sábado, 24 de agosto de 2019

COMO ALINHAR A EDUCAÇÃO 4.0 AO PROJETO DE VIDA DOS ESTUDANTES

Promover o desenvolvimento de habilidades socioemocionais é tão importante quanto garantir que seu aluno embarcou na inclusão digital

Cada vez mais, nossos jovens chegam ao final da escolarização sem um projeto de vidadefinido. Isso significa que eles têm dificuldade para identificar o que precisam fazer para se conhecer, desenvolver e como usar essa informação para avançar na escola, na carreira e na vida. Na paralela, a tendência de crescimento da inclusão digital – que inclui a Educação – nos coloca num momento em que temos uma grande quantidade de aplicativos, vídeo aulas e gerenciamento de lições que também impulsionam o mercado de aprendizagem online. É isso, a Educação 4.0 chegou para ficar!
É nesse contexto que startups de Educação estão crescendo e chegando a mais estudantes. A Matific, que traz gamificação para o ensino de Matemática é um claro exemplo, assim como a Arvore de Livros, que traz uma boa variedade de livros que o professor pode trabalhar com os alunos em sala de aula.
Compreender esse cenário atual é essencial para fortalecer o aprendizado em sala de aula, mas é importante dizer que ele deve ser acompanhado do desenvolvimento das habilidades socioemocionais – que são fundamentais para ensinar esses jovens a lidar com anseios e necessidades. Afinal, essas meninas e meninos vão circular em ambientes de trabalho digital, muitas vezes antes mesmo de aprender a ler e escrever.
Então, professor, é fundamental compreender o seu papel na Educação 4.0, que é mediar a informação e conhecimento, ser parceiro do estudante e permitir que descubra seu caminho.
Segundo dados da HolonIq, plataforma que reúne dados globais sobre Educação, os gastos em tecnologia educacional estão em ascensão. A expectativa é dobrar para US $ 341 bilhões no período de 2018 a 2025 e esse é o momento de perguntar aos nossos jovens o que eles querem ser. A escola é um espaço privilegiado para que isso ocorra.

Robótica, comunicação e empatia

A quarta revolução industrial nos mostra um mundo remodelado pela inteligência artificial, robótica e outros avanços tecnológicos. Um relatório do Fórum Econômico Mundialobserva que 65% das crianças que ingressam na primeira etapa da escolarização terão empregos que ainda não existem e para os quais sua Educação irá prepará-los.
Um dos pilares para o trabalho com a tecnologia é compreender a capacidade de aprender e se adaptar. Para isso, a Educação precisa trabalhar com o pensamento computacionalcultura makerrobóticaletramento digitaltecnologias da informação e comunicação. O professor tem que trabalhar com competências socioemocionais – colaboração, empatia, resoluções de problemas, autoconhecimento, autocuidado –, mas também com competências híbridas, como criatividade e pensamento crítico.
Em textos anteriores sobre Educação 4.0, eu explorei formas de alavancar a aprendizagem e, principalmente, como levar essas experiências para a sala de aula. Essa intencionalidade deve ser acompanhada de objetividade na conversa com o aluno, deixando claro qual é o propósito e o que se pretende com essas atividades – mostrando como estão relacionadas com o desenvolvimento de competências que fariam toda a diferença em sua vida.
A tecnologia se torna uma aliada real a dar sentido ao projeto de vida de meninas e meninos, ao conferir interatividade ao processo. Mas, principalmente, ao permitir o trabalho de habilidades e competências de como nos relacionamos com o mundo, com o outro, com o ambiente, ao experienciar trabalhos com as tendências digitais, que partem do interesse pessoal, tornando o aprendizado significativo e despertando e preparando esses jovens para a vida.
É uma reflexão que todos nós, professores, precisamos realizar para ter clareza de onde estamos e onde pretendemos chegar com a Educação 4.0, sem esquecer que as pessoas são e serão sempre o centro desse processo.
E você, querida professora, como lida com essas questões em sua escola? Conte aqui nos comentários.
Um abraço,
CRÉDITO: Nova Escola