domingo, 7 de janeiro de 2018

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: QUAL SUA IMPORTÂNCIA E COMO REALIZÁ-LA

Para garantir a qualidade do ensino e mantê-lo como referência, as escolas devem sempre buscar avaliar seus procedimentos. Isso porque uma avaliação permite identificar os pontos fortes e também aqueles que precisam de mais atenção para serem aperfeiçoados. O caso dos alunos não é diferente. Uma avaliação diagnóstica dos mesmos pode fazer toda a diferença para a obtenção de melhores resultados no processo de aprendizagem.
Afinal, para melhorar a apreensão dos diferentes conteúdos, resultando até em maior aprovação em exames e vestibulares, os professores precisam identificar quais áreas merecem a dedicação de seus esforços com mais afinco.
Uma avaliação diagnóstica, diferente de outros métodos avaliativos, permite a identificação desses pontos com antecedência, possibilitando que as escolas se organizem para promover melhorias contínuas.
Conheça agora um pouco mais sobre a importância de uma avaliação diagnóstica e as maneiras de colocá-la em prática.

Avaliação diagnóstica: o que é?

Existem diferentes formas de avaliação de alunos em sala de aula. Apesar disso, o modelo tradicional de avaliação analisa os resultados baseado em um processo quantitativo, nem sempre dá conta de apontar onde estão as verdadeiras falhas que culminaram naqueles determinados resultados.
Diferentemente, a avaliação diagnóstica dá prioridade aos processos de ensino e aprendizagem, não se embasando em notas e hierarquizações. Ela vem como uma opção para quem busca ir além da contabilização de erros e acertos.
Com o intuito de chegar na matriz do problema, permite identificar em qual etapa — ou em quais etapas — do processo de aprendizagem ocorreu uma incompreensão por parte dos discentes, permitindo solucioná-los.
Sendo assim, esse modelo de avaliação é largamente utilizado por escolas e professores que, do início ao fim do ano letivo, querem perceber em qual momento do caminho aquele determinado aluno parou de compreender os conteúdos ou enfrentou dificuldades em assimilá-los.

Quais seus benefícios?

Além de ser considerada uma análise não punitiva, que não se resume à níveis de classificação, esse método de avaliação possibilita que a escola identifique constantemente as causas das dificuldades dos alunos e organize novas metodologias e intervenções pedagógicas específicas, que promovam a dissolução daquelas dúvidas ou dificuldades percebidas.
Ou seja, permite reparar quais formatos de aula ou quais tipos de atividades foram eficazes e quais já não foram bem recebidos pelos alunos. Além disso, sua relevância também está no fato de que, diferentemente de números esvaziados de sentido, seus resultados geram a atualização da forma de ensino, trazendo novidades para o contexto educacional institucional.
Com a avaliação diagnóstica, muitas vezes é possível observar a necessidade dos alunos em inovação, mas que ainda enfrenta resistências de implementação nos espaços escolares.
O resultado é uma participação mais ativa dos alunos, que passam a lidar com outras formas de avaliação, gerando um maior nível de aproveitamento dos diferentes saberes adquiridos. Refletindo a longo prazo em melhores resultados em vestibulares e exames nacionais, devido à fixação profunda das aulas.

Como colocar em prática?

Para realizar a avaliação diagnóstica, é importante que ela esteja inserida no planejamento pedagógico na escola como um todo. Isso porque essa avaliação não deve estar restrita ao início das atividades letivas, visto que seu objetivo é analisar o processo de aprendizagem. O ideal é que ela esteja no início, meio e fim do ano.
No começo do ano escolar, essa avaliação permite observar quais pontos não foram bem assimilados em relação aos conteúdos do ano anterior, criando, assim, um norte de início para os professores executarem as ações necessárias de correção.
Já nas avaliações no meio das atividades anuais, atuam como instrumentos para analisar se o planejamento feito pelo docente está trazendo os resultados esperados, permitindo também readaptar alguns aspectos, se necessário.
Ao final do ano, além de demonstrar os resultados do período letivo em relação aos alunos, propicia avaliar a postura adaptativa dos professores em relação à sensibilidade pedagógica para compartilhar conhecimentos levando em conta as dificuldades demonstradas pelos discentes. Veja agora as formas de promover essa avaliação contínua:

Debates em sala

Muitos conhecimentos podem ser demonstrados em debates em sala de aula, incentivando ao mesmo tempo a boa relação com as distintas opiniões existentes.
Os alunos, incentivados a falar a respeito do que sabem, demonstram pontos assimilados na escola em contraponto com suas experiências e as informações obtidas na mídia, nas redes sociais e até em conversas com seus familiares e amigos.

Produção textual

A produção de textos pode ser utilizada em diferentes disciplinas. Na língua portuguesa, é possível avaliar desde a capacidade de coesão e coerência, aos aspectos discursivos, gramaticais e de pontuação.
Os textos também podem servir para resumir o conteúdo apreendido no bimestre anterior, permitindo que os professores identifiquem quais pontos foram absorvidos e de que forma.

Esquetes e dramatizações

Breves esquetes, além de divertidas, são formas avaliativas que promovem o desenvolvimento da expressão e da postura dos alunos. Podem abordar temas específicos da história ou ainda serem boas aliadas para avaliação em letras estrangeiras, com interpretação musical, por exemplo.

Resolução de problemas matemáticos

A criação de problemas matemáticos, envolvendo diversas equações e contas, são boas opções para trabalhar os conteúdos exatos. Além disso, com problemas bem elaborados e contextualizados, fazendo referência a outras disciplinas, o aluno já vai sendo preparado para exames nacionais e vestibulares.

Jogos e dinâmicas

Tanto os jogos como as dinâmicas são capazes de exercitar o intelecto e o corpo, sendo bastante divertidos para os alunos. Podem ser utilizados em todas as disciplinas, como geografia, biologia ou física. É interessante promover um bom uso espacial e também material, para que eles sejam criativos ao desenvolver suas ideias baseados nas instruções fornecidas.
Os jogos ainda podem apresentar níveis de evolução, assim como os games digitais, demonstrando a etapa do conhecimento sobre determinado assunto em que os alunos estão. São também boas formas de promover o trabalho em equipe e a colaboração.

Ensino híbrido

A utilização do ensino híbrido pode ser também uma forma avaliativa. Ao recorrer às redes sociais, aos portais de notícias e vídeos ou aos simulados online, os professores valorizam a linguagem que tem sido utilizada hoje pelas crianças, adolescentes e jovens, e dão oportunidade às novas tecnologias.
Pode ser utilizado o laboratório rotacional ou mesmo a sala de aula invertida, com conteúdos que sejam apresentados aos colegas em um outro momento. Celulares e outros aparatos móveis são bons aliados nesses casos.
A avaliação diagnóstica se torna muito mais interessante para os alunos, além de poder ser adaptada conforme a sensibilidade dos docentes. Se você gostou desse conteúdo, aproveite para baixar nosso e-book e conhecer os segredos de um planejamento pedagógico perfeito.