer pistas, mas sim perguntar às equipes sobre os caminhos que os levaram àquelas respostas. “Isso direciona o caso e estimula a reflexão”, diz Góis. Caso o professor perceba pontos não observados pelos alunos, pode alimentar a discussão com novos questionamentos.

O docente ainda precisa conhecer o caso a fundo antes de trazê-lo para a aula. “Ao final, o educador precisará responder a questionamentos diversos dos alunos sobre os motivos das suas soluções serem adequadas e inadequadas”, justifica Faria.

Qual o melhor momento para aplicar essa metodologia?

Para Spricigo, a metodologia é mais efetiva quando é apresentada aos estudantes antes do estudo do conteúdo curricular.

“Um erro muito comum é acreditar que os alunos somente resolverão uma situação depois do conteúdo ensinado. No estudo de caso, eles são estimulados a fazerem inferências baseadas em análise e reflexão, mesmo de tópicos ainda não ministrados”, defende.

“Vemos que eles pesquisam e fazem descobertas por conta própria, e aprendem mais do que apenas na aula expositiva. Desenvolvem, em conjunto, capacidade de leitura crítica e reflexiva”, completa.

O estudo de caso pode ser utilizado em todas as disciplinas?

Sim. Faria o utiliza no ensino de química e ciências naturais. “Houve o caso de um vazamento de produtos químicos em uma indústria, com o aparecimento de estátuas corroídas na cidade vizinha. A partir dos indícios, os alunos precisariam relacionar o problema à chuva ácida e entender os gases presentes nesse fenômeno”, exemplifica.

Qual a diferença do estudo de caso para a aprendizagem baseada em problemas?

O caráter de história, com personagens. “Os estudos de caso têm narrativas com muita informação, o que permite que sejam resolvidas, muitas vezes, no tempo de uma aula. Os problemas costumam ser mais abertos, exigindo mais pesquisa”, complementa Spricigo.

FONTE: Instituto Claro