sábado, 7 de setembro de 2019

PEDAGOGIA DE PROJETOS E PLANEJAMENTO

Pedagogia dos projetos



Pedagogia dos Projetos: Top 8 erros


Como fazer o Planejamento na Pedagogia dos Projetos


CRÉDITO: Nilbo Nogueira

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

PASSEIO ESCOLAR: 6 DICAS PARA ORGANIZAR COM SUCESSO

Quando a escola organiza um passeio escolar, a primeira coisa que vem à mente dos alunos é diversão. Já para os pais, o sentimento inicial é de preocupação, enquanto para educadores, o que pesa neste primeiro momento é a responsabilidade. Afinal, são eles quem responderão pela segurança dos estudantes e pelo bom aproveitamento deles ao longo de toda visita pedagógica.
E para que essa experiência seja positiva para toda comunidade escolar é fundamental que a instituição consiga se organizar de forma estruturada. Visando ajudá-los nessa missão, separamos 6 dicas essenciais que vão garantir o sucesso dos próximos passeios escolares da sua instituição de ensino.

Dica 1 – Escolhendo lugares para fazer excursão escolar

Se engana se acha que a primeira coisa a definir em um passeio escolar é o lugar. Na verdade, a primeira coisa a ser definida é a proposta pedagógica do passeio, ou seja, quais conhecimentos você quer transmitir aos alunos com essa saída.
As excursões escolares têm potencial para serem atividades transformadoras, que criam memórias que acompanharão os alunos durante toda sua vida. Além também de ser uma das melhores formas de fazer todo conteúdo aprendido em sala sair da abstração, ganhando vida e maior sentido. Por isso, o lugar escolhido pela escola precisa estar relacionado com os conteúdo estudados em sala de aula. 


Embora a visita a um zoológico, por exemplo, possa parecer muito mais atrativa do que uma excursão a uma estação de tratamento de esgoto, se o foco da atividade for a consciência ambiental, o zoológico pouco contribuirá para o tema.
Algumas temáticas e lugares que podemos citar de exemplo são:
Escolhendo lugares para fazer excursão escolar

Dica 2 – Transporte para excursão escolar

Na hora de contratar quem fará o transporte dos alunos, é fundamental que a escola busque empresas que estejam preparadas para atender as demandas específicas de um passeio escolar. 
“Indico consultar a idoneidade da empresa e buscar referências, além de parceiros que estejam dispostos a fazer reuniões presenciais com os alunos e seus responsáveis. Questione sempre fatores como segurança, conectividade e custos extras. Boas empresas, por trabalharem com adolescentes e crianças saberão responder a estes questionamentos de forma objetiva e muito clara. Afinal, esse é um trabalho que exige muita seriedade e responsabilidade”, afirma o diretor de Grupos e Turismo Pedagógico da empresa Via Fly Viagens de Santa Catarina, Lucas Migliato.
Ainda que a contratação de empresas de turismo especializadas ainda não seja comum para muitas escolas, esse tipo de parceira facilita a logística e tira da escola uma série de preocupações. Além disso, os profissionais do turismo têm maior conhecimento das possibilidades oferecidas na hora de indicar locais a serem visitados.

Dica 3 – Roteiro de passeio escolar

Para evitar atrasos e que os alunos percam a oportunidades de aprendizado, é preciso preparar um roteiro completo da excursão escolar. 
Além da definição dos locais e horários de saída e chegada, a dica é elaborar um roteiro específico com a ajuda dos professores das matérias que terão seus conteúdos contemplados no passeio. 
O ideal é que a equipe docente apresente seus objetivos e indique como determinadas atividades da visita pedagógica poderão ser úteis para sua disciplina. Com essas informações em mãos, a coordenação pedagógica da escola poderá montar um roteiro detalhado com os horários de cada atividade e melhor forma de ajudar os alunos a conectar os conteúdos durante o passeio escolar.

Dica 4 – Mandar comunicado de passeio escolar

Antes mesmo de pegar a estrada, os responsáveis pelos alunos precisam receber as informações básicas como data, destino do passeio, roteiro, a forma de transporte e o valor para que autorizem seu filho a participar da excursão. 
Para isso, a escola deve enviar aos pais, com grande antecedência, uma autorização formal, através do seu principal meio de comunicação. É importante assegurar que esse documento seja fácil de ser armazenado e consultado, assim como que seja o mais seguro possível, evitando quaisquer riscos de fraude ou falsificação. 
Neste sentido, os aplicativos de comunicação, como o ClassApp por exemplo, ajudam não apenas a organizar as documentações, como tem sua autenticidade reconhecida juridicamente. 


Em um clique, o pai autoriza seu filho a participar da autorização, por isso, a escola consegue agilizar a lista dos alunos que irão participar. Além disso, um dia antes as famílias são lembradas do compromisso e a todo momento podem tirar dúvidas sobre a excursão, através dos canais de atendimento. Fora que, durante o passeio, por ter a interface mobile, os educadores podem enviar para os pais, em tempo real, imagens, fotos, vídeos e links para que eles possam acompanhar a viagem e ficarem mais tranquilos quanto à segurança e bem estar deles”, explica Thais Sforsin, analista de marketing da ClassApp.

Modelo simples de autorização para excursão:

Autorização para passeio escolar
Eu (nome)________________, RG sob o nº. ______________, CPF sob o nº. ___________. Autorizo (nome da criança)___________, a realizar o passeio com a escola (nome da escola) _______________ no(a) (local) ___________ no dia _____________, com saída às ____h no (ponto de saída) ___________ e retorno dia _____________, às ____h no (ponto de retorno)_____________.  
______________________
(assinatura)

Dica 5 – Solicitar pagamento

O pagamento do passeio escolar costuma ser uma das etapas mais estressantes para os organizadores. Os pais têm suas preferências quanto à forma de pagamento e esperam da escola as mesmas facilidades que encontram quando fazem suas compras pela internet. No entanto, nem sempre essa é a espertice de uma instituição de ensino – o que pode gerar muitas frustração para ambos os lados. 
Já existe no mercado soluções que facilitam a resolução desse desafio.  Uma delas é a Eskolare, uma plataforma digital integrada à realidade da escola e das famílias, que permite que todas as compras de produtos e serviços da escola ocorram de forma segura, transparente e cômoda. 
A Eskolare funciona gratuitamente e possibilita que os pais façam pagamentos via Cartão de crédito, Cartão de débito, Boleto, Transferência bancária ou até mesmo em dinheiro, em qualquer lotérica do Brasil. ” Para os pais há ganhos em comodidade para a realização dos pagamentos e, por parte das escolas, um gerenciamento maior e mais organizado das transações, através do nosso painel de gestão”, conta Erick Moutinho, sócio da Eskolare. 
Além de ajudar na hora de organizar as excursões, a Eskolare funciona como uma plataforma de market place oferecendo em um único lugar material escolar, livros, cursos extracurriculares, passeios e até viagens de intercâmbio e de férias. A solução já é integrada com o ClassApp.

Dica 6 – Lista do que levar em um passeio escolar

No dia anterior ao passeio escolar, os alunos provavelmente vão ficar em dúvida sobre o que devem levar na viagem e irão perguntar aos seus pais.
Uma forma de deixá-los mais seguros, neste sentido, é a escola enviar aos pais no dia anterior um comunicado com as principais informações e uma lista com tudo que eles precisarão levar para o passeio, mesmo que essa informação já tenha sido passada em sala de aula. Afinal, é natural que a ansiedade pela excursão faça os alunos esquecerem de alguns detalhes. 
Essas 6 dicas irão auxiliar você a organizar um passeio escolar de sucesso e ajudar as crianças da sua escola a tirarem os melhores proveitos da atividade.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

COMO FAZER UMA REUNIÃO DE FEEDBACK COM OS FUNCIONÁRIOS

Todos os membros da equipe precisam saber se o trabalho deles está sendo bem feito. E você, gestor, é quem deve dar o retorno sobre o desempenho.

Quando um chefe chama um funcionário para falar sobre trabalho, é para passar mais tarefas ou para dar bronca, certo? Pois não é assim que deveria ser. Uma conversa desse tipo se torna mais produtiva quando o objetivo é avaliar o que está sendo feito e dar orientações sobre como as atividades podem ser mais bem realizadas. Você, diretor escolar, como gestor, deve reservar em sua rotina momentos para dar feedback - nome em inglês para a nossa conhecida devolutiva, ou retorno - a todos os seus colaboradores. Afinal, não se pode esperar até o fim do ano para dizer ao auxiliar de serviços gerais, por exemplo, que os alunos não estão recebendo o pátio em condições ideais de limpeza na hora do recreio. "O feedback não pode ser um procedimento eventual, muito menos ser usado apenas em momentos de insatisfação. Ele é um instrumento de acompanhamento que deve constar da agenda do gestor e ter objetivos bem definidos", explica Renata Kurth, professora do departamento de Administração da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Isso significa que o diretor deve sempre chamar seus colaboradores da equipe gestora e os funcionários para elogiar um trabalho bem realizado ou alertar sobre as atitudes que não condizem com o projeto político-pedagógico da escola. Faz parte das virtudes de liderança avaliar quando as intervenções pontuais são necessárias. Contudo, estabelecer uma frequência para essas conversas - que podem ser mensais, bimestrais ou trimestrais, de acordo com as características da instituição - tem algumas vantagens. Em primeiro lugar, isso possibilita levantar com antecedência as informações necessárias sobre o trabalho da pessoa para embasar o encontro. Dessa forma, as observações terão consistência e não se basearão apenas em "achismos". Além disso, a pauta bem definida facilita o diálogo e dá uma característica formativa a esses momentos. "Não se trata de criticar atitudes pessoais. A devolutiva é uma maneira de refletir sobre o papel de educador", explica Alaísa Favaro, formadora de gestores da Secretaria de Educação de João Neiva, a 76 quilômetros de Vitória.

Para que a conversa aconteça sem atropelos, é preciso tomar alguns cuidados, como escolher o local adequado e ter uma postura acolhedora a fim de que o avaliado se abra para ouvir observações e propostas e se sinta à vontade para dar opiniões (leia o passo a passo de um bom feedback na próxima página). Sim, saber ouvir também é uma etapa importante. Para preparar para essa etapa, é interessante o gestor fazer uma autoavaliação, perguntando-se sempre se está oferecendo as devidas condições de trabalho e dando o apoio necessário à equipe.

Após avaliar o desempenho e ouvir as observações feitas pelo funcionário, o próximo passo é se focar na proposição de soluções. Afinal, só faz sentido pontuar os erros quando há um planejamento para corrigi-los e nortear as futuras ações. Por isso, a devolutiva pressupõe um pacto entre ambas as partes de como e quando serão implementadas as mudanças. O ideal é que as metas sejam estabelecidas em conjunto. "Quando o educador tem a oportunidade de opinar sobre o que ele pode fazer para melhorar dentro de suas possibilidades, o comprometimento acaba sendo maior", diz Alaísa.

Avaliação de projetos coletivos requer mais cuidados

Questões pontuais de comportamento ou de desempenho individual devem ser tratadas em conversas particulares. No entanto, o feedback também pode ser feito coletivamente. Esse recurso é bastante útil para avaliar projetos e atividades que envolveram mais de uma pessoa. Mas atenção: nesse caso, deve-se redobrar o cuidado a fim não expor ninguém publicamente. E a cautela não pode se limitar a não citar nomes, pois, pela simples descrição do ocorrido, é possível saber de quem se está falando - afinal, o trabalho foi realizado em grupo. Por isso, não é bom ilustrar o discurso com exemplos. "O recomendável é analisar as consequências dos problemas sobre os resultados do projeto e, da mesma forma que no retorno individual, discutir e selar objetivos para que os próximos sejam mais produtivos", recomenda Renata.
Cinco passos para um bom feedback

A reunião de devolutiva com os funcionários deve sempre ser uma conversa franca entre o gestor e o profisional. Mas é preciso tomar alguns cuidados. Na hora de apontar as falhas, a objetividade é fundamental. Trazer à tona acontecimentos passados há muito tempo só faz sentido se eles tiverem conexão com o que vai ser discutido. Da mesma forma, as críticas e os elogios devem ser relacionados ao que acontece na escola. A seguir, as etapas de um bom feedback.

1. Escolha o lugar adequado
Ouvir críticas sobre o próprio trabalho é uma situação que pode gerar desconforto. Por isso, marque uma reunião explicando qual é o assunto e escolha um local onde se possa conversar com privacidade e sem interferências.

Evite Abordar a pessoa de surpresa e em locais de movimento, como corredores e sala de professor.

2. Comece pelos pontos positivos
Reconheça o valor do profissional. Destaque as características que evidenciem a importância dele no grupo - a iniciativa de elaborar projetos didáticos, a capacidade de mobilizar os colegas etc.

Evite Ceder ao impulso de ir direto ao assunto que lhe incomoda. Analisar primeiro as qualidades indica que sua postura crítica é construtiva.

3. Aponte o que precisa mudar
Procure apresentar justificativas para as críticas, tendo cuidado de se dirigir apenas às atitudes. A um professor pouco assíduo, por exemplo, diga que as faltas atrasam o cronograma e os alunos perdem com isso.

Evite Afetar pessoalmente o interlocutor, por meio de frases como "você é uma pessoa irresponsável" ou "é difícil trabalhar com você".

4. Inverta os papéis
Pergunte se o funcionário está satisfeito com as condições de trabalho e o ambiente da escola. Peça sugestões de como melhorar os pontos em que ele julga haver falhas e sobre como você pode ajudar nesse processo.

Evite Elaborar perguntas muito amplas, que dão abertura a repostas vagas.
5. Estabeleça metas
O feedback não tem sentido se não tiver como foco resolver os problemas. Guarde por escrito as ações que devem ser colocadas em prática e peça para que a pessoa avaliada também tome notas. Por fim, agende a próxima conversa.

Evite Desconsiderar os registros das resoluções decididas nas reuniões anteriores. Eles devem ser o ponto de partida das próximas devolutivas.
CRÉDITO: Gestão Escolar

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

FEEDBACK: IMPACTO DIRETO NOS RESULTADOS DA EQUIPE


As devolutivas do desempenho da equipe são importantes para que todos saibam o que estão fazendo bem e o que precisam desenvolver mais. O diálogo aberto, franco e sensível faz toda diferença nesse contexto.

Como qualquer outra profissão, a atuação do diretor escolar reflete na organização e no desenvolvimento do trabalho da equipe. Quando todos os atores envolvidos nos processos caminham alinhados, comprometidos e conscientes de como podem crescer profissionalmente para melhorar seu trabalho, é um grande ganho coletivo com impacto direto nos resultados. Por isso, sempre que possível precisamos criar momentos de feedback com todos os funcionários para uma análise da prática e devolutiva do desempenho. Esse momento não pode se restringir ao corpo docente porque, independe da função que cada um assume, todos na escola tem papéis fundamentais e de contribuição significativa para o sucesso da instituição.

Nesta perspectiva, o diretor precisa estar atento às iniciativas, desenvolvimento individual de cada profissional em seu campo de atuação, desenvolvimento das áreas e funcionamento da integração entre elas para um panorama geral do que está sendo feito. Tudo isso também pede sensibilidade para saber os momentos de dar esse retorno do trabalho para cada um e quando interferir, diretamente ou indiretamente, nas situações.
Por instigar a reflexão e análise do seu próprio trabalho, a rotina de devolutivas também favorece que outros integrantes da instituição estejam mais atentos ao seu trabalho e aos processos, com olhar mais direcionado à busca de soluções. Essa consciência faz uma enorme diferença no resultado da aprendizagem de nossos alunos. Com foco o processo educacional e em como estamos contribuindo para ele, potencializamos a prática.
A rotina de devolutivas também favorece que outros integrantes da instituição estejam mais atentos ao seu trabalho e aos processos, com olhar mais direcionado à busca de soluções
Além da devolutiva individual, momentos de ponderação coletiva também se mostraram muito relevantes ao longo da minha experiência como gestora. Nesse contexto, posso citar alguns dos feedbacks já integrados à nossa rotina:

- Encontro semanais entre a equipe gestora: um momento para que nós mesmos tenhamos uma postura crítica em relação ao nosso trabalho e uma parada para avaliar, repensar, planejar, compartilhar insights, ponderar prioridades e estabelecer possíveis novos direcionamentos;

- Encontros de formação baseado nas dificuldades dos professores: ao direcionar pautas e conteúdos de formação identificados a partir da atuação e necessidades institucionais pedagógicas e administrativas conseguimos atingir os pontos mais problemáticos de formação e corrigi-los;

- Conversas com funcionários da secretaria, merenda e outros serviços: eles também precisam estar alinhados ao projeto político-pedagógico da instituição e saberem qual é o papel educacional que têm dentro da instituição. Por isso, é essencial estabelecer um espaço de formação com esses atores;

Todos os funcionários devem receber feedback pois eles também contribuem para as metas da escola e desempenham um papel educacional. Crédito: Rafael Araújo.

- Portas abertas para os momentos que a equipe sentir necessidade de pautar devolutivas: a equipe precisa sentir abertura e que pode ser franca com você, por isso, a postura do gestor precisa ser de receptividade. Só com um diálogo sincero conseguimos melhorar o entendimento das situações e, consequentemente, as atuações em nome do ensino;

- Avaliação funcional (conversa frequente ou pelos menos semestral): da atuação de cada um, se correspondem à perspectiva institucional e o que deve ser necessário para essa adequação. Isso vale também para a gestão (pois administrar também deve estar em constante avaliação).

E você, amigo diretor, o que tem feito para garantir esse feedback com todos? Sempre será um prazer socializarmos práticas, sugestões e dicas que contribuam para que a escola cumpra seu papel e garanta a boa qualidade da educação de nossas instituições.

Aguardo sua contribuição e até quarta!

Um abraço,
Joelma
CRÉDITO: Gestão Escolar

domingo, 1 de setembro de 2019

ESTRATÉGIAS PARA VENCER A INDISCIPLINA

Atitudes inteligentes e o exercício justo da autoridade são formas eficazes de enfrentar o problema

A indisciplina, dizem educadores de todo o país, é o maior problema da sala de aula - e da escola. Porém essa realidade (apontada em pesquisa feita pela Fundação Victor Civita e pelo Ibope com 500 professores) está longe de ser a verdadeira responsável pela dificuldade de ensinar: o que, de fato, impede o trabalho docente é a falta de adequação do processo de ensino. 

Partindo do princípio de que as estratégias de repressão usadas por muitas escolas são pontuais, imediatistas e ineficazes, a revista aponta soluções para encarar o problema. Longe de ser um manual, esses passos são o ponto de partida para um trabalho que requer o envolvimento de toda a equipe. Confira um resumo das recomendações dos especialistas consultados por NOVA ESCOLA. 

Distinguir as regras 
A indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra: as de natureza moral (baseadas em princípios éticos, que visam o bem comum, e por isso valem para todas as instituições e para qualquer situação, como não bater, não xingar e não mentir) e as convencionais (que variam de escola para escola, como as que se referem ao uso de celular, uniforme e boné). Com frequência, os regimentos escolares erram ao colocar essas duas situações em um mesmo patamar. É importante distingui-las para entender melhor a indisciplina e lidar com ela. 

Equilibrar a reação Pesquisa com 55 diretores realizada por Isabel Leme para a Universidade de São Paulo, em 2006, mostrou que a gestão de conflitos é vista por 85% deles como fundamental para garantir a paz na escola. Mas, alertam os especialistas, o que se vê na prática é menos uma abordagem para entender o problema (e lidar com ele) e muito mais a tentativa de evitar qualquer distúrbio. Quando uma situação foge do controle imposto, a reação é mandar os alunos para a diretoria. O caminho sugerido em NOVA ESCOLA é outro: dialogar sempre, ouvindo as partes e demonstrando respeito pelos valores de cada um. 

Conquistar a autoridade 
Toda vez que se tenta impor a disciplina com autoritarismo, surge a revolta. Com mais conhecimento, todo professor adquire segurança em relação aos conteúdos didáticos e aprende a planejar aulas eficazes. Pode parecer simples, mas isso é essencial para manter a disciplina e fazer com que todos aprendam. "É preciso diversificar a metodologia, pois interagimos com alunos conectados ao mundo de diferentes maneiras", diz Maria Tereza Trevisol, professora da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Joaçaba, a 371 quilômetros de Florianópolis. 

Incentivar a cooperação 
Esforçar-se para construir um clima escolar de qualidade, no qual os estudantes sejam respeitados e aprendam a respeitar, traz recompensa: um comportamento adequado porque todos têm consciência de seu papel na escola e não por medo de castigos. Nessa situação, professores e gestores são vistos como figuras de autoridade moral e intelectual, capazes de negociações justas com a garotada (nunca autoritárias). 

Agir com calma 
Em uma situação de indisciplina, é preciso, sim, manifestar contrariedade. Sem exaltações, mostrar ao aluno que todo o grupo é prejudicado vai ajudá-lo a perceber as consequências de suas ações e aprender como agir em outras situações similares. 

Ficar sempre alerta 
Cabe à escola cultivar um ambiente de cooperação e respeito, pois é de esperar que casos de indisciplina surjam sempre. Mesmo com a equipe capacitada para agir de forma mais confiante em relação ao problema, sempre haverá novos professores e alunos, que precisarão de tempo para se adequar a essa maneira de encarar os conflitos. 

Estimular a autonomia 
Às vezes, os alunos agem de forma indisciplinada para demonstrar que alguma regra não funciona. Em alguns casos, eles querem chamar a atenção para as próprias ideias. Ao conviver num ambiente pautado pelo respeito e pela negociação das normas, os estudantes aprendem a tomar decisões responsáveis.

CRÉDITO: Gestão Escolar