quarta-feira, 30 de agosto de 2017

E SE O PROJETO AMEAÇA DESABAR?

Calma! Dá para contornar imprevistos, replanejar etapas e fazer avaliações para alcançar o sucesso

O ano começou atípico. Além de uma grande troca na equipe gestora da EMEF Irmã Irene Alves Lopes -Irmã Zoé, em Paraíbuna, no interior paulista, perderam-se vários dias letivos com emendas de feriados e devido a uma paralisação dos professores e funcionários da Educação por melhores salários. Um dos cronogramas atingidos foi o do projeto de Matemática do 4º ano, que tinha como objetivo melhorar o desempenho dos alunos na resolução de situações-problema.
Ao comparar as ações programadas e as executadas ao longo do semestre, a coordenadora pedagógica Leandra Campos das Neves Faria percebeu que seria impossível concluir todas as atividades. ''Reorganizamos o planejamento e tiramos algumas etapas do trabalho para fechar no tempo estipulado. No entanto, vamos retomar o projeto este semestre para atingir plenamente a proposta inicial'', conta a coordenadora.
Para a especialista Maria Luiza Ramos, formadora do curso Gestão para Aprendizagem, desenvolvido pela Elos Educacional, as equipes têm dificuldade para administrar o tempo disponível. ''Professores e coordenadores se queixam de interferências e urgências que atrapalham. Por isso, quem planeja deve supor problemas que, apesar de serem imprevistos, acontecem o tempo todo. Acompanhar o plano de ações a cada atividade permite checar se haverá tempo suficiente.''
A complexidade dos objetivos também pode ser um obstáculo. "Quando eles são ambiciosos demais, por exemplo, pode ser preciso revê-los ou esticar o cronograma. Outra questão é distribuir responsabilidades para cada um dos envolvidos de forma clara. Na ausência de alguma pessoa, as demais podem seguir com a proposta e ninguém fica sobrecarregado, o que interfere na qualidade do projeto e nos prazos", completa a formadora.
É frustrante quando um projeto mobiliza esforços e desaba antes mesmo de parar em pé. Aconteceu com a oferta de aulões interdisciplinares da EE Plínio Pinheiro, em Marabá, no Pará. Pensada para motivar e preparar os alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a atividade passou meses atraindo apenas 20 jovens por sábado. O motivo: as aulas eram monótonas e os alunos não viam valor em ir à escola para ver mais do mesmo. Esse ano, em nova tentativa da gestão, o aulão ressurgiu repaginado. Durante uma semana pedagógica, os professores se prepararam para lidar com interdisciplinaridade e abordagens inovadoras e atraentes para os jovens. Mesmo assim, os estudantes não estavam convencidos de que o projeto tinha sido aprimorado.

OS DESLIZES MAIS COMUNS E OS AJUSTES POSSÍVEIS

  • As metas não estão claras
Estabeleça os objetivos, as responsabilidades e os prazos com os participantes do projeto para que todos se engajem.
  • A infraestrutura é inadequada
Com antecedência, reorganize os espaços da escola, busque a ajuda da comunidade escolar ou peça recursos à Secretaria de Educação.
  • Interrupções bagunçam o cronograma
Vale prever que acontecerão imprevistos e distribuir tarefas de forma eficiente para que os prazos sejam cumpridos.
  • Os objetivos não estão sendo alcançados
A equipe deve fazer avaliações frequentes e, se necessário, remanejar ações e realizar intervenções estratégicas.
"Entendemos hoje que a comunicação eficaz é fundamental", concluiu o coordenador pedagógico Adenilson Freitas Godinho, que identificou os pontos frágeis da proposta junto com sua equipe. "Para os estudantes, não estávamos explicando o que os aulões acrescentariam aos seus projetos de vida nem sobre a didática diferenciada dos encontros. Para os professores, não tinha ficado claro como sua visão pedagógica seria ampliada", contou Adenilson. Um vasto trabalho de convencimento, a criação de um jornal e de um blog para dar visibilidade às atividades transformou os aulões em campeões de público: a cada sábado, uma média de 140 participantes lota a quadra da escola. Música, apresentações de teatro e atividades lúdicas animam os encontros, abertos à comunidade. Em um deles, a professora de Química Darcy Alves instigou os participantes a investigar como os super-heróis da série X-Men poderiam ter os poderes que exibem, considerando as composições químicas de seus corpos.

Sem medo de reavaliar e corrigir

"O engajamento dos professores afeta diretamente o envolvimento dos alunos e, por consequência, o sucesso do projeto", explica Leninha Ruiz, formadora de coordenadores e professores de Educação Infantil. Uma questão-chave é a equipe pedagógica participar na construção desde o princípio, como aconteceu no projeto dos Cantos de Aprendizagem, na EMEI Arco Íris, em Lagoinha, no interior de São Paulo. Na hora de acompanhar o projeto, o grupo percebeu que ele precisava ser reformulado. "Deram muito certo os espaços temáticos nas salas de aula. No entanto, a equipe observou que, durante o recreio e ao final do período, enquanto alunos mais novos aguardavam a saída dos mais velhos para embarcar no transporte escolar, as crianças se machucavam, brigavam e ficavam à toa", conta Claudiane Santos, coordenadora pedagógica da escola. O projeto foi ampliado para o espaço externo, que hoje conta com os cantos do desenho, do supermercado, do escritório, da leitura, da casinha. "Substituímos as instalações temáticas que não estão interessando mais. Os professores ajudam na manutenção e na criação dos novos cantos, levando objetos e ideias. Em seguida, decidimos juntos quais serão montados", conclui Claudiane.
As readequações explicitam que o desempenho do projeto passa por avaliação constante. Esse é um cuidado importante, segundo Maura Barbosa, coordenadora pegagógica da Comunidade Educativa Cedac. "A avaliação precisa ser regular. Quando fazemos um plano de ação, analisamos o resultado alcançado de cada etapa, para que a equipe possa corrigir e ajustar as seguintes. Não se pode esperar o final do projeto para descobrir que ele não deu certo!" O fim de um bimestre ou trimestre é o momento ideal para olhar o que os resultados revelam sobre o processo de ensino naquele período e fazer reflexões.
"Quando os objetivos de um projeto são ambiciosos demais, pode ser preciso revê-los ou esticar o cronograma."
MARIA LUIZA RAMOS, formadora do curso de Gestão para Aprendizagem, da Elos Educacional
Se as ações não estiverem atingindo os objetivos por completo, vale reunir a equipe e traçar novas estratégias enquanto ainda dá tempo. A sugestão de Maura é que a conversa não seja sobre a atuação específica de alguém. "Quando o resultado se torna a pauta de discussão, a sensação de insucesso pessoal é amenizada. Com base nos indicadores, o coordenador deve buscar junto com a equipe quais as variáveis que levaram a esses resultados e como será possível ajustar ou transformar o projeto. É um caminho mais reflexivo, proativo e eficaz", orienta Maura.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

4 PASSOS PARA RESOLVER CONFLITOS/BRIGAS ENTRE FUNCIONÁRIOS (PARA SEMPRE)

(TROCA-SE EMPRESA POR ESCOLA)
Não tem como saber se o que veio primeiro foi o ovo ou a galinha. Mas é bem provável que assim que o ser humano surgiu, ele já começou a discutir com alguém para encontrar a resposta.
Por: Lucilene Jordan Souza


Você provavelmente já viu seus funcionários brigando. Talvez tenha perdido prazos e visto a produtividade da equipe cair. Pode ser que se encontrou em uma situação onde teve que escolher entre dois funcionários muito competentes para trabalhar no mesmo projeto, porque eles simplesmente não conseguiam produzir nada juntos.
Deve ter percebido que essas discussões ajudam a criar tensão no ambiente de trabalho, impactam profundamente a produtividade e a capacidade de concentração da sua equipe. Em alguns casos em que o conflito não é resolvido, é possível enfrentar problemas bem maiores:  desconfiança dos clientes, retrabalhos desnecessários e até demissões que poderiam ser evitadas.
Segundo uma pesquisa da Fierce Inc., uma empresa americana de desenvolvimento de liderança, 30% dos gerentes e funcionários discutem com seus colegas de trabalho pelo menos uma vez por mês. O mais irônico disso tudo é que eles brigam porque querem entregar mais. Mais vendas, mais clientes, processos eficientes, “desengessar” o departamento… A lista é infinita. Eles só querem cooperar e melhorar o dia-a-dia no trabalho.
Você como líder, não pode ignorar conflitos ou deixar que se resolvam sozinhos. Nesse caso, o tempo não vai curar as feridas, só vai servir como bomba-relógio. Sua equipe está contando com você e precisa trabalhar em sintonia para que os processos fluam.
Ninguém precisa viver uma novela mexicana no seu ambiente de trabalho. Existe uma solução para esse problema, para acabar de uma vez com os conflitos organizacionais. Separamos 4 passos que compõe um método mais humano e eficiente para resolver para sempre qualquer discussão entre colegas de trabalho:
  1. Contextualize a briga
Sempre avalie o contexto do caso para não cometer injustiças. Quem está envolvido? Como esses funcionários se portam no trabalho? Algum deles já apresentava desmotivação ou cansaço? São competentes? Costumam estar envolvidos em situações delicadas? Depois, ouça ambas as partes, da maneira mais imparcial possível.
  1. Acalmar, dialogar e compreender.
Se uma das partes envolvidas na briga estiver de cabeça quente, espere ele ou ela se acalmar para só então iniciar o diálogo. Comece perguntando qual foi o problema ou o que incomoda. É importante concordar com a pessoa e parafrasear suas respostas para demonstrar compreensão. Repita esse processo com todos os envolvidos no conflito. Você vai começar a visualizar uma solução e ela precisa beneficiar o local de trabalho e a maioria dos funcionários.
  1. Seja o mediador
Agora que você entendeu melhor o que está acontecendo, marque uma conversa com os agentes do conflito, de preferência em um local fora do escritório. Pode ser um restaurante ou café, o importante é sair do ambiente que causa a tensão. Não fique do lado de ninguém, apenas ajude-os a dialogar.
  1. Solução
Quando tudo estiver solucionado, combinem e contem a mesma versão da história para os outros colegas. Versões diferentes geram fofocas, intrigas e podem trazer o conflito de volta. Vocês voltaram a ser uma equipe e precisam agir como uma.
Agora que você tem em mãos as 4 dicas principais para lidar com conflitos organizacionais, se prepare para ver mais reações como essa pelo escritório:

Quando qualquer conflito surgir, lembre-se do passo-a-passo, ou volte aqui e releia! Você vai ser o responsável por melhorar o ambiente de trabalho e gerenciar uma equipe muito saudável e produtiva.
Só de você ter lido esse artigo, prova que você é um líder preocupado com seus funcionários e quer o melhor para todos. Agora é hora de voltar ao trabalho e fazer acontecer.
Tenha fé no seu trabalho, valorize as pessoas e os caminhos certos se mostrarão a você!

FONTE:
INSTITUTO ACELERE

COMO LIDAR COM CONFLITOS ENTRE FUNCIONÁRIOS DO SEU NEGÓCIO?

(TROCA-SE EMPRESA POR ESCOLA)

Especialista em gestão de pessoas, afirma que trabalhar em um clima organizacional positivo pode aumentar a produtividade e reduzir o risco de conflitos

 A melhor maneira de resolver conflitos entre funcionários


Escrito por Gilberto Guimarães, especialista em gestão de pessoas
Para evitar conflitos, o melhor caminho é a criação de um clima positivo na sua empresa. Flexibilidade das condições de trabalho e liberdade de atuação com responsabilidade são algumas características de um clima organizacional positivo. Nesse sentido, o clima também tem a ver com o estilo e o comportamento da liderança.

Para cultivar um clima positivo, os líderes devem desenvolver atividades para expandir compaixão, perdão e gratidão. Para isso, as prioridades são criar e desenvolver o conceito de comunidade, do coletivo das informações, emoções e respostas em um processo de entendimento e apreensão dos problemas pessoais e profissionais de cada funcionário.
Cuidados com a linguagem, comunicação adequada e evitar retaliação ou vingança são algumas atitudes essenciais para desenvolver a compreensão em uma empresa. Criar um sentido de gratidão tem um efeito profundo no desempenho das pessoas e do grupo.
Procurar pessoalmente cada um dos membros da equipe para agradecê-los e induzir as pessoas a fazerem o mesmo, estabelece um efeito positivo. Quando as pessoas se sentem pertencendo a um grupo e têm as suas necessidades atendidas, elas ficam mais seguras, o que pode aumentar a produtividade e reduzir o risco de conflitos.
Para gerenciar os conflitos, duas atividades são fundamentais: desenvolver uma comunicação positiva, apoiadora e dar feedbacks positivos. Para fazer isso, a maneira mais objetiva é adotar uma forma de comunicação que minimize críticas e expressões negativas, substituindo-as por um feedback e expressões de apoio, de maneira sincera. Dar feedbacks positivos é usar uma comunicação apoiadora, sobretudo quando se precisa tomar ações corretivas, fazer críticas ou passar mensagens negativas.
A técnica mais importante é o uso de uma comunicação descritiva em vez da avaliativa. A comunicação avaliativa é a que faz um julgamento ou rotula o indivíduo ou o seu comportamento. O uso de expressões “você está errado” ou “você é o culpado”, por exemplo. Em geral, esse tipo de comunicação provoca comportamentos defensivos, sentimentos de desvalorização e resistência.
A comunicação descritiva é feita em três passos: primeiro, se faz uma descrição objetiva do evento em que ocorreu o erro ou o comportamento a ser corrigido. Essa descrição deve ser objetiva e o menos passional possível, focada na ação ou no evento, mas nunca nas pessoas. Deve-se evitar emitir impressões subjetivas ou atribuições de culpas para a outra pessoa.
O segundo passo é descrever de forma objetiva as reações ou as consequências do comportamento. O comunicador tem de estar atento com seus próprios sentimentos e reações. O mais importante é que comportamentos e consequências precisam ser descritas sem acusações. E por fim, vem um diálogo sobre sugestões de melhores alternativas para resolver o problema e não a pessoa. Isso ajuda o outro a participar da solução, sem se sentir pessoalmente criticado. Implementar esses três passos conduz o feedback para uma conversa construtiva.

Gilberto Guimarães é especialista em gestão de pessoas e professor da BSP – Business School São Paulo.

FONTE:
Revista EXAME

CONFLITOS ENTRE FUNCIONÁRIOS COMO RESOLVER?

(TROCA-SE EMPRESA POR ESCOLA)

1- (a) Quais os principais motivos que levam a uma situação de conflito entre funcionários dentro das empresas? (b) A maior parcela de culpa é do próprio colaborador ou da empresa?
a) os principais motivos são

- expressões emocionais resultantes do sentimento de frustração, inveja, medo ou boicote;

 - falta de valores como responsabilidade, ética profissional e respeito;

- ansiedade diante de descontentamentos com colegas, com o trabalho, com a corrida contra o tempo, ou insatisfação salarial;

- desequilíbrio mental, emocional, físico e espiritual, em decorrência de fatores como instabilidade no emprego, sensação de incompetência profissional, pressão para comprovação de resultados e falta de reconhecimento. Além disso, preocupações pessoais não podem ser penduradas no cabide, ao entrar no trabalho...

b) a culpa, ou melhor, a responsabilidade normalmente é dos dois: imaturidade do colaborador, falta de aplicação da ferramenta “Gestão de Conflito” pelo respectivo gestor.

2-(a) Quais as situações mais comuns? (b) É comum um funcionário ser "passado para trás" pelo próprio colega? (c) O que propicia esta situação?

a) As situações mais comuns são aquelas em que um precisa do trabalho do outro, ou seja, na relação “cliente – fornecedor interno”: cobranças “indevidas”, mal colocadas ou então em momento errado, etc.

b) Não é comum, mas acontece, principalmente em empresas que valorizam mais o ambiente competitivo do que o colaborativo; ou seja, falta foco em uma política clara, comunicada e comprometedora de meritocracia, onde todos têm condições iguais de avançar, sendo percebidos como merecedores de oportunidades, sem terem que “passar o outro para trás” e carregar o estigma de “puxadores de tapete”.

c) A falta de um comportamento colaborativo que incorpora, em todos os níveis hierárquicos, atitudes de respeito à individualidade e à preocupação pelo ambiente de trabalho. Visão, Missão e Objetivos das organizações devem constituir fatores norteadores e ser respeitados como impulsionadores da gestão e resolução dos conflitos. Em assim sendo, se torna mais fácil encarar o conflito de maneira natural, com vistas à sua resolução dentro de parâmetros mais pacíficos e equilibrados.

3- (a) Como os chefes podem cultivar um ambiente pacífico? (b) E os funcionários, por sua vez, podem agir de que maneira para evitar conflitos?

(a) Os chefes, ou melhor, superiores atuando como Gestores Humanos, devem buscar o máximo de transparência nas relações com e entre os membros do time; ou seja, estimular a prática do comportamento ético e criar espaço para discussões sobre relações pessoais. Estas iniciativas favorecem o aproveitamento das contribuições dos colaboradores e permitem mapear as diferenças e diversidades dos membros da equipe.

(b) Devem tentar esclarecer, na hora, qualquer mal-entendido que tenha ficado no ar, lembrando que o conflito é como uma represa: a água vai acumulando até o dia em que a barragem estoura.

4- (a) Em que caso de atrito entre funcionários, os gestores devem permanecer neutros ou intervir? (b) Que tipo de atitude eles devem tomar?

(a) Permanecer neutro enquanto se trata de “arranca-rabo” corriqueiro; intervir no momento em que o desempenho do time como um todo ou uma prioridade central da organização esteja em jogo.

(b) Convidar as partes para uma conversa franca, para identificar a real causa do conflito e conscientizar sobre o efeito do conflito; a análise fecha com a pergunta para as partes: “tem solução?” – na maioria dos casos, os envolvidos conseguem eliminar uma boa dose de carga “explosiva” e enxergar saídas; quando isso não acontece, o gestor pode expor o caso para o grupo (desde que acordado com a s partes) pedindo uma sugestão para resolver o conflito ou mediar entre as partes para chegar a uma solução.

5- (a) Sistemas de gerenciamento de desempenho individual podem colaborar para acabar com atritos entre funcionários dentro das empresas? (b) Por quê? (c) Que outras ferramentas também podem contribuir?

(a) Sim, desde que fique claro, de antemão, para o colaborador que o crescimento dele na organização depende também de sua capacidade de lidar com conflitos.

(b) Uma vez comprometido com a causa de ser solucionador e não criador do conflito, nascem no colaborador um apelo e um comprometimento explícitos.

(c) Coaching individual e/ou teambuilding em grupo e/ou “Gestão de Conflitos”, onde se trabalha com os colaboradores com a participação de profissionais (p.ex. consultores) externos à empresa, (com um acordo de confidencialidade em relação a tudo o que acontece internamente).

6- (a) Em caso de brigas no ambiente corporativo, como o funcionário que se sente lesado deve proceder? (b) E o chefe, como deve agir?

(a) Tentar resolver entre as partes, fora do ambiente de trabalho; se não for possível, pedir conselho a um colega de confiança; se for inviável, abrir-se com o superior.

(b) Promover treinamento para lidar melhor com o comportamento humano, p.ex., cursos de negociação, nos quais situações de tensão são simuladas para treinar a reação correta das pessoas.

De Werner K.P. Kugelmeier
wkprisma@wkprisma.com.br
Fones (19) 3296-4341/3256-8534

Para mais informações
www.wkprisma@wkprisma.com.br
www.gestaoempresarial.adm.br

FONTE:
ADMINISTRADORES.COM

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

FALTA DE COMUNICAÇÃO É UM DOS PRINCÍPAIS PROBLEMAS ENTRE FUNCIONÁRIOS E EMPRESA

A falta de comunicação é um dos principais problemas encontrados entre funcionários de empresas. Esta é a opinião do diretor da unidade paulista da De Bernt Entschev Human Capital, Júlio Bonrruqer. De acordo com ele, a comunicação falha pode trazer sérias consequências à equipe, impactando no desempenho e na produtividade dos profissionais.

“Quanto menos informação as pessoas tiverem em relação aos processos da empresa, maiores são as chances para boatos, muitas vezes, inconsistentes, mas que acabam prejudicando resultados, já que as pessoas ficam abaladas emocionalmente, por imaginar situações que podem nem existir”, afirma.

Situações que apavoram: como lidar?
Dentre as situações que mais impactam o rendimento dos profissionais de uma equipe, estão aquelas que envolvem corte de pessoal e mudanças na equipe. Como exemplo, cita Bonrruqer, estão a compra ou fusão da empresa, o fim do contrato de um cliente grande, a troca de líderes e até o surgimento de vagas para setores que já contam com o número máximo de profissionais.


Independentemente da situação, o especialista acredita que os profissionais devem manter o foco no trabalho e procurar produzir e se envolver mais com a empresa. “É difícil, mas, nestas horas, as empresas procuram manter os profissionais com melhores resultados e retorno”, fala. Contudo, se a situação estiver realmente incomodando, diz ele, vale, no momento oportuno, ter uma conversa franca com a liderança. “É melhor perguntar à liderança do que se basear em boatos. Contudo, o assunto deve ser conversado no momento oportuno. Além disso, para evitar esse tipo de situação, é prudente que as empresas, quando possível, procurem ser transparentes com seus funcionários e procurar explicar as possíveis situações adversas”.

Com informações do portal Infomoney.

FONTE:
SENIOR.COM

FALHAS NA COMUNICAÇÃO INTERNA DE UMA EMPRESA, PODEM COMPROMETER RESULTADOS?

Dentro de uma corporação, muitas das informações geradas na diretoria não são transmitidas de forma eficaz para o restante dos colaboradores. Com intenção ou não, a maior parte dessas notícias gera impacto direto na vida dos funcionários. Quando não são divulgadas de forma adequada, tais informações podem até causar transtornos.
A perda de tempo para reverter situações críticas, provenientes de um boato criado dentro de uma organização, pode comprometer a produtividade e gerar conflitos. Uma boa saída – ou a única – para evitar esse tipo de problema é investir em comunicação interna.

 Composta por processos de troca de informações dentro de um ambiente de trabalho, essa prática é responsável por fazer circular o conhecimento de forma vertical (da diretoria para os empregados) ou horizontal (entre funcionários do mesmo nível de subordinação).

Existem diversos instrumentos que favorecem o êxito da circulação das notícias dentro de uma empresa. Publicações impressas (jornais, revistas e boletins), jornal mural, intranet e newsletters são alguns exemplos. Aliados a um bom planejamento empresarial, eles são verdadeiras ferramentas estratégicas para aumentar a confiabilidade entre funcionários e líderes e auxiliar na otimização do tempo nas tomadas de decisões.

A comunicação interna tem grande importância para o bom andamento do trabalho nos diversos setores de uma empresa. Quanto mais informados acerca do cotidiano da corporação onde atuam estiverem os profissionais, mais eles estarão envolvidos com a missão da empresa e, conseqüentemente, a produtividade será cada vez maior. Assim como o aproveitamento do tempo, antes dispensado em conflitos gerados pela falta de informação.

Outro fator importante a se considerar é a função da comunicação interna em capacitar funcionários para novos desafios. Com o mercado altamente competitivo, a globalização e as novas tecnologias, todos os colaboradores de uma organização têm de estar aptos a obter os melhores resultados no menor tempo possível. Seguindo essa tendência, a comunicação interna deixa de ser algo periférico para se tornar ferramenta imprescindível na relação da produtividade com o tempo. A comunicação sempre foi um problema a ser trabalhado em grande parte das empresas, pois uma ação eficaz reduz esforços e aumenta a produtividade, Muito tempo se perde por não se ter uma informação ou se faz errado por não saber o que fazer. Portanto, a comunicação está diretamente ligada à produtividade e ao ganho de tempo.

Por muitas vezes ignorarem a causa dos “ecos de comunicação”, provenientes da falta de informação adequada, muitas corporações acabam perdendo tempo e dinheiro tendo de investir em treinamentos, palestras e reuniões intermináveis a fim de abrandarem as conseqüências desses conflitos.

Portanto, podemos definir que investir em comunicação significa, entre outros benefícios, economia de tempo. “O único caminho para evitar o conflito é o diálogo. Empresas que não dialogam são empresas analfabetas de um mundo extremamente relacional”.

Carlos Alberto Lima
Diretor Executivo.
Accerto Consultoria Logistica

SITE: www.accertoconsultoria.com.br

 FONTE:
ADMINISTRADORES.COM

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

LEI ESTADUAL QUE DISPÕE SOBRE O USO DO CELULAR NA ESCOLA

LEI Nº 14.146, DE 25.06.08 (D.O. DE 30.06.08)


Dispõe sobre a proibição do uso de equipamentos de comunicação, eletrônicos e outros aparelhos similares, nos estabelecimentos de ensino do Estado do Ceará, durante o horário das aulas.


O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARA

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam os alunos proibidos de utilizar telefone celular, walkman, discman, MP3 player, MP4 player, iPod, bip, pager e outros aparelhos similares, nos estabelecimentos de ensino do Estado do Ceará, durante o horário das aulas.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO IRAACEMA, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 25 de junho de 2008.


Cid Ferreira Gomes
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

domingo, 20 de agosto de 2017

1ª DICA DE SITE

Excelente Site para educadores. Trata de assuntos relevantes da escola de forma clara e sucinta.

TRÊS PASSOS PARA EVITAR A EVASÃO ESCOLAR

As faltas que eram esporádicas foram ficando cada vez mais frequentes até o ponto de o professor riscar o nome do aluno do diário de classe. Cenas como essa, infelizmente, têm sido comuns nas escolas brasileiras, tornando o abandono dos estudos ou a troca recorrente de escola pontos de preocupação constante para gestores e educadores de todo país.
Embora dados atuais apontem que 97,6% das crianças e dos adolescentes entre 7 e 14 anos estejam matriculados na escola, os indicadores de permanência (que medem a taxa de abandono, ou seja, os que não concluíram o ano letivo) e de evasão (referente aos que não se matricularam no ano seguinte) caminham na direção contrária: hoje, a cada 100 estudantes que ingressam no Ensino Fundamental, apenas 36 concluem o Ensino Médio. Deste total, segundo números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar) de 2013, 45,7% deles não conseguem concluir o Ensino Médio até os 19 anos – dois anos depois da idade adequada.
Outro quadro que preocupa os educadores, neste contexto, diz respeito aos alunos que mudam de escola com frequência – hábito que pode prejudicar o desempenho do estudante, tanto do ponto de vista da interrupção do seu ciclo de aprendizagem, como também da socialização e da convivência com a comunidade escolar. “O aluno que vivencia constantes mudanças de ambiente escolar pode ter prejuízos pedagógicos, pelas interrupções de processos e sucessivas adaptações necessárias ao prosseguimento dos estudos em diferentes projetos, e de relacionamento, pois fica impossibilitado de estabelecer relações mais duradouras com professores e colegas”, afirma a diretora pedagógica do Albert Sabin, de São Paulo (SP), Giselle Magnossão.
Vencer o desafio da evasão escolar não é uma tarefa fácil. Afinal, os motivos podem ir desde o desinteresse do aluno e não envolvimento da família na escola, até mudanças na situação social, econômica ou da dinâmica familiar envolvendo elementos que vão além dos muros da escola. No entanto, é fundamental que as escolas encontrem maneiras eficazes para modificar esse quadro. Mas por onde começar? Se essa é sua dúvida, confira nossas dicas de como evitar a evasão nas instituições de ensino.

1. Identifique, o quanto antes, as causas da evasão escolar

Eugênio Cordaro, sócio-fundador da Corus Consultores, chama a atenção das instituições de ensino para o fato de que alunos e famílias não costumam decidir instantaneamente deixar a escola. Assim, ele defende que elas devem estar atentas para perceber que o problema existe, de forma a solucioná-lo antes que o abandono ou a busca por outra instituição aconteça. “Os colégios podem reduzir substancialmente a saída de alunos se as informações sobre o descontentamento com a instituição chegarem a tempo. Por outro lado, a reversão da evasão é quase nula se a busca pelas motivações for feita quando o aluno já saiu”, diz.
Para ajudar a atenuar o problema, as escolas podem colocar o tema na pauta do planejamento pedagógico no começo do ano e monitorá-lo de forma regular ao longo do semestre, com objetivo de identificar, o quanto antes, os alunos propensos à evasão. Na prática, o primeiro passo é fazer um diagnóstico e identificar quais fatores têm levado seus alunos a deixar os estudos ou a mudar de escola. Embora os motivos sejam diversos e possam variar de acordo com a faixa etária, classe social, tipo de escola (pública ou privada), entre outros, as razões mais comuns estão relacionadas ao descontentamento com a instituição de ensino, tanto por parte dos estudantes, como também das famílias.
Uma pesquisa realizada em colégios particulares de São Paulo, feita pela Oficina da Estratégia, em parceria com a Corus Consultores em 2013, mostrou que as famílias que trocaram seus filhos de escola no início daquele ano, desconsiderando as situações pontuais e extremas ( cujo motivo da saída é particular e claro para todos os envolvidos), estavam em busca de um colégio que transmitisse mais organização e disciplina, além de ser mais moderno e inovador- características que nem sempre ficam evidenciados na relação cotidiana das famílias com a escola. “Com essa pesquisa foi possível chegar a dados que mostram que os pais estão buscando escolas que promovem a autonomia dos alunos, que valorizam o relacionamento e o trabalho em grupo e, ao mesmo tempo, transmitem organização e disciplina”, afirma Eveline Iannarelli, sócia-fundadora da Oficina da Estratégia, que desenvolve pesquisas voltadas à gestão escolar.
Para Eugênio, o levantamento de dados como esses pode colaborar efetivamente para evitar a evasão escolar, tendo em vista que, além de ajudar a medir o grau de satisfação com a escola, eles apontam quais são as expectativas dos pais e alunos em curso. “Para tirar real proveito desses dados, no entanto, eles devem ser estudados da maneira mais científica e precisa possível, oferecendo pistas assertivas para que os gestores possam tomar medidas eficazes que realmente tenham impacto na evasão”, indica. Nessa etapa de investigação das causas do problema, vale entrar em contato, inclusive, com os pais dos alunos evadidos, em busca de tentar entender quais foram suas motivações para a troca ou saída da escola. “Conhecer as razões da evasão implica acompanhar cada aluno e cada família para compreender o que motivou os responsáveis a procurar uma nova escola para, num segundo momento, poder fazer esta distinção: quais foram as transferências inevitáveis e quais foram aquelas que poderiam ter sido evitadas por ações da equipe escolar”, sugere a diretora pedagógica Giselle Magnossão.

2. Entenda e atenda seus alunos e pais

Uma vez identificados os motivos da evasão escolar, as instituições de ensino devem separá-los entre internos e externos. Os internos seriam motivos oriundos da própria escola, que podem ir desde dificuldades no relacionamento ou no atendimento por parte dos funcionários (corpo docente e colaboradores em geral), infraestrutura deficiente ou defasada em relação às necessidades dos alunos, passando pela discordância ou incompatibilidade com a linha pedagógica adotada pela escola, entre outros. Já os externos dizem respeito ao próprio aluno e ao ambiente familiar: situação financeira da família, dificuldades com transporte escolar, reincidência de reprovação, problemas de relacionamento entre os responsáveis pelo aluno (separação, disputa de guarda, por exemplo, entre outros). “Conhecer a fundo os motivos que levam pais e alunos a romper com as escolas pode ajudar a ampliar o entendimento sobre necessidades e expectativas, propiciando uma relação mais saudável entre todos os envolvidos e uma gestão mais assertiva por parte do colégio”, diz Eveline.
Em ambos os casos é importante traçar estratégias que resolvam com eficiência os problemas encontrados. Dentre as medidas que podem colaborar, estão, por exemplo, o investimento em programas e incentivos para qualificação dos docentes; a organização de um cronograma de aulas de reforço para alunos com baixo desempenho escolar; uma melhor adequação na infraestrutura; a realização de reuniões com os pais dos alunos com a mensalidade atrasada para verificar se há alguma forma de chegar a um acordo financeiro; o estabelecimento de parcerias para viabilizar um transporte escolar seguro e de qualidade; além de manter uma comunicação constante e próxima com alunos e famílias. Afinal, incentivar um diálogo próximo entre as escolas e as famílias pode servir como base para que o gestor crie uma cultura favorável ao recebimento de feedback que, por sua vez, é a melhor estratégia para que a instituição consiga se antecipar ao problema, dissolvendo-o antes que se torne um dos motivos da evasão escolar.

3. Fortaleça sua instituição

Uma vez que os problemas que envolvem a evasão estejam identificados e em processo para que sejam resolvidos, a instituição deve elaborar estratégias para fidelizar seus alunos. Alguns colégios por exemplo, procuram investir não apenas na qualidade de ensino, mas também na qualidade do clima escolar, ou seja, na melhoria constante dos processos de atendimento e de relacionamento entre alunos, famílias e colaboradores. Acompanhar a jornada de cada um de seus alunos, desde a matrícula na escola até sua saída- quer ela aconteça pela conclusão do curso, quer de forma antecipada por algum motivo-, também pode ser uma medida eficaz para o fortalecimento do vínculo com a escola, reduzindo, assim, os índices de evasão. Outra dica é realizar um estudo para identificar quais são os pontos fortes de sua instituição de ensino e criar estratégias, não apenas para mantê-los potentes, como também para divulgá-los. “A comunicação é um poderoso instrumento para transmitir os valores cultuados pela escola. Com planejamento e constância, os diferencias da sua escola, como o sistema de ensino ou atividades complementares, por exemplo, podem ser comunicados às famílias, permitindo assim que fiquem na memória de pais e alunos ao longo de todo o ano letivo e se tornem de grande aliada para retenção e atração de novos alunos”, observa o especialista em comunicação escolar e CEO e Co-founder Vahid Sherafat.
Você está passando pela evasão escolar em sua instituição de ensino? Comente aqui, compartilhe seus desafios e experiências.
FONTE:
CLASSAPP

SEIS DICAS PARA TORNAR A REUNIÃO DE PAIS UM SUCESSO

A manutenção de um diálogo constante entre os colégios e as famílias pode influenciar, de modo efetivo, na formação dos estudantes. E a reunião de pais é uma excelente oportunidade para a escola conquistar a confiança e a parceria com as famílias, motivando-os a participarem da vida acadêmica de seus filhos. Entretanto, os educadores sabem que conduzir uma reunião de forma eficiente é um verdadeiro desafio. Os pais tendem a chegar ansiosos para resolução de problemas individuais o que, muitas vezes, acaba comprometendo o foco e tumultuando a organização do debate. Para evitar que as reuniões sejam frustrantes tanto para os familiares, quanto para a escola, preparamos seis dicas que podem ajudar no sucesso do encontro.

1- Organize um roteiro

Para não perder o foco, correr o risco de ser prolixo ou esquecer de informações importantes durante o encontro, é fundamental planejar um roteiro prévio. “Essa é nossa chance para ‘pescar’ os pais e desmitificar a escola, por isso a importância de promovermos encontros eficientes. Pergunte à sua equipe qual o objetivo desse encontro e construa um roteiro a partir daí”, aconselha a pedagoga Neuza Valim, que atua há 15 anos como diretora de escolas da Rede Estadual de Educação de São Paulo.
Reuniões longas e com pautas confusas além de serem enfadonhas e improdutivas, podem afastar as famílias da escola. Afinal, tendo em vista a rotina corrida da maioria dos pais da atualidade, um encontro extenso e sem foco pode levá-los a sentir que perderam tempo e que não conseguiram aproveitar a reunião – argumentos suficientes para desmotivá-los a estarem presentes nos próximos encontros.


2- Escolha de datas e horários adequados aos pais

A escolha da data e do horário da reunião de pais pode ser determinante para o seu sucesso. De forma geral, um encontro agendado às 15 horas de uma quarta-feira, por exemplo, pode ter não ter um quórum significante. Para evitar que a sala fique vazia, uma medida produtiva é tentar fazer uma enquete com as famílias para saber quais são os horários mais adequados à maioria. Essa enquete pode ser feita, por exemplo, no momento da rematrícula do aluno ou até mesmo ao final da primeira reunião do ano.
Informar a data do encontro com antecedência e contendo informações relevantes (como pauta e tempo de duração previsto) também facilita à organização dos pais.


3- Garanta que os pais sejam informados sobre a reunião

Na hora de divulgar a reunião, é importante que a instituição se esforce para garantir que todos os pais sejam avisados. No entanto, sabemos que esse é um dos grandes desafios das escolas. Afinal, muitas vezes, os bilhetes enviados através dos alunos acabam não chegando aos pais por inúmeros motivos. O uso de portais ou emails também apresentam riscos, pois não há garantias para saber se as famílias, de fato, acessaram a informação a tempo, ainda que a escola se programe para enviar o convite com algumas semanas de antecedência. “Além disso, com as duplas e até triplas jornadas dos pais modernos, há o risco deles, simplesmente, esquecerem.
Por isso, os colégios devem buscar formas inteligentes de lembrá-los, mas atentos também para não os sobrecarregarem com inúmeras mensagens. Hoje, já existem no mercado tecnologias que podem ajudar neste quesito. Capazes, por exemplo, de detectar quais famílias ainda não leram o recado e mandar lembretes apenas para esse grupo que ainda não acessou a informação”, indica Vahid Sherafat, co-fundador da ClassApp: sistema especializado em comunicação escolar.

4- Prepare o ambiente

Ser criativo na preparação do ambiente para receber as famílias pode ser contribuir para “quebrar o gelo” do encontro. Uma sugestão, por exemplo, é decorar a sala com trabalhos realizados pelos alunos e oferecer aos pais a oportunidade de identificar o trabalho do filho entre tantos outros. “Além de ser uma forma afetuosa e diferente de dar as boas-vindas em uma reunião, dar visibilidade à produção dos alunos é um procedimento que reforça e valoriza a aprendizagem”, observa Neuza.
Iniciar a reunião com dinâmicas de grupo ou com leituras de textos inspiradores também podem ser formas agradáveis de recepcionar as famílias.
Disponibilizar cópias da ementa da reunião pode ajudar os pais a seguirem focados nos assuntos a serem discutidos. Assim como, dispor de papeis e canetas para que eles façam observações e sugestões também é uma forma gentil de convidá-los a se manterem concentrados na reunião.
Outra dica para deixar o ambiente mais familiar e aconchegante é providenciar água, café, lanchinhos e biscoitos. Embora não seja primordial, esse tipo de cuidado pode agradar em cheio aos pais que, por exemplo, virão à reunião direto do trabalho.
Também é importante pensar em soluções para quem não tem com quem deixar as crianças. Uma saída é organizar um espaço onde elas possam ser recebidas durante o encontro, deixando um funcionário responsável para cuidar dos pequenos.

5- Ouça os pais de forma individualizada

O diálogo bilateral é fundamental para o sucesso do encontro entre escola e família. No entanto, durante uma reunião geral, para evitar tumultos e desvio de foco, o mais indicado é ouvir os pais forma individualizada. Para isso, os colégios podem separar um momento, que pode ser ao final do encontro, por exemplo, onde a equipe se organize para conversar com os familiares. “Os pais também têm muito a contribuir. É preciso prever um espaço para a troca de ideias, pois o direito à voz enriquece esse tipo de encontro”, defende Janaina Maudonnet, professora da especialização em Educação Infantil da Faculdade Sumaré, em São Paulo.
Já ao longo do ano letivo, criar canais para ouvir e interagir com as famílias, apresentando formas e mecanismos para atender e compreender suas demandas, deve ser uma preocupação constante e primordial por parte da escola.


6- Documente

Outra sugestão da autora Carmem Galluzzi é que a escola designe um funcionário para registrar em ata o nome de todos os que estiveram presentes e os assuntos abordados no encontro. Esse documento pode ser usado tanto para simples registro (do próprio colégio e dos pais presentes), como, principalmente, para dar ciência dos temas às famílias que se ausentaram da reunião. “Documente, envie para todos pais e disponibilize uma cópia no mural ou no portal do colégio para que os alunos também tenham acesso aos temas abordados”, sugere.
Gostou das nossas dicas? Quer nos contar como tem sido as reuniões na sua escola? Compartilhe conosco seu comentário!
FONTE:
CLASSAPP

QUAL A INFLUÊNCIA DA INFRAESTRUTURA ESCOLAR NO APRENDIZADO?

Pare para pensar o quão frequente ouvimos notícias de escolas espalhadas por todo o país que estão caindo aos pedaços e sem infraestrutura mínima para receber os alunos de diferentes idades que tem o direito de aprender. Mesmo que as escolas contem com bons diretores, com professores dedicados e com a força de vontade dos alunos, estudos mostram que a infraestrutura pode ter papel essencial na formação dessas crianças e adolescentes, além de garantir conforto e bem estar não apenas aos alunos, mas também para os professores e a toda comunidade escolar.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), por exemplo, aponta que a insatisfação com a estrutura da escola pode estar relacionada, inclusive, com a ausência do aluno, o que pode levar, consequentemente, ao abandono, evasão escolar e reprovação. “Uma estrutura bem pensada, implica diretamente no interesse dos estudantes. E aquele aluno interessado se torna mais ativo, tem mais vontade de estar na escola e isso reflete no seu desempenho e aprendizado”, diz Daniela Costa, arquiteta que atua no setor educacional.
No artigo de hoje vamos falar um pouco mais sobre esse assunto. Afinal, por que você deve se preocupar com a infraestrutura da sua escola ou colégio? Como ela influencia diretamente no aprendizado dos seus alunos? Confira logo abaixo a nossa opinião!

Uma breve descrição do conceito de infraestrutura

O conceito de infraestrutura escolar vai desde itens básicos, como o fornecimento de água, energia elétrica, manutenção e limpeza dos ambientes, salas de aulas confortáveis com mobiliários adequadas e de boa qualidade, banheiros e cozinha, passando por locais de convivência como pátios, parques e brinquedoteca, além de espaços de apoio didáticos como bibliotecas, laboratórios, quadras, entre outros, espaços para organização do funcionamento do colégio, como salas de professores, coordenadores e diretores, secretarias, almoxarifados, etc, passando também por equipamentos e materiais didático-pedagógicos, computadores com acesso à internet e demais insumos tecnológicos. “Tudo em prol de criar um ambiente agradável e estimulante, afinal, é lá que os alunos passam boa parte de seus dias, durante anos de suas vidas. Nessa hora, dentro da realidade econômica de cada colégio, é interessante estar atento para criar um ambiente que una funcionalidade e aconchego”, observa Daniela.

A relação entre infraestrutura e aprendizado

Um estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mostra que o desempenho dos alunos que estudam em ambientes com boa infraestrutura é superior ao dos que estão em escolas que não dispõem de ambientes adequados. Segundo dados da pesquisa “Infraestrutura Escolar e Aprendizagens da Educação Básica Latino-americana”, os alunos poderiam subir as médias de 506 pontos em provas de linguagens e 497 pontos em matemática para 525 pontos e 524 pontos, respectivamente, caso tivessem condições melhores estruturais.
Na relação entre a infraestrutura escolar e os resultados acadêmicos, o estudo diz que os fatores que mais contribuem para bons desempenhos é a presença de espaços de apoio ao ensino, tais como bibliotecas, computadores, laboratórios de ciências, auditórios e quadras de esportes.

Ampliando capacidades nos alunos

Para a pesquisadora em pedagogia, Ana Maria Botelho de Lima, o ambiente escolar precisa provocar nos alunos múltiplos interesses sócio-educativos. Ela reforça que a estrutura física das escolas pode dar subsídios que influenciam não penas em ganhos da capacidade cognitiva e motora, mas também de socialização dos alunos, tendo em vista que uma infraestrutura inteligente contribuí para estimular o convívio social e de lazer entre eles. “O espaço da escola é mais do que quatro paredes. É clima, espírito de trabalho, produção de aprendizagem, relações sociais de formação de pessoas. O espaço tem que gerar ideias, sentimentos, movimentos no sentido da busca do conhecimento. Tem que despertar interesse em aprender, além de ser alegre, aprazível e confortável”, afirma.

Explorando a melhoria da infraestrutura na sua escola

Para os especialistas, a infraestrutura deve ser considerada como um ponto importante de investimento do colégio, permitindo que parte do dinheiro que chega para aplicar na administração da instituição, seja direcionada para melhorar aspectos das estruturas básicas, físicas, de apoio ou didáticas.
E claro, a tecnologia não deve ser deixada de lado quando falamos em investir na infraestrutura escolar. Os computadores oferecidos em laboratórios de informática e de ciências por exemplo, devem tentar acompanhar o rápido avanço da tecnologia. A internet deve estar disponível para ser fonte de pesquisa para alunos e professores e a escola pode, até mesmo, fazer investimentos em tecnologias que facilitam o aprendizado ou o relacionamento com pais e alunos.
No entanto, a adoção de novas tecnologias deve sempre observar os ganhos pedagógicos e não apenas “modismos passageiros”, conforme avalia Carlos Grieco, especialista em educação e diretor comercial e marketing da EvoBooks. “É preciso haver uma estratégia pedagógica fundamentada por trás de qualquer novidade que se queira adquirir. Portanto, antes de investir, o gestor deve dialogar com coordenadores e professores sobre como aquela tecnologia potencializa a linha de trabalho que eles acreditam. Do contrário, além de não contribuir, ainda pode causar distrações e perda de rendimento no aprendizado”, alerta.
Investir na infraestrutura escolar, portanto, é garantir que você vai oferecer ao aluno amplas possibilidades de ter um ensino de qualidade durante seu período escolar. Como você tem feito para transformar a infraestrutura do colégio que gerencia? Compartilhe suas dúvidas e experiências com a gente!
FONTE:
CLASSAPP

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

COMO DIRETORES DE ESCOLA PODEM SE RELACIONAR MELHOR COM PROFESSORES?

Diretores de escola possuem diversas responsabilidades. Como líder da instituição, devem organizar a administração, zelar pela qualidade pedagógica e fazer uma boa gestão para que a relação com a comunidade seja a mais saudável possível. Nesse sentido, um dos pontos-chave para o bom desenvolvimento de suas funções é manter um bom relacionamento com professores, que, enquanto mediadores no processo educacional, podem contribuir facilitando e otimizando as ações promovidas pelo diretor.
Mas como diretores podem se relacionar melhor com os docentes? Qual a importância do envolvimento na vivência em sala de aula? Este é o assunto do nosso post de hoje. Confira!

Trabalhe em equipe em prol do sucesso institucional

Sua relação com o professor não precisa e nem deve ser vertical. É extremamente importante que ambos consigam desenvolver, sobretudo, um trabalho em equipe, respeitando as limitações próprias de cada função e contribuindo para o crescimento sólido e gradativo da instituição.
Para isso, é imprescindível que você desenvolva competências gerenciais diversas e implemente uma rotina que seja motivadora, disciplinada e que transpareça tanto os bons resultados quanto os pontos a serem trabalhados, de forma cada vez mais harmoniosa e saudável.

Seja um gestor inspirador

Você deve apresentar habilidades gerenciais que passem confiança e inspirem a equipe escolar. Por isso, tenha boa visão democrática e seja um bom mediador de conflitos. Além disso, você precisa gostar, de fato, de lidar com relações interpessoais, do contato com outros, e deve ser movido por desafios. Precisa, sobretudo, demonstrar prazer em desenvolver seu ofício.

Realize reuniões periodicamente

As reuniões formais surgem como ótimas aliadas ao desenvolvimento institucional. Nas escolas, os encontros periódicos entre professores, diretores e coordenadores pedagógicos representam uma maneira eficiente de pontuar conjuntamente as necessidades e falhas de cada subárea, permitindo a definição de estratégias pedagógicas e o acompanhamento das medidas paliativas e corretivas. Ambas são igualmente importantes ao possibilitar o conhecimento de diferentes pontos de vista, viabilizando uma maior integração de toda a equipe pedagógica.

Invista em comunicação

Embora as atribuições sejam um pouco diferentes, você não deixa de ser um educador. E como todo educador, precisa demonstrar as melhores maneiras de aprender. Uma delas — talvez a mais importante — é partilhar e compartilhar informações. Os melhores, mais eficientes e significativos aprendizados surgem nos grandes debates acadêmicos, pois muitas vezes precisamos da visão do outro para integrar pensamentos e definir estratégias mais coesas e fortalecidas.

Por isso, incentive a comunicação e represente fielmente o modelo de comunicador.

Felizmente, existem tecnologias que podem ajudar os diretores de escola nesse sentido. Atualmente, aplicativos de comunicação escolar são uma excelente ferramenta educacional, podendo inclusive substituir a agenda escolar, conectando escolas, professores, pais e alunos de forma simples e eficiente.

Mantenha contato com a sala de aula

É extremante importante que você tenha contato com a rotina em sala de aula. Na maioria das vezes, uma visão mais ampla dos problemas na educação só aparecerá quando houver maior envolvimento na rotina dos professores em classe.
Esse contato, que não precisa ser diário, e sim periódico, contribuirá para que você tenha um olhar mais atento, podendo acompanhar pessoalmente as condições de aprendizagem, os fatores que atrapalham ou beneficiam o processo educacional, as táticas de ensino pelos docentes, a forma como as mesmas são recebidas pelos alunos, entre outros.
Quais outras atribuições você acredita serem imprescindíveis para um bom relacionamento entre professores e diretores de escola?

FONTE:
CLASSAPP

domingo, 13 de agosto de 2017

COMO GARANTIR UMA GESTÃO FINANCEIRA EFICIENTE

Caprichar no planejamento e na organização ajuda a gerir os recursos da escola, garantindo economia de tempo e bons resultados

Administrar o orçamento requer organização, responsabilidade e transparência, uma vez que a gestão dos recursos públicos é regulada pelas leis federais de Direito Financeiro (4.320/64) e de Licitações (8.666/93) e pela lei complementar de Responsabilidade Fiscal (101/2000). O artigo 212 da Constituição diz que a União deve aplicar no mínimo 18% (e os estados e municípios, 25%) de suas receitas em Educação. A verba que vem do governo federal é distribuída pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por canais como o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) - depositado na conta bancária da entidade executora da escola, geralmente a Associação de Pais e Mestres (APM), e ganhando rapidez para suprir necessidades básicas de manutenção, aquisição de material didático e formação. Já os recursos dos estados e municípios são administrados pelas Secretarias de Educação, que providenciam itens como estrutura física, carteiras e pagamento de funcionários. Existe ainda o montante arrecadado em eventos ou em parcerias com o setor privado. Quanto mais você estiver familiarizado com as etapas abaixo, menos tempo gastará com essa tarefa.

1. Definição de prioridades
Para o professor Almir Ferreira de Sousa, da Universidade de São Paulo, "sem a visão geral das necessidades da escola, o diretor se dedica só a apagar incêndios". Esse olhar panorâmico é conseguido com a reunião de representantes de professores, funcionários, equipe gestora, estudantes, pais e comunidade para defi nir prioridades, com a participação ativa da APM e do Conselho Escolar. Para garantir a aprendizagem, vale se perguntar o que é imprescindível para atingi-la. Materiais? Obras de reparo? Formação de professores? As respostas viram uma lista e cada item ganha uma ordem de urgência antes da distribuição dos recursos.

2. Cálculo correto dos gastos
Quanto mais detalhado for o planejamento, melhores serão os resultados. "Distribuir recursos é como servir um bolo. Algumas pessoas se satisfazem com um pedaço maior, e outras, com um menor", exemplifi ca Andrea Silveira, diretora fi nanceira do Instituto de Gestão Educacional Signorelli e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro. Para calcular certo cada fatia (os gastos) do orçamento e compreender como melhorar a receita da escola, é preciso ter referência. Uma boa maneira de adquirir parâmetros é levantar nos documentos da instituição o histórico de gastos de três ou quatro meses do ano anterior e fazer uma média de quanto cada área demandou (informática, recursos humanos, material etc). Não custa lembrar que a escola pública deve seguir as normas da Lei de Licitações. De acordo com os valores e o tipo de gasto, essa legislação estabelece a obrigatoriedade de haver uma ação que permita a comparação de preços (concorrência, tomada de preços ou carta-convite) antes da contratação do serviço ou da compra de material. Por menor que seja esse gasto, o processo referente a ele deve conter, no mínimo, três orçamentos registrados.

3. Elaboração do orçamento geral
Se você fez bem a lição de casa nas etapas anteriores, está pronto para esta - que nada mais é que o detalhamento do plano de gastos. Nesse planejamento devem constar os valores definidos para cada uma das prioridades, assim separados: estimativa de entrada de recursos e de arrecadação (receitas) e previsão de despesas. De acordo com a terminologia do orçamento público, essas últimas devem ser classificadas em dois grupos. As "correntes" se referem aos gastos diários com a manutenção da escola, como compra de material e contratação de serviços. As "de capital" são as despesas com equipamentos, materiais permanentes e execução de obras. Para que o planejamento não desande é preciso estar sempre atento ao fluxo de caixa, ou seja, ao dinheiro que entra e sai diariamente. Como os imprevistos sempre acontecem, como margem de segurança é recomendável prever uma reserva. Outra medida que garante um bom controle da execução orçamentária é cuidar para que sejam emitidos sempre cheques nominais. Esse procedimento facilita o acompanhamento do extrato bancário, o que deve ser feito com frequência.

4. Prestação de contas transparente
A escola tem de prestar contas de seus gastos à Secretaria de Educação à qual é vinculada, aos executores dos programas de fi nanciamento com os quais estabelece parceria - em períodos estabelecidos previamente por lei ou pelo regulamento da entidade fi nanciadora - e à comunidade. Os balanços fi nanceiro e orçamentário são obrigatórios, conforme determina o artigo 70 da Constituição Federal. Acompanhado por documentos fi scais e justifi cativas, o relatório de prestação de contas precisa ser aprovado pelo conselho fi scal da escola antes de ser divulgado. Os formulários para essa finalidade mudam de acordo com o órgão de onde saem os recursos. No caso da verba recebida pelo PDDE, a escola também encaminha a prestação de contas para a Secretaria. Os formulários estão disponíveis no site do FNDE (www.fnde.gov.br). Já com relação aos recursos fi nanceiros privados, é essencial atender aos critérios da instituição que repassou a verba. Numa gestão democrática, a comunidade precisa ser informada de todas as aplicações feitas em benefício da escola. Mas isso pode ser divulgado de maneira mais informal, publicando as informações no jornal interno, no mural ou em assembleias com a presença de pais e alunos.

5. Comprovação de gastos
Todos os originais de documentos fiscais precisam ser encaminhados ao órgão responsável pela contabilidade. Lá ficam disponíveis para a fiscalização do Tribunal de Contas. Para garantir o controle interno, porém, é recomendável manter cópias de tudo. A boa organização da papelada é meio caminho andado na hora de justifi car as despesas. Fica mais fácil encontrar os documentos e manipulá-los se estiverem separados por contrato. Uma boa prática é criar uma pasta (ou processo) para cada um. Por exemplo, se a escola recebeu da Secretaria uma verba para executar uma obra na cozinha, o ideal é documentar esses reparos, organizando a papelada por ordem cronológica: comprovantes, extratos bancários, notas fiscais e recibos, plano de aplicação dos recursos e prestação de contas. São válidos somente os recibos e documentos emitidos em nome da escola. Aqueles em nome de pessoa física ou de terceiros ficam de fora.

ESTRATÉGIA x TÁTICA

“ Tática é saber o que fazer quando há o que fazer; estratégia é saber o que fazer quando não há nada a fazer”. Tartakower.
Para fazermos movimentos certos, temos de saber o que estamos buscando, do que estamos atrás. Nenhuma quantidade de análise poderá nos fornecer a resposta a essa pergunta. Para alcançar a vitória, estabelecemos estratégias de jogo e escolhemos a melhor linha de ação para executá-las. Enquanto que a estratégia é abstrata e baseada em objetivos de longo prazo, a tática é concreta e baseada na descoberta do melhor lance a fazer de imediato.
A tática é condicional e oportunista, caracterizando-se por ameaça e defesa. Se você não explorar de imediato uma oportunidade tática, o jogo certamente irá se virar contra você. Quando seu oponente comete um erro grave, uma tática vencedora pode surgir de repente e servir como meio e fim. Um tático sente-se em casa reagindo a ameaças e aproveitando as oportunidades no campo de batalha.
Seu problema é como avançar quando não existem movimentos óbvios, quando é necessário ação e não reação. O que realmente você faz quando não há nada a fazer? Chamamos essa fase de jogo “posicional”, porque o objetivo é melhorar nossa posição. Há uma tendência a preguiça nas posições tranqüilas. É nessas ocasiões que um verdadeiro estrategista se destaca, encontrando meios de progredir, reforçar sua posição e se preparar para o conflito inevitável.
A tática deve ser guiada pela estratégia. Toda vez que fazemos um lance, precisamos considerar a reação de nosso adversário, nossa resposta a esta reação, e assim por diante.

Qual é a diferença entre tática e estratégia?
A estratégia pode ser compreendida como a elaboração do planejamento. A tática faz parte da implementação da estratégia definida, ou seja, fazer os movimentos corretos para atingir a estratégia escolhida.

Por que é importante Definir a estratégia?
Definindo uma estratégia, ela funcionará como um guia. Ela nos mostra a nossa posição e permite traçar a melhor trajetória para se chegar a uma determinada posição. Através da Estratégia sabemos onde queremos chegar, o caminho para alcançar esse lugar. Quando estamos em uma posição que não sabemos o que jogar é porque não temos uma estratégia definida.

O que é mais importante, a tática ou a estratégia?
Ambos são importantes. Porém, a eficácia da tática depende da estratégia que deu origem a ela.
Para compreendemos melhor, vejamos algumas comparações entre estratégia e tática:
1) Jogadores com estilo de administradores (posicionais) preferem estratégias e jogadores com estilo de empreendedores (agressivos) preferem táticas.

2) Estratégia visa gerar oportunidades e táticas visam aproveitar oportunidades.

3) Estratégias contêm táticas, mas táticas não contem estratégias. No decorrer de um planejamento estratégico você buscará tática, por outro lado uma tática poderá levar a uma posição que faça você rever a estratégia inicial, mas dificilmente fará com que ela seja totalmente descartada.

4) Estratégias primam pela eficiência e táticas pela eficácia. Estratégias são as opções existentes em uma determinada posição onde deveremos fazer uma escolha do caminho a seguir objetivando ter uma vantagem (de qualidade, posicional ou de iniciativa), já a tática é uma oportunidade surgida da estratégia para obter o resultado (estratégia produz um efeito longo e tática produz um efeito imediato).

5) Estratégia é uma ferramenta de planejamento e tática é uma ferramenta de execução.

6) A estratégia deve estar associada a o que fazer, enquanto que a tática deve estar associada a como fazer.

Este artigo apresenta uma analogia entre o jogo de xadrez e a aplicação de estratégias e planos nas organizações.
Artigo postado por: Everton Carsten da Rosa

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

AS BOAS ESCOLAS QUE O IDEB NÃO VÊ

Os desafios de quem educa para além das avaliações

O Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) completa dez anos em 2017 e é uma das mais importantes políticas de qualidade do ensino no Brasil. Foi a partir dele – e da Prova Brasil, criada em 2005 – que construímos, pela primeira vez, uma forma de medir e acompanhar a aprendizagem em todas as escolas. Ele surge depois de um intenso processo de ampliação no Ensino Fundamental, que fez com que chegássemos a mais de 95% de cobertura e rompêssemos a barreira dos 35 milhões de crianças de 6 a 14 anos na escola. “Quando criamos o índice, o objetivo não era dar uma nota para cada aluno ou escola, mas ter um parâmetro para o governo priorizar os investimentos. O Ideb é um marco porque ele voltou o foco das políticas públicas para a qualidade”, explica a ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.
Ao longo da última década, o Ideb induziu diversas políticas e programas públicos, passou a balizar os investimentos do terceiro setor e, dentro das escolas, deu um instrumento concreto para que famílias, professores e gestores pudessem dialogar e agir para melhorar a qualidade. Ele também escancarou o que os resultados de testes internacionais e os altos índices de reprovação, analfabetismo e distorção idade-série atestavam: o nível muito baixo da Educação brasileira.
Mas, com o índice nacional, também surgiram versões municipais e estaduais, gerando sobreposições. A divulgação das notas levou ao ranqueamento e a busca por melhores posições conduziu a práticas de treinamento e ao foco curricular nos descritores de Língua Portuguesa e Matemática da Prova Brasil. “Acabamos criando mecanismos sofisticados de avaliação, mas não de mudança pedagógica na escola”, reconhece Pilar Lacerda.
Para que essa mudança aconteça, é preciso saber transformar os números das provas em ações. “Na gestão essas ações se materializam na garantia da formação continuada, do número adequado de alunos em sala, na valorização e permanência dos professores e na infraestrutura. Dentro de sala, é priorizar mais os erros do que os acertos. É da reflexão sobre o erro que vem a transformação da prática”, defende Jussara Hoffman, pesquisadora em avaliação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A régua do Ideb, por sua natureza padronizada e de larga escala, também não consegue dar visibilidade para os desafios sociais, econômicos e culturais de cada escola. “É preciso ter metas para nossos melhores alunos, que aprendem menos do que os melhores em outros países, e também para os nossos piores alunos, que são em grande número e muito piores do que os piores em outros países. São diferentes desigualdades”, afirma Francisco Soares, ex-presidente do Inep e um dos maiores especialistas em estatística educacional do país.
Em 2022 se conclui a série histórica proposta quando o Ideb foi criado. A ideia à época era que o Brasil cheguasse lá com nota 6, o nível dos países desenvolvidos. Na última medição, em 2015, atingimos a casa do 5 nos anos iniciais e do 4 nos anos finais. “Precisamos concluir essa série, mas pensar como criaremos mecanismos de avaliação que considerem o impacto da Educação integral, a relação da escola com a comunidade e a cidade, novas metodologias de ensino e as demandas de aprendizagem dos alunos”, acredita Pilar Lacerda.
São essas aprendizagens, hoje invisíveis para o Ideb, que trazemos nos links abaixo. Uma escola de portas abertas para os imigrantes, outra que é referência em inclusão e uma terceira que desenvolve a autonomia dos alunos, todas ainda abaixo das metas do índice. “Precisamos ter sempre em vista que quando dizemos ler, escrever, estamos afirmando: ler não apenas os livros, mas os sinais do mundo, a cultura do tempo. Escrever não apenas nos cadernos ou computadores, e sim no contexto de que participa, intervindo em sua significação. Resolver problemas não só matemáticos, mas no amplo universo das questões que desafiam os seres humanos na construção de sua história e no convívio com os outros”, afirma a filósofa da Educação Terezinha Rios.

Conheça casos de boas escolas que o Ideb não vê