domingo, 23 de julho de 2017

ESCOLAS SUBSTITUEM DEVER DE CASA POR TEMPO DE LEITURA. FUNCIONA?

Distrito escolar nos Estados Unidos adotou a prática com base em indícios de que a leitura livre é melhor do que as tarefas 


Alunos de ensino primário em um distrito escolar da Flórida terão uma bem-vinda – mas controversa – nova política quando retornarem para a escola no ano letivo que começa no próximo mês: nada de lição de casa tradicional. 
Eles terão que fazer outra coisa para ajudá-los academicamente: ler por 20 minutos todas as noites. 
Heidi Maier, nova superintendente do distrito de escolas públicas  do condado de Marion, na Flórida, formado por 42 mil estudantes, disse em uma entrevista que ela tomou a decisão com base em uma pesquisa sólida acerca do que funciona melhor para aumentar o desempenho acadêmico dos alunos. 
Isso pode parecer óbvio, mas no mundo da educação, os decisores políticos são notáveis por criar muitas políticas sem saberem e/ou se importarem com as evidências das melhores pesquisas.
A política será aplicada a todos os alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental no distrito – cerca de 20 mil – mas não valerá para os demais alunos de ensino fundamental e médio. Maier, uma especialista em leitura que começou a liderar as escolas de Marion em novembro, depois de atuar como professora de licenciatura no College of Central Florida, disse que está baseando sua decisão em uma pesquisa que mostra que lição de casa tradicional nos primeiros anos escolares não melhora o desempenho acadêmico, mas a leitura – e ler em voz alta – sim. 
Uma análise muito citada de uma pesquisa sobre o tema, publicada em 2006, constatou que lição de casa no primeiro ciclo do ensino fundamental não contribui para ganhos acadêmicos e tem apenas um efeito moderado para estudantes mais velhos em termos de melhorias de desempenho acadêmico. Apesar da lição de casa ser uma das questões mais controversas na educação básica, não existe nenhum estudo experimental sobre os possíveis efeitos da prática.
Mas especialistas dizem que a pesquisa é clara quanto aos benefícios da leitura diária, com estudantes escolhendo seus próprios livros, lendo em voz alta e escutando um adulto fluente ler para eles. 
Maier citou o trabalho de Richard Allington, especialista em aquisição de leitura, que pesquisou e escreveu extensivamente sobre como ensinar os alunos a lerem. 
“A qualidade da lição de casa é tão pobre que simplesmente fazer as crianças lerem em substituição a lição de casa, com leituras selecionadas por elas mesmas, é uma alternativa poderosa”, diz Allington. “Talvez alguns tipos de lição de casa possam aumentar os ganhos acadêmicos, mas esse tipo de lição é incomum em escolas dos EUA.” 
Maier diz que os estudantes poderiam selecionar o seu próprio material de leitura e teriam ajuda de professores e bibliotecas escolares. Para as crianças que não têm um adulto em casa para ajudá-las a ler – os mesmo alunos que não tinham um adulto em casa para auxiliá-los com lição de casa tradicional – seriam disponibilizados voluntários, audiolivros e outros recursos. 
Maier conta que teve um retorno positivo dos pais e professores, muitos dos quais aplaudiram a decisão, mas alguns são céticos. “Nós precisamos deixar a nossa mensagem clara e explicar por que isso é benéfico”, disse, acrescentando que em breve serão realizadas assembleias para os pais. 
Lição de casa tem sido uma questão controversa para educadores e famílias por mais de um século. No final do século XIX, um herói da Guerra Civil Americana que se tornou membro do conselho escolar, Francis Walker, acreditava que lição de casa de matemática prejudicava a saúde das crianças e levou o conselho a bani-la como parte de uma febre nacional contra a lição de casa. A Ladies’ Home Journal, uma revista do período voltada para mulheres, chamou a lição de casa de algo “bárbaro” e muitos educadores disseram que essas tarefas causariam condições nervosas e doenças cardíacas em crianças, que se beneficiariam mais em brincar ao ar livre. 
A lição de casa, é claro, passou a ter importância na educação – com crianças de 3 e 4 anos agora participando – e, hoje, defensores dizem que ajuda a fixar informações na memória das crianças e as ensina a estabelecer uma rotina. 
O distrito de Marion se juntará a um pequeno grupo de escolas e distritos cujos líderes decidiram trocar a lição de casa tradicional por leitura diária nas primeiras séries. Apesar de não terem resultados definitivos, educadores apontam que as notas em avaliações e outras aprendizagens não foram prejudicadas.
Tradução: Andressa Muniz




HORA DE REVERTER AS NOTAS BAIXAS

Desempenho insuficiente no primeiro bimestre é recuperável com motivação e rotina de estudos. Parceria entre escola e família é essencial

Notas baixas logo no primeiro bimestre indicam que o aluno não iniciou bem o ano letivo. Um boletim com esses resultados assusta e afeta a autoestima do jovem, mas é importante ter em mente que ainda há tempo para reverter a situação. Em vez de os pais esbravejarem contra o estudante ou rotular culpados, o que realmente pode melhorar o rendimento escolar é a identificação dos motivos do baixo desempenho, a definição de uma estratégia de estudos e o apoio constante da família.
Vários fatores podem levar a notas vermelhas e a compreensão do problema começa no bom contato dos pais com a escola em que o filho estuda. Comparecer às reuniões de pais e conversar frequentemente com professores e diretor são medidas que evitam muitos problemas. Mas, quando a nota baixa passa a ser um fato, uma visita à escola torna-se urgente.
Em algumas instituições, como no Colégio Expoente, a comunicação entre pais e escola é viabilizada por ferramentas digitais. “Temos um sistema pelo qual o pai pode acompanhar diariamente a frequência e o rendimento do filho nas atividades”, conta a coordenadora pedagógica Fabiane Stadler. Quando é possível notar que a perda de pontos ocorreu principalmente por causa do não cumprimento de tarefas de casa – o que influencia diretamente o desempenho nas provas –, é preciso dar atenção especial aos hábitos do estudante em casa.
Fabiane alerta os pais que, mesmo com uma rotina profissional agitada, é preciso se esforçar para saber como o filho estuda. “Em muitas famílias, o aluno fica sozinho em casa enquanto os pais estão no trabalho. Assim é fácil o estudante ficar disperso”, diz.
Rotina
Ajudar os alunos a encontrar a melhor forma de estudar em casa é uma preocupação constante da coordenadora pedagógica Silvana Fortaleza, do Colégio Decisivo. “Todo início de bimestre fazemos uma atividade sobre como desenvolver o próprio método de estudo, no qual mostramos as diferenças entre estudar uma disciplina e outra”, conta.
Para Silvana, o estabelecimento de uma rotina é essencial. Nela devem constar um horário dedicado exclusivamente ao estudo e um ambiente preparado para a leitura – elementos que fazem grande diferença, inclusive, para a disposição do aluno durante as aulas. “Quando o estudante adquire o hábito de anotar suas dúvidas enquanto estuda em casa para pedir explicação na sala de aula, o envolvimento com a matéria é muito melhor”, diz.
Reforço
A fim de fortalecer as tentativas de recuperação, a maioria das escolas oferece o chamado reforço escolar no contraturno das aulas. Em geral, professores elaboram explicações e exercícios que tratam pontualmente dos temas nos quais os alunos têm mostrado maior dificuldade. Nas escolas particulares, ao informar-se sobre essa possibilidade, é importante que os pais verifiquem se há taxas adicionais pelo serviço.
Problemas de saúde podem afetar o rendimento
Em alguns casos, a queda de ren­­dimento escolar pode não ter tanto a ver com a compreen­­são de conteúdos, mas estar relacionada a problemas de saúde ou emocionais. Alunos que sempre tiraram boas notas e apresentam um declínio repentino podem estar, por exemplo, com a autoestima abalada por causa de algum desentendimento com colegas de classe. Nessas situações, nada melhor do que um diálogo aberto e sem julgamentos com o estudante para entender o que se passa.
Problemas de visão também influenciam muito no acompanhamento das aulas. Nesses casos, os professores são os grandes parceiros da família na identificação do problema. Crianças, em geral, não se dão conta quando a miopia, por exemplo, começa a aparecer. É preciso estar atento a comportamentos que sinalizam para a dificuldade de enxergar, como perguntar com frequência o que está escrito no quadro-negro ou levantar-se da cadeira para tentar enxergar melhor.
Há ainda os problemas que exigem o acompanhamento de um psicopedagogo, como a dislexia, que afeta a interpretação de textos. Embora mais complexo, o problema nem sempre impede uma melhora no desempenho. “Já tivemos alunos diagnosticados com dislexia que foram acompanhados por um profissional, alcançaram resultados satisfatórios e hoje estão na faculdade”, conta a pedagoga Fabiane Stadler, do Colégio Expoente.
 Investigação
 Confira algumas dicas que podem ajudar a descobrir o motivo das notas baixas:
- Converse com o jovem, sem ameaças ou julgamentos. Na maioria das vezes, quando o problema for por falta de estudo, os alunos sabem onde falharam. Quando for emocional, um convite para conversar faz toda a diferença.
- Converse com o professor da turma ou da disciplina em que há dificuldades e compare com o diagnóstico feito pelo próprio aluno.
- Caso considere que o problema está no professor, mais do que no aluno, procure pelo coordenador pedagógico ou pelo diretor da escola e exponha o caso.
- Se o professor suspeitar de alguma dificuldade para enxergar ou ouvir, procure um médico imediatamente.

Mais dedicação
 Se o problema for a falta de estudo, veja o que fazer para recuperar as notas no próximo bimestre:
- Reserve ao menos uma hora para estudos em casa, todos os dias, mesmo quando não há dever de casa.
- Prepare um ambiente de estudo para seu filho. Nada de televisão ligada ou bagunça ao redor.
- Se o computador for usado para estudar, alerte o jovem sobre a facilidade de dispersão na internet e, se possível, combinem algum compromisso para que o estudo não perca espaço para o entretenimento.
- Procure saber como funcionam as aulas de reforço no colégio em que seu filho estuda.



quinta-feira, 20 de julho de 2017

COMO FALAR DE UM JEITO QUE AS PESSOAS QUEIRAM OUVIR





O PAPEL DO SECRETÁRIO(A) ESCOLAR

A situação do secretário escolar após a recente aprovação da Deliberação no. 16, em complemento às 20 áreas do ensino técnico profissionalizante, estabelecidas pela LDB, definiu-se que para o exercício da função de secretário escolar é necessário o diploma do curso de técnico em Secretaria Escolar ou de licenciatura plena em Pedagogia (qualquer área) ou de pós-graduação lato sensu de 360 horas em universidade credenciada.

O secretário escolar é um profissional essencial para o estabelecimento de ensino, o seu papel hoje é de Gestor Administrativo. Suas atribuições compreendem atividades essenciais como: indicar aos gestores (diretores) decisões a serem adotadas; receber a comunidade; analisar os documentos dos alunos e averiguar se há irregularidades; estabelecer ação conjunta com a orientação pedagógica e demais setores.

É ele que juntamente com seus gestores, responde administrativamente e legalmente pela documentação escolar, além de ser o elo de ligação entre a administração e a equipe pedagógica. O secretário escolar é o responsável por planejar, coordenar e executar as ações da secretaria da escola, respondendo por suas imputações de modo a assegurar o mais perfeito e regular desenvolvimento dos trabalhos administrativos, dentro dos prazos estabelecidos.

Na qualidade de profissional que trabalha diretamente com a clientela da escola externa (aqueles que compram os serviços da escola) e interna (os colaboradores dentro da escola) precisa evidenciar o bom atendimento, que desde aí ou a partir daí caberá causar a boa impressão da escola (nunca haverá um segundo momento para você causar uma primeira boa impressão) e uma série de qualidades pessoais e profissionais como iniciativa, dinamismo, segurança, estabilidade emocional, bom senso, cooperação, honestidade, respeito, discrição, organização, liderança, atenção, cortesia, responsabilidade e humanização. Além disso, incluem traços de personalidade e caráter que definem comportamentos nas relações sociais de trabalho, como: capacidade de iniciativa, comunicação, disponibilidade para inovações e mudanças, assimilação de novos valores de qualidade, produtividade, competitividade, saber trabalhar em equipe, ser capaz de decidir problemas e desempenhar trabalhos novos e diversificados.

Uma de suas atribuições principais é conhecer o Regimento Escolar e a Proposta Pedagógica, observando a legislação aplicável a cada situação e evitar problemas, corrigir desvios e oferecer soluções, quanto as suas obrigações diárias destacamos: a atualização do arquivo escolar; a participação no planejamento geral da escola; manter articulação com setores técnico-pedagógicos; a preservação da segurança da documentação; o assessoramento à direção da escola.

É essencial que ele efetue adequadamente os registros dos alunos desde seu ingresso na instituição de ensino, observando os prazos. Todo o controle deve estar sobre seu comando, que manterá todas as informações e registros atualizados.

O profissional tem por responsabilidade organizar, sistematizar, registrar e documentar todos os fenômenos que processam no domínio da unidade escolar, tornando transitável seu funcionamento administrativo e afiançando sua legalidade e a validade de seus atos. Os documentos emitidos adquirem um caráter de testemunho, de prova, que acompanhará o aluno e influenciará sua vida escolar de forma expressiva.

O secretário escolar, deve ordenar as diversas atividades do trabalho da Secretaria Escolar, organizar o ambiente e administrar coerente e conjuntamente os aspectos administrativos, econômicos e de relações humanas, empregando de forma adequada e segura recursos materiais e humanos colocados a sua disposição. Suas responsabilidades incidem sobre a unidade escolar como um todo: Grupo Técnico Pedagógico; Corpo Docente; Grupo de Apoio Operacional e Corpo Discente.

Como é a pessoa responsável pela gestão da Secretaria Escolar, tendo por responsabilidade a escrituração e expedição de documentos escolares, autenticando-os pela aposição de sua assinatura, bem como a guarda e inviolabilidade dos arquivos escolares pelo registro de todos os atos escolares, a ética profissional no trato de todo esse trabalho administrativo é importantíssima.

Para a boa execução de suas atividades cotidianas, o secretário escolar deve:

> Organizar os arquivos com racionalidade, garantindo a segurança, a facilidade de acesso e o sigilo profissional. Ter atualizadas as coleções de leis, pareceres, decretos, regulamentos e resoluções, bem como as instruções – circulares, portarias, avisos e despachos que digam respeito às atividades da escola.

> Conservar o regimento da escola em local de fácil acesso a toda a comunidade escolar. Oferecer visibilidade às concepções pedagógicas, às normas e às diretrizes da escola.

> Gerenciar os processos de matrícula e de transferência dos alunos, observando a transcrição fiel dos documentos originais – documento legível sem rasuras e incorreções.

> Examinar e prestar esclarecimentos aos órgãos do sistema de ensino, quando necessário, bem como, acompanhar e fornecer todas as informações necessárias a Supervisora da Diretoria de Ensino, quando se sua visita à unidade escolar.

> Informar e preencher as informações do sistema PRODESP, GDAE e o EDUCACENSO, zelando pela fidedignidade das informações e pelo cumprimento dos prazos estabelecidos.

> Lavrar atas de resultados finais e de outros processo de avaliação.

O secretário escolar, por condições legais e regimentais, exerce uma ação ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar.

Atualmente, o profissional da Secretaria Escolar deve estar preparado para a utilização das novas tecnologias da informação e da comunicação. É, também de suma importância estar sempre se atualizando através de cursos, palestras, seminários etc., para o bom desempenho de suas atividades.

E, lembre-se a Secretária Escolar é parte fundamental da engrenagem educacional, pois, o primeiro contato que os pais fazem com a escola é feito pessoalmente ou através de telefonemas atendidos pela Secretária Escolar. Caberá a você, “encantar” os pais (clientes) e isto significa conquistar o respeito e a credibilidade do seu cliente.

por ROBERTO RUFFO

DESCUBRA SEUS PONTOS FORTES

80% gasta seu tempo em torno de superar seus pontos fracos e não de aprimorar seus pontos fortes.



João Francisco


quarta-feira, 19 de julho de 2017

O PASSO A PASSO PARA ENCORAJAR A SUA EQUIPE

Quer ser um chefe mais eficiente? Então confira as dicas

Para conseguir um bom trabalho em equipe e ao mesmo tempo manter um ótimo rendimento dos funcionários, é necessário saber conduzi-los da forma correta. Para ser um bom chefe, não basta somente manter uma postura firme. Também é necessário entender os seus colegas de trabalho, acompanhando-os e os ajudando a desenvolver suas principais habilidades.
Sabendo disso, listamos 5 dicas para ajudá-lo a se tornar um excelente chefe e aprender a motivar a sua equipe. Confira a seguir:
 1 - Construa uma relação de proximidade
Procure criar uma relação mais próxima com os seus funcionários, conversando individualmente, compartilhando ideias e experiências. Faça perguntas a sua equipe, peça sugestões a eles. Mostrando um pouco do seu lado pessoal, é possível aumentar a sensação de confiança dos seus colegas de trabalho, que irão passar a considerá-lo não só como um chefe, mas também como um companheiro, a quem podem pedir conselhos quando precisarem.
 2 - Elogie as qualidades da equipe
Como chefe, uma das suas funções na empresa é cobrar o cumprimento de metas previamente estabelecidas. Contudo, alguns líderes erram em enxergar somente o lado profissional da equipe, deixando para trás certas qualidades pessoais que poderiam ser destacadas. Você não deve apenas cobrar os seus funcionários o tempo todo. Procure também elogiar os seus talentos e habilidades, reconhecendo quando uma tarefa foi bem feita. Isso pode trazer um grande aumento na motivação do seu time, que irá perceber o quanto você reconhece e considera a equipe.
 3 - Trate bem os seus funcionários
Isso é fundamental para construir uma relação de trabalho harmoniosa. Você pode demonstrar a sua atenção com a equipe mantendo o hábito de presentear os funcionários no aniversário deles ou se oferecendo para comprar um lanche, por exemplo. Essas atitudes simples podem mostrar que, apesar da autoridade, você os considera a sua equipe importante não só como funcionários, mas também como pessoas.
 4 - Seja exigente, mas respeite os limites
É necessário sempre estabelecer metas durante as reuniões, mas tenha atenção para que o prazo dado para cumpri-las seja o suficiente. É fundamental manter a coerência na distribuição de tarefas, tendo cuidado para não sobrecarregar ninguém da equipe, inclusive você mesmo. Procure permitir que os colegas também façam sugestões, propondo novas ideias para a empresa.
 5 - Trabalhe em conjunto
Uma empresa não costuma atingir o sucesso quando os funcionários trabalham individualmente. Por isso, estimular o  trabalho em equipe é fundamental. Lembre-se de que você deve ser o principal exemplo.

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA - LIE

FRAGMENTO DE MONOGRAFIA

Monografia apresentada ao Departamento de Estudos Especializados da FACED/UFC, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Informática Educativa, tendo como orientador o Prof. Ms. José Rogério Santana. 

OS PROFESSORES DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA EDUCATIVA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA:
 UM RETRATO DA FORMAÇÃO DESTES ATORES SOCIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE FORTALEZA ENTRE 2000 E 2001.
Zorália Brito das Chagas

(...)

3.1 – Lei 9394/1996 (Nova LDB)

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9394/1996 – Nova LDB) não se verifica claramente uma postura sobre a informática educativa, fato que implica na indefinição legal do uso de computadores na escola. Por outro lado, na Nova LDB, o artigo 80, define as principais normas da educação à distância no Brasil, porém, não apresenta uma definição de educação à distância. Contraditoriamente, a definição aceita está no Decreto 2494/98 que regulamentou o artigo 80 da Nova LDB. A definição apresentada no decreto se pressupõe o uso de diversos meios de comunicação, e neste sentido é possível contemplar o uso de computadores (multimeios).

Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.

Ao ver a Nova LDB, considera-se que não há parâmetros que contemple uma política de informática educativa no Brasil, mas apresenta regras sobre o ensino à distância. Mesmo assim, ao se contemplar o ensino à distância de forma vaga o que pode ser contemplado em termos práticos, é o uso do computador diante dos diversos meios de comunicação, pois mesmo sendo uma nova estrutura tecnológica com fundamentos diferentes dos meios comuns de comunicação (rádio, televisão) que está sendo considerado somente nas possibilidades de multimídia do computador.

3.2 – Parâmetros Curriculares Nacionais

Não definindo claramente uma política da informática educativa na LDB, procurei averiguar nos PCN algo que norteasse para tal aplicabilidade, enfatizando a mediação dos novos recursos computacionais para reforçar uma nova prática docente, levando às mudanças sociais, políticas e econômicas.

Fala-se cada vez mais em cidadania, na preservação da natureza, em educação sexual na escola... O Brasil está mudando rapidamente. E isso diz respeito diretamente à educação. Para formar os cidadãos desses novos tempos, os conteúdos e o ensino das disciplinas terão de se adaptar. É sobre esses novos rumos que discorrem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

É clara a preocupação existente na ênfase das mudanças sócioeconômicas, fato que exige uma nova formação que contemple o uso de tecnologias computacionais. Deste modo, é possível considerar que:

Os PCN foram criados pelo MEC em 1998, para ajudar o professor a ampliar o horizonte de seus alunos, preparando-os para um mundo competitivo. Com tantas mudanças tecnológicos (está aí o computador como símbolo maior) e novos assuntos sendo debatidos pela sociedade, ...., o currículo tradicional ficou defasado. (Revista Nova Escola – Ed. Especial, PCN - Fáceis de Entender).

Na busca de uma nova prática docente, percebe-se também nos parâmetros curriculares, a dificuldade em estabelecer uma real aplicabilidade no uso das tecnologias de informação e comunicação no contexto escolar. Tornando complicada a situação daqueles que estão engajados diretamente com os laboratórios de informática das escolas, pois quais são os parâmetros na elaboração de um currículo brasileiro de informática educativa ?

3.3 – Proinfo e Tempo de Aprender

Com um aspecto diferencial em comparação a projetos anteriores, o Proinfo, tem se mostrado como um dos projetos de propósitos pedagógicos bem delineados, mas, se dispersa quando na referência da sua real execução, pois não especifica as devidas atribuições aos seus praticantes.

O Tempo de Aprender, por sua vez, veio para fazer o papel do Proinfo regional, mais específico, atentando para as características do Estado do Ceará. Nesta visão, pode-se dizer que, o T. A., acata as diretrizes e orientações do modelo Proinfo, mas busca sua personalização diante das características regionais.

3.4 – Tecnologia Educacional

Vários são os conceitos surgidos da Tecnologia Educacional. Para SILVA apud LUMSDAINE (1964: p.13),

Tecnologia da Educação é a aplicação de tecnologia associada às ciências físicas e à engenharia na construção de equipamentos para fins de instrução, compreendidos aí rádio, gravadores, televisores, máquinas de projetar e ensino baseado em computador.

Estando no alto do tecnicismo, SILVA apud DIB (1974: p.13) defende que Tecnologia da Educação... 

É a aplicação sistemática de conhecimentos científicos e tecnológicos à solução de problemas educacionais, apontando para tanto, teorias advindas da psicologia, da comunicação e a teoria de sistemas.

Já mais de uma década, SILVA apud NISKIER (1993: p.13), arrisca-se em atribuir, um conceito mais humanístico para a TE, e que afirma ser uma estratégia de inovação, definindo-a como ...

Uma forma de planejar, implementar e avaliar o processo total da aprendizagem e da instrução, em termos de objetivos específicos, baseados nas pesquisas sobre a aprendizagem e a comunicação humana, empregando uma combinação de recursos humanos e materiais com o objetivo de obter uma instrução mais efetiva”.

Percebe-se que o papel da tecnologia não pode aferir nem desprezar ao do humano, exigindo planejamento e adaptação ao novo. Analisando os limites e possibilidades de cada ferramenta tecnológica quando inseridas no processo ensinoaprendizagem. Para tanto, nos é de muita utilidade o conhecimento do manuseio de tais recursos, tanto do ponto de vista do savoir-faire (saber fazer), como de posturas didática-pedagógicas adequadas.

Dando o devido destaque aos procedimentos operacionais, o 26 pensamento de SILVA apud LÉVY (1997: p.14), nos auxilia para revelar a quantidade de coisas e técnicas que habitam o inconsciente intelectual, sem negar, no entanto, o quanto a maquinaria do “fazer” vêm impregnados de desejo e subjetividade, relacionado as tais competências humanas.

3.5 – Sobre Informática Educativa

O uso das NTIC apresentam diferenciações quanto sua aplicabilidade pelos seus atores nas atividades escolares. Explorando as concepções de BORGES NETO (1999: p.135-138), à aplicação da informática em um ambiente escolar, se caracteriza em quatro formas distintas:

- Informática Aplicada à Educação: o gerenciamento escolar é informatizado, explorando o uso de aplicativos da informática em trabalhos de controles administrativos, como digitação de textos, emissão de relatórios, matrículas de alunos, visando a otimização e rapidez em seus trabalhos. · 

- Informática na Educação: o computador é a própria “máquina de ensinar”, utilizando-se de softwares tutoriais, desenvolvidos para dar suporte à educação e que abordam uma aprendizagem bem linear.

- Informática Educacional: utilizado através de projetos, o computador é a ferramenta para a resolução de problemas. Normalmente, as atividades são realizadas em grupos, seguindo orientações e que podem explorar os recursos a que tem acesso. Esta forma de trabalho é bem interessante, mas se não primar pelos objetivos de aprendizagem a que se destina o projeto, pode recair apenas no manuseio do computador pelos alunos explorando seus recursos técnicos, e ignorando o lado dos recursos pedagógicos do computador e o da transposição didática. O ideal é que o professor participe e acompanhe todo o processo de criação e de descoberta dos alunos. 

- Informática Educativa: nesta abordagem, o computador é um suporte a mais na sala de aula do educador, a fim de que o mesmo possa usar os recursos disponíveis para ajudar o aluno a construir novos conhecimentos. O professor poderá explorar as potencialidades e capacidades do computador, tornando possível praticar e vivenciar situações fundamentais para a construção do conhecimento pelo aluno. Dando ênfase a Informática Educativa, percebe-se que a integração das 27 tecnologias na sala de aula é importante quando for utilizada para contemplar os discentes na construção dos novos conhecimentos. Construção esta realizada num processo em conjunto, compartilhado, com o mediador disposto a dar autonomia na resolução de tarefas, evitando que o aluno mais reaja do que atue, mais siga do que construa.

3.6 – Gestão dos Laboratórios de Informática Educativa

Para muitos autores, um dos grandes desafios para a inserção da novas NTIC em nossas escolas públicas está relacionada à gestão, surgindo assim várias questões. Como o ritmo acelerado das mudanças e das tecnologias, impedem que nossas escolas, principalmente as públicas acompanhem tais condições.

Segundo CYSNEIROS (2000: p.1) “ao abordar a introdução da informática em escolas do Brasil, aponta uma série de problemas para assimilação das novas tecnologias pela escola pública, como a ausência de concepções bem definidas sobre o que é Informática na Educação”.

E para reforçar tal afirmação, verificamos pelos itens 3.1. e 3.2, que os próprios dispositivos legais e curriculares contribuem para problematizar tal situação.

As dificuldades não são poucas nem simples, envolvendo aspectos administrativos, financeiros, contábeis e de recursos humanos. Para CYSNEIROS apud KENSKI (2000: p.1), o déficit de infra-estrutura telefônica no Brasil (em várias localidades) e os problemas de reestruturação das instituições escolares, estão relacionadas à lógica do ensino com uso de novas tecnologias.

Ao focar os aspectos cotidianos da escola, encontram-se algumas situações que também contribuirão para essa gestão, como a existência de muitas turmas, número elevado de alunos por turma, muitos professores, conteúdos dispersos, dificuldades quanto ao uso pedagógico de ferramentas de softwares.

É necessário que se implante a gestão de novas tecnologias onde todo o grupo escolar apoie a realização de uma nova prática educacional. Todos envolvidos para subsidiar o trabalho pedagógico, abordando a diversidade dos conteúdos, fazendo com que o aluno esteja sempre estimulado para construir seu próprio conhecimento, que se busque a aprendizagem, e não o uso de recursos sem uma fundamentação consistente.

(...)


O USO PEDAGÓGICO DA SALA DE INFORMÁTICA DA ESCOLA

Desde o início da década de noventa alguns governos vêm investindo continuamente no aparelhamento das escolas públicas com a implantação de Salas de Informática, também chamadas de Laboratórios de Informática dentre outras denominações. No mesmo período as escolas particulares também começaram a investir pesadamente na montagem dessas salas e em equipamentos de multimídia, como datashows e telões.
A partir do início dessa década, lá por 2002, muitas escolas já dispunham dessas salas e de um histórico de uso das mesmas, quase sempre ruim. Agora, no final dessa primeira década, já temos condições de fazer um bom balanço desse processo e dos resultados advindos dele. E o balanço é bastante negativo.
A implantação de Salas de Informática nas escolas se baseou, na maioria das vezes, no pressuposto errado de que “faltava apenas o computador” para que o processo de modernização das escolas e do ensino se desse de forma natural, como se isso fosse um processo simples e automático. Além disso, como nossos gestores políticos entendem muito pouco de educação, mas adoram fazer “investimentos”, as Salas de Informática configuraram-se como uma ótima oportunidade para se gastar o dinheiro público com reformas e equipamentos, mas sem uma preocupação verdadeiramente pedagógica por trás do investimento.

Ainda no início da década passada já encontrávamos diversas escolas onde esses computadores estavam quebrados, desatualizados, sucateados e sem nenhuma manutenção. Agora, já praticamente fechando a primeira década do terceiro milênio, a situação continua muito parecida em muitos lugares. Computadores que custaram caro, pois o poder público é expert em gastar mal o nosso dinheiro, continuam depreciando em centenas de escola sem nenhum uso por parte dos alunos. Sobre a depreciação desses computadores e a necessidade econômica (além de pedagógica) de seu uso, veja o artigo “Quebrando computadores“, escrito originalmente no início de 2005 e republicado aqui nesse blog em 2008.

Paralelamente à falta de inteligência dos gestores públicos, vimos uma generalizada falta de vontade de educadores que resistiram bravamente ao uso dos computadores, mesmo quando estes estavam em plenas condições de serem usados. Sob argumentos que iam do “não preciso disso” até o “não sei como usar”, foram poucos os professores que se dispuseram a aprender a usar os computadores de forma pedagógica ou mesmo a repensar suas práticas pedagógicas diante da necessidade de inserir seus alunos no universo digital onde eles, os alunos, e o próprio professor, já vivem há muito tempo.
Agora, passadas duas décadas desde o início desse processo de inserção das novas tecnologias na escola, já não faz mais nenhum sentido discutir se vale ou não a pena usar os computadores, a internet e as TICs de forma geral. O mundo, independentemente da falta de vontade de alguns professores e da má vontade da maioria dos políticos, já definiu que não poderá continuar existindo sem essas novas tecnologias. É simplesmente impossível conceber um mundo e uma escola sem essas tecnologias, a menos que se faça a opção por uma vida eremita.
Nesse contexto, o uso da Sala de Informática deixa de ser uma possibilidade a mais e passa a ser uma necessidade que se impõe tão fortemente quanto a necessidade da lousa e do giz, que ainda existirão por um bom tempo. Mas como promover esse uso?
Este artigo não pretende justificar a necessidade de se usar os computadores e a Sala de Informática, mas ao invés disso pretende apontar algumas possibilidades de uso desse ambiente de maneira que  o professor,  mesmo aquele que ainda não se sente seguro para desenvolver atividades diretamente na Sala de Informática, possa dar aos seus alunos alguma possibilidade de usá-la, independentemente dele usá-la também, se for o caso.

Pré-condições mínimas para o uso da Sala de Informática

Não faz sentido falar em uso da Sala de Informática se a escola não dispuser de, pelo menos, alguns requisitos básicos que permitam esse uso:
  1. A Sala de Informática deve se encontrar em condições físicas de uso (possuir mobiliário adequado, instalação elétrica compatível, etc.) e, pelo menos, um computador funcionando, podendo ou não estar conectada à internet;
  2. Os alunos devem ter acesso permitido à Sala de Informática no contraturno do período em que estudam e não apenas no período de suas aulas;
  3. Deve haver um conjunto de regras de uso da Sala de Informática, visível na própria Sala de Informática, e previamente apresentado, discutido e acordado com os alunos;
  4. Se a escola não tiver um funcionário que possa cuidar do acesso à Sala de Informática, deve ser montada uma equipe de alunos monitores que se encarregarão dessa tarefa;
  5. A escola deve possuir alguma forma de garantir a manutenção de software (configuração dos computadores) e, preferencialmente, também deve possuir alguma manutenção de hardware e condições de substituir peças que podem se estragar naturalmente, como mouses e teclados.
Uma boa Sala de Informática deveria ter em torno de 40 computadores conectados à internet por banda larga de pelo menos 4 Mb, possuir periféricos (como impressoras, scanners, fones de ouvido e webcan) e um datashow ou uma lousa digital. Porém, não é necessário que se tenha uma Sala de Informática como essa para que se possa fazer um algum uso pedagógico dela, pois mesmo com as pré-condições mínimas descritas acima é possível usar a Sala de Informática em diversas situações.

Pós-condições mínimas para o uso da Sala de Informática

Havendo uma Sala de Informática que atenda esses requisitos mínimos, falta agora saber se há na escola ao menos um professor disposto a cumprir seu papel de educador e não apenas o seu compromisso de “dadador de aulas”. Na verdade todos os educadores deveriam ter uma preocupação razoável com a inserção de seus alunos no mundo tecnológico onde se encontram, mesmo que esses mesmos professores já tenham jogado a toalha no que diz respeito à sua própria capacidade de continuar aprendendo.
Um único professor, que seja, que proponha ou execute atividades para as quais o computador seja uma ferramenta, já possibilita o uso da Sala de Informática de forma pedagógica. Um grupo de cinco professores fazendo uso intensivo das TICs já satura a capacidade da Sala de Informática. Portanto não é preciso convencer aquele professor que só está preocupado em contar os dias para a sua aposentadoria ou aquele outro que dá 60 aulas semanais em cinco escolas e se diz sem tempo para fazer outra coisa que não seja escrever na lousa.

Usando a Sala de Informática sem nunca entrar nela

Desde que a escola disponha de uma estrutura que permita o acesso dos alunos à Sala de Informática no contraturno (por meio de um funcionário encarregado de disponibilizá-la ou mesmo de um grupo de alunos monitores) é sempre possível propor atividades para os alunos com o uso dos computadores, mesmo que o professor se sinta constrangido em adentrar a um ambiente onde ele é, muitas vezes, o mais ignorante dos presentes.
Todas as atividades listadas abaixo podem ser realizadas pelos alunos sem a necessidade de um professor que os acompanhe:
  • Pesquisa na internet: os alunos já fazem pesquisas na internet quando seus professores lhes pedem “trabalhos”. O fato de muitos deles devolverem trabalhos que são meramente cópias descaradas de sites, ou mesmo trabalhos já publicados na internet, depende muito mais da incapacidade do professor em propor uma boa pesquisa do que da disponibilidade de sites e trabalhos prontos na internet ou da “desonestidade” dos alunos. Para propor uma boa pesquisa o professor não precisa sequer entrar na Sala de Informática, bastando apenas que ele seja realmente um professor que saiba propor pesquisas (com ou sem internet) e não um “dadador de aulas” que ao fim e ao cabo espera mesmo que o aluno lhe entregue um punhado de papel e não que ele aprenda algo com isso. Aqui mesmo nesse blog você encontrará alguns subsídios para compreender melhor o mecanismo de pesquisa na internet (veja, por exemplo, o artigo “Pesquisa escolar na Internet: Ctrl+C & Ctrl+V versus Cópia Manuscrita“) e sobre como propor boas pesquisas.
  • Digitação de textos e elaboração de apresentações: Ao invés de solicitar que os alunos criem cartazes e os pendurem nas paredes da escola, o professor pode propor que eles apresentem seus trabalhos usando um projetor multimídia (se a escola dispuser de um) ou mesmo usando uma TV com aparelho de DVD. Se o professor não faz idéia de como criar uma apresentação de slides e então apresentá-la em um datashow ou em um formato de DVD, não tem problema algum, pois seus alunos, que também não sabem, aprenderão sozinhos, mesmo que o professor não se disponha a ajudá-los a aprender ou a aprender com eles. A maioria dos alunos de hoje em dia é bem mais autônoma do que seus professores e, por isso, conseguem aprender a fazer coisas que seus professores não conseguem;
  • Uso de softwares de criação e edição de imagens, vídeos e arquivos sonoros: os alunos são capazes de ilustrar um trabalho com um vídeo produzido por eles mesmos, usando seus celulares, e posteriormente editado no computador da Sala de Informática, ou usar o mesmo celular para gravar uma entrevista e depois editá-la no computador, transcrevê-la para um documento de texto e até mesmo publicar esse documento na web. Não é preciso que o professor saiba nada disso, e mesmo se ele não quiser ou não se sentir capaz para aprender, ainda assim ele pode solicitar isso a seus alunos e certamente eles o farão, enriquecendo assim sua aprendizagem;
  • Busca e uso de materiais didáticos alternativos: a internet é uma biblioteca literalmente infinita onde os alunos podem encontrar informações e materiais didáticos sobre qualquer assunto ou disciplina. Mesmo o professor que vive limitado aos seus poucos livros, às vezes apenas um, deve ter consciência de que seu aluno obterá muito mais informação na internet do que nas suas aulas e, portanto, não deve dispensar esse recurso como fonte de informação para seus alunos. Evidentemente esperar-se-ia que um bom professor fosse capaz de indicar os melhores sites para consulta,  os links para bons materiais jornalísticos, etc., mas mesmo aquele professor que mal sabe para si mesmo ainda pode indicar de forma “genérica” que seus alunos busquem mais informações sobre os temas da aula no “Google”. O hábito de pesquisar informações e conteúdos na internet tende a se intensificar cada vez mais e em breve poderemos aposentar enfim os professores cuja única utilidade continua sendo copiar e colar na lousa os conteúdos pobres que ele dispõe de um ou dois livros didáticos apenas;
  • Aprendizagens colaborativas, redes sociais e multimeios: na Internet o aluno pode fazer amigos, discutir assuntos de seu interesse, paquerar e surfar por temas que não tem nenhuma relação com os conteúdos escolares, mas ele também pode participar de grupos de discussão, pode tirar dúvidas com professores que não se sentem “velhos, acabados e desestimulados” e que se dispõem a ajudar alunos que nem mesmo são seus. Nas redes sociais também se podem formar grupos de estudo, pode-se paquerar ou fazer a lição de casa “à distância”, pode-se matar o tempo vendo vídeos engraçados ou assistindo a experimentos e demonstrações que muitas vezes seus professores se negam a fazer por “falta de tempo ou de recursos”. Enfim, a internet também é, em muitos casos, uma escola bem mais útil para o aluno do que a velha sala de aula chata onde uma voz monótona repete parágrafos copiados de livros velhos;
Evidentemente há ainda muitas outras possibilidades para se abandonar seu aluno na Sala de Informática e, mesmo assim, conseguir dele uma melhor aprendizagem do que a que ele obtém apenas copiando aquilo que o próprio professor copia dos livros. E, evidentemente, também há riscos e problemas diversos decorrentes desse abandono. Mas é melhor deixar que seu aluno usufrua desses recursos na Sala de Informática do que privá-lo deles só porque o professor se sente incompetente para acompanhá-lo nessa jornada. Se o professor sente que “não aguenta”, que ele deixe que seu aluno vá sozinho, ao invés de puxá-lo junto consigo para as profundezas do atraso.

Usando e estando presente na Sala de Informática

Para professores que não se sentem constrangidos em aprender e que se dispõem a participar mais efetivamente do processo de ensino e aprendizagem com seus alunos, a presença na Sala de Informática poderá não apenas enriquecer, e muito, a aprendizagem dos alunos mas, principalmente, enriquecer a sua própria aprendizagem.
Ao propor uma pesquisa aos alunos e se dispor a acompanhá-los na Sala de Informática, o professor tem a oportunidade de avaliar conjuntamente a qualidade, pertinência e eficácia das informações encontradas nos vários sites pesquisados. Estando presente o professor pode interferir e redirecionar o processo, pode corrigir, acrescentar, modificar e, acima de tudo, aprender muito mais sobre o conteúdo que ele está ensinando.
Questões transversais mas de suma importância, como ética, preceitos morais e legais, regras de comunicação e convivência, cuidados com a privacidade própria e alheia, cidadania e responsabilidade, são temas presentes e recorrentes em toda navegação pela web. Quando o aluno trabalha sozinho ele tem que aprender também a lidar sozinho com essas questões, mas estando acompanhado por um professor, que se supõe poder orientá-lo nessas questões, ele poderá construir melhor seu caráter e seus valores enquanto lida com “conteúdos e comandas de trabalho”.
Além disso, estar presente com os alunos durante a atividade não significa ter a responsabilidade de saber usar os computadores, os periféricos, os softwares ou o de deter conhecimentos elaborados sobre os usos e recursos da internet. Assim como os próprios alunos, o professor será sempre um eterno aprendiz das novas tecnologias e recursos. O papel do professor na Sala de Informática não é nem nunca foi o de “ensinar informática”, mas sim e tão somente o papel que ele tem fora da Sala de Informática: o papel de atuar como professor de sua disciplina e como educador no que diz respeito à formação integral do indivíduo sob sua tutela educacional!
Levar uma classe inteira para a Sala de Informática também requer alguns desafios, mas que nada têm a ver com a informática em si, e sim com a otimização do uso dos recursos disponíveis:
  • trabalhando em grupos: é a forma mais racional de contornar a falta de equipamentos. Mesmo assim, quando não for possível agrupar os alunos em um número de até no máximo quatro por computador, divida a turma em dois ou mais blocos e enquanto um bloco utiliza os computadores (em grupos de até quatro alunos), os demais blocos realizam outras atividades que não requerem o uso do computador, alternando-se os grupos durante o espaço da aula;
  • organizando os tempos: é a forma mais racional de otimizar o uso da Sala de Informática de maneira a garantir o uso dos equipamentos por todos os alunos. As atividades realizadas na Sala de Informática com a presença do professor e da classe toda devem ser dimensionadas de maneira a permitir sua execução dentro do período da aula;
  • preparando previamente a atividade: é a forma mais racional de garantir a aprendizagem efetiva dos alunos. Assim como em uma aula tradicional, se o professor entrar na sala de aula sem um plano de aula previamente elaborado, e permitir que cada aluno faça o que bem quiser, não haverá aprendizado algum.
  • permitindo a aprendizagem colaborativa: é a forma mais racional de se obter produtividade em um ambiente onde alguns sabem mais que outros e onde o professor geralmente não é o mais capacitado para responder as perguntas específicas sobre o uso de equipamentos e softwares. Os alunos se ajudam e compartilham seu conhecimento, se sujeitam a aprenderem com os colegas e se interessam por aprender tanto quanto os mais experientes. Embarque nessa idéia!
O gerenciamento da disciplina na Sala de Informática segue os mesmos preceitos do gerenciamento em sala de aula normal quando se tem trabalhos em grupos. As regras de convivência, respeito mútuo, preservação do patrimônio público e privado, respeito aos preceitos éticos, morais e legais, devem ser as mesmas da sala de aula tradicional. Mas, se na sala de aula tradicional seus alunos sobem nas carteiras, escrevem nos tampos das mesas e atiram papéis uns nos outros, é muito provável que também o farão na Sala de Informática. De onde decorre naturalmente que, tendo equipamentos caros na Sala de Informática, não é mesmo recomendável que professores que não têm competência para administrar suas turmas as levem para esse novo ambiente (ou para qualquer outro lugar). Nesse caso a experiência mostra que a ausência do professor oferece menos riscos para o patrimônio da escola do que sua presença!

Extrapolando o uso da Sala de Informática

No cenário mais promissor temos, enfim, um professor que consegue realizar atividades com seus alunos na Sala de Informática e que propõe atividades que os alunos possam realizar nesse ambiente no contraturno, como tarefas de casa, trabalhos, pesquisas e outras possibilidades. Evidentemente os alunos também podem fazer essas atividades em suas casas, desde que disponham de computadores e acesso a internet, mas mesmo assim eles tendem a vir para a Sala de Informática para fazer algumas dessas atividades quando elas são propostas para grupos ou como parte de trabalhos multidisciplinares.
Nesse cenário, raro, mas já visível em vários locais, o professor usa os recursos da web 2.0 de forma compartilhada com seus alunos, troca e-mails com eles, bate papo no MSN, participa de comunidades do Orkut, de grupos do Yahoo e Google, mantém um blog compartilhado, usa materiais e recursos da rede e propõe atividades on-line, síncronas e assíncronas.
Para um professor nesse nível de inserção com as TICs, a Sala de Informática já deixou de ser um ambiente “extraclasse” e passou a ser uma extensão da sua sala de aula e esta, muitas vezes, já extrapolou até os muros da escola e se estendeu pela rede, na forma de EAD e comunidades virtuais de ensino e aprendizagem. Para esses professores esse artigo é, obviamente, inútil, mas para todos os outros talvez haja algo que possa ser repensado e , quem sabe, “pelo menos tentado”.
(...)

Professor Digital, SBO, 08 maio 2010.

FONTE:


segunda-feira, 17 de julho de 2017

OS 7 SEGREDOS DE UM BOM PROFISSIONAL

Quais são os segredos de um bom profissional? Descubra aqui as 7 dicas mais importantes para a sua carreira. Não deixe de conferir!
1. Não tente ser melhor que os outros
Seja o melhor que você pode ser.
2. Tenha cuidado na hora de estabelecer metas
Estabelecer metas pensando em ser melhor do que seus colegas de trabalho pode ser uma pegadinha. Por que não treinar o espanhol ou alemão se você não tem facilidade para o inglês?
3. Invista no autoconhecimento
A parte mais importante, desafiante e constante no desenvolvimento profissional é conhecer a si mesmo, ter conhecimento dos seus talentos e dos seus valores.
Caso contrário, o profissional poderá cair em armadilhas quando se executa um trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e muito dos pontos fracos. Outros riscos da falta de conhecimento próprio são a perda de foco e a visão limitada das possibilidades.
4. Explore novas oportunidades
Procure explorar novas tendências e oportunidades que estejam alinhadas com seus objetivos, pois o seu caminho pode estar fora do organograma da sua empresa.
5. Determine objetivos que dependam somente de você
É imprescindível ter metas definidas com prazos para serem alcançadas. Tome cuidado ao definir metas que possam depender de terceiros.
Responda a pergunta: “Como posso estar mais realizado profissionalmente daqui a dois, cinco ou dez anos?”

6. Foque na ação para alcançar a realização

Os objetivos definidos serão possivelmente alcançados quando você traçar um plano de
ação consistente
.

Crie “mini metas” para serem alcançadas e especifique quais serão os indicadores de sucesso. Para isso, responda a pergunta: Como saberei que estou alcançando meus objetivos na carreira?

7. Trabalhe o seu espírito de equipe

Se você é uma pessoa que costuma trazer toda a responsabilidade pra si ou simplesmente não assumir nenhuma, você está na área de risco.
Uma das coisas mais importantes hoje é manter o espírito de equipe, saber que você faz parte de um todo e está trabalhando para que a empresa atinja suas metas.

Dica bônus sobre segredos de um bom profissional:

Monitore, comemore e mude se for preciso

Reavalie o seu plano de carreira constantemente, verificando se os indicadores estão sendo alcançados e, em caso positivo, comemore.
Esteja aberto aos resultados e, se for preciso, ajuste as ações para que elas lhe tragam mais resultados positivos.
Acredito que com cumprindo estes sete segredos, rapidamente você alcançará o sucesso. Para ler mais sobre o assunto, recomendo o post: 20 dicas de comportamento para alcançar o sucesso.
Você possui uma alguma dica de empreendedorismo que vale a pena ser compartilhada? Envie-a para: saiadolugar@empreendemia.com.br
Se quiser receber mais dicas sobre empreendedorismo, assine nosso RSS ou siga-nos no Twitter: @empreendemia.
A dica de hoje foi dada por Marcos Rezende no blog Insistimento.