quinta-feira, 10 de agosto de 2017

JOGOS DE TABULEIROS POR TODOS OS LADOS

Amplie o acervo e inclua esses importantes recursos didáticos na rotina de alunos e professores

Qual foi a última vez que você viu os alunos jogando na sua escola? Caso seja impossível se lembrar da resposta, pode ser o momento de repensar o lugar que os jogos têm ocupado na instituição. "Para que esses recursos circulem e sejam bem utilizados, a escola toda precisa estar envolvida em um projeto que incentive o uso deles em todos os espaços", explica Maria Cândida Di Pierro, pedagoga e consultora educacional da Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo.

Os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) podem ser utilizados para a ampliação do acervo. Outra possibilidade é confeccionar os tabuleiros e as peças com a participação dos alunos (veja algumas sugestões para a fabricação de jogos aqui). Uma vez que os jogos estão disponíveis, basta a gestão e os professores se unirem para tirá-los dos armários.
O espaço para essas brincadeiras deve ser garantido em momentos livres como o intervalo e também na sala de aula. Nesse segundo caso, é importante que os professores estejam familiarizados com os jogos que vão usar e planejem bem qual o propósito didático de cada ferramenta. "É necessário apresentar o acervo aos docentes e convidá-los para jogar e ler os textos instrucionais nos encontros de formação", afirma Adriana Klisys, diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte. Se há um professor que tem mais afinidade com as brincadeiras, ele também pode ajudar a levar essas referências para os demais.

As atividades podem ser adaptadas para cada etapa de ensino. Na Educação Infantil, por exemplo, os jogos de percurso, que envolvem mais sorte e pouca estratégia, colaboram para que os pequenos aprendam a se organizar para compartilhar uma partida com os colegas. No Ensino Fundamental, ações como a captura de peças e a formação de linhas e colunas já são bem compreendidas. Para os mais velhos, é interessante incluir a necessidade de estratégias cada vez mais complexas.

Conheça, a seguir, algumas opções e inspire-se para ampliar o acervo da sua escola.

  • Jogo da onça
Jogos de tabuleiro por todos os lados. Ilustração: Bruno Algarve
Objetivo do jogo A onça capturar cinco cachorros ou os cachorros imobilizarem a onça. 
Regras Os jogadores escolhem ou sorteiam quem vai ser a onça e quem vai representar os 14 cachorros. A peça que representa a onça fica bem no centro do tabuleiro e as demais, atrás dela, à direita e à esquerda. A onça começa. Tanto ela como os cães podem andar para uma casa vizinha vazia por vez, em qualquer direção. A onça ganha se conseguir "comer" cinco cães, como no jogo de dama - pulando o cachorro e se dirigindo à próxima casa vazia. Ela também pode "comer" cães em sequência, seguindo o mesmo princípio. Os cachorros não podem "comer" a onça. O objetivo é cercá-la por todos os lados. A dica aos cães é encurralar a onça para o espaço representado pelo triângulo no tabuleiro, uma espécie de armadilha. 
Participantes Dois.

  • Quarto!
Jogos de tabuleiro por todos os lados. Ilustração: Bruno Algarve
Objetivo do jogo Alinhar quatro peças com pelo menos uma característica comum na horizontal, na vertical ou na diagonal.
Regras No início do jogo, todas as peças devem estar fora do tabuleiro. Os jogadores escolhem a peça que os adversários terão de colocar no quadro. Vence o primeiro que dispor sobre o tabuleiro quatro peças com pelo menos uma característica em comum (furadas, quadradas, da mesma cor, redondas, altas, baixas ou sem furos) alinhadas (vertical ou horizontalmente) ou na diagonal.
Participantes Dois.