quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O LUGAR IDEAL PARA PREPARAR E PARA ARMAZENAR A MERENDA

Como transformar a cozinha e a despensa da escola em ambientes seuros para manipular e armazenar alimentos
Por: Gustavo Heidrich
Infográfico da cozinha funcional
ESPAÇO FUNCIONAL Veja no infográfico as recomendações técnicas para a cozinha da escola.
Infográficos: Bruno Algarve

Segundo dados do Censo Escolar e do IBGE, mais de 95% das quase 162 mil escolas públicas brasileiras de Educação Básica oferecem ao menos uma refeição gratuita por dia aos alunos, atendendo um contingente de 52 milhões de crianças e jovens. Para produzir refeições com qualidade, é preciso garantir segurança, limpeza e organização na cozinha e na despensa da escola. Para ajudar você, gestor, a manter essas dependências em ordem e orientar os funcionários que nelas trabalham, preparamos dois infográficos com os principais pontos que precisam ser observados (veja o da cozinha acima e o da despensa na próxima página)

A preocupação com a segurança da cozinha começa na escolha dos pisos e revestimentos - que devem ser laváveis e antiderrapantes. Passa por detalhes como a proteção de tomadas e se estende às áreas externas - onde devem estar os botijões de gás e o depósito de resíduos sólidos. A limpeza é garantida por procedimentos adequados de higienização dos alimentos, dos locais de preparo - que precisam ser limpos logo após o uso - e pelo asseio dos funcionários, que devem dispor de um lugar para lavar as mãos e vestir itens essenciais, como aventais, luvas e toucas. 

A organização é determinada pela divisão do espaço e do trabalho. O ideal é ter duas grandes áreas: uma dedicada à preparação de alimentos e outra à lavagem de utensílios. "São dois fluxos de trabalhos distintos, mas que se complementam. A cozinha tem de estar projetada para comportar os dois sem que um atrapalhe o outro", aconselha Tiago Radunz, coordenador de infraestrutura do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

É fundamental que a cozinha seja interligada à despensa (para facilitar o reabastecimento, sem que ele interfira nos processos de lavagem e preparação) e ao refeitório (para reduzir o tumulto na hora de servir as refeições para as crianças). 

Divisão do espaço e das diversas funções 
Segundo o estudo Custo Aluno-Qualidade, desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o ideal é que, em uma escola de Ensino Fundamental com 480 alunos e 26 horas/aula por semana, o tamanho mínimo da cozinha seja de 15 metros quadrados, com três funcionários. 

São itens básicos nesse espaço um freezer com 305 litros de capacidade, uma geladeira de 270 litros, um fogão industrial de quatro ou seis bocas e um liquidificador industrial. Em escolas que servem mais refeições e têm mais de três funcionários, é interessante adotar alguma hierarquia - a escolha de um chefe pode facilitar os processos - ou dividir as responsabilidades por setor: um funcionário cuida da lavagem dos utensílios e panelas; outro fica a cargo da preparação de carnes; um terceiro, dos legumes, verduras e grãos; e um quarto serve as refeições. As funções podem ser fixas ou existe um revezamento. 

As merendeiras devem participar de reuniões gerais de planejamento e discussão do projeto político pedagógico. Integradas aos objetivos da escola, elas se tornam parceiras na organização do self-service (para estimular a autonomia dos alunos), no cuidado com a horta da escola ou até mesmo em projetos institucionais relacionados à melhoria da aprendizagem.

Despensa sempre arejada, limpa e organizada
Infográfico da despensa
TUDO EM ORDEM Dicas para uma despensa limpa e organizada
O mais importante na montagem da despensa é garantir as melhores condições para a conservação dos alimentos. O primeiro passo é se certificar de que tudo o que é recebido esteja em condições de consumo (leia dicas de como orientar as merendeiras e os funcionários no quadro abaixo).

Um item fundamental é a ventilação. Ela é garantida pela presença de janelas protegidas por mosquiteiros, exaustores, prateleiras abertas e estrados que não fiquem encostados no chão - usados para guardar grandes sacos com grãos ou farinhas.

Uma maneira eficiente de organizar o espaço é colocar os alimentos e mantimentos mais usados nas prateleiras de mais fácil acesso. Agrupá-los por tipo (grãos, óleos, farinhas etc.) facilita a localização. Sacos com grandes quantidades precisam ser abertos e seus conteúdos guardados em recipientes individuais, que, ao ser armazenados, devem receber uma nova etiqueta com o prazo de validade. Se o conteúdo é perecível, vai para a geladeira ou o freezer.

O pessoal da limpeza também contribui para a manutenção desse espaço: todos podem ser orientados a remover os alimentos que ficam nos estrados, ao varrer a despensa, para evitar que recebam poeira. Materiais de limpeza podem ser guardados nesse espaço, em prateleiras separadas ou dentro de caixas. Vedar o vão das portas para impedir a entrada de insetos e animais e fazer dedetizações periódicas são medidas que garantem a higiene. Por segurança, a porta da despensa deve ser trancada com cadeado e a chave pode ficar com um funcionário ou o gestor - para dificultar os furtos e facilitar o controle dos estoques.

Manter a cozinha e a despensa limpas e organizadas é uma forma de demonstrar respeito aos alunos e uma maneira indireta de educá-los. Bem gerenciadas, elas servem de referência de como um espaço organizado contribui para a satisfação das pessoas que são atendidas ali (os alunos, na hora da merenda) e também dos que nele trabalham. "O ambiente e as atitudes passam valores. Por isso, a postura das merendeiras e o cuidado com a limpeza e a manutenção devem fazer parte da proposta educativa da escola", afirma Márcia Cristina da Silva, formadora de gestores do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Pauta da reuniãoRecebendo os alimentos
Dê orientações às merendeiras e aos funcionários para que recebam sempre mantimentos apropriados para o consumo e os conservem em condições de uso.

- Comece a reunião perguntando se eles olham o prazo de validade dos alimentos assim que chegam dos fornecedores. Alimentos não perecíveis só devem ser recebidos se estiverem longe do vencimento da validade (restando cerca de 90% do prazo de utilização).


- Pergunte como está o funcionamento da geladeira e como é feito seu abastecimento. Ela deve ser destinada a guardar os alimentos que estragam rápido, como verduras, legumes e frutas - que, ao chegar à escola, não podem estar amassados ou ter partes estragadas.


- Fale também sobre a qualidade das carnes usadas. Ao recebê-las, é preciso verificar se a cor é a normal do produto e se o percentual de gordura não ultrapassa 5% do peso total. Para as aves, cada quilo deve conter, no máximo, 80 gramas de água. Se esses valores não estiverem na embalagem, eles podem ser verificados junto ao fornecedor.


- Lembre-os de que alimentos estragados ou fora das especificações devem ser devolvidos, e as irregularidades, comunicadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aos responsáveis na Secretaria de Educação pelo fornecimento dos ingredientes para a merenda.


- Pergunte se eles têm dúvidas sobre a conservação de alimentos e organize palestras sobre o tema.


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ENTREGA E RECEBIMENTO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS CÁRNEOS



ARMAZENAMENTOS DE ALIMENTOS



COMO DEVE SER FEITO O ARMAZENAMENTO DE CARNES?



FONTE:
YOUTUBE


DIFERENÇA ENTRE A ESCOLA TRADICIONAL, CONSTRUTIVISTA, MONTESSORIANA E WALDORF

Os pais, hoje em dia, tem um dilema quanto a escolha da escola para seus filhos, pois com tantas abordagens pedagógicas, é difícil escolher a melhor ou a mais indicada, afinal nem todos sabem a diferença entre a escola tradicional, a construtivista, a montessoriana e  o waldorf.
Essa diferença entre as escolasacontece porque cada criança tem uma personalidade e uma maneira diferente de aprender, então as escolas padronizam uma metodologia de ensino que mais se encaixa ao público em questão.

Escola tradicional

Essa é a abordagem clássica existente no país. Na escola tradicional, o professor possui o conhecimento e o repassa para o aluno. Os alunos precisam cumprirmetas a partir das tarefas aplicadas diariamente e, caso o aluno não alcance a meta – nota determinada – ela será reprovado.
Nesse modelo de ensino, é comum o uso de apostilas, livros e cartilhas para auxiliarem na aquisição do conhecimento.
Esse é o modelo de escola que prepara os alunos para provas como ENEM e vestibulares.

Escola construtivista

Na escola construtivista, o conhecimento não é passado para o aluno, mas sim adquirido por ele através de formulação de questões, hipóteses e solução de problemas. Esse modelo construtivista acredita que a criança adquira autonomia.
Esse modelo pedagógico, tradicionalmente, não utiliza provas, entretanto essa prática é realizada nas escolas construtivistas no Brasil.

Escola montessoriana

A filosofia da escola montessoriana defende a ideia de que a criança deve ir em busca de sua auto-afirmação e construção, e a função do adulto nesse processo é o de auxiliar estimulando o processo criativo, com independência e confiança.
Esse modelo defende a ideia de que é com ação e atitude que se realmente aprende. Para isso, é importante ouvir o aluno
escola montessoriana, apoia o trabalho em grupo e busca estimular todos os alunos da mesma maneira. Assim como a escola construtivista, a escola montessoriana tradicionalmente não aplica provas ou testes em seus alunos.
Para auxilar o processo de aprendizagem, é comum o uso de materiais como cubos, barras placas e objetos que facilitem e auxilie no processo de aprendizadode matérias como a matemática.

Escola waldorf

Na escola waldorf, a prioridade é o desenvolvimento dos aspectos cognitivos da criança, por esse motivo é estimulado a prática de habilidades artísticas, musicais e de dramatização. No ensino infantil, além dessas práticas as crianças, também são estimuladas a prática de atividades manuais, como culinária e artesanato.
Esse modelo pedagógico é favorável na aplicação de testes, mas são aplicados em apenas algumas matérias, principalmente durante o ensino médio, para que haja uma melhor preparação para provas como ENEM e vestibulares.
Enquanto que no modelo tradicional, os alunos são induzidos a se preocuparem com prazos e provas, no modelo waldorf, o que é considerado são as etapas de desenvolvimento do estudante.
Qual é o modelo de ensino que mais lhe agradou? Deixe sua opinião nos comentários.
Até mais!

QUAIS OS TIPOS E FUNÇÕES DAS AVALIAÇÕES ESCOLARES?

Olá,
Você acredita que as provas podem medir o conhecimento e capacidade intelectual de alguém?
Há algum tempo as avaliações são pauta de discussões entre pais mestres e estudantes. O tema central desses discursos é entender como as avaliações podem representar resultados que correspondam, perfeitamente, com o que se espera de um estudante.
O fato é que, ainda hoje, muitas escolas adotam como formas de avaliação as provas e, em alguns casos, o visto no caderno. Mas, será que isso é o suficiente para avaliar o nível de aprendizagem de uma turma? Ou até mesmo avaliar que determinados métodos de ensino estão sendo suficiente para alcançar os verdadeiros objetivos da educação em nosso país.
Muitas são as dúvidas que rondam o universo da educação, atualmente com a modificação de alguns avaliadores de índices nacionais de educação como o ENEM, ENCCEJA e outros meios, as metodologias e planos de aulas tiveram que ser repensadas. Mesmo porque os resultados dessas avaliações, sobre alguns critérios não estão atingindo os objetivos do MEC.
Pensando no novo ritmo que deve balancear a educação desde alguns anos, e mais emergentemente nos dias atuais, resolvemos desenvolver este artigo. Se trata de uma pesquisa sobre os principais tipos de avaliação e também os comparativos com as avaliação elaboradas pelos maiores órgãos de responsáveis pela educação de nosso país.
O nosso objetivo é que você, conheça alguns tipos alternativos de avaliação e quais deles será de bom proveito para adequar as suas aulas.

Conheça os tipos de avaliações escolares e suas especificações

Avaliação Diagnóstica

Esse tipo de avaliação tem o objetivo de garantir o controle da sistemática de ensino e aprendizagem no decorrer do ano letivo. É importante realizá-la no inicio do ciclo de estudos. Basicamente, o diagnóstico é feito por questionamentos específicos , que em seguida serão analisados e transformados em dados para o professor. Esses dados ajudarão nos ajustes de planejamento das aulas e métodos. Ou, ainda, encaminhar determinados estudantes aos cuidados de outros especialistas, como fonoaudiólogos, psicólogos e outros, de acordo com as suas respectivas necessidades.
O objetivo geral desse tipo de avaliação é levar à investigação sobre o andamento da turma no decorrer do ano letivo, alem de verificar pontos fortes e pontos fracos que devem ser trabalhados em sala de aula. Basicamente, o diagnóstico traz entendimento sobre quais as estratégias funcionam e quais devem ser repensadas.

Avaliação Formativa

Essa avaliação serve para informar ao professor, e também ao aluno e seus responsáveis, sobre os resultados de aprendizagem. Nessa etapa avaliativa as tarefas do cotidiano é que dão as respostas mais pontuais do desenvolvimento dos estudantes, como por exemplo: leituras e discussões, lições em classe, comportamento e assiduidade de frequência.
Através dessa validação de tarefas corriqueiras é possível configurar e reduzir falhas no processo de ensino e aprendizagem.
Os principais objetivos desse tipo de avaliação é melhorar o processo de ensino e aprendizagem por intermédio do uso de dados retiradas das tarefas realizadas em sala de aula.
A avaliação formativa é particularmente, muito semelhante com a diagnóstica. Tendo como diferencial que uma é feita em corriqueiramente, e a outra em períodos mais prolongados.

Avaliação Somativa

Essa avaliação diz respeito as médias das notas resultantes do conjunto de avaliações. Através dela é possível se chegar ao entendimento e calculo matemático do rendimento do estudante. Certamente é a mais conhecida ente alunos, responsáveis, educadores e professores.
Esses que são o equivalente sobre os resultados de aprendizagem, durante as atividades escolares, é um recurso que se expande ao aluno, que nesse momento conhece sobre seu desempenho. São aquelas atividades aplicadas no decorrer do ano letivo, a fim de medir o nível de absorvimento de conhecimento por parte dos alunos.
Outra coisa que se faz de imensa importância é que essa avaliação além de classificar os alunos conforme os seus respectivos rendimentos, também é aquela que indica aqueles que foram reprovados ou aprovados no ano letivo em vigência.

Avaliação Escrita

Na avaliação escrita se identifica a capacidade dissertativa dos alunos. É através dela que pode ser possível explorar o ponto de vista do aluno em relação a determinada área do conhecimento.  Nela são verificadas as habilidades intelectuais, de assimilação do conteúdo apresentado em aula, e outros aspectos da aprendizagem.
Geralmente se dá em forma de provas que o aluno deve versar com suas próprias palavras a defesa de seus argumentos diante de seu conhecimento, mas não se trata apenas de opiniões, mas com a capacidade enxergar vários aspectos de um ponto de vista.
Através de aplicação de provas, atribuição de notas e correção é que o educador tem acesso a informações que vão muito além do que o aluno é capaz de decorar, mas sim sua habilidade de dissertar sobre o contexto.
A Redação, que é adotada como uma avaliação determinante para muitas instituições como: Vestibulares, Enem, Encceja e outros, é um exemplo do quanto é importante o alcance das impressões escritas e como isso é importante e decisiva para a avaliação de suas capacidades.

Avaliação Colaborativa

A avaliação colaborativa é aquela conhecida como: trabalho em grupos.
Os trabalhos em equipe são muito importantes para a avaliação isso porque é feito em um momento que propicia a abrangência da percepção do aluno, e sua atitude em grupo, do grupo e sua atitude em sala de aula, e o comportamento da totalidade de estudantes em si.
As atividades coletivas incentivam o desenvolvimento do comportamento em grupo, além da capacidade de criar e conviver juntos, tendo em vista afinidades, dificuldades e diferenças dos membros.
Além de aperfeiçoar a convivência democrática, também auxilia sobre as reflexões sistematizadas, onde todos depositam suas colaborações em prol de um objetivo em comum. A equipe, nesse caso, é avaliada sob aspectos das ações como por exemplo, desempenho individual e de grupo.
Como já havíamos mencionado, a avaliação deve ser aplicada de maneira contínua a fim de chegar a conclusões mais abrangentes possíveis sobre a vida escolar do estudante, e especialmente, o seu desempenho de aprendizagem.
Sabemos que a escolha por uma única forma de avaliação não é capaz de demostrar resultados sobre todos os aspectos do processo do ensino e aprendizagem.Por esse motivo, separamos, explicamos e exemplificamos algumas da mais utilizadas formas de avaliação usadas no Sistema de ensino no Brasil. Vale lembrar, a importância das aplicações de avaliações dimensionadas, para isso demonstramos como podem ser aplicadas no decorrer de um ano letivo as avaliações: diagnóstica, formativas, somativas, escritas e colaborativas.
Até breve!

O QUE É E QUAIS OS TIPOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM?

Olá, leitores!
Hoje preparamos um artigo com um tema que faz parte do universo dos professores e alunos: a avaliação da aprendizagem.
Atualmente a avaliação vem sendo um tema muito discutido e polêmico entre educadores, e muitas vezes esquecido o seu real significado.
Quando discutimos o termo “avaliar”, logo associamos com a realização de provas, atribuição de notas e até mesmo reprovar ou aprovar um aluno, mas o conceito de avaliação de aprendizagem é bem mais amplo. Confira os conceitos e seu real significado.

O que é avaliação da aprendizagem de acordo com autores da pedagogia

  • Luckesi, (1978): a avaliação é definida como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão.
  • Sarrabbi, 1971: a avaliação educativa é um processo complexo, que começa com a formulação de objetivos e requer a elaboração de meios para obter evidência de resultados, interpretação dos resultados para saber em que medida foram os objetivos alcançados e formulação de um juízo de valor.
  • Juracy C. Marques, 1956: é um processo contínuo, sistemático, compreensivo, comparativo, cumulativo, informativo e global, que permite avaliar o conhecimento do aluno.
  • Bradfield e Moredock, 1963: a avaliação significa a uma dimensão mensurável do comportamento em relação a um padrão de natureza social ou científica.
A partir do exposto verifica-se que os autores consideram a avaliação de aprendizagem como um processo.

Qual modelo de avaliação de aprendizagem deve ser adotado?

De acordo com a lei de diretrizes e bases da educação (Lei 9394/96) com destaque para os artigos 1º e artigo 24- inciso V, a avaliação da aprendizagem consiste em medir o aproveitamento e também a apuração da assiduidade do aluno. A avaliação de aprendizagem deve ser diagnóstica, processual e formativa.

E o que isso significa na prática da avaliação educacional?

Entenda a aplicação dos princípios de acordo com a lei de diretrizes e bases da educação:
  • O princípio de diagnóstico da avaliação de aprendizagem é saber o nível atual de desempenho do aluno;
  • O princípio da qualificação da avaliação de aprendizagem é a etapa de reflexão e comparação com aquilo que é necessário ensinar no processo educacional;
  • O princípio processual e formativo da avaliação de aprendizagem na prática são as etapas de planejar atividades, sequências didáticas, projetos de ensino e aplicar os instrumentos avaliativos em cada uma destas etapas. E direcionar ações que possibilitem atingir os resultados de ensino-aprendizagem.
O que muitos professores confundem é o uso dos instrumentos de avaliação como a aplicação de provas e exames com o processo e gestão da aprendizagem dos alunos.
A prova é somente uma formalidade do sistema escolar, uma ferramenta, ela sozinha não deve ser usada como avaliação, mas como uma parte do processo, que tem início, meio e fim.
O educador não pode simplesmente usar os instrumentos para avaliar e se esquecer de realizar o acompanhamento do aluno para verificar se está ou não aprendendo.
É bastante comum os professores usarem os instrumentos de forma pontual, por exemplo, ao final de um bimestre e no fechamento do semestre sem realizar o acompanhamento do início ao fim.
O que pode implicar no erro de aplicar o exame de nota para classificar o aluno e rotular os que aprenderam e os que não aprenderam de acordo com um critério e patamar. O que não significa que o aluno que foi classificado com uma nota abaixo de um patamar não tenha aprendido os conceitos e práticas daquela disciplina. Para não cometer esse erro é importante entender os tipos de avaliação e como aplicá-los no processo de ensino-aprendizagem.

Tipos de avaliação da aprendizagem

De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). Entenda cada tipo:

1.      Diagnóstica

Auxilia o professor a detectar ou fazer uma verificação dos conteúdos e conhecimento do aluno. E a partir dos dados desse diagnóstico realizar o planejamento de ações que supram as necessidades e atinja os objetivos propostos. Com isso se utiliza a avaliação de aprendizagem como suporte para o planejamento de ensino. Recomenda-se aplicar este tipo de avaliação no início do processo de ensino-aprendizagem.

Como aplicar a avaliação diagnóstica:

  • Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares;
  • Exercícios ou simulações para identificar colegas com quem o aluno se relaciona;
  • Consulta ao histórico escolar/ficha de anotações da vida escolar do aluno;
  • Observações dos alunos, particularmente durante os primeiros dias de aula;
  • Questionários, perguntas e conversa com alunos.

2.      Formativa

Tem como objetivo verificar se tudo aquilo que foi proposto pelo professor no seu planejamento em relação aos conteúdos estão sendo atingidos durante todo o processo de ensino aprendizagem do aluno passo a passo. Com isso é possível aplicar a recuperação paralela, onde os alunos resgatam os conceitos revisando-os ao longo do caminho e evoluindo cada um no seu ritmo.
Essa intervenção e postura do professor como mediador tira de cena aquela prática de classificar o aluno com uma nota. Não se tem mais a visão da avaliação no resultado do teste e sim no potencial de desenvolvimento do aluno. O professor como mediador refletirá sobre o processo e tomar decisões para re-planejar suas ações para intervir e adequar suas práticas em sala de aula com o objetivo do aluno aprender e não simplesmente melhorar sua nota.

Como aplicar a avaliação formativa:

  • Diariamente: ao rever os cadernos, o dever de casa, fazer e receber perguntas, observar o desempenho dos alunos, nas diversas atividades de classe;
  • Ocasionalmente: por meio de provas ou outros instrumentos, mais ou menos formais;
  • Periodicamente: utilizando testes ao final de cada sub-unidade, unidade, projeto, para aferir a aprendizagem e outros desempenhos dos alunos.

3.      Somativa

Tem o objetivo de atribuir notas e conceitos para o aluno ser promovido ou não de uma classe para outra, ou de um curso para outro, normalmente realizada durante o bimestre ou semestre.

Como aplicar a avaliação somativa:

  • uma prova ou trabalho final;
  • uma avaliação baseada nos resultados cumulativos obtidos ao longo do ano letivo;
  • uma mistura das duas formas acima.
É necessário que o professor tenha clareza destas etapas para que possa realizar a avaliação de forma integrada.
A prática da avaliação escolar que tem o foco a classificação, no processo de obtenção de médias de aprovação ou médias de reprovação está ultrapassado. Para um verdadeiro e atual processo de avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação de um aluno, mas sim sua aprendizagem e, consequentemente, o seu crescimento.
Ao avaliar, o professor estará constatando as condições de aprendizagem dos alunos, para, a partir daí, prover meios para sua recuperação, e não para sua exclusão, como uma punição, se considerar a avaliação um processo e não um fim.
Professor, confira esse outro artigo aqui do Canal do Ensino com 3 planilhas que irão facilitar seu trabalho.
Até breve!

QUAIS OS 7 TIPOS DE APRENDIZAGEM?

"É SÓ PARAR DE PROCURAR, DESVAIRADAMENTE, NOVAS MANEIRAS DE ENSINAR E UTILIZAR EFICIENTES MANEIRAS DE APRENDER" (Professor Pier)

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Olá leitores!
Você conhece ou já ouviu falar nos sete tipos de aprendizagem? Sabe de onde surgiram os conceitos que definem esta teoria?
O conceito de sete tipos de aprendizagem tornou-se muito conhecido nos últimos anos e vem orientando o trabalho pedagógico de inúmeros psicólogos, pedagogos, professores e gestores educacionais. Saiba por que tem aumentado o interesse por esse assunto e como ele pode auxiliar no processo educacional em todos os seus níveis.

A teoria das inteligências múltiplas

Os sete tipos de aprendizagem estão diretamente relacionados à Teoria das Inteligências Múltiplas, desenvolvida entre os anos de 1980 e 1990 pelo professor de psicologia e neurologia da Universidade de Harvard, o norte-americano, Howard Gardner.
teoria de Gardner surgiu em um momento em que o padrão mais aceito para se avaliar a inteligência eram os testes de QI (quociente de inteligência), desenvolvidos pelo psicólogo francês Alfred Binet no início do século XX. Estes testes pautavam-se na capacidade lógico-matemática, mas durante muito tempo foi utilizado para aferir o desempenho escolar de crianças.
A teoria de Gardner não atribui valores para uma ou outra inteligência, como vem ocorrendo na educação e no mercado de trabalho no último século, onde as inteligências lógico-matemática e linguística são as de maior importância e, portanto, mais valorizadas socialmente. Mas sim, na ideia de que a inteligência se manifesta de múltiplas formas. Para isso, valeu-se da observação e pesquisa de inúmeras personalidades geniais das mais variadas áreas do conhecimento e dos esportes.

Quem foi mais inteligente: Einstein ou Pelé?

A proposta de Gardner trouxe muitas mudanças, inclusive no âmbito da educação, pois apresentou um novo conceito de inteligência. Para Gardner, a genialidade humana é bem mais específica do que generalista e isso explica porque poucos gênios destacam-se em todas as áreas.
Apesar de ser influenciado por Piaget, Gardner difere principalmente no aspecto de faixas de desenvolvimento. Onde Piaget agrupa todas as crianças de uma mesma idade com o mesmo desenvolvimento, Gardner reconhece que podem existir determinadas áreas em que uma criança pode se desenvolver mais do que as outras da mesma idade, variando conforme tendências biológicas, vinculadas a estímulos culturais e experiências capazes de estimular e potencializar uma ou mais inteligências.
Então na pergunta: “Quem foi mais inteligente, Einstein ou Pelé?” Gardner lhe responderia que não pode haver comparação entre estas duas genialidades pois elas se encontram em âmbitos de atuação completamente diferentes.
Einstein era um gênio matemático e seu potencial estava plenamente desenvolvido na área da inteligência lógico-matemática, e Pelé é um gênio do esporte, tem sua inteligência desenvolvida na área corporal-sinestésico. Muito provavelmente Einstein não teria o mesmo desempenho de Pelé no futebol, e nem Pelé o mesmo desempenho de Einstein na Física.

Para cada indivíduo, um tipo de aprendizagem

A teoria desenvolvida por Gardner divide a inteligência em sete áreas de habilidades diferentes e, segundo o autor, todos os indivíduos ditos normais possuem habilidades que estão ligadas a tudo que os rodeia: a língua, a cultura, a ideologia, a religião, os valores, etc. Diferindo no nível da habilidade e na combinação e afirma que todos têm potenciais, mas alguns são mais desenvolvidos.
Um ponto muito importante na teoria de Gardner é a influência da cultura. Ele diz que a criança aprimorará as inteligências que demostrarem ser mais eficazes e que sejam mais valorizadas pela sociedade. Sendo assim, uma cultura que valoriza mais a linguística terá um grande número de indivíduos que atingirão um alto nível nesta área e é neste ponto que a educação se mostra de extrema importância.
As inteligências teorizadas por Gardner inicialmente eram sete, porém, posteriormente, foram acrescentadas mais duas, totalizando nove inteligências, que são:
1 – Lógico-matemática
Capacidade de discernir padrões lógicos ou numéricos e lidar com longas cadeias de raciocínio, encontrados em matemáticos, físicos e demais pessoas que lidam com o raciocínio lógico;
Dica – Atividades concretas de classificação, organização e pesquisa.
2 – Linguística
Esta inteligência está ligada à capacidade de usar as palavras oralmente ou verbalmente, sensibilidade aos sons, funções das palavras, uso da linguagem e à transmissão de ideias. Facilidade para aprender idiomas e se expressar através da escrita. Encontrada em escritores, oradores e pessoas ligadas à comunicação;
Dica – Atividades de redação, criação de textos publicitários e peças de teatro.
3 – Espacial
Percepção visual e espacial do mundo, com facilidade para localizar objetos no espaço, discriminação visual, reconhecimento, projeção e imagens mentais, presentes em arquitetos e navegadores, por exemplo;
Dica – Atividades de criação cenográfica, interpretação de mapas, gráficos e elaboração de sites.
4 – Corporal-sinestésica
Capacidade de coordenação corporal, precisão de movimentos, controle dos movimentos do próprio corpo. Necessidade de contato. Habilidades físicasespecíficas, como: equilíbrio, destreza, força, flexibilidade e velocidade, presentes em atletas, dançarinos e também em mecânicos e construtores;
Dica – Atividades práticas de montagem e construção, além das atividades físicas.
5 – Interpessoal
Capacidade de interagir de forma efetiva com outras pessoas, perceber e fazer distinção no humor, intenção, motivação e sentimento dos outros e responder apropriadamente. Compreensão;
Dica – Atividades e projetos em grupo, trabalhos em que possa interagir com o público, participar de debates e entrevistas.
6 – Intrapessoal
Capacidade de entender a si mesmo, autoconhecimento, seus desejos e seus sonhos, incluir pensamentos e sentimentos. É o correlativo da inteligência interpessoal;
Dica – Atividades de expressão corporal e/ou facial como o teatro e a poesia.
7 – Musical
Habilidade para produzir e apreciar ritmos, tom, timbre e tocar instrumentos. Apreciação das formas de expressividade musical e composição, encontradas nos músicos e regentes;
Dica – Atividades em que possa criar músicas, fazer adaptações, pesquisas musicais e criação multimídia.
Em 1995, Gardner acrescentou à lista as inteligências natural e existencial e sugeriu o agrupamento da interpessoal e da intrapessoal numa só.
8 – Natural
Se refere à habilidade de reconhecer objetos na natureza, de distinguir plantas, animais e rochas. Para o entendimento da mesma e desenvolvimento de habilidades biológicas;
Dica – Atividades de cultivo de plantas e culturas para experiências científicas, pesquisas ambientais e cuidados com o ambiente.
9 – Existencial
Capacidades filosóficas. Refletir sobre a existência da vida. Pessoas reflexivas, existenciais e filosóficas;
Dicas – Atividades de pesquisas bibliográficas, históricas e filosóficas.
Gardner diz ainda que, geralmente, nós trabalhamos com todas as inteligências, no entanto temos duas mais desenvolvidas e uma menos, e que até mesmo as tarefas mais simples fazem uso de ao menos duas inteligências.

Disciplinas e avaliação

Da forma como Gardner apresenta a sua teoria, fica muito evidente que, em grande parte das escolas atuais, encontramos uma grade curricular que prioriza as áreas da inteligências lógico-matemática e linguística. Como os alunos possuem suas individualidades cognitivas, o ideal é que a educação procure atender ao potencial de cada um, garantindo o seu pleno desenvolvimento.
Neste contexto, a avaliação deve ser coerente e fazer jus à inteligência avaliada, e ser tratada como um meio e não um fim. Além de ser mais um recurso para se obter informações que beneficiem o processo pedagógico de ensino-aprendizagem e jamais um acidente para a autoestima do aluno.
Gostou de conhecer os tipos de aprendizagem? Você acredita que as escolas devem trabalhar todas as inteligências igualmente ou deve preparar o aluno para o trabalho e as necessidades sociais? Deixe seu comentário ou sugestão.
Até a próxima!