quarta-feira, 31 de maio de 2017

LEI DAS CANTINAS ENTRA EM VIGOR EM 2017 E ESCOLAS SE PREPARAM PARA ATENDER LEGISLAÇÃO

Pela lei, promulgada em junho de 2016, fica proibida a comercialização, aquisição, confecção e distribuição, nas cantinas de escolas públicas ou privadas do Amazonas03/01/2017 às 15:48Show cantina escola

acritica.comManaus (AM)
A Lei das Cantinas, que proíbe escolas públicas e particulares de comercializarem produtos que contribuem para a obesidade infantil, entra em vigor este mês, e as escolas já começam a se preparar para atender a nova legislação. Pela lei, promulgada em junho de 2016, fica proibida a comercialização, aquisição, confecção e distribuição, nas cantinas de escolas públicas ou privadas do Amazonas, de produtos como balas, pirulitos, goma de mascar, salgadinhos, biscoitos recheados, chocolates, caramelos, refrigerante, pipocas e sucos industrializados, dentre outros produtos.
No Instituto Denizard Rivail os pais que estão realizando a matrícula já vem sendo orientados sobre a nova lei. Além disso, os profissionais que atuam na cantina da escola participaram de palestras no Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe/Am). Segundo a diretora do Denizard Rivail, Vera Lúcia Serqueira, desde outubro os professores estão fazendo um trabalho de orientação e conscientização das crianças e adolescentes sobre a importância da alimentação saudável. “Durante as aulas de ciências, os professores realizam atividades com as crianças que as ajudam a conhecer os alimentos e os sabores”, explicou.
Através de ações durante todo o ano letivo, no Colégio Martha Falcão os alunos são incentivados a se alimentar de forma saudável. Diversas palestras e atividades são realizadas em sala de aula. Os pais também tem acesso à nutricionista da instituição e, com isso, podem tirar dúvidas sobre como preparar uma lancheira com opções mais naturais.
Nas cantinas do Colégio Martha Falcão não é diferente: a escola passou a facilitar para que os alunos tenham acesso a alimentos mais saudáveis, sem glúten e açúcar, oferecendo itens como frutas, sanduíches e sucos naturais. Toda semana a meninada participa de uma atividade chamada “Dia da Fruta”, em que elas trazem de casa a fruta preferida e compartilham com os colegas de classe.
A assessora da direção do Colégio, Luciana Falcão, explica que a intenção é proporcionar experiências com a comida, em que os alunos reconhecem a cor, a textura, o sabor e o cheiro dos alimentos. “Colocamos todas as frutas numa mesa e as crianças são convidadas a provarem, e, além disso, elas também recebem informações nutricionais, passando a saber, por exemplo, que a laranja é rica em vitamina C e ajuda a aumentar a imunidade”, disse.
Outra escola que já está se preparando para atender à nova legislação é o Palas Atenas. Os proprietários da cantina, que é terceirizada, participaram de palestras no Sinepe e receberam todas as orientações do que pode ser oferecido como lanche para os estudantes. Conforme o diretor da instituição, Paulo Ribeiro, no retorno das aulas os pais e os alunos serão convidados a participar de palestras sobre o tema.
De acordo com a presidente do Sinepe, Elaine Saldanha, o Ministério da Saúde (MS) lançou no ano passado um Manual das Cantinas Escolares, orientando os estabelecimentos a oferecerem opções de lanches saudáveis. A presidente acredita que a lei vem para reforçar essa iniciativa do Ministério da Saúde, porém esse trabalho das escolas deve contar com o apoio dos pais.
Elaine Saldanha ressalta que a obesidade infantil é um problema grave e que precisa da atenção de todos, família, escola e poder público. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o número de crianças com sobrepeso subiu de 31 milhões para 41 milhões entre 1990 e 2014.
A presidente reforça que os pais tem papel fundamental no processo de educação alimentar. “Não adianta a escola oferecer opções saudáveis se as crianças que levam o lanche de casa vão comer biscoito recheado e tomar refrigerante”, disse.
A Lei das Cantinas também dispõe sobre a venda ou distribuição de  alimentos com mais de 3 gramas de gordura em 100 kcal do produto; com mais de 160mg de sódio em 100 kcal do produto; que contenham corantes, conservantes ou antioxidantes artificiais (observada a rotulagem nutricional disponível nas embalagens); e que não  contenham rotulagem, composição nutricional e prazo de validade. Além de não poderem fornecer os produtos, os estabelecimentos também ficam impedidos de divulgar propaganda dos mesmos.
Opções saudáveis
A coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Estácio, Rita Machado, diz que é possível oferecer opções de lanches saudáveis e saborosos. Uma dica são os bolos de laranja e coco, por exemplo. Para substituir os salgadinhos, a professora sugere que sejam feitos chips de cará roxo, batata doce e banana. Ao invés de fritar, o ideal é assar esses alimentos.
Rita Machado propõe que as cantinas preparem o hambúrguer e os assem, no lugar de utilizar os industrializados, ou, ainda, ofereçam opções de sanduíches naturais. No caso das crianças pequenas que levam lancheira, os pais devem evitar incluir alimentos industrializados. “Prepare sanduíche e suco naturais. Acrescente uma fruta”, orienta a nutricionista.

MONTANDO UMA CANTINA ESCOLAR

Pensando em montar uma cantina escolar? Veja as dicas que preparamos pra você!

Montando uma cantina escolar
Uma cantina de escola é uma excelente opção de negócios por não ter concorrência e poder contar com a segurança do ambiente escolar. Os riscos são baixos e o lucro é garantido. Veja abaixo as principais dicas para quem está pensando em investir em uma cantina escolar.

Como montar uma cantina

As escolas não são obrigadas a ter cantinas. Quem irá decidir pela existência ou não e qual empresa irá prestar esse serviço será a direção da escola. Não é fácil achar uma escola para abrir sua cantina. Esteja atendo, faça contatos e se informe.
Para abrir uma cantina é interessante apresentar à escola quais tipos de produto você pretende servir aos alunos (leia abaixo o item sobre comidas saudáveis).
Depois de aprovado pela escola, você precisará adquirir uma licitação. No caso de escolas públicas, o documento deve contar com uma declaração de que o espaço ocupado é cedido pelo Governo do Estado, com a finalidade de serviços de alimentação, de acordo com o cumprimento das normas estabelecidas pela Portaria Conjunta COGSP/CEI/DSE de 23/03/2005.
As cantinas devem seguir as normas sanitárias de funcionamento, de acordo com a lei 10.083 de 23 de setembro de 1998.

Comidas saudáveis

Nos dias de hoje, com o aumento da obesidade infantil sendo percebida em todas as classes sociais, os pais têm dado maior atenção ao que os filhos andam comendo. Muitos pais preferem mandar lanche de casa, para evitar que o filho consuma algo não muito saudável na escola. Por isso, as cantinas têm oferecido cada vez mais opções saudáveis, como lanches naturais, frutas, sucos, etc.
Vale a pena consultar um nutricionista que irá ajudar a formar um cardápio que seja saudável e ainda agrade às crianças.


Férias

Apesar de ter baixos riscos em termos de retorno, uma cantina costuma sofrer com a baixa das vendas nas férias. Para evitar desconfortos, é interessante guardar uma porcentagem do lucro obtido durante o período de aulas para que seja usado durante o período de férias, uma vez que as contas continuam vencendo. Lembre-se: são duas férias por ano.
Não se esqueça de consultar um contador, que poderá te dar dicas valiosas sobre como manter a saúde financeira da sua empresa.

Equipamentos

Depois de tomadas todas as providências, está na hora de se instalar no espaço que a escola destinou para você. Você irá precisar de freezers, fornos, estufas e vitrines refrigeradas, além de utensílios e outros equipamentos que podem ser necessários conforme o que você irá servir.
Aqui na Bom Peso contamos com uma linha de produtos que com certeza irá satisfazer qualquer uma de suas necessidades. Além disso, temos profissionais que poderão te ajudar na escolha desses equipamentos, para que sua compra seja mais certeira. Venha nos fazer uma visita!

FONTE:
Bom Peso

terça-feira, 30 de maio de 2017

HIGIENE DOS ALIMENTOS EM CANTINAS ESCOLARES

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1. Higiene dos funcionários:
Os funcionários devem estar limpos, tomar banho diariamente, lavar as mãos sempre, com água e sabão e depois passar álcool a 70%, principalmente quando vão ao banheiro, chegam da rua ou realizam atividade, estar sem barba, joias, unhas grandes ou pintadas, usar toucas e uniforme limpos, não conversar em cima da comida, não estar doente, nem com ferimentos nas mãos e não pegar em dinheiro.
Os funcionários das cantinas devem usar touca na cabeça
2. Higiene do ambiente:
Limpe as instalações da cantina, como paredes, chão e tetos, bem como os equipamentos e utensílios que serão utilizados com água e sabão. Depois faça a desinfecção nas partes internas dos equipamentos com álcool a 70% e nas partes internas aplique uma solução com 10 mL de água sanitária para 1 litro de água e deixe por 15 minutos. Realize dedetizações periódicas, coloque telas em portas e janelas, mantenha o lixo fechado e o lugar onde se prepara o alimento deve ser separado de onde se vende.
Numa cantina, deve-se realizar sempre a limpeza da pia, instalações, equipamentos e utensílios
3. Higiene dos alimentos:
Tome cuidado para que seu fornecedor de alimentos tenha os produtos em excelente estado de higiene, guarde primeiro os alimentos refrigerados, seguido dos congelados e, por último, os alimentos em temperatura ambiente e sempre limpe as embalagens antes de guardá-las.
Deve-se lavar bem os alimentos antes de prepará-los
No artigo “Dicas para comprar e preparar alimentos mais saudáveis”, você encontrará dicas de como comprar, limpar, preparar e guardar alimentos. Lembre-se também de que depois de preparados os alimentos, eles só podem ficar na temperatura ambiente por no máximo 30 minutos; se forem quentes, devem ser mantidos no forno, estufa ou fogão; e se forem frios, devem ser mantidos na geladeira ou freezer. 
FONTE:

domingo, 14 de maio de 2017

ALIMENTOS QUE AJUDAM A APENSAR

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Está mais do que provado que aquilo que comemos é fundamental não apenas para o nosso corpo, mas também para o nosso cérebro. Assim, não é de estranhar que o sucesso escolar passe, entre outras coisas, por aquilo que as crianças comem.
 Os seis nutrientes fundamentais
- GLICOSE
É o «combustível» do cérebro, ou seja, a «energia» que o faz pensar, raciocinar, resolver problemas. No entanto, não basta encher o depósito pela manhã – com um «grande» pequeno-almoço – e esperar que renda o dia inteiro. Pelo contrário, as reservas têm de ser repostas ao longo do dia, para que o cérebro não falhe, ou não comece a andar mais devagar.
Depois de um bom pequeno-almoço, é fundamental «cortar» a manhã com um reabastecimento de glicose. Os hidratos de carbono complexos cumprem bem essa função e pense que um pedaço de broa de milho dá uma energia muito mais potente do que um bolo cheio de creme e de gordura.
Passado o almoço, volta a ser necessário recarregar baterias, a meio da tarde. Para crianças que passam o dia inteiro na escola, estes «reabastecimentos» a meio da manhã e a meio da tarde são fundamentais e podem fazer toda a diferença em termos de rendimento intelectual.

- FERRO
Muito antes de as análises de sangue demonstrarem uma carência em ferro, já o cérebro a acusa. De facto, a falta de ferro provoca uma quebra de atenção e menor motivação para as tarefas intelectuais. A criança poder-se-á sentir mais fraca ou mesmo apática e com dores de cabeça.
Assim, e antes que os sinais se tornem visíveis, insira na dieta do seu filho atum, salmão, leguminosas e vegetais de folhas verdes. Em casos mais específicos, poderá ser necessário um suplemento.

- ÁCIDO FÓLICO
Cansaço, irritabilidade, falta de memória, apatia. No fundo, os sintomas de uma carência em ácido fólico são muito semelhantes aos sintomas de uma carência em ferro.
As fontes, no entanto, nem sempre coincidem. Para além dos alimentos referidos no ponto acima, dê ao seu filho bróculos, cenoura, abóbora, gema de ovo e laranjas. Todos eles são ricos em ácido fólico, essencial para a maturação dos glóbulos vermelhos e para o bom funcionamento do sistema nervoso.

- VITAMINAS DO GRUPO B
A tiamina, mais conhecida por vitamina B1, a niacina (vitamina B3) e a piridoxina (vitamina B6) desempenham um papel importante no que diz respeito ao rendimento intelectual, à concentração e á memória.
Se houver alguma carência, podem surgir alterações de personalidade, agressividade e até ligeiras depressões. Feijão, cereais integrais, aveia, verduras e hortaliças, leite, peixe, ovos, abacate, banana e melão. Todos eles contém vitaminas do grupo B.

- VITAMINA A
Há várias provas da importância da vitamina A no bom funcionamento cerebral. A vitamina A existe em alimentos de origem animal, sob a forma de retinol, e nalguns de origem vegetal, sob a forma de betacaroteno. Queijo, manteiga, cenouras e espinafres são ricos em vitamina A.

- ZINCO
O zinco faz parte da estrutura de comunicação entre as células e, quando existe uma carência, alteram-se os mecanismos de cognição.

SUPLEMENTOS, SIM OU NÃO?
A questão dos suplementos não é pacífica. Para alguns, eles fazem sentido e são necessários em determinadas situações, para outros são perfeitamente dispensáveis, já que uma alimentação equilibrada fornece todos os nutrientes de que o organismo necessita. Porque cada caso é uma caso, nunca decida, por sua própria iniciativa, dar ao seu filhos suplementos do que quer que seja. Consulte sempre o pediatra da criança ou o médico de família. A ingestão de vitaminas e sais minerais deve obedecer a critérios próprios e com as doses ajustadas à situação concreta. Nem sempre o suplemento que o filho da amiga ou da vizinha está a tomar – e que lhe está a fazer tão bem! – é o mais indicado para o nosso filho. Até porque, algumas vitaminas, tomadas em excesso, podem ter efeitos tóxicos.

Referência/LINK:

ALIMENTAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA RENDIMENTO ESCOLAR

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A alimentação deve ser uma preocupação presente em todos estudantes. Estar bem nutrido é fundamental para o eficiente funcionamento neuronal. Muita distração é provocada por insuficiência nutricional e são sinais biológicos de manifestação sintomática. Um regular e diversificado pequeno-almoço, lanche a meio da manhã, bom almoço e lanche à tarde são fundamentais para conseguir ter bom rendimento no horário escolar. Assim, é possível manter o nível nutricional necessário para o funcionamento do cérebro, que é o órgão do nosso corpo que consome mais energia. Um aspecto importante a ser levado em conta é que a alimentação seja rica em hidratos de carbono de absorção lenta. Nestes alimentos incluímos os cereais e derivados como o pão, arroz, milho, massas, cereais, leguminosas como o grão, o feijão, as ervilhas, as lentilhas ou as favas, a batata, a fruta e os legumes.
Referência/LINK:

DA ESCOLA GOSTO, DAS AULAS É QUE...

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Não escassos os miúdos que não gostam da escola. É lá que encontram os amigos, que brincam ao que mais gostam, que têm a oportunidade de interpelar, uma vez mais, o rapaz ou rapariga que lhes instigam as primeiras paixões e emoções amorosas.
Contudo, não são tão escassos os alunos que referem que não gostam das aulas. Quando os questionamos sobre o que acham da escola é comum responderem “da escola gosto, das aulas é que …”, e geralmente finalizam a afirmação com um “não”, ou um, “nem por isso”! Se formos um pouco mais insistentes percebemos que não são todas as aulas. Interpelando-os se não gostam de todas as aulas, referem que não são todas e que gostam de algumas.
Curiosamente, as que apreciam, não são aquelas que consideram mais fáceis, mas aquelas mais os cativam. Nem sempre pela matéria, mas muito frequentemente pelo modo como são motivados e entusiasmados pelos seus professores. São eles que fazem a diferença de tornar a Matemática divertida, a Ciência entusiasmante, a História emocionante ou a Geografia empolgante.
Se nos recordarmos do nosso tempo de estudante, os professores de que mais memória temos, os que nos marcaram, que consideramos excelentes não são muito numerosos. Marcaram-nos pelo que fizeram e pelo que nos transmitiram enquanto pessoas. Tente lembrar-se das matérias que lecionaram. Difícil certo? São as relações que cativam os alunos e os fazem gostar das aulas. As matérias, essas sem mediação e relação humana, são todas, como os alunos dizem, chatas!

Referência/LINK:

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E NEUROEDUCAÇÃO


As alterações das funções nervosas complexas resultam em dificuldades de aprendizagem porque condicionam o processo piagetiano de assimilação, acomodação e adaptação, organização e estruturação fundamentais ao desenvolvimento intelectual normal da criança. As crianças que acompanhamos apresentam queixas variadas como dificuldades globais de aprendizagem ou dificuldades disciplinares específicas. As dificuldades de aprendizagem de forma genérica referem-se a um grupo de alterações que se manifesta por dificuldades significativas na aquisição e utilização das habilitações auditivas, verbais, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas, assim como das aptidões sociais. A necessidade de se reabilitarem as alterações cognitivas tem vindo a ganhar um carácter emergente, na mesma medida em que se tem evoluído no conhecimento científico, diversificando-se e apurando-se cada vez mais os métodos de avaliação e de intervenção, com melhores possibilidades de (re) inserção escolar das crianças. Depois de identificada a disfunção e elaborado o diagnóstico, o processo de neuroeducação e/ou de reabilitação cognitiva serve para minimizar e reduzir o impacto, bem como a duração destas dificuldades. Procura-se ajudar a criança a encontrar o seu próprio caminho de aprendizagem e as suas próprias estratégias na resolução dos problemas com que se debate. Trata-se de um processo interativo entre criança e o técnico, numa base de recuperação, potencialização e maximização das suas capacidades. O treino é progressivo, adaptativo, motivador e multidimensional e pode ser realizado através de um software apropriado a cada uma das funções nervosas complexas, recorrendo-se ainda às técnicas simples de papel e lápis sempre que necessário. É fundamental procurar identificar formas pedagógicas para determinar como ensinar em vez do que ensinar.

APRENDER A ESTUDAR

Saber estudar é fundamental para o percurso académico de todas as crianças e deve ser ensinado desde cedo. Em casa, os pais podem desempenhar um papel importante. Aqui ficam alguns conselhos úteis para pôr em prática no início deste ano escolar.

“Estudar, como se faz?”, “Valerá a pena aplicarmos os métodos do antigamente ou do agora é que é bom?”, “Até que ponto ajudar a estudar?”, “E em que condições: com a televisão aos berros ou em silêncio sepulcral?”… No prefácio do livro Ensina o teu filho a estudar, o pediatra Mário Cordeiro enumera uma série de questões que surgem necessariamente aos pais com filhos em idade escolar. Renato Paiva, o autor do livro, baseou-se na sua vasta experiência como formador e orientador escolar, para passar aos pais um conjunto de pistas e informações úteis, sobre um tema por vezes negligenciado, mas absolutamente necessário. Eis algumas das mais importantes.

    Criar hábitos de estudo
Os alunos devem estudar com frequência e antecedência. Incite o seu filho a estudar com regularidade (o que permite ir acompanhando a matéria, não a deixando acumular) e de forma atempada, possibilitando reforços de aprendizagem e esclarecimento de dúvidas. Renato Paiva alerta: “Não obrigue o seu filho a estudar. Incentive-o a estudar. Demonstre-lhe que o estudo faz parte de ser estudante e que contribui para o seu sucesso”. No entanto, não é possível que os alunos estudem apenas quando lhes apetece, por isso a criação de uma rotina de estudo é fundamental. É comum ouvirem-se os alunos dizer: “Esta semana não preciso de estudar porque não tenho testes”. “Um tremendo engano!”, na opinião deste pedagogo. “É precisamente nessas alturas que o estudo se torna mais produtivo”.
  • Planear e diversificar
Evite que o seu filho estude apenas aquilo de que gosta. Deve estudar de forma equilibrada as diferentes disciplinas e não estudar de seguida temáticas semelhantes, como duas línguas ou Matemática logo após Físico-Química, ou História a seguir a Geografia. Diferentes disciplinas privilegiam diferentes estratégias, fazendo com que o estudo não seja tão monótono. O aluno deve iniciar o estudo pelas matérias nas quais sente uma dificuldade intermédia, seguidas das mais difíceis e terminar com as mais fáceis.
Saber estudar implica saber parar. Faça com que o seu filho dedique cerca de um terço do tempo para descansar. Cerca de 15 minutos por cada 45, é o ideal. Nesse descanso, deixe-o fazer o que lhe apetecer. Repartir o esforço por vários momentos traz melhores resultados.
  • Ler, explicar e praticar
Estudar é muito mais do que ler e memorizar! Numa primeira fase, o aluno de facto deve ler com atenção as fontes de informação, sublinhando o que lhe parece ser mais importante. Mas, de seguida, é muito importante que reproduza a matéria por palavras suas. Que faça resumos, apontamentos, esquemas, simule que é o professor e explique a matéria a alguém. “A melhor maneira de aprender é ensinar”, defende Renato Paiva. E ilustra o papel que os pais podem aqui assumir: “Verificarem se falta informação, fazerem algumas perguntas para perceberem se a criança consegue explicar, pedirem pormenores e exemplos, ou mesmo dizerem que não perceberam para que o filho seja mais explícito ou tente uma diferente explicação”. Numa terceira fase, o estudo implica a realização de muitos exercícios, para o aluno conseguir demonstrar o que sabe e para tomar contacto com diferentes tipos de perguntas que lhe podem ser colocadas. Em termos de alocação do esforço do aluno, é aconselhada a regra 20-40-40: 20% para apreensão de conhecimentos, 40% para a concretização por palavras suas do que aprendeu, 40% para a resolução de exercícios.
  • Local de estudo
Além de ser muito importante, o ambiente de estudo é um dos fatores que os pais mais podem influenciar. O local escolhido deve ser calmo, com boa luminosidade, temperatura agradável e boa ventilação, ter espaço suficiente para todo o material necessário e ser livre de ruídos perturbadores. A evitar locais de passagem, onde possa ser interrompido constantemente. Renato Paiva é perentório: “Música e televisão só causam distração! E evitem que os alunos estudem com o telemóvel ao pé. As solicitações permanentes, como os SMS, perturbam, causam paragens e desvios de atenção”. E até deixa algumas dicas de iluminação e ergonomia, como colocar um foco de luz do lado oposto à mão com que o aluno escreve, para que não provoque sombra sobre o que está a escrever. Este pequeno pormenor evita esforços suplementares que podem provocar cansaço e até dores de cabeça. Quanto à posição relativa entre a mesa e a cadeira, deve permitir que o aluno tenha o tronco direito, os pés apoiados no chão e que tenha um encosto para uma postura correta e confortável.

FONTE: http://www.paisefilhos.pt/index.php/familia/educacao/5950-aprender-a-estudar