TEMA DA SEMANA (1ª Parte): Metodologias Ativas
Sexta, dia 22/07/22
VÍDEO-1
ENSINO HÍBRIDO: ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES
FONTE: CIEB
PLANEJANDO A AULA
FONTE: Instituto Crescer
O que é o modelo Rotação por Estações?
Rotação por estações é um modelo sustentado de ensino híbrido no qual tanto os momentos online quanto os offline ocorrem dentro da escola. O espaço – normalmente a sala de aula – é dividido em estações, e ao menos uma delas, obrigatoriamente, é online.
Todas as estações trabalham com o mesmo tema central da aula, mas de formas diferentes e buscando contemplar todos os estilos de aprendizagem: visual, auditivo, cinestésico e leitura e escrita. Os alunos são divididos em grupos entre as estações, e devem percorrer todas até o final da aula, como se fosse um circuito.
As estações, embora se complementem devido ao tema central em comum, devem ter atividades independentes. Afinal, como cada grupo de estudantes começará o circuito a partir de uma estação diferente, não haveria como seguir uma linearidade, concorda? É importante também que o tempo em cada estação seja calculado de forma que os alunos consigam concluir as atividades propostas antes de seguir para a próxima.
Uma outra característica do modelo rotação por estações é a valorização do aprendizado colaborativo. Ele ocorre na maior parte do tempo, mas é possível também, em algum momento – de preferência na estação tecnológica – abrir espaço para o aprendizado individual, que pode se dar com pesquisas, jogos, exercícios, etc.
O professor, nesse contexto, atua na organização das estações, atividades, recursos didáticos e divisão de grupos; no esclarecimento de dúvidas; e existe a possibilidade também de ele fazer parte de uma das estações, na qual poderia provocar debates e reflexões.
Como colocar em prática o modelo Rotação por Estações
Você viu como o modelo de rotação por estações é interessante? Agora vamos ver como colocá-lo em prática! Tudo parte do planejamento das estações, e há vários aspectos envolvidos aí. Venha, vamos conferi-los:
Planejamento da quantidade de estações
Primeiro vamos falar da quantidade de estações, certo? A quantidade de estações deve levar em conta alguns aspectos:
- Deve ser o suficiente para que os alunos tenham contato com o conteúdo de diferentes maneiras, visando atingir a todos os estilos de aprendizagem.
- Deve levar em conta o tempo necessário para a conclusão das atividades em cada estação, tendo em mente que até o final da aula os alunos deverão ter percorrido todas.
- Deve levar em consideração a quantidade de estudantes da turma, priorizando a formação de grupos pequenos, de preferência de até cinco alunos.
Planejamento de espaços
Em geral, o modelo rotação por estações costuma acontecer em sala de aula, com a divisão das estações ao longo do espaço disponível. No entanto, é possível adaptá-lo para outros espaços, conforme a necessidade e disponibilidade.
Um ginásio, por exemplo, pode ser usado para a aplicação do modelo, bem como uma quadra de esportes ou até o pátio da escola. Outra possibilidade, caso a instituição possua salas vagas, é colocar cada estação em uma sala diferente. Essas estratégias são bem interessantes, especialmente, para o cenário de distanciamento social.
Caso você esteja lendo este post ainda durante esse cenário que mencionei, e o comparecimento dos seus alunos às aulas esteja ocorrendo por meio da divisão da turma em grupos híbridos, uma possibilidade seria aplicar o modelo rotação por estações com os alunos presentes e enviar outras atividades aos estudantes remotos. No dia seguinte, eles se revezariam, então todos teriam acesso a essa forma de aprendizado. Viu, tudo tem jeito!
Planejamento das atividades
Agora chegamos no “recheio do bolo”. Vamos falar das atividades para cada estação? Aqui, mais uma vez, há alguns aspectos a considerar:
- Todas as atividades das estações devem seguir um tema central.
- As atividades de cada estação devem ter começo, meio e fim, não dependendo que o aluno tenha passado por uma outra estação para entendê-las.
- As atividades devem estar em formatos variados, utilizando vídeo, áudio, leitura, escrita, materiais táteis e tarefas práticas, para que o assunto possa ser assimilado de várias formas e por todos os perfis de aprendizagem. Mais de um desses elementos pode fazer parte da mesma estação. É necessário também ter atividades que possam ser feitas de forma virtual, lembrando que uma estação, ao menos, deve ser online.
- Todo o conteúdo deve ser planejado em tempo hábil para contato/execução das atividades dentro da estação. Deixe sempre alguma margem de folga, pois nem todos os estudantes concluem as tarefas no mesmo ritmo.
Levantamento de recursos
Você viu que as atividades precisam contar com recursos em vários formatos e até ter uma parte online, não é? Então, o planejamento para a aplicação do modelo rotação por estações passa, é claro, pelo levantamento de ferramentas necessárias.
Pense em diversos aspectos:
- Vídeos – já há material disponível para ser reproduzido ou algo precisará ser gravado? Nesse caso, será preciso de uma filmadora e microfone ou a webcam dá conta de tudo? O vídeo será reproduzido aos alunos da estação em um computador, em uma televisão ou em um telão? Ele será em realidade virtual aumentada e precisará de óculos específicos? Há fones de ouvido para todos os alunos da estação, para não atrapalhar os estudantes das outras?
- Áudios – há podcasts e outros áudios disponíveis para reprodução ou algo precisará ser gravado? Nesse caso, será preciso de microfone ou dá para resolver tudo só com o gravador do celular? Há fones de ouvido para todos os alunos da estação, para não atrapalhar os estudantes das outras?
- Textos – as leituras serão de materiais físicos ou digitais? A produção textual será no papel ou no documento digital? Há computadores ou tablets para todos os alunos da estação?
- Materiais táteis – que informações podem ser passadas por meio de objetos que possam ser tocados? É possível usar materiais com aromas? A escola tem esses objetos ou é possível comprá-los ou mesmo confeccioná-los?
- Atividades práticas – quais materiais os alunos irão precisar para as atividades práticas propostas? Seria interessante criar uma estação maker? A escola tem os recursos necessários para isso?
- Tecnologia – há computadores ou tablets para a estação tecnológica? A qualidade da internet é boa? A escola possui uma plataforma com ambiente virtual de aprendizagem para que os alunos possam acessar os materiais de forma organizada e enviar tarefas digitais ao professor? Que outros recursos digitais podem vir a agregar? Haverá games? Há cadeiras com encosto nas quais os estudantes possam ficar sentados na posição correta para usar o computador?
Há várias coisas a se pensar para poder bolar estações bem ricas para o aprendizado, não é mesmo? É claro que muitos dos tópicos que você viu acima podem ser casados na mesma estação. O áudio – importante para o aprendizado de pessoas mais auditivas – por exemplo, pode ser o mesmo que sai do vídeo, ou pode ser separado, você que decide. A parte textual pode ser casada com a parte tecnológica, e a parte prática também. Todos os materiais (menos os físicos) podem estar organizados dentro do ambiente virtual de aprendizagem.
Você sabe que fazer essas junções é importante para que todos esses pontos sejam contemplados dentro do número de estações que serão montadas, certo? Afinal, temos que lembrar que as pessoas aprendem de diferentes formas, e não dá para deixar ninguém de fora do universo do saber!
Ahhhh… e é claro, você pode variar as junções que comentamos ao longo das aulas no modelo rotação por estações. Explore a criatividade! O importante é que o objetivo de aprendizagem seja alcançado, e por todos os perfis de alunos!
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FONTE: ClipEscola
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EXEMPLO DE ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES EM GEOGRAFIA
8º ANO
Conhecendo a Geografia é que se descobre e compreende o mundo! Para entender sobre os diversos aspectos demográficos da população mundial, seus contrastes e desafios, os estudantes dos 8º anos realizaram um momento de rotação por estações.
A primeira envolveu a análise de textos sobre a mortalidade infantil e as 8 Metas do Desenvolvimento do Milênio da ONU.
A segunda estação envolveu a análise de um mapa mental, um infográfico e um folder em que se destacavam os processos de envelhecimento populacional, ponto de partida para os alunos explicarem, através de um texto, quais as principais consequências econômicas e sociais do envelhecimento populacional.
Na terceira estação, os alunos receberam dados populacionais (fictícios) e tinham que construir duas pirâmides etárias e, através da análise delas, traçar um perfil socioeconômico daquelas populações fictícias em relação à qualidade de vida e acesso a serviços básicos. Neste tipo de atividade os estudantes acessam os conteúdos de maneiras diferentes, a partir de linguagens diversas.
FONTE: Colégio Apoio