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quarta-feira, 27 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - Design Thinking

  TEMA DA SEMANA (2ª Parte): Metodologias Ativas
Semana de 24/07 à 30/07
Quarta, dia 27/07/22

VÍDEO-1

DESIGN THINKING PARA EDUCADORES


FONTE: SalaOficial

VÍDEO-2

METODOLOGIAS ATIVAS NA EDUCAÇÃO - DESIGN THINKING


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COMO APLICAR O DESIGN THINKING NA EDUCAÇÃO EM 5 PASSOS

Para desenvolver a capacidade crítica e analítica dos alunos, com o objetivo de solucionar problemas ou propor novas ideias, é necessário o apoio de diversas ferramentas e métodos.

Com isso, práticas de outros segmentos também foram adaptadas para a escola, como é o caso do design thinking na educação

De forma geral, trata-se de uma abordagem que tem sido muito utilizada para identificar falhas e aperfeiçoar processos.

É também uma alternativa para promover a inovação e a criatividade, e, por ser centrado nas pessoas, tem bastante relação com o ambiente escolar. 

Neste artigo, vamos explorar mais sobre esse conceito, mostrar como o design thinking na sala de aula pode ser aplicado e os benefícios que ele traz para a prática escolar. Confira! 

design thinking é uma abordagem que visa encontrar soluções para os problemas. Na educação, ele é conhecido por incentivar a aprendizagem investigativa e segue um processo estruturado.

Tanto educadores quanto alunos atuam de forma ativa e colaborativa, gerando conhecimento e desenvolvendo a empatia.

O conceito de design thinking tem início em 1970, com a publicação do livro Experiences in Visual Thinking, do professor de Engenharia da Universidade Stanford, Robert H. McKim.

A obra propõe impulsionar o raciocínio seguindo um modo visual de pensamento fundamentado em três elementos: verimaginar e desenhar. Essa integração ampliaria os métodos de discernimento, resultando em formas mais eficientes para resolver problemas.

O termo foi popularizado por outro professor, Rolf Faste, também da mesma universidade. Faste promoveu essa ideia por meio de cursos para desenvolver as habilidades de inovação dos estudantes e influenciar a criatividade. Dessa forma, mostrou como essa técnica é relevante também na educação.

Essa abordagem, portanto, se insere entre as diversas metodologias ativas – que representam uma nova perspectiva com relação à educação tradicional. Assim, por meio de uma participação ativa o aluno se torna protagonista do próprio aprendizado.

Além disso, essa nova maneira de pensar o ensino também se relaciona aos princípios da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, que tem a proposta de um currículo único para a educação básica brasileira em que seja desenvolvido o pensamento crítico nos estudantes.

A ideia do design thinking aplicado no ambiente escolar busca melhorar a atuação de cada estudante, que passa a ter uma percepção mais real dos problemas educacionais.

Além disso, muitas vezes, seu uso se torna lúdico e a turma se identifica mais. Logo, essa interação apresenta respostas mais positivas, afinal, qual o aluno que não gosta de aprender de maneira divertida?

Nesse contexto, a utilização do design thinking na sala de aula é crucial para que as escolas consigam desenvolver o protagonismo; a comunicaçãocooperação; o pensamento científicocrítico e criativo dos alunos. 

Introduzir o design thinking na sala de aula é despertar a criatividade dos alunos, pois eles passam a criar ideias novas, por meio de processos estruturados para descobertas e experimentações.

Assim, o passo a passo para a sua utilização condiz em:

A primeira etapa visa orientar os processos, estimulando a compreensão sobre como transformar um desafio ou problema em uma oportunidade, de forma a utilizar soluções viáveis.

É essencial incentivar os alunos a praticarem observação das pessoas que estão envolvidas no problema, entendendo suas necessidades. Pode ser estruturada com alguns passos básicos:

  1. Revise o desafio junto com a turma
  2. Cada aluno compartilha o que sabe
  3. Construção de equipes
  4. Definição do público envolvido na resolução do problema
  5. Estabelecer um plano de coleta de informações
  6. Coleta de informações

A coleta de informações pode ser feita através de entrevistas ou pesquisas na internet. O que for descoberto pode ser anotadas em post-its coloridos para serem agrupadas por temas ou afinidades.

Nesta etapa, os alunos podem trabalhar as possibilidades de solução, pensando estrategicamente nos diversos cenários e desafios que podem encontrar pelo caminho.

É o momento transformar histórias e informações em insights para a resolução do problema. É fundamental todos compartilharem suas percepções e anotações que surgiram na etapa anterior.

Para facilitar o entendimento, deve-se encorajar os alunos a agrupar as informações coletadas em temas similares.

Na fase de ideação, olhamos para o todo em busca de ideias para a resolução do problema com base no que foi interpretado.

Aqui, a reflexão e a criatividade são as habilidades fundamentais praticadas pelos estudantes. Assim, eles conseguem propor boas soluções para o problema visto na etapa anterior.

Estamos buscando o maior número de soluções para o problema possível nesta etapa, sem julgamentos. É uma etapa que expande as possibilidades, por mais que sejam absurdas, elas podem abrir outros caminhos mais criativos de solução.

A etapa de ideação tem algumas regras para a geração de ideias:

  1. Evite julgamentos
  2. Encoraje ideias ousadas
  3. Construe em cima de ideias dos colegas
  4. Foco no problema
  5. Seja visual com as ideias (desenhar é o melhor)
  6. Quantidade é melhor que qualidade nesta etapa
  7. Errar é bem vindo

Elas também podem ser anotadas em post-its diferentes, mas, o importante, é fazer com que o aluno trabalhe soluções específicas para resolução do problema.

Depois da sessão de ideação, o grupo refina as ideias mais promissoras e por fim, vota nas soluções mais promissoras para seguirmos para a próxima etapa.

O momento da prototipação pela aplicação do design thinking na educação visa dar forma à ideia que responde melhor ao problema inicial.

Aqui, podem ser desenvolvidas representações visuais, separamos algumas ideias:

  1. Storyboards
  2. Modelos
  3. Diagramas
  4. Histórias
  5. Anúncio
  6. Encenação
  7. Material digital (blog, site, vídeo)
  8. Maquete

Se possível, o protótipo deve apresentar uma escala proporcional ou mesmo real.

Ao terminar a etapa de prototipação, são feitas as validações para verificar como determinada solução se aplica, obtendo feedbacks dos professores e do público envolvido na pesquisa (se houver).

Em seguida, eles podem discutir a questão de forma colaborativa, sempre pensando em evoluir a experiência e o aprendizado.

A fase de evolução dá uma perspectiva de continuidade para os alunos. Mostra como seria a aplicação do seu projeto, incentivando o protagonismo e impacto enquanto indivíduo.

Envolve planejar os próximos passos, comunicar a solução para as pessoas envolvidas e documentar o processo.

Muito importante na fase de evolução é entender e definir como vamos saber se a solução foi um sucesso.

Um dos principais benefícios da utilização do design thinking na educação é permitir que os alunos explorem novas possibilidades sobre o problema que está sendo analisado, melhorando a construção de conhecimento.

Como essa é uma abordagem centrada nas pessoas, sua relação com a sala de aula permite criar oportunidades transformadoras aos estudantes, que passam a analisar questões sob perspectivas diferentes. Dessa forma, buscam por novas soluções aos desafios encontrados.

Veja outros benefícios que o design thinking na educação oferece para o processo de ensino-aprendizagem:

  • promove a empatia;
  • desperta a motivação e o interesse;
  • favorece a cultura de inovação nas aulas; 
  • ajuda a desenvolver competências e o protagonismo do aluno;
  • incentiva a reflexão e o aprimoramento contínuo da comunidade escolar;
  • possibilita novas oportunidades de aprendizagem;
  • estimula o pensamento e a criatividade para lidar com os desafios e as transformações do mundo.

Por fim, a formação do pensamento crítico, a partir de conceitos aplicados na escola por meio dessa abordagem, servirão de suporte para diversos outros aspectos na vida dos estudantes.

FONTE: Tutor Mundi