quinta-feira, 21 de julho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS - Cultura Maker

 TEMA DA SEMANA (1ª Parte): Metodologias Ativas
Quinta, dia 21/07/22

VÍDEO-1

MOVIMENTO MAKER - APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA


VÍDEO-2

O IMPACTO DA CULTURA MAKER NA EDUCAÇÃO

VÍDEO-3

ESPAÇO MAKER


FONTE: Jeff Neutron

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O que é cultura maker e qual sua importância na educação?

Se você é adepto de pôr a mão na massa e encontrar soluções criativas para os seus problemas, sem dúvidas, está muito mais próximo da cultura maker do que imagina.

Já parou para pensar em como a tecnologia facilitou encontrar soluções práticas (e a baixos custos) para nossas necessidades cotidianas? Se antes dependíamos de produtos e serviços existentes no mercado para resolver nossos problemas, hoje é possível que você mesmo produza aquilo que precisa, com um ou dois cliques.

Estamos em um momento em que a inovação, a sustentabilidade e o compartilhamento de ideias se tornaram palavras de ordem. Mais e mais pessoas estão encontrando formas de conceber suas ideias de maneira personalizada, fugindo da escala industrial que persistiu por décadas na cadeia de produção.

Não importa a idade: a curiosidade está associada à capacidade e ao potencial de fazer, sobretudo, com o apoio dos recursos digitais. Agora, imagine o tamanho do espaço que sua escola tem para despertar o gênio inventor em seus alunos e professores?
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O que é cultura maker?

Considerado uma extensão da filosofia “Do It Yourself!”, o movimento da cultura maker apresenta a ideia de que qualquer pessoa consegue construir, consertar ou criar seus próprios objetos. Esse movimento começou a tomar forma no final dos anos 1960, absorvendo um pouco do conceito de ausência de regras e independência individual da cultura punk.

Com a revolução digital e a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos, essa ideia vem tomando conta de um grande número de pessoas interessadas em criar e compartilhar projetos pautados pela tecnologia.

De acordo com a revista Galileu Galilei, um dos entusiastas da cultura maker é o ex-presidente norte-americano Barack Obama. Ele teria afirmado que “apoiar o movimento maker é essencial para uma nova revolução industrial”.

A proposta da cultura maker é que as pessoas tornem realidade suas próprias ideias, desenvolvam as próprias tecnologias, dispositivos e ferramentas, em projetos que reforcem suas leituras da sociedade.

Essa noção pode pender tanto para o lado social ou doméstico quanto para o empresarial, mas sempre se pautando pelo cooperativismo e pelo compartilhamento de ideias.

Um dos principais exemplos de cultura maker no Brasil é a Campus Party, tida como a maior experiência tecnológica do mundo. Ela reúne milhares de jovens em torno de “um festival de Inovação, Criatividade, Ciências, Empreendedorismo e Universo Digital”, como descreve o site da organização.

Qual é a importância da cultura maker dentro das escolas?

Há tempos, o modelo tradicional de ensino se mostra desmotivador para os alunos, e promover seu engajamento tem sido um dos principais desafios impostos aos professores e à comunidade acadêmica em geral.

A cultura maker, no entanto, surge como grande aliada ao aprendizado, visto que faz da escola um amplo espaço para experimentação e prática do conhecimento.

Além de tornar a escola um ambiente colaborativo de aprendizagem, a máxima do “faça você mesmo” possibilita mais interação entre os estudantes e professores no processo de ensino-aprendizagem, algo inerente à proposta das chamadas metodologias ativas de ensino.

Nesse contexto, o professor deixa o milenar papel autoritário para assumir a condição de tutor e instigador da busca pelo conhecimento, uma vez que dialogar e testar possibilidades fazem parte de qualquer construção. A cultura maker na escola cabe desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

Com as devidas adaptações, a escola pode ser tornar um grande espaço maker ao associar o ensino à inovação, substituindo o obsoleto modelo da sala de aula tradicional. Um bom exemplo disso são as aulas de robótica, em que os alunos se tornam inventores de robôs prototipados para resolverem um problema proposto.

Dessa forma, ao mesmo tempo que é desenvolvida a interdisciplinaridade, os estudantes têm a oportunidade de colocar em prática conhecimentos que, outrora, seriam limitados ao papel e à caneta.

Valorizar a atividade maker tem duas grandes vantagens no processo de ensino-aprendizagem. A primeira delas é o abandono de práticas retrógradas que tornam a educação enfadonha para os alunos, principalmente das séries iniciais, as quais devem ser especialmente estimulantes.

Depois, mirando o Ensino Médio, é uma oportunidade de despertar, nos alunos, interesses e habilidades indispensáveis para o mercado de trabalho, como liderança, proatividade e condições técnicas para lidar com a tecnologia.

Mesmo assim, é importante ressaltar que a cultura maker não está estritamente ligada à tecnologia. Como dissemos, os processos artesanais também são abrigados nesses conceitos.

Construir uma horta nos fundos da escola, criar uma exposição permanente ou desenvolver uma engenhoca de papelão são atividades que podem gerar excelentes resultados para o aprendizado.

O que é um laboratório maker?

Os laboratórios maker, também conhecidos como espaços maker (makerspace, em inglês), são os estúdios onde os estudantes se reúnem em equipes para colaborar e trocar ideias livremente enquanto trabalham em seus projetos, criando, experimentando e testando o que funciona ou não.

Por serem áreas movidas à colaboração, a disposição dos espaços estimula que os alunos aprendam com seus pares, dividindo tarefas, pensando em conjunto e (apenas) recebam tutoria para isso, sem depender o tempo todo de instruções ou de um passo a passo do professor.

Nos laboratórios maker, são os estudantes que dirigem a ação. Para isso, eles contam com uma variedade de materiais, de papel e papelão a peças de Lego e motores, resistências e ferramentas.

Trata-se de uma mistura de materiais de arte, conjuntos de montagem, computadores e muito mais. Cada espaço tem sua própria configuração com base nas necessidades, nos interesses, nos recursos e nos objetivos da atividade proposta.

Uma escola pode construir seu próprio laboratório maker ou adaptar seus espaços para aproveitamento da melhor maneira possível. Pode ser o laboratório de Física, a sala de Robótica, a sala de Artes, espaços como o pátio, o jardim ou até ou um ateliê de artesanato.
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FONTE: Lyceum