quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A ESCOLA E SUA FUNÇÃO SOCIAL

AFINAL, PARA QUE SERVE A ESCOLA?


TER CLAREZA DA FUNÇÃO SOCIAL da escola e do homem que se formar é fundamental para realizar uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida, particularmente num país de contrastes como o nosso, onde convivem grandes desigualdades econômicas, sociais e culturais.

FORMAR O CIDADÃO não é tarefa apenas da escola. No entanto, como local privilegiado de trabalho com o conhecimento, a escola tem grande responsabilidade nessa formação: recebe crianças e jovens por um certo número de horas, todos os dias, durante anos de suas vidas, possibilitando construir saberes indispensáveis para sua inserção social.
No entanto, excluem-se da escola os que não conseguem aprender, excluem-se do mercado de trabalho os que não têm capacidade técnica porque antes não aprenderam a ler, escrever e contar e excluem-se, finalmente, do exercício da cidadania esses mesmos cidadãos, porque não conhecem os valores morais e políticos que fundam a vida de uma sociedade livre, democrática e participativa (Vicente Barreto).

O QUE CABE A ESCOLA FAZER?

À ESCOLA CABE ENSINAR, isto é, garantir a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos que são necessários para a vida em sociedade.
Nesse sentido, como ela pode contribuir no processo de inserção social das novas gerações? - oferecendo instrumentos de compreensão da realidade local e, também, favorecendo a participação dos educandos em relações sociais diversificadas e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer diferentes papéis, em grupos variados, facilitando a integração dos jovens no contexto maior.

NESSA PERSPECTIVA, as crianças não podem ser tratadas apenas como "cidadãos em formação". Elas já fazem parte do corpo social e, por isso, devem ser estimuladas a exercitar sua condição de cidadania, desenvolvendo expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade.

É PRECISO QUE A ESCOLA traga para dentro de seus espaços o mundo real, do qual essas crianças e seus professores fazem parte. Ela não pode fazer de conta que o mundo é harmonioso., que não existem a devastação do meio ambiente, as guerras, a fome, a violência, porque tudo isso está presente e traz consequências para o momento em que vivemos e para os momentos futuros.

COMPREENDER  E ASSUMIR o tempo presente, com seus problemas e necessidades, é uma forma de gerar alternativas humanizadoras para o mundo.

PARA CUMPRIR SUA FUNÇÃO SOCIAL, a escola precisa considerar as práticas de nossa sociedade, sejam elas de natureza econômica, política, social, cultura, ética ou moral. Tem que considerar também as relações diretas ou indiretas dessas práticas com os problemas específicos da comunidade local a presta serviço.

Por isso, é fundamental conhecer as expectativas dessa comunidade, suas necessidades, formas de sobrevivência, valores, costumes e manifestações culturais e artísticas. É através desse conhecimento que a escola pode atender a comunidade e auxiliá-la a ampliar seu instrumento de compreensão e transformação do mundo.

A ESCOLA PODE se concebida como um pólo cultural, onde o conhecimento já sistematizado pela humanidade é socializado e trabalhado de forma não fragmentada, vinculado à realidade, proporcionando a ampliação das possibilidades culturais dos alunos e da comunidade, através do debate das principais questões locais e nacionais.

É PRECISO FIXAR RAÍZES, ou seja, promover a identidade cultural do aluno, inserindo-o no mundo em que vive.

E É PRECISO CRIAR ASAS para que ele possa voar e, assim, ver e pensar a realidade como um todo, com um certo distanciamento, de forma autônoma, única possibilidade de transformá-la.



FONTE: Coleção "Raízes e Asas"/Vol. 1: A Escola e sua Função Social.

domingo, 27 de dezembro de 2015

FAMÍLIA, ESCOLA E CIDADANIA: QUAIS OS CAMINHOS?


NÃO NASCEMOS PRONTOS!

O PAPEL DO PAI E DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO ATUAL




Quem educa a criança é a família, é sua responsabilidade. A escola ajuda nessa educação mais formal, de conhecimento; mas formação do caráter do educando é a família que constrói e direciona segundo o que acredita.

FAMÍLIA = EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE CARÁTER, DE PESSOA.

ESCOLA = ESCOLARIDADE, CONHECIMENTO SECULAR, ORIENTAÇÃO PARA VIVER EM SOCIEDADE.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

NEUROEDUCAÇÃO - COMO O CÉREBRO APRENDE?

Gravura ilustrativa/Google imagem

Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina a neurociênciapsicologia e educação para criar melhores métodos de ensino e currículos.
As pesquisas e iniciativas de neuroeducação têm crescido muito no mundo, nos últimos anos, e tenta usar descobertas sobre aprendizagemmemórialinguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para informar os educadores sobre as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, os professores querem e precisam saber sobre como os seus alunos aprendem e memorizam as informações ensinadas. Os neurocientistas, por outro lado, querem saber como essas indagações dos professores podem sugerir novas pesquisas em neurociência.
Outra linha de abordagem em neuroeducação é compreender quais e como os distúrbios e doenças nervosas e mentais podem afetar o aprendizado dos alunos. e como os professores podem colaborar com outros profissionais para ajudar a identificar problemas em sala de aula, de modo a enfrentá-los com novos métodos de educação especial para a inclusão social dos seus alunos afetados.
Assim, a neuroeducação engloba o estudo de doenças comuns ou raras, tais como:
FONTE: Wikipedia



COMO O CÉREBRO APRENDE



EXERCÍCIO PARA O CÉREBRO


COMENTÁRIO:

Imagine quando a escola pegar todo o conhecimento que sabe sobre aprendizagem - as competências de Perrenout, as Inteligências Múltiplas de Gardner, Frenet, Paulo Freire, Luckesi, dentre outros - e mesclar com a Neuroeducação???!!! Ela, escola, entenderá mais completamente e eficazmente como nossos alunos aprendem e como deve agir para que isto aconteça. Mudará todo o seu sistema de ensino, eliminará conteúdos inúteis ao educando, terá uma nova visão de escola... aí, virá a revolução na educação que tanto esperamos!
Talvez, uma boa dica seria mapear a sala de aula, ver e analisar com todos os professores como cada turma aprende, traçar seu perfil de aprendizagem. Após realização de um diagnóstico Como cada grupo de alunos aprendem, criar uma logística pedagógica onde todos os professores teriam por base esse disgnóstico na elaboração de seus planos de aula.
Agregado ao diagnóstico estariam as competências e habilidades a serem desenvolvidas e/ou aprimoradas no educando, quais inteligências cada grupo está mais desenvolvida, a inserção de conteúdos atraentes e de interesse do aluno, e, finalmente, como o cérebro poderia ser estimulado corretamente para que esse conteúdo fosse realmente apreendido e aprendido (é onde entra a neuroeducação).
Uma certeza nós todos temos: Não dá mais pra ficar como está! É pura perda de tempo esse sistema educacional que está aí. Precisamos fazer a nossa parte e tornar a escola um verdadeiro Laboratório Pedagógico, onde faríamos diversas misturas de teorias, ensinos e ciência em favor da melhoria do ensino nas escolas. Todos tem como contribuir, todos!

domingo, 20 de dezembro de 2015

POR QUE PLANEJAR?

Planejar ou não planejar o ensino. Eis a questão que sempre repete a mesma história, sem que coisa alguma seja mudada. Planeja-se, projeta-se, prevê-se, realizam-se reuniões, tomam-se decisões, que fielmente são registradas em atas e habilmente arquivadas, mas tudo fica por isso mesmo.
A rotina se repete dioa a dia, ano após ano. Esta parece ser a lamúria que pervade a mente dos professores, já cansados de tanto planejamento e de poucas mudanças no ensino e na escola. E a descrença herética se difunde e se propaga de geração a geração.
Por que se constata este descrédito e descaso, que, por vezes, chega ao ridículo pedagógico, em se pensar a educação através de um profundo e realista planejamento da mesma? Por que os professores veem no planejamento uma ação desnecessária e, até mesmo, inútil em planejar? Por que sentem certa repulsa, relutância e resistência em planejar?
Quais seriam as causas que provocam este fenômeno antipedagógico em rejeitar a ação de planejar por parte de certos professores? Uma das causas não seriam o superficial conhecimento e o pouco preparo que os professores possuem sobre o planejamento e a sua validade científica, pedagógica e didática?Parece-nos que, de certa forma, algumas vezes, a rejeição ao ato de planejar reside no fato de que haja uma carência de objetivos claros e bem definidos sobre a importância de tal ato. desse modo, os professores passam a perceber que os planejamentos a eles solicitados não passam de exigências burocráticas ou de defessas de certos modismos pedagógicos. Tal procedimento, de acordo com a percepção dos professores, redundaria no envaidecimento pedagógico de certos setores da escola. A rejeição se dá porque, muitas vezes, são exigidos dos professores planejamentos um tanto sofisticados, mas de pouca funcionalidade na sala de aula. Sabemos que o ato de planejar deve estar destituído de sofisticação e para isso ele deve exigir objetividade, simplicidade, validade e funcionalidade.
O planejamento deve ser um instrumento para o professor e para o aluno, diríamos que, principalmente, para os alunos. Em segundo lugar visa, o atendimento aos objetivos da escola ou dos seus setores pedagógico-administrativos.
Ao defrontarmos com essa situação de pouca funcionalidade dos planejamentos que, de modo especial, acontece com as escolas, na realidade essa situação se torna complexa, pois sempre achamos que os professores seriam, justamente os professores, os grandes conhecedores em planejar e executar aquilo que foi planejado.
Por que é importante planejar o ensino? Sabemos que o homem para poder viver ou, até mesmo, para sobreviver se impõe a necessidade de pensar de forma consciente e crítica o seu agir. Pensar o viver é uma exigência existencial que provoca e obriga, constantemente, o homem atual.
São a educação e o ensino meios que se propõem ajudar o homem a enfrentar a sua problemática existencial para que tenha condições de aprender a viver melhor,. Sendo assim, a educação, o ensino e toda a ação pedagógica devem ser pensadas e planejadas de modo que possam propiciar melhores condições de vida à pessoa.
Por isso, o homem deve pensar sobre seu passado e o seu presente para poder definir o seu
futuro,sendo esta a realidade inquestionável com a qual o homem tem que se afrontar para poder viver no presente e no futuro. Decorrente disso, o homem sente a urgência de se situar perante a vida: mas, para isso, precisa pensar, repensar e planejar a sua vida.
A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores, o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem-viver.
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FONTE: Livro Por que plamnejar? Como planejar? / Maximiliano Menegolla

QUAL A DIFERENÇA ENTRE PLANEJAMENTO E PLANO DOCENTE?

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PLANEJAMENTO é algo subjetivo, pensado, podendo ficar no campo das ideias ou, até mesmo, ser rabiscado, anotado.

PLANO DOCENTE é algo mais concreto e sistematizado, ou seja, é a concretização do que se pensou no planejamento. O plano faz-se em instrumentais próprios e de fácil entendimento. Suas partes se completam, não sendo possível o desmembramento ou a exclusão de algumas delas. Contudo, é flexível e suscetível a mudanças e/ou adaptações mediante realidade ou resultado obtido. Quando isso ocorre, temos o reinício do processo: Planejamento - Plano - Avaliação - Adaptações (Replanejamento).
Geraldo Baronni

FONTE: http://gnetolopes.blogspot.com

sábado, 19 de dezembro de 2015

PERFIL DO PROFESSOR DO SÉCULO 21

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Conheça as seis qualidades do novo educador e que se aperfeiçoar faz toda a diferença na aprendizagem da turma

RESUMO:
1- Ter boa formação.
2- Usar as novas tecnologias.
3- Atualizar-se nas novas didáticas.
4- Trabalhar em equipe.
5- Planejar e avaliar sempre.
6- Ter atitude e postura profissionais.


FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/seis-caracteristicas-professor-seculo-21-602329.shtml?page=0

COMENTÁRIOS DO MANTENEDOR DO BLOG:
1- Ter uma boa formação e permanente. O professor deve estudar a sua área de atuação permanentemente, ler muito, aprender com seus pares e com seu coordenador pedagógico. O que não pode é parar, achar que já sabe tudo  e se acomodar.

2- Usar as novas tecnologias porque elas fazem parte da sociedade em você professor e seus alunos estão inseridos. Não tem mais volta, a tecnologia veio pra ficar. Então professor, adapte-se à isso, aprenda, estude!

3- Atualize-se, estude sobre as novidades na didática. Leia, adapte e tente aplicar os novos conhecimentos à sua prática pedagógica. Faça da escola uma oficina de conhecimentos.

4- Ninguém faz nada sozinho, seja parceiro de colegas de áreas afins a sua. Trabalhem juntos, divulguem resultados exitosos.

5- Aprenda à avaliar. A avaliação não é tão simples como parece. Monte junto com o seu coordenador pedagógico um sistema de avaliação eficaz e condizente ao perfil da escola. Lembre-se: aplicando corretamente o processo de avaliação, todas as outras partes do plano de aula se adaptam à ela. A mudança é completa mediante a mudança da visão de avaliação.

6- Um bom professor não mistura posições pessoais à postura profissional. Seja justo com seus alunos. Combine toda a dinâmica de trabalho em sala de aula com a sua turma. Todos devem seguir esse acordo, inclusive você professor. Use a mesma "medida" para avaliar à todos, não utilize "dois pesos e duas medidas" no processo de ensino. Veja a turma horizontalmente, todos são iguais diante de ti. Diga antecipadamente à turma o vai acontecer naquele período de estudo; fale do processo de ensino e avaliação. O aluno tem direito de saber como acontecerá o estudo da qual ele faz parte.



ENTENDA O PAPEL DO COORDENADOR NAS ESCOLAS

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Cada instituição tem suas próprias demandas, práticas e problemas cotidianos. Por isso, é importante que sempre tenha alguém capaz de organizar e lidar com as diversas situações, além de contribuir para que haja uma unidade e um bom funcionamento da escola e no seu entorno, de acordo com a sua realidade.
Esse alguém é o coordenador pedagógico. Até hoje, em alguns lugares, seu papel se limita a fiscalizar a entrada e a saída de alunos, substituir professores ausentes ou checar se as salas de aula estão limpas. Contudo, sua real função é bem diferente - e vai muito além.

TRABALHAR COM OS PROFESSORES
Pode-se dizer que a principal função de um coordenador pedagógico é formar professores. Dessa forma, ele deve fornecer condições para que o professor se aprofunde em sua área de conhecimento e torne-se um profissional cada vez mais qualificado. Cabe dizer que graduar-se em pedagogia não deve ser também o último passo, pois um bom professor continua se aprimorando sempre! Sendo assim, com seu conhecimento pedagógico, o coordenador pode auxiliar o professor a ser reflexivo no seu trabalho, transformando práticas cotidianas.

INTERMEDIAR AS RELAÇÕES ENTRE A ESCOLA, ALUNOS E FAMÍLIAS
Essa formação passa também pelo auxílio nas relações que o professor estabelece com os outros públicos da escola, como os alunos e as famílias. E essa nem sempre é uma relação fácil, não é mesmo? Mediá-la faz parte do trabalho do coordenador, o que ajuda a resolver possíveis conflitos e também contribui para o processo formativo dos professores.

CONHECER SUA ESCOLA E ADAPTAR O PLANEJAMENTO A ELA
O coordenador deve trabalhar de modo a oferecer condições para os professores trabalharem as propostas curriculares conforme a realidade da escola. As palavras contidas numa lei, assim como a resolução ou mesmo o plano de ensino podem ser difíceis de se aplicar num determinado contexto, e por isso pedem reflexões e adaptações.
Por isso, o coordenador precisa estar sempre por dentro dessas propostas, além de conhecer bastante a realidade de sua escola. As ações que ele promove em conjunto com os educadores, objetivam definir objetivos comuns para toda a escola. Caso contrário, corre-se o risco de cada um atirar para um lado e, quem sai perdendo, são os alunos.

ORGANIZAR A AGENDA DA INSTITUIÇÃO
Para que o trabalho com outros funcionários da escola ocorra de forma conjunta é importante que o coordenador esteja sempre em contato com todos, por isso invista em reuniões semanais e curtas, de preferência. Desta forma, ele estará sempre por dentro do calendário de todos, aumentando sua participação em tomadas de decisões.

O COORDENADOR TAMBÉM AJUDA A CONSTRUIR A HISTÓRIA DA ESCOLA
Ao longo do tempo, uma escola constrói práticas pedagógicas. Com a aposentadoria de professores e mesmo a saída desses, muito disso pode se perder, o que é um retrocesso. Até mesmo a história e as memórias da escola podem ser esquecidas aí!
Um bom coordenador organiza todos os documentos, diplomas, certificados, currículos, planos de ensino já desenvolvidos e ideias sugeridas da reflexão de professores. Dessa forma, ele preserva um histórico das conquistas e as boas ideias - mantendo a identidade daquela instituição de ensino. As próximas gerações agradecem.

FONTE: Livro Gestão Escolar Simplificada / Diplomaster.com

COMO FAZER UMA GESTÃO EXCELENTE DE SUA ESCOLA

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Uma escola é feita de sua estrutura física, com carteiras, computadores, bibliotecas, cantinas pátio. Porém, o que há de mais valioso são os alunos, os professores e os funcionários. A partir daí já podemos ver como a gestão escolar é desafiadora, pois é preciso saber administrar recursos materiais, resolver problemas de manutenção, organizar arquivos e claro, educar os estudantes!
Por isso, esse é um trabalho que envolve, principalmente, pedagogia e administração, duas áreas muito diferentes, mas que, se aliadas de maneira harmônica, darão bons resultados.
Contudo, não existem fórmulas mágicas para gerir uma instituição escolar. É um trabalho que demanda um esforço diário, e os resultados não vêm sem dedicação. Nesse sentido, alguns passos básicos são fundamentais para que você faça uma gestão excelente. Então, anote nossas dicas. Afinal, assim como os alunos, os educadores também têm sempre mais a aprender, certo?

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UM PLANEJAMENTO PARA CHAMAR DE SEU
Consertar o avião no meio do voo é complicado, certo? Da mesma forma, iniciar o ano escolar sem um plano pode acarretar um desastre. Por isso, é preciso montar um bom planejamento, com metas, objetivos e estratégias bem definidas - a curto, médio e longo prazo. É claro que imprevistos acontecerão, mas o importante é que você esteja preparado para isso.

TECNOLOGIA: UMA FORTE ALIADA
Praticamente todas as instituições, sejam escolares ou não, fazem uso da tecnologia - e se ainda não o fazem, precisam fazer já! Cabe ressaltar que uma gestão informatizada fará muita diferença na qualidade dos serviços educacionais. Utilizar computadores para o registro acadêmico dos alunos e emissão de certificados, por exemplo, facilitará a organização.

FIQUE DE OLHO NOS GASTOS
Faça uma planilha de gastos mensais e mantenha-a sempre atualizada. Saber para onde está indo o dinheiro proporcionará uma visão geral sobre a atuação financeira da sua escola e ajudará a definir os cortes necessários. Nos próximos capítulos voltaremos ao assunto.

SEJA DEMOCRÁTICO
Lembre-se que você não está sozinho e, portanto, sua gestão deve ser participativa. Por isso, convoque toda a a comunidade escolar: professores, pais, funcionários e até mesmo os alunos. Cada um deles terá uma visão diferente sobre o processo educacional e os problemas da escola.

MANTENHA O PATRIMÔNIO ESCOLAR BEM CUIDADO
Esteja sempre em dia com a manutenção do patrimônio escolar. Se há uma carteira quebrada, uma parede descascando ou um quadro descolando, resolva o problema o quanto antes. Além de deixar o ambiente melhor para todos, você evitará gastos maiores em consertos futuros.

O FOCO DEVE SER SEMPRE O ALUNO
saiba lidar com a burocracia, gerir os recursos e conheça as leis. Contudo, não se esqueça que o mais importante é a aprendizagem dos alunos. Para isso,s esteja sempre próximo a eles, procurando aprender cada dia mais sobre educação e ensino.

FONTE: Livro Gestão Escolar Simplificada - Diplomaster.com

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

APRENDA A GERENCIAR OS CONFLITOS DA SUA EQUIPE NA ESCOLA


Aprenda a gerenciar os conflitos da sua equipe na escola

Em toda e qualquer instituição educacional, os processos devem ser conduzidos com tranquilidade e naturalidade, minimizando ao máximo os conflitos. Nos relacionamentos interpessoais desenvolvidos em uma escola, sempre haverá problemas, divergência de ideias e dificuldades de convivência, mas quando o gestor escolar assume o papel de mediador e apaziguador, os conflitos podem ser solucionados sem grandes traumas e sem que isso impacte negativamente o processo de ensino-aprendizagem.
Gerenciar pessoas é realmente uma tarefa delicada, no entanto, é plenamente possível fazer isso com maestria, se o diretor souber lidar com a equipe, inclusive nos momentos de crise. Quer saber como gerir a sua equipe em situações conflituosas? Então continue lendo o nosso artigo e descubra!

Trate todos com respeito

Na hierarquia escolar, o diretor está no topo da escala, mas isso não faz dele alguém mais importante ou especial na instituição. Porteiros, merendeiras, motoristas, professores, auxiliares de limpeza, secretários e porteiros são igualmente necessários e devem ser respeitados como pessoas e profissionais. Desrespeitar os colaboradores no dia a dia e tratá-los de formas diferentes, a depender dos cargos que ocupam, é o caminho mais curto para intensificar os conflitos ao invés de amenizá-los.

Entenda a origem dos conflitos

Normalmente os conflitos ocorrem quando existem diferentes pontos de vista acerca de um mesmo problema. Isso é natural, pois as pessoas são diferentes, possuem visões distintas e reagem de formas diversas diante das situações. É por isso que na hora de gerenciar conflitos, é tão importante entender a raiz do problema. Esse passo é muito importante para determinar as estratégias a seguir na gestão escolar.

Seja empático

Aprenda a se colocar no lugar do outro, pois isso facilita e muito no gerenciamento de conflitos. Ser empático ajuda no entendimento das razões que levaram a pessoa a agir de determinada maneira, por mais estranhos que pareçam seus motivos. Em outras palavras, a empatia é um dos pontos de partida para solucionar situações conflituosas em uma escola, pois contribui para a compreensão do que leva alguém a tomar decisões que nós jamais tomaríamos.

Ouça sempre os dois lados

Para ser justo e sensato, o bom gestor escolar precisa sempre ouvir os lados conflitantes de forma neutra e sem tomar partido de nenhum deles. As estratégias para resolver os problemas e a decisão definitiva para amenizar o conflito sempre devem ser fundamentadas na imparcialidade.

Seja racional

É difícil separar o emocional do racional em um ambiente de trabalho, embora seja necessário fazer isso. Procure não deixar o emocional falar mais alto, não leve as coisas para o lado pessoal e nunca permita que a emoção influencie suas decisões. Um gestor escolar precisa manter o autocontrole e tomar suas decisões de forma lógica e inteligente.

Nunca se omita

Muitas vezes ao notar um princípio de conflito, o gestor escolar prefere fingir que não viu nada para evitar confusões. Também há os que observam de longe e esperam que as partes envolvidas se resolvam sozinhas. Isso é um erro! Demorar a solucionar um problema na escola pode prejudicar os alunos e tomando proporções gigantescas, portanto, é preciso sim que o diretor interfira na resolução do conflito, sempre de maneira sutil e buscando a harmonia.

Dicas extras para gerenciar conflitos na sua equipe escolar

  • Estimule o diálogo e faça com que os colaboradores exponham suas opiniões com serenidade.
  • Seja ético e profissional, conduza os processos com discrição e aprenda a respeitar as opiniões alheias.
  • Transforme o momento de crise em oportunidade de crescimento para todos os envolvidos nos conflitos.
FONTE: http://www.gestaoescolarsimplificada.com.br/dicas/aprenda-a-gerenciar-os-conflitos-da-sua-equipe-na-escola/

sábado, 12 de dezembro de 2015

A LEI DO NICHO - PARTE 1

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TODOS OS PARTICIPANTES TÊM UM LUGAR EM QUE CONTRIBUEM MAIS

(...)
Quando um participante assume o lugar de onde contribui, boas coisas acontecem à equipe. Mas coisas formidáveis acontecem quando todos os membros da equipe assumem o papel que otimiza suas forças, seu talento, habilidade e experiência. Este é o poder da Lei do Nicho.

1- QUANDO AS PESSOAS ESTÃO NO LUGAR ERRADO:
Quase todos já passaram pela experiência de estar em algum tipo de equipe na qual as pessoas tinham de assumir funções às quais não se adaptavam: um contador forçado a lidar com pessoas o dia todo; um atacante do time de basquete forçado a jogar como armador; um guitarrista tocando teclado; um professor fazendo trabalho burocrático; um cônjuge que detesta a cozinha tendo de preparar as refeições.O que acontece a uma equipe quando um ou mais de seus membros está sempre fora de lugar? Primeiramente, o moral se desgasta, porque a equipe não está produzindo à altura de sua capacidade. Então, as pessoas ficam ressentidas. Aqueles que trabalham na área de ponto fraco se ressentem por não usar o que possuem de melhor (grifo nosso). Outras pessoas da equipe que sabem que poderiam ocupar melhor uma posição mal distribuída, ressentem-se por suas habilidades estarem sendo desprezadas. Em pouco tempo, as pessoas perdem a disposição de trabalhar em equipe. Nesse momento, a confiança de todos começa a se desgastar. A situação só tende a piorar (grifo nosso). A equipe para de progredir e a concorrência logo toma vantagem de suas deficiências óbvias. Como resultado, a equipe nunca alcança seu potencial (grifo nosso). QUANDO AS PESSOAS NÃO ESTÃO ONDE PRODUZEM BEM, NADA TERMINA BEM (grifo nosso). Esta é a Lei do Nicho.
TER PESSOAS CERTAS NOS LUGARES CERTOS É ESSENCIAL AO DESENVOLVIMENTO DE UMA EQUIPE (grifo nosso). A dinâmica da equipe muda de acordo com  a colocação das pessoas:
  • A pessoa errada no lugar errado = regressão.
  • A pessoa errada no lugar certo = frustração.
  • A pessoa certa no lugar errado =  confusão.
  • a pessoa certa no lugar certo = progresso.
  • as pessoas certas nos lugares certos = multiplicação.
2- COLOQUE AS PESSOAS EM SEUS LUGARES:
O técnico de futebol americano Vince Lombardi fez  a seguinte observação: "As realizações de uma organização são o resultado dos esforços combinados de cada indivíduo." Isto é verdade, mas uma equipe vencedora não é formada apenas pelas pessoas certas. Você precisa ter um grupo de pessoas talentosas, mas se cada pessoa não estiver fazendo aquilo que contribui mais para a equipe, você não alcançará seu potencial como equipe. É a arte de liderar grupos. Você precisa colocar as pessoas em seus lugares - e digo isso da maneira mais positiva possível!
Para ser capaz de colocar as pessoas nos lugares em que utilizam seus talentos e otimizar o potencial da equipe, você precisa de três coisas:

a) Você deve conhecer a equipe:
Você não pode fundar uma equipe ou organização vencedora se não conhece sua visão de futuro, seu propósito, cultura ou história. Se você não sabe aonde a equipe está tentando ir - e por que está tentando chegar lá - não conseguirá conduzir a equipe à altura de seu potencial. Você deve começar de onde a equipe realmente está. Só então poderá levá-la a algum lugar.

b) Você precisa conhecer a situação:
Muito embora a visão de futuro ou o propósito de uma organização possa ser bastante constante, sua situação muda com frequência. Os bons formadores de equipe onde a equipe está e o que a situação exige. Quando, por exemplo, uma equipe é jovem e está apenas começando, normalmente a prioridade máxima é reunir pessoas eficientes. Porém, conforme a equyipe amadurece e o talento aumenta, uma sintonia mais exata torna-se mais importante. Nesse momento, o líder deve passar mais tempo associando as pessoas às suas posições.

c) Você precisa conhecer o membro da equipe:
Parece óbvio, mas você deve conhecer as pessoas pessoas que está tentando posicionar no lugar correto. Digo isso porque os líderes tendem a querer fazer com que todos se conformem à sua imagem, e que trabalhem da mesma maneira e usem os métodos de resolução de problemas. Mas montar uma equipe não é trabalhar em uma linha de montagem.
À medida que você trabalha na formação de uma equipe, avalie a experiência de cada pessoa, suas habilidades, temperamento, atitude, sentimentos, habilidade com pessoas, disciplina, força emocional e potencial. Somente então você estará pronto a ajudar o membro de sua equipe a encontrar seu lugar adequado.

d) Comece descobrindo o lugar certo para você:
Pode ser que, agora mesmo, você não esteja...

A LEI DA PERSPECTIVA GLOBAL - PARTE 2

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COMO SÃO AS EQUIPES QUE TÊM PERSPECTIVA GLOBAL?

Como as pessoas começam a se tornar uma equipe mais unificada? Como as pessoas deixam de ser independentes e se tornam participantes de equipe que lustram a Lei da Perspectiva Global? Não é algo que acontece da noite para o dia, leva tempo. Eis minha melhor receita de como iniciar o processo.

1- PROCURE A PERSPECTIVA GLOBAL:
Tudo começa com uma visão. Você precisa de um objetivo. Se não tiver, não poderá ter uma verdadeira equipe. O famoso apanhador de beisebol Yogi Berra fez uma brincadeira: "Se você não sabe aonde está indo, acabará em outro lugar." O indivíduo sem um objetivo pode terminar em qualquer lugar. Um grupo de pessoas sem uma meta não vai a lugar nenhum. Por outro lado, se todo o grupo adota a visão para alcançar uma perspectiva global, então as pessoas têm o potencial de se tornar uma equipe eficiente.
Os líderes normalmente têm o papel de captar e comunicar a visão. Eles devem vê-la primeiro e, então, ajudar todos a vê-la. (...)
As pessoas de uma equipe se sacrificarão e trabalharão juntas somente se puderem ver para que estão trabalhando. Se você é o líder da sua equipe, seu papel é fazer aquilo que só você pode fazer: mostrar a perspectiva global a seu pessoal.
Sem a visão, eles não desejarão alcançar a meta.

2- AVALIE A SITUAÇÃO:
Uma das vantagens de visualizarmos a perspectiva global é a de que isso ajuda a identificar a que distância estamos de alcançá-la. Para uma pessoa determinada a fazer tudo sozinha, enxergar o fosso entre o que existe e o que poderia existir geralmente intimida. Contudo, para as pessoas que vivem para montar equipes, ver o tamanho da tarefa adiante não as preocupa. Elas não fogem do desafio, mas aproveitam a oportunidade. Mal podem esperar para reunir uma equipe e planejar um meio de alcançar aquela visão.
Em uma reunião conjunta as três divisões do grupo INJOY, o diretor executivo Dave Sutherland levantou-se diante de nosso pessoal e delineou alguns dos objetivos para o ano seguinte (alguns deles eram enormes). Durante esse processo, Dave disse: "Algumas pessoas percebem o tamanho da meta e ficam assustadas. Isto não me incomoda nem uim pouco. Nós já temos uma grande equipe. Para chegarmos ao próximo nível, precisamos apenas de mais algumas pessoas semelhantes às que já temos." ESSA É A MENTALIDADE DE UM FORMADOR DE EQUIPES! (grifo nosso).

3- PREPARE OS RECURSOS NECESSÁRIOS:
Hawley R. Everhart acredita que "não há problema em pensar alto se você tem munição suficiente". Os recursos são exatamente isto: munição para ajudá-lo a alcançar seu objetivo. Não importa em que tipo de equipe você está. Você não pode progredir sem o apoio dos equipamentos adequados, das instalaçções, dos fundos e assim por diante, seja seu objetivo escalar uma montanha, conquistar um mercado ou criar um  ministério. QUANTO MELHOR RESTRUTURADA FOR UMA EQUIPE, MENORES DISTRAÇÕES OS MEMBROS DA EQUIPE TERÃO AO TENTAREM ALCANÇAR SEU OBJETIVO. (grifo nosso).

4- CONVOQUE OS MEMBROS ADEQUADOS:

QUANDO A QUESTÃO É CONSTRUIR UMA EQUIPE DE SUCESSO, OS PARTICIPANTES SÃO TUDO (grifo nosso).  Você pode ter uma visão bem clara, um plano definido, recursos abundantes e uma incrível liderança, mas se não tiver as pessoas certas, , não alcançará nada (falaremos ais sobre isso em diversas outras leis). Você pode perder com bons membros, mas nunca ganhará com membros ruins.

5- ESQUEÇA AGENDAS PESSOAIS:
Equipes vencedoras têm participantes que repetidamente perguntam a si mesmos: "O que é melhor para os demais?" Eles sempre colocam de lado suas agendas pessoais pelo bem da equipe. Seu lema pode ser expresso pelas palavras de Ray Kroc, fundador do McDonald's, que diz: "Nenhum de nós é mais importante que o resto de nós."
(...)

5- DÊ UM PASSO RUMO A UM NÍVEL MAIS ELEVADO:
Somente quando os membros se unem e abdicam de suas agendas a equipe pode subir a um nível mais elevado. Esse é o tipo de sacrifício exigido no trabalho em equipe.
Infelizmente, algumas pessoas preferem se apegar a seus propósitos e perseguirem os caminhos de seus próprios egos inflados, em vez de deixá-los de lado apra alcançar algo muito maior que elas mesmas.
É exatamente como disse o filósofo Friedrich Nietzsche: "Muitos temam em seguir pelo caminho que escolheram e poucos buscam o objetivo." Isso é lamentável, pois as pessoas que pensam somente em sim mesmas perdem a perspectiva global. como resultado, seu potencial não é usado e as PESSOAS QUE DEPENDEM DELAS TERMINAM DESAPONTADAS (grifo nosso).


FONTE: Livro " As 17 incontestáveis leis do trabalho em equipe" - John C. Maxwell.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

COORDENADOR PEDAGÓGICO

Profissão: articulador escolar


O coordenador pedagógico se consolida cada vez mais como formador, orientador de um trabalho coletivo e elo entre as pessoas, o projeto escolar e os conteúdos programáticos



Escola Projeto Vida, em São Paulo: acompanhamento do plano de aulas do professor
Reger a escola do século 21 não é uma tarefa para qualquer maestro. Numa época em que se rediscutem espaço, tempo, modo, sujeito e conteúdo da aprendizagem, a figura do coordenador pedagógico se destaca como articuladora e representante dessa nova forma de pensar a educação. O coordenador é hoje - ou poderia ser -  o elo a unir projeto pedagógico da escola, conteúdo programático e as pessoas envolvidas no projeto - professores, gestores, pais e alunos. E, para ele, é impossível harmonizar esses três polos sem responder a grandes questões da educação atual: de quem é a responsabilidade pelo aprendizado dos alunos? Como trabalhar o conteúdo de um currículo fixo de maneira diferente em cada turma? Como quebrar a barreira das disciplinas? Como apoiar o professor e contribuir com a sua formação?

Em meio a essas demandas, o cenário educacional contemporâneo introduz ingredientes que criam paradoxos para o exercício da função. Ao mesmo tempo que a cobrança social pela aprendizagem dos alunos, cada vez mais, recai de forma individualizada sobre o professor, ele é instado a trabalhar de forma interdisciplinar, em projetos conjuntos com as outras disciplinas e áreas de saber. No que tange ao currículo, há uma crescente defesa da constituição de um "mínimo múltiplo comum", sobretudo para algumas disciplinas do ensino médio, nas quais o aluno, caso mude de escola, está arriscado a estudar a mesma coisa nos três anos dessa etapa. Em paralelo, há uma grita pela manutenção das singularidades regionais - nem sempre justificada, pois muito do conhecimento com que a escola trabalha é universal. 

Em meio a pressões de todos os lados - dos docentes, gestores, alunos e familiares - quais seriam, então, as características que fariam do coordenador um profissional capacitado a desempenhar o papel de articulador? 

Um bom comunicador 
Para dar conta de tamanho desafio, o coordenador precisa ter a seu favor algumas características. "Não podemos definir um perfil exato para o coordenador, pois é possível praticar a coordenação pedagógica com estilos variados. No entanto, o cuidado com as relações interpessoais tem de ser um norte a ser perseguido. As características que definem um bom coordenador talvez sejam as mesmas que caracterizam um bom professor", aponta Renata Cunha, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).

Independentemente de suas semelhanças com os professores, o coordenador deve ser alguém, segundo Nilda Alves, da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que saiba liderar sem perder de vista que está coordenando uma equipe em uma escola, e não em uma empresa, que tem dinâmica e foco diferentes. "E isso não significa ficar levando textos que conclamam o professor a trabalhar melhor, já que o professor está ali para cumprir o seu trabalho."

Fernanda Liberali, pesquisadora da PUC-SP com mestrado e doutorado dedicados ao papel do coordenador pedagógico, complementa que, como líder, ele deve conquistar o respeito do colegiado. "Para isso, precisa estar informado, estudar sempre. Não precisa saber todo o conteúdo de todas as áreas, mas tem de ter conhecimento teórico sobre a prática pedagógica." Outra característica importante do perfil é saber o momento de ouvir e de falar. "É preciso ouvir o professor para ganhá-lo, fazê-lo revelar o quê e como pensa, como acha que determinada questão tem de ser tratada." 

Estabelecido esse canal de comunicação, fica mais fácil sugerir caminhos e propor reflexões acerca de convergências e divergências entre o que o professor tem em mente e o projeto pedagógico da escola. Essa relação de confiança é fundamental porque faz com que os professores se sintam à vontade para levar suas dificuldades e problemas para o coordenador, resume Fernanda.

Como a interação com os professores está na base do trabalho do coordenador pedagógico, pesquisadores do tema usam a teoria das relações interpessoais, do pedagogo norte-americano Donald Schön, para tentar compreender as habilidades de comunicação que esse profissional precisa desenvolver. De acordo com Schön, autor de Educando o profissional reflexivo (Artmed, 2000, edição esgotada), a relação entre instrutor e aprendiz (interpretados por especialistas como coordenador e professor) pode ser um sucesso ou um fracasso dependendo de como a hierarquia, o poder e o controle transparecerem na comunicação. Ele descreve duas situações. Na primeira, o coordenador deixa claro o seu poder como superior na hierarquia em relação ao professor. O resultado é descrito por Tânia Romero em seu doutorado A interação coordenador e professor: um processo colaborativo? : "As pessoas não querem experimentar, correr riscos, revelar suas conjecturas ou hipóteses, preocupadas que estão em munir-se de certezas para rebater pontos de vista adversos. O resultado é que as condições para aprendizagem não são estabelecidas."

O segundo modelo, focado no aprendizado mútuo, volta-se ao "entendimento, colaboração e questionamento das visões e interesses dos participantes envolvidos: um jogo de cartas na mesa, sem mistérios ou intenções ocultas". "Encoraja-se que sejam criadas condições para livre troca de informações, mesmo aquelas mais sensíveis e difíceis, que haja conscientização dos valores em jogo, bem como conscientização das limitações da própria capacidade, que haja comprometimento interno dos participantes quanto às decisões tomadas, comprometimento este baseado em satisfação intrínseca em vez de recompensa ou punição externa. O clima de confiança mútua que se estabelece (...) propicia um relacionamento colaborativo favorável a oportunidades de reflexão", escreve Tânia.

Espaço coletivo 
O segundo modelo representa o canal aberto de comunicação para um trabalho coletivo, não hierarquizado. Para que essa proposta possa ser colocada em prática, Schön diz que o professor deve defender suas posições sem deixar de questionar e ouvir a crença dos colegas, justificar como chegou a seu ponto de vista, debatê-lo e, caso se sinta em meio a um problema ou dilema, expressar isso publicamente. 

Todo o trabalho do coordenador, portanto, só é possível a partir de um espaço coletivo de debate com os professores. Só a partir dessa interação a figura do coordenador pode exercer a sua principal função, a de formador que promove a reflexão contínua junto aos professores sobre a prática pedagógica. Por isso é importante para os coordenadores compreender que a construção de conhecimento junto aos professores não acontece porque o coordenador ensina o professor como ensinar, e sim porque existe o intercâmbio entre eles. Essa ideia, advinda das teorias do psicólogo russo Lev Vigotski, tomada como base para entender as relações de aprendizagem dentro da escola, é hoje utilizada no estudo do papel do coordenador. 

O dia a dia do coordenador 
E na prática, o que faz essa figura dentro da escola? Renata Cunha, da Unimep, defende em seu artigo O coordenador pedagógico e suas crenças que um dos desafios é o de articular teoria e prática: "O saber e o fazer reflexivo precisam estar contextualizados, uma vez que a transformação da realidade educacional decorre do confronto entre teoria e prática. Nesse sentido, questiona-se quem seria o profissional responsável por mediar o coletivo docente e articular os momentos de formação. O coordenador pedagógico passa a ser considerado o interlocutor da formação docente na medida em que proporciona a reflexão sobre a prática e a superação das contradições entre o pensar e o agir", avalia.

Renata descreve o coordenador como mediador na escola, aquele que deve promover o diálogo entre gestão, professores, pais e alunos. E enumera algumas de suas atribuições: promover oportunidade de trabalho coletivo para construção permanente da prática docente e revisão do projeto político-pedagógico; acompanhar e avaliar o ensino e o processo de aprendizagem, bem como os resultados do desempenho dos alunos junto aos professores; assumir o trabalho de formação continuada e garantir situações de estudo e de reflexão sobre a prática pedagógica e aprofundamento das teorias da educação; auxiliar o professor na organização de sua rotina de trabalho; colaborar com o professor na organização de seleção de materiais adequados às diferentes situações de ensino e de aprendizagem; apoiar os estudantes e orientar as famílias, entre outras.

Na escola Projeto Vida, na zona norte paulistana, uma das coordenadoras do ensino fundamental 1, Sônia Favaretto, explica como essas funções se traduzem no cotidiano. Ela auxilia, por exemplo, os professores na elaboração de um plano de aulas, incluindo a busca de referências bibliográficas e instrumentos de avaliação. "Além disso, é preciso acompanhar esse plano - pautas de observação em sala devem ser combinadas previamente com os professores, assim como é possível a análise de vídeos com intenção formativa", explica. Uma das práticas de formação da escola é estudar coletivamente um registro de aula feito pelo professor. O coordenador (e em alguns momentos os próprios colegas) lê, formula perguntas, assinala aspectos relevantes e aponta o que falta para que a prática converse com a teoria, buscando fundamentar as atividades propostas. Outra técnica utilizada é a de oferecer um modelo de referência para o professor, pedindo que observe outros colegas dando aula.

Fernanda Liberali, que realiza trabalho de formação de coordenadores em escolas das redes pública e particular de São Paulo, sugere também que a equipe promova simulações de aula - para, por exemplo, aprender a trabalhar com um material novo - , ou que realize fóruns de discussão on-line para debater questões do cotidiano. "Dou muitos cursos sobre como sentar com o professor e discutir uma aula que não tem nada que ver com a proposta da escola, como conversar sobre isso, como ensinar o docente a ver se o realizado bate com o planejado, como o resultado do aluno reflete o planejamento, e como formar com foco em teorias de aprendizagem e linguagem. Às vezes o coordenador sabe disso na prática, mas não sabe explicar e trabalhar isso junto ao professor", afirma.

Sem receita 
Existem experiências positivas e negativas, mas não há uma receita para o trabalho da coordenação pedagógica que garanta o sucesso do trabalho. Não é recomendável padronizar métodos e técnicas didáticas para serem usados entre coordenadores e professores, assim como é difícil crer que alunos aprendem e atribuem significado aos conteúdos da mesma forma. 

Os repertórios cultural, teórico e de vivências dos docentes devem sempre ser levados em consideração. "Cada professor tem uma trajetória de formação, determinadas preferências, limitações, estilo de comunicação, postura em relação às diversas situações do cotidiano da escola. O coordenador precisa ser sensível às características de cada professor e ajudá-lo a refletir", explica Renata.

A função do coordenador pedagógico tem se consolidado, mas os próprios coordenadores muitas vezes não sabem qual é sua função. É o que diz a pesquisa O papel do coordenador pedagógico (2010), da Fundação Victor Civita, que revela que apenas 9% dos coordenadores entrevistados acreditam que faz parte do seu trabalho realizar um planejamento pedagógico e buscar melhorias para o ensino, aprendizagem e dificuldades dos alunos. Além disso, apenas 60% promovem reuniões com docentes.

Para Neurilene Ribeiro, coordenadora pedagógica regional do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, ONG que atua em 30 municípios baianos, a diferença entre um coordenador que sabe quais devem ser suas atividades e outro que não sabe com clareza é o comprometimento da escola com o projeto político-pedagógico. Uma escola que tem como objetivo sustentar uma prática pedagógica inovadora deve voltar a coordenação para sua real função, que é a da formação continuada. 

"O coordenador deve passar menos tempo produzindo papéis e mais se dedicando ao triângulo professor, aluno e aprendizagem. Se o projeto político pedagógico é mais frágil, o cotidiano do coordenador é menos planejado e se dissolve em resolver problemas do dia a dia", alerta. Dessa forma, a atuação do coordenador tende a ser pontual e descontínua, com pouca sustentação educacional.

Ou seja, ao que parece, existem duas vertentes possíveis para que o trabalho do coordenador se estabeleça: uma é a do "faz-tudo" ou "apaga fogo", caracterizada pelo improviso e pela carência de reflexão educacional; a outra é voltada à formação docente e à construção de um projeto político-pedagógico com planejamento estratégico. 

A formação do professor na escola 
A formação continuada de professores deve acontecer em vários níveis, não apenas na escola, como defende Renata. Como acontece com profissionais de outras áreas, também os docentes se beneficiam com o alargamento de seu repertório cultural. É importante, também, que o professor se mantenha atualizado e informado inclusive para que os encontros de formação dentro da escola sejam mais produtivos, com mais possibilidade de troca de experiências e conhecimento. "A formação continuada que acontece na escola deve centrar-se naquela realidade e nas necessidades do grupo de professores. É uma formação compartilhada, centrada nas experiências e dilemas enfrentados pelos professores empenhados na superação das dificuldades identificadas", observa Renata, diferenciando a formação continuada na escola daquela feita individualmente. 

Sônia Penin, do Departamento de Metodologia de Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação da USP, observa que a formação dentro da escola é essencial, porque é o único espaço de contextualização do trabalho dos professores. Fora da escola, os problemas são mais genéricos e não fazem parte daquele universo específico. "O coordenador vai focar a formação em uma situação única: naquela escola, naqueles alunos, naqueles índices, naquele cotidiano vivido pela equipe e que deve ser problematizado", pontua. A existência de processos de formação continuada individual é fundamental para que a formação seja potencializada, complementando o processo.  

FONTE: http://revistaeducacao.uol.com.br/formacao-docente/167/profissao-articulador-escolar-233504-1.asp

CONHEÇA AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DA SECRETÁRIA ESCOLAR


Conheça as principais atribuições da secretária escolar

Quando se pensa no cotidiano de uma escola, logo vem à mente a diretora, a professora e os alunos.
Muitas vezes, esquecemos uma funcionária fundamental para que tudo funcione perfeitamente no dia a dia escolar, que coloca as matrículas e históricos em ordem, lida com a legislação, pensa estratégias pedagógicas, dentre outras várias funções. Você sabe quem é?
Estamos falando da secretária escolar!
Essa profissional trabalha nos bastidores para que as atividades ocorram da melhor maneira possível, para toda a comunidade escolar. Sua posição é fundamental, tanto que um dos requisitos para que uma instituição escolar possa funcionar é a presença de uma secretária credenciada. Pode-se dizer, então, que o papel da secretária se parece, em boa medida, com a de um administrador. A organização da escola e sua capacidade de atender às necessidades das comunidades, tanto interna quanto externa, dependem muito do trabalho da secretária. Vamos conhecer mais sobre o trabalho dela?

Liderança da secretaria

Como o próprio nome da função indica, a secretária é, antes de tudo, responsável pela secretaria da escola. Ela deve organizar o trabalho do setor, responsabilizando-se pelo seu funcionamento, planejando, avaliando e controlando suas atividades, sempre ao lado da diretoria, de quem cumpre as determinações. Mas como isso acontece?
Bem, como coordenadora da secretaria, a secretária deve distribuir as funções entre seus auxiliares, encontrando os talentos de cada um e procurando motivar toda a equipe. Dessa forma, ela se torna uma líder.
Vale dizer que o seu trabalho deve primar pela eficiência, a fim de evitar o desperdício, seja derecursos financeirostempo ou espaço. Por isso, ela precisa saber simplificar os métodos de trabalho – o que pode ser bastante complexo, pela quantidade de funções e arquivos que cabem a ela.

Organização da papelada

Uma das atribuições mais importantes da secretária é a documentação e escrituração escolar. Ou seja, a profissional deve ser responsável pelo arquivamento e fornecimento de documentos importantes, como a matrícula, a declaração escolar, os resultados das avaliações, o diploma e o histórico, dentre outros.
Pense que todos os alunos possuem esses documentos e imagine, então, o quanto uma boa organização é importante. E ainda têm os ex-alunos, além das pastas dos servidores!
A secretária deve zelar pela guarda e sigilo de toda essa documentação, bem como manter os arquivos de legislação de ensino atualizados, dos quais é responsável pelo cumprimento. Além disso, ela deve acompanhar as reuniões dos conselhos de classe, registrando os resultados finais, bem como assinar, com o diretor, a documentação dos alunos.
Como a secretaria centraliza tamanha quantidade de informações, a secretária deve estar sempre pronta para atender aos educadores, entregando os diários de classe preenchidos, por exemplo, assim como aos demais funcionários e alunos.
Organizar os dados de forma funcional, para que o atendimento seja rápido é muito importante para a qualidade desse serviço. O uso de computadores pode ajudar bastante, e vem sendo cada vez mais adotado pelas escolas. Afinal, o arquivamento eletrônico facilita o registro, a edição, o cruzamento de informações e a impressão, além de não ocupar espaço físico.

Auxiliar na estratégia da escola

As atribuições da secretária vão muito além da liderança da secretaria e das responsabilidades burocráticas. Pela quantidade de informações a que tem acesso, ela é uma profissional essencial para pensar os processos estratégicos da escola.
Por meio do seu trabalho é possível acessar dados de aprendizagem, sociais e familiares dos estudantes, o que é uma fonte para se conhecer o corpo discente e, logo, traçar metas pedagógicas.
Dados e informações não estão aí apenas para juntar mofo ou ocupar espaço no computador, certo? A partir deles, e junto a um olhar atento sobre a comunidade escolar, ela pode interpretar os sujeitos e as situações, como as ausências dos alunos e o abandono escolar, por exemplo, e traçar estratégias para melhorar esse panorama. É uma função que envolve, dessa forma, a gestão escolar, na construção de uma proposta político-pedagógica.
Viu só como são muitas as atribuições de uma secretária escolar? E essas são apenas as principais delas. Como podemos ver, essa é uma profissional muito importante para que uma escola funcione, e, por isso, devemos sempre nos lembrar dela também. Sem ela, a escola seria uma confusão!
FONTE: http://www.gestaoescolarsimplificada.com.br/educacao/conheca-as-principais-atribuicoes-da-secretaria-escolar/