terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PAPEL DO COORDENADOR

O papel do coordenador é atuar na formação dos professores


Um dos obstáculos comuns para o fortalecimento dessa parceria é a ocorrência de imprevistos. "Temos uma agenda de encontros quinzenais que, de acordo com a demanda, se tornam semanais. Porém pode surgir uma reunião na Secretaria de Educação e atrapalhar o cronograma. Quando isso acontece, reorganizamos o calendário e o nosso planejamento para não deixar de fora os encontros da equipe gestora", conta Abenair Soares da Silva, uma das coordenadoras pedagógicas da EMEF Carlos Henrique II, em Parauapebas, a 834 quilômetros de Belém. 

Segundo Abenair, ela e as outras coordenadoras redigem pareceres sobre o processo de aprendizagem das turmas e as apresentam nas reuniões de gestores. "Assim, discutimos em grupo se as metas estabelecidas para a rede e na própria escola estão sendo atingidas e, caso não estejam, quais ações devemos implementar para reverter o cenário. Esse debate dá segurança a todos e mais liberdade para conversar sobre o que não vai bem", diz a coordenadora. 

Outra conclusão da pesquisa realizada pela FCC é o fato de que os coordenadores tomam para si muitas atribuições que não são de sua responsabilidade. Muitas vezes, isso acontece voluntariamente, por falta de clareza, que eles próprios demonstram não ter sobre os objetivos e os limites de sua atuação. Em outras ocasiões, a sobrecarga ocorre porque o diretor dá ao coordenador tarefas que o afastam da sua atuação de formador, como atender telefonemas e cuidar da burocracia. Na EM Professora Nilda de Carvalho, em Iraquara, a 462 quilômetros de Salvador, esses equívocos são evitados. "A gestão do tempo é um dos assuntos que eu e a coordenadora tratamos em nossos encontros semanais. Fazemos ajustes de planejamento para que ela possa estudar e também receber formação", afirma a diretora, Marisa Barbosa de Oliveira. "Esse processo só é possível quando a direção entende e respeita a atuação do coordenador como formador", ressalta Cláudia Fernandes Rocha, a coordenadora. A equipe gestora ganha em organização e foco; os professores, em apoio para ensinar melhor; e os alunos, em mais condições para aprender.

FONTE: http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/diretor-coordenador-alianca-pela-qualidade-635860.shtml?page=1

DIRETOR E COORDENADOR: ALIANÇA PELA QUALIDADE

Como deve ser a relação entre esses gestores para garantir boas condições de trabalho ao formador


Em todas as regiões do Brasil, diretores e coordenadores pedagógicos dizem cultivar uma relação harmoniosa e propícia ao bom desenvolvimento das atividades escolares. Essa é uma das conclusões da pesquisa O Coordenador Pedagógico e a Formação de Professores: Intenções, Tensões e Contradições, encomendada pela Fundação Victor Civita (FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC). Contudo, uma das ações mais importantes para que a escola cumpra seu papel de ensinar a todos com qualidade - a formação continuada de professores - ainda necessita de mais atenção por parte da dupla gestora. "Apesar de cada um pensar a gestão sob diferentes perspectivas, ambos têm de compreender que são responsáveis por um mesmo objetivo, que é a aprendizagem", afirma Maura Barbosa, consultora de GESTÃO ESCOLAR. 

Para afinar os ponteiros e avançar rumo a esse horizonte comum, é preciso que a direção garanta as condições básicas para a formação continuada (confira no check-list se a escola oferece boa infraestrutura para o coordenador realizar o seu trabalho). Uma delas é a reunião periódica que deve acontecer entre os gestores. O ideal é que os encontros sejam semanais e que aconteçam em um ambiente tranquilo. "Conversar com pressa, em pé, na porta da diretoria, não resolve nada. O ritual dos encontros deve ser encarado com profissionalismo, do começo ao fim. Afinal, trata-se de um momento de tomada de decisões", alerta Maura. 

O primeiro passo é estabelecer o cronograma de trabalho e depois pensar nas pautas das reuniões. Não podem ficar de fora temas como: aprendizagem, as demandas dos professores para que possam ensinar melhor, a movimentação dos alunos, os assuntos que devem ser levados ao conselho escolar, o planejamento e o acompanhamento dos projetos institucionais, a condução das reuniões de pais, os formatos escolhidos para divulgar interna e externamente o trabalho da escola e prestar contas à comunidade e as semanas de planejamento e avaliação. 

É natural que os aspectos abordados estejam mais ou menos relacionados à atuação de cada um. Torna-se fundamental, portanto, que ambos levem para a discussão todos os elementos que estiverem sob sua alçada. O diretor, por exemplo, pode tabular os números da movimentação escolar (matrículas, frequência, evasão, repetência e distorção idade-série) e compartilhá-los com o coordenador. Já quem trabalha na coordenação costuma estar mais por dentro das questões didáticas e é interessante compartilhar resultados, problemas e dúvidas com a direção.

FONTE: http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/diretor-coordenador-alianca-pela-qualidade-635860.shtml?page=1

MUDANÇA

MUDAR NECESSITA DE CORAGEM, DE PERSISTÊNCIA E DE PLANEJAMENTO.


Na Educação, pode-se realizar mudanças conforme a esfera: Mudanças à nível nacional, estadual municipal, à nível de secretaria, de escola, de núcleo gestor, de setores, de professores, de alunos e de família. Essas mudanças são grandes ou menores conforme essas esferas, mas bastante significativas para o processo educativo. Mudanças essas atreladas ao que é significativo para os educandos e suas famílias, para o desenvolvimento da cidadania, de valores sociais, do Homem preparado para viver em sociedade, respeitando o meio natural do qual faz parte.
Essa mudança inclui o uso das novas tecnologias no processo educativo, fazendo com que o conteúdo seja pareado ao que o aluno vê e usa fora da escola. Aproximar a vivência do educando ao trabalho docente tornando-o, assim, funcional na vida desse aluno e família. Toda e qualquer mudança tem como centro o aluno, tudo gira ao redor deste. Portanto, dessa forma, a escola realizaria sua real função que é o de ENSINAR. Ensinar à viver em sociedade, ensinar a cultura secular e ajudar à humanizar o Homem em sua trajetória de vida. Esse papel é árduo e deve ser muito bem planejado em todas as esferas que compõem a rede de ensino; um ando suporte ao outro até chegar ao aluno.
A cada novo ano, a escola deve ter algo novo à apresentar aos alunos, aos professores e aos funcionários. Esse novo representa mudanças de melhoria no trabalho que atinja o pedagógico. É esse novo que faz a escola "andar" e progredir, tirar quem está na ociosidade negativa em estado inerte de produção, de cooperação mútua, num foco de meta única para a instituição


"Há tanta coisa pra fazer na escola que desanimo só em pensar que, hoje, não mudamos nada."
(2010, Gneto Lopes)

domingo, 10 de janeiro de 2016

INFRAESTRUTURA ESCOLAR

OS ESPAÇOS QUE COMPÕEM A ESCOLA DEVEM SER ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM; MACRO-RECURSOS PARA O TRABALHO DO PROFESSOR E NÃO ESPAÇOS INATIVOS COM PROFESSORES DOENTES. CADA UM DESSES AMBIENTES, SEM EXCEÇÃO, TEM A SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO EDUCATIVO.
(Geraldo Baronni)

Gravura ilustrativa/Google imagem

Infra-estrutura escolar e a relação com o processo de aprendizagem

Ana Maria Botelho de Lima1 (IC), Elaine Sueli 2 (IC) *, Renatha Cristina Fraga do Nascimento3(IC)


Resumo: O espaço escolar tornou-se um ambiente formador de personalidades e de representações. Sua estrutura física deve ser atrativa para os alunos de forma que eles possam sentir-se à vontade para desenvolverem suas atividades socioeducativas e desenvolverem seu pensamento crítico. Pode-se considerar o espaço escolar como um forte potencial para o desenvolvimento de atividades cognitivas e motoras, tornando-se, assim, cenário de múltiplos interesses. Ao organizar e planejar uma estrutura escolar deve-se levar em conta alguns fatores tais como localização geográfica, local de fácil acesso. Tal preocupação com a infraestrutura escolar e sua relação com processo de aprendizagem tornou-se objeto de estudo deste trabalho que, apresenta dados de pesquisa em relação à infraestrutura e espaço físico da Escola Estadual de Ensino Médio Major Guapindaia na cidade de Porto Velho. Um de seus objetivos é tentar relacionar de que forma o espaço físico está ligado com o processo aprendizagem. 

Palavras-Chave: espaço, infraestrutura escolar, aprendizagem. 


INTRODUÇÃO
Analisar o espaço escolar é um fator importante para que se possa compreender sua relação com a aprendizagem. Uma escola sem uma estrutura física adequada pode criar num aluno um quadro mental de abandono ou de desvalorização da educação pelo Estado e até mesmo pela sociedade. De acordo com Vital Didonet, 


O espaço da escola não é apenas um 'continente', um recipiente que abriga alunos, livros, professores, um local em que se realizam atividades de aprendizagem. Mas é também um 'conteúdo', ele mesmo é educativo. Escola é mais do que quatro paredes; é clima, espírito de trabalho, produção de aprendizagem, relações sociais de formação de pessoas. O espaço tem que gerar idéias, sentimentos, movimentos no sentido da busca do conhecimento; tem que despertar interesse em aprender; além de ser alegre aprazível e confortável, tem que ser pedagógico. Há uma 'docência do espaço'. Os alunos aprendem dele lições sobre a relação entre o corpo e a mente, o movimento e o pensamento, o silêncio e o barulho do trabalho, que constroem conhecimento (FUNDESCOLA/MEC, 2006).


É de grande relevância que a infraestrutura e o espaço físico de um ambiente escolar tenham sua devida importância não só pelas suas dimensões geométricas, mas também pelas suas dimensões sociais. Mediante a esses fatos, é indispensável que tanto a infraestrutura quanto o espaço físico escolar passem a serem objetos de observação. Segundo Vygotsky, "o ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas, é essencial ao seu desenvolvimento" (apud DAVIS e OLIVEIRA, 1993, p. 560) sendo assim, nada como um local estimulante e ao mesmo tempo um local desafiador para que o aluno possa desenvolver suas atividades estudantis, e acima de tudo, um local onde o aluno possa desenvolver seu senso crítico. Por outro lado, para os educadores, o espaço educacional deve ser um local onde eles compreendam como seu aluno se apercebe da realidade e do cotidiano do dia a dia. Dessa forma a escola cumpre um dos seus papéis perante a sociedade.

A escola estadual de ensino médio Major Guapindaia está localizada na Rua Padre Chiquinho, bairro Liberdade na cidade de Porto Velho, que em parceria com a Universidade Federal de Rondônia por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) desenvolve atividades que visam melhorar o rendimento escolar de alunos nas disciplinas de química, biologia e física. Para o desenvolvimento de tais atividades, a escola dispõe de bolsistas estagiários nessas disciplinas que auxiliam nesse desenvolvimento.


DESCRIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

Atualmente a estrutura física da escola Major Guapindaia dispõe de 01 sala de diretoria; 01 sala de secretaria; 01 sala de professores; 01 sala de coordenação; 01 sala de portaria, todas bem estruturadas; 01 guarita de segurança; 01 pátio amplo e coberto; 12 salas de aula, todas com ar condicionado; 01 laboratório de ciências devidamente organizado; 01 laboratório de informática amplo com um monitor disponível; 01 biblioteca organizada; 01sala de recursos áudio-visuais; 01 sala de multimeios; 01 auditório amplo, com cadeiras confortáveis, palco e ambiente refrigerado; 01 quadra coberta de esportes equipada para vôlei, futsal e basquete; 01 cantina pequena; 01 quadra não coberta para a prática de vôlei; 01 quadra não coberta para a prática de futebol; 01sala reservada para a Associação de Pais e Professores (APP) e 01 sala reservada para grêmio estudantil. É importante ressaltar que a escola não possui refeitório e nem cozinha, possui apenas uma sala que é utilizada como copa sendo utilizada pelos funcionários da cantina.


DESCRIÇÃO DO SETOR ADMINISTRATIVO


Na administração escolar: A escola possui 01 diretora, 01 vice-diretora, ambas formadas em pedagogia; 01 secretário com formação escolar em nível médio, 03 inspetores, sendo que dois destes possuem nível médio e um está terminando o ensino superior; 08 vigilantes, dois possuem apenas o nível fundamental, os demais possuem nível médio; 02 faxineiras com nível médio. No apoio técnico: A escola conta com 02 supervisores com formação escolar em nível médio, 01 técnico em informática, 03 bibliotecários. A escola possui o seguinte corpo docente 03 professores de química, sendo que apenas um possui formação em química; 03 professores de biologia; 03 professores de física, apenas um é formado em física; 03 professores de matemática; 03 professores de história; 03 professores de geografia; 02 professores de filosofia, um formado em história e o outro em administração; 02 professores de sociologia um formado em psicologia e outro formado em letras; 03 professores de língua portuguesa; 03 professores de língua inglesa.

No início do ano de 2009, foram matriculados 375 alunos no 1º ano dos três turnos; 325 no 2º ano também dos três turnos e 273 no 3º ano, totalizando 973 alunos devidamente matriculados. Os alunos de educação especial e do EJA já estão incluídos nesses dados. Estes dados foram obtidos na secretaria da escola.


O PAPEL DO ESPAÇO FÍSICO NA APRENDIZAGEM

O espaço físico escolar é muito importante para os alunos visto que eles passam parte de sua vida presente neste ambiente e não apenas para serem educados, mas também para aprenderem a se socializar com as demais pessoas ao seu redor. Segundo Piaget (apud KRAMER, 2000, p.29) "o desenvolvimento resulta de combinações entre que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio [...] e os esquemas de assimilação vão se modificando progressivamente, considerando estágios de desenvolvimento", portanto, pode-se dizer que a aprendizagem tem certa relação com o espaço físico em que se desenvolve uma atividade de ensino. O espaço físico e estrutural de uma escola deve ser organizado de modo que atenda as necessidades sociais, cognitivas e motoras do aluno. 

Ao se propor uma estruturação e organização de um ambiente escolar, deve-se levar em conta o tipo de atividade que será executada em tal ambiente. A exemplo cita-se o planejamento de construção de uma quadra de esportes. Quais esportes serão praticados? É necessária a construção de arquibancadas? O mesmo se dá na construção de laboratórios de ciências. Que tipos de aulas serão ministradas? Que tipo de equipamentos será necessário para que as aulas sejam ministradas? Na construção do pátio escolar também não é diferente: que tipo de atividade pedagógica pode ser desenvolvida em tal espaço? Tais questionamentos devem ser levados em conta visto que, o "Estado tem o dever de garantir padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem". (BRASIL, 1999, p.40).

Nesse ponto, pode-se afirmar que a estrutura física da escola Major Guapindaia cumpre bem seu papel na aprendizagem, pois a estrutura física descrita anteriormente proporciona aos alunos padrões de qualidade que lhes permitem atender suas necessidades sociais, cognitivas e motoras. O ambiente em questão permite ainda que os alunos exerçam atividades culturais no auditório da escola e proporciona aos funcionários daquele local o exercício de suas atividades de maneira satisfatória. É importante citar que o único aspecto negativo encontrado em toda a estrutura analisada é o atual estado das duas quadras não cobertas e que se encontram em condições precárias ficando inapropriadas para o desenvolvimento de quaisquer atividades.


O ESPAÇO ESCOLAR E A EDUCAÇÃO ESPECIAL

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, "Entende-se por Educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos portadores de necessidades especiais". (BRASIL, 1996).

Neste caso torna-se mais indispensável ainda um planejamento maior quanto à estruturação de um ambiente escolar, pois de acordo com o artigo 3°da LDB lei nº 9394/96, o ensino deve ser ministrado com base em certos princípios tais como igualdade de condições para o acesso de permanência na escola e liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. Mediante a esses fatos, deve-se organizar uma estrutura que atenda esses princípios levando em conta o tipo de necessidade especial.

A escola pesquisada possui educação especial para os deficientes auditivos, onde se tem a presença de um intérprete em língua brasileira de sinais que auxilia nas aulas ministradas. 


ESPAÇO FÍSICO E AS RELAÇÕES AFETIVAS

O ambiente escolar torna-se um meio de convívio social e de lazer, portanto um fator influente no desenvolvimento da capacidade moral do aluno que buscará cada vez mais se integrar com as pessoas a sua volta. Tem-se assim, a necessidade de um ambiente que forneça subsídios para tal integração. Estudar num ambiente agradável, reconhecendo a variedade de circunstâncias que cada escola apresenta, pode contribuir positivamente no processo de aprendizagem e ao mesmo tempo tornar-se estimulante.

Por outro lado, estudar em um local onde as estruturas são precárias onde se tem péssimas condições estruturais pode desestimular ou até mesmo contribuir para um possível afastamento do aluno da escola. Um ambiente com recursos estruturais escassos torna-se um ambiente sem vida e sem a menor chance de promover qualquer tipo de atividade instrutiva.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

"A educação é o Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral visando à sua melhor integração individual e social; é um processo de aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas". (novo dicionário Aurélio, 2ª edição) A educação é um processo social que ajuda a formar cidadãos deve-se dar devida atenção à infraestrutura e ao espaço fisco escolar uma vez que é na escola que o aluno passará grande parte de seu tempo; Sendo, portanto, nela que ele irá desenvolver suas atividades motoras suas outras habilidades.

Uma breve compreensão da importância que a infraestrutura e o espaço escolar apresentam e de como se relacionam com o processo de aprendizagem é um fato de grande relevância para que se possa estabelecer o desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais. Uma habilidade é desenvolvida quando o indivíduo consegue associar seu conhecimento adquirido ao meio que se vive.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVIS, Claudia. OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1993.


BRASILMEC, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999. 


KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática, 2000.


FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio, 2ª Ed. nova fronteira, 1987.


BRASIL, Lei nº 9.394 de 20/12/1996, Lei das Diretrizes e Bases da Educação.


BRASILPadrões Mínimos de Qualidade do Ambiente Escolar, Fundo de Fortalecimento da Escola FUNDESCOLA / MEC.2006





FONTE:

domingo, 3 de janeiro de 2016

CURRÍCULO ESCOLAR








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       CURRÍCULO NO CONTEXTO ESCOLAR

Dito de forma resumida, o currículo é a organização do conhecimento escolar.
Essa organização do currículo se tornou necessária porque, com o surgimento da escolarização em massa, precisou-se de uma padronização do conhecimento a ser ensinado, ou seja, que as exigências do conteúdo fossem as mesmas. 
No entanto, o currículo não diz respeito apenas a uma relação de conteúdos, mas envolve também:
“questões de poder, tanto nas relações professor/aluno e administrador/professor, quanto em todas as relações que permeiam o cotidiano da escola e fora dela, ou seja, envolve relações de classes sociais (classe dominante/classe dominada) e questões raciais, étnicas e de gênero, não se restringindo a uma questão de conteúdos”. (HORNBURG e SILVA, 2007, p.1)
Veiga (2002) complementa
“Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.” (VEIGA, 2002, p.7)
Assim, isso implica que essa organização – feita principalmente no projeto-político-pedagógico de cada escola – deve levar em conta alguns princípios básicos da sua construção. Entre eles o fato de, como já dito, o processo de desenvolvimento do currículo ter sido cultural e, portanto, não neutro. Sempre visa privilegiar determinada cultura e, por isso, há a necessidade de uma criteriosa análise e reflexão, por parte dos sujeitos em interação, no caso as autoridades escolares e os docentes com o mesmo objetivo, baseando-se em referenciais teóricos.
O currículo não é estático, pelo contrário, ele foi e continua sendo construído. A reflexão sobre isso é importante, porque, conforme Veiga (2002, p. 7) afirma, “a análise e a compreensão do processo de produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões curriculares”.
Hoje em dia, a organização do currículo escolar se dá de forma fragmentada e hierárquica, ou seja, cada disciplina é ensinada separadamente e as que são consideradas de maior importância em detrimento de outras recebem mais tempo para serem explanadas no contexto escolar.
Vários autores apontam para a possibilidade de o currículo não ser organizado baseando-se em conteúdos isolados, pois vivemos em um mundo complexo, que não pode ser completamente explicado por um único ângulo, mas a partir de uma visão multifacetada, construída pelas visões das diversas áreas do conhecimento. A organização do currículo deve procurar viabilizar uma maior interdisciplinaridade, contextualização e transdisciplinaridade; assegurando a livre comunicação entre todas as áreas.
Visto que o currículo é uma questão tão importante no aspecto escolar, este passou então a ser visto “como um campo profissional de estudos e pesquisas” (HORNBURG e SILVA, 2007, p.1). Por isso, surgiram muitas teorias curriculares.
Correia e Dias (1998, p. 115) mostram que apesar de essas teorias não serem perspectivas acabadas, “elas convertem-se em marcos orientadores das concepções sobre a realidade que abarcam, e passam a ser formas, ainda que indiretas, de abordar os problemas práticos da educação.”
Citando diversos autores com teorias curriculares distintas, Correia e Dias nos fornecem uma visão mais ampla dos papéis que o currículo ou curriculum pode abarcar:
“a teoria técnica do curriculum expressa o curriculum como um plano estruturado de aprendizagem centrado nos conteúdos ou nos alunos ou ainda nos objetivos previamente formulados, com vista a um dado resultado ou produto (Pacheco, 1996). De acordo com a primeira perspectiva, o curriculum centra-se nos conteúdos como produtos do saber culto e elaborado sob a formalização de diferentes disciplinas. Mas o curriculum pode também expressar-se, de acordo com as concepções decurriculum propostas por Gimeno Sacristán (1991), através das experiências e dos interesses dos alunos, sendo entendido como um meio de promoção da sua autorrealização. E, por último, o curriculum pode ser entendido como um plano de orientação tecnológica que se prende com aquilo que deve ser ensinado e como deve ser, em ordem a um máximo de eficiência. Neste sentido, o professor é um mero "operário curricular" que tem a tarefa de executar um plano.” (CORREIA  e DIAS, 1998, p. 115).

Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
FONTE: http://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacao-escolar/curriculo-no-contexto-escolar.htm

sábado, 2 de janeiro de 2016

MÚSICA - ESTUDO ERRADO


ESTUDO ERRADO
Gabriel, o pensador.

Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando as prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:

Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)

Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ignorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim cês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio.

FONTE: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/estudo-errado.html

A ESCOLA NÃO PODE TUDO SOZINHA, MAS ESTÁ FAZENDO TUDO O QUE PODE

A FALTA DE CLAREZA sobre os pontos de partida e de chegada da ação educativa pode gerar dispersão de esforços e ações desarticuladas da equipe escolar.

POR RAZÕES HISTÓRICAS, os educadores não se veem como sujeitos do seu trabalho, capazes de interferir nos rumos da educação que produzem. Afinal, alguém sempre decidiu por eles, cabendo-lhes apenas a execução das decisões.

NO INTERIOR DAS ESCOLAS, raramente se discute sua função social e o papel dos professores enquanto grupo e enquanto pessoas condutoras do processo pedagógico.

MAS, REFLETIR é preciso... REFLETIR SOBRE A AÇÃO e seus limites é o começo da possibilidade de mudança.

CONTINUANDO A REFLEXÃO CONJUNTA, na escola...
Sobre a escola e sua função:

# A que serve a escola em que trabalhamos?
# Quem são nossos alunos? Que experiências, vivências e conhecimentos têm?
# Que objetivos temos proposto para eles, considerando a realidade de suas condições de vida e a realidade da vida contemporânea?
Como é a comunidade a que nossa escola presta serviço: Quais seus costumes, seus valores e os problemas enfrentados?
# Como nossos alunos podem interagir com ela, com cidadãos, enquanto crianças e jovens?

SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA e sua relação com a função social da escola.

# O trabalho que desenvolvemos no dia-a-dia da sala de aula está contribuindo para formar que tipo de homem, mundo e sociedade?
# Por que, em nossas disciplina, trabalhamos as atividades e os assuntos do jeito que trabalhamos? Como pensamos que os alunos aprendem?
# Na nossa escola o aluno tem voz? Tem vez? Tem espaço para colocar suas opiniões na sala de aula? No pátio? Na diretoria? Na secretaria?
# E os pais, participam das decisões da escola? Quais? Como?

POR QUE tantas questões? Há necessidade, realmente, de nos fazermos tantas perguntas para dar aula?

MESMO SEM PERCEBER com clareza, sempre tomamos posição a favor ou contra ideias, fatos, valores. Por isso, nossa ação, queiramos ou não, é sempre política. Tomar consciência e questionar nossa posição é sair do lugar de sujeito passivo e ocupar o lugar de sujeito que escolhe, com conhecimento, também, das nossas reais possibilidades e das possíveis consequências de nossas escolhas, pois qualquer ação nossa, individual ou coletiva, sempre tem uma consequência para nós mesmos, para os outros e para a sociedade.

À PRIMEIRA VISTA pode parecer que as ações individuais não tem efeitos positivos ou negativos sobre a sociedade. No entanto, refletindo um pouco, verificamos que as ações sociais mais amplas se sustentam nas ações individuais. É através das relações entre as pessoas, no dia-a-dia, que se cristalizam ou se modificam hábitos, atitudes, valores. Daí a importância de pensar como são essas relações e o que se quer com elas.

FONTE: Coleção "Raízes e Asas" / Vol. 1: A Escola e sua Função Social.

A ESCOLA NÃO PODE FAZER TUDO SOZINHA

A SUPERAÇÃO DOS PROBLEMAS de nosso país não é tarefa de uma única instituição social, mas da Nação como um todo, através da definição de um projeto político, econômico e social que vise a melhoria das condições de vida da população e seu acesso aos bens socialmente produzidos, incluindo o conhecimento elaborado.

A ESCOLA NÃO PODE TUDO sozinha. Tem limites claros. Ela não existe isoladamente, mas faz parte de um sistema público que tem a responsabilidade de dar sustentabilidade para que possa cumprir sua função.

"DAR SUSTENTABILIDADE" à ação, no entanto, não que dizer tutelar a ação. A escola só pode cumprir seu papel de forma competente se tiver autonomia. Isto é, se os que nela atuam e os que dela se beneficiam puderem definir e construir seu próprio caminho pedagógico, condição fundamental para que se sintam comprometidos com ele.

MAS É PRECISO CUIDADO também para não cometer um outro equívoco. Não se pode confundir autonomia com abandono ou "vale-tudo".

É FUNDAMENTAL que o poder público estabeleça uma política educacional clara, com objetivos bem definidos, que garantam atendimento escolar de boa qualidade a toda população e, ao mesmo tempo, respeite as diversidades sócio-culturais. É preciso investir continuamente nessa política, garantindo infra-estrutura de funcionamento às escolas, condições dignas de trabalho e salário para os educadores e programas de capacitação constantes. Além disso, devem ser abertos canais de participação das escolas e da população na definição ou na reorientação dessa política.

PARA A IMPLANTAÇÃO dessas medidas, torna-se necessária uma revisão das estruturas burocrático-administrativas do sistema. , que muitas vezes inviabilizam a elaboração de projetos pelas escolas.

O DESENVOLVIMENTO DESSES PROJETOS permite uma ação pedagógica mais realista e democrática, na medida em que atende tanto às especificidades da comunidade local quanto às demandas da sociedade brasileira e do mundo de hoje.

ASSIM, É RESPONSABILIDADE de todos os segmentos sociais, adeptos de uma sociedade democrática, exigir o cumprimento pelo Estado, dos dispositivos legais referentes à educação. E é papel das comunidades locais participar nas decisões relativas aos rumos, diretrizes e organização de suas escolas, como forma de garantir uma educação de qualidade que possa ter continuidade, mesmo com as mudanças que ocorrem no quadro político.

FONTE: Coleção "Raízes e Asasa" / Vol. 1: A Escola e sua Função Social.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O QUE A SOCIEDADE ESPERA DA ESCOLA?

ESSA QUESTÃO está sendo amplamente debatida hoje por educadores, pelas universidades, por organizações não-governamentais (ONGs), empresas e pelos meios de comunicação.

APESAR DAS DIFERENÇAS de abordagem, há um certo consenso em relação à necessidade de se formarem cidadãos que participem ativamente da vida econômica e social do país, contribuindo para a transformação da sociedade brasileira numa sociedade mais justa, com melhores condições de vida para todos.

ISTO REQUER CONHECIMENTO e habilidades cognitivas que possibilitem às pessoas situar-se no mundo de hoje, ler e interpretar a grande quantidade de informações existentes, conhecer e compreender tecnologias disponíveis, bem como continuar seu processo de aprendizagem de forma autônoma.

COMO A ESCOLA PÚBLICA RESPONDE A ESSA EXPECTATIVA?

A ESCOLA PÚBLICA brasileira não consegue sequer atender aso dispositivos constitucionais que garantem escolaridade à população dos 7 aos 14 anos. Ainda hoje, há muitas crianças e jovens que não têm acesso a ela: e uma grande parte dos que conseguem entrar são excluídos, depois de sucessivas repetências.

A ESCOLA É RESPONSÁVEL por isso: ao manter esses mecanismos de seletividade e, também, ao passar uma visão de mundo ingênua e permeada de preconceitos, a escola revela sua face cruel, confirmando a desigualdade social. Nesse caso, não se compromete realmente com a aprendizagem de todos os alunos e não realiza sua função social. É preciso, e possível, reverter essa situação.

FONTE: Coleção "Raízes e Asas" / Vol. 1: A Escola e sua Função Social.