domingo, 1 de outubro de 2017

A EFICÁCIA DO LÚDICO COMO MÉTODO DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

Atividades lúdicas são indispensáveis para uma boa prática pedagógica é
um elemento de inteiração social e propagação da cultural. São de fundamental
importância e indispensáveis para o desenvolvimento e amadurecimento psicólogo,
social e cultural de uma criança. Assim, o educador deve estar preocupado em
buscar caminhos para: 
Inclusão de projetos de Entretenimento, de jogos lúdicos, nas aulas das crianças da
educação infantil. 

Quais são as metodologias utilizadas para a inserção de jogos apropriados para essa
determinada idade? 
De que forma a realidade é levada para dentro da escola, trabalhando com o lúdico? 
Nossas escolas estão preparadas para elaborar programas que possam conter no 
campo técnico brincadeiras e jogos, para as crianças aprenderem de uma forma mais 
inovadora? 

Na Educação Infantil, as crianças compartilham um conjunto de situações regulares 
em sua forma e frequência, que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das 
crianças na escola e para a progressiva construção de valores significativos na interação 
social, como a autonomia e a cooperação. Propor um espaço para brincar e conviver 
com os outros, a Educação Infantil destaca-se a interação com os diversos aspectos da
cultura como eixo estruturante da aprendizagem nesse segmento escolar. 

Não devemos negar que a escola tenha também o seu lado sério, o problema é a forma 
pela qual ela interage com as crianças. O fato de apresentar-se séria não quer dizer que 
ela deva ser rigorosa e castradora, mas que ela consiga penetrar no mundo infantil para 
a partir daí, poder desempenhar a sua real função de formadora afetivo intelectual. 

É necessário que a mesma valorize a seriedade na busca do conhecimento, resgatando o 
lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo reduzir a aprendizagem ao que é apenas 
prazeroso em si mesmo. Muitos projetos, tantas teorias, busca por uma metodologia 
melhor e mais adequada, umas que são criadas e outras que são renovadas e mesmo a
ssim os professores continuam insatisfeitos com os resultados e os alunos não se 
sentem atraídos pela aprendizagem. 

A educação lúdica sempre esteve presente em todas as épocas entre os povos e 
estudiosos, sendo de grande importância no desenvolvimento do ser humano na 
educação infantil e na sociedade. Os jogos e brinquedos sempre estiveram presentes 
no ser humano desde a antiguidade, mas nos dias de hoje a visão sobre o lúdico é 
diferente. Implicam-se o seu uso e em diferentes estratégias em torno da pratica no 
cotidiano. 

Brincando, a criança vai construindo os alicerces da compreensão e utilização de 
sistemas simbólicos como a escrita, assim como da capacidade e habilidade em 
perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança no outro. Esse 
processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com 
a própria mãozinha e, mais adiante, com a mãe.
Assim como aos poucos vai coordenando, agilizando e dotando seus gestos de 
intenção e precisão progressivas, vai aprendendo a interagir com os outros,
 inclusive com seus pares, crescendo em autonomia e sociabilidade. (OLIVEIRA, 2002,). 

Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado de prazer, o que leva à 
descontração e, consequentemente, ao surgimento de novas ideias criativas que 
facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes e inconscientes, 
favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida. 

Diante disto, a escola precisa se dar conta que através do lúdico as crianças têm 
chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo. O lúdico deve ser 
considerado como parte integrante da vida do homem não só no aspecto de 
divertimento ou como forma de descarregar tensões, mas também como uma 
forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na realidade social. 

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantindo se o
 educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um
 profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica,
 condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar
 isso adiante (ALMEIDA, 2000, p.63) 

Por meio de uma brincadeira de criança, pode-se compreender como ela vê e 
constrói o mundo o que ela gostaria que ele fosse quais as suas preocupações 
e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que tem 
dificuldade de traduzir em palavras. 

Nenhuma criança brinca espontaneamente só para passar o tempo, embora ela
e os adultos que a observam possam pensar assim. Mesmo quando participa de 
uma brincadeira, em parte para preencher momentos vagos, sua escolha é motivada 
por processos internos, desejos, problemas, ansiedades. O que se passa na mente 
da criança determina suas atividades lúdicas brincar é sua linguagem secreta, que 
devemos respeitar mesmo que não a entendemos. 

No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima de seu 
comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças manifestam 
certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade. Nesse sentido, a 
aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a aprendizagem
 desperta vários processos internos de desenvolvimento. 

Deste ponto de vista, aprendizagem não é desenvolvimento; entretanto o aprendizado 
adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento 
vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de
 acontecer (VYGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 132). 

O jogo permite a expressão ludo-criativa, podendo abrir novas perspectivas do uso 
dos códigos simbólicos. Mas, para que estas ideias se consolidem, é importantíssimo
 compreender os diferentes estágios de desenvolvimento mental infantil e adequar 
os brinquedos às potencialidades das crianças e, sobretudo, buscar diversificá-los c
om o objetivo de explorar novas inteligências e áreas ainda não desenvolvidas. 
É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no
 brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir 
numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e 
não por incentivos fornecidos por objetos externos (Vygotsky (1989: 109) 

As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona 
de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a
 importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky. No processo da educação
 infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, 
disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da 
construção do conhecimento. 

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do 
conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da 
brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva 
da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada vez mais as 
vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com 
outras crianças. 

Pelo ato de brincar, a criança pode desenvolver a confiança em si mesma, sua i
maginação, a autoestima, o autocontrole, a cooperação e a criatividade, o brinquedo 
revela o seu mundo interior e leva ao aprender fazendo. A escola que respeitar este
 conhecimento de mundo prévio da criança e compreender o processo pelo qual a
 criança passa até alfabetizar-se, propiciando-lhe enfrentar e entender com maior
 tranquilidade e sabor os primeiros anos escolares poderá ser considerado um 
verdadeiro ambiente de aprendizagem. 

A Educação Infantil para ser efetiva deve promover simultaneamente, o desenvolvimento
 de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria 
da qualidade do ensino aplicado. Utilizam-se como laboratório, os recursos naturais
 e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente 
até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta. 

A pesquisa apresenta o método de investigação qualitativa, pois busca investigar como a aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver ligada às situações da vida real , do 
meio em que o aluno vive e da disposição do professor. Baseando-se na importância d
 lúdico com crianças de cinco anos este trabalho servirá para esclarecer duvidas de 
como é empregado no cotidiano na educação infantil, verificando também se existe nas
 crianças alguma dificuldade na assimilação da aprendizagem durante o desenvolvimento
 de alguma atividade. 

Assim, ela é uma Pesquisa / Ação, visto que, a averiguação e coleta de dados para a 
pesquisa se da com pesquisa de campo: Em escolas distintas procurarei uma professora 
da Educação Infantil que usa frequentemente o lúdico na sua prática pedagógica e 
outra que tradicionalmente usa métodos tradicionais. Além do que, serão realizadas
 oficinas de jogos, elaboração de brincadeiras, exercícios e jogos teatrais e jogos 
coletivos de variados temas, sempre voltando para a realidade de cada aluno. 
"A brincadeira e a aprendizagem não podem ser consideradas como ações com objetivos
 distintos. O jogo e a brincadeira são, por si só, uma situação de aprendizagem. As
 regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais. Nos
 jogos e brincadeiras a criança age como se fosse maior que a realidade, é isto 
inegavelmente contribui de forma intensa e especial para o seu desenvolvimento. 
(VYGOSTSKY apud QUEIROS, MARTINS, 2002,p.6.)
José Rogério da Silva