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sábado, 19 de outubro de 2019

5 DICAS PARA INSPIRAR A CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO "MAKER" NA SUA ESCOLA

A professora Débora Garofalo desmistifica a ideia de que é necessário um alto investimento para montar um espaço mão na massa

Já pensou em criar um clube ou organizar um espaço mão na massa em sua sala de aula para experimentar a cultura maker com os alunos? Geralmente, quando pensamos em projetos de tecnologia e cultura maker associamos à ideia de que precisamos ter um grande aparato de materiais eletrônicos para tocar esses projetos. Eu quero desmitificar essa ideia neste texto!

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Você pode ter o seu próprio espaço e iniciar com materiais simples que incentivem o espírito criativo. Entre esses materiais estão papelão, canetinha, massinhas, retalhos de madeira, fitas, lâmpadas de leds, baterias, motores de 6V e outros objetos que irão auxiliar os estudantes a dar vida à invenções e criações, seguidos de storytelling (contação de histórias).

Pilares para o clube (ou canto) mão na massa


 

Por onde começar

É necessário compreender que os tempos mudaram e nossas crianças têm a necessidade de explorar sua imaginação. Nós, professores, temos que olhar para a aprendizagem criativa como uma grande possibilidade para alancar a aprendizagem que perpassa pelas mãos. Abaixo, compartilho cinco dicas para inspirar a criação do seu espaço maker:
1) Inclua o tema no seu planejamentoAcrescente no seu planejamento, um dia na semana e ou em uma aula o “dia mão na massa”. Ofereça problemas, para que os alunos possam achar as soluções com materiais não estruturados.
2) Reorganize o mobiliárioDeixe o espaço acolhedor e colaborativo. Junte mesas, permita que os estudantes trabalhem em grupo. Lance temas geradores, mas deixe que as crianças escolham os seus temas a serem trabalhados dentro do tema gerador. Faça perguntas norteadoras e que agucem a problemática a ser resolvida.
3) Considere o erroO erro faz parte do processo e é um importante aliado para consolidar os aprendizados. Muitos projetos mão na massa podem não dar certo (ou sair exatamente como o esperado) – como o led não acender ou queimar pela ausência do resistor. É essencial, compreender com os estudantes esses erros, refletindo e intervindo sobre eles.
4) Exercite a criatividade com os materiaisQuem nunca fez uma caixa de papelão virar uma casinha ou foguete? Permita exercitar a criatividade e a inventividade com materiais não estruturados. Os estudantes têm a liberdade de mexer com canetinha, tesoura, estilete, ferramentas e materiais eletrônicos low tech (baixo recurso), como leds, motores, conectores e outros.
Separe esses materiais por caixa e etiquete separando por cores. Considere nessa organização a questão da segurança – aqueles materiais que os alunos podem mexer sozinhos, os que precisam de supervisão e aqueles que não podem mexer sozinhos. Isso depende da idade e da autonomia.

Crie estações de trabalho, como o canto da costura, o canto do bordado, o canto das ferramentas e deixe os estudantes decidirem qual o canto preferido. Também vale um canto para mexer com o ferro de solda, cola quente, morsa e outros equipamentos que sejam necessários. Esse canto pode ser acompanhado por instruções de segurança e de uso, com imagens ilustrativas, fixados em cartazes e ou plastificados no espaço para serem consultados facilmente.
5) Busque inspirações
Há muitos professores e grupos se aventurando pelo mundo mão na massa. Pesquisar quem está fazendo e conhecer esses trabalhos pode ajudar a reunir ideias e inspirar seu próprio trabalho. Uma sugestões é, por exemplo, a Rede Mão na Massa, que reúne informações de como montar atividades e que tem como parceiros o MIT Media Lab e o Programaê. Nele, o professor pode preencher um formulário e receber informações sobre atividades e outros espaços mão na massa de sucesso.
E você, querido professor, possui o seu espaço mão na massa? Conte aqui nos comentários e ajude a inspirar outros professores.
Um grande abraço,
Débora Garofalo
CRÉDITOS: Nova Escola