quinta-feira, 7 de setembro de 2017

QUADRO DE HORÁRIOS: A DIFÍCIL TAREFA DE GERIR PROFESSORES, ALUNOS E TURMAS.

Quem não vive a rotina de uma escola pode pensar que, quando um ano letivo começa, basta continuar no mesmo ritmo que estava no anterior e tudo acaba bem. Porém, quem trabalha nesse meio sabe que as coisas são bem diferentes. Ano novo, turmas novas, alunos transferidos, alterações nos horários disponíveis dos professores, mudanças de salas para que fiquem de acordo com o número de alunos da turma, dentre outras preocupações. E para quem ficam essas tarefas? Para o diretor da escola. O quadro de horários requer tempo e cuidado para que fique perfeito. Pensando nisso, fizemos este post. Mostraremos possíveis dificuldades e também dicas para a realização desta tarefa!

Dificuldades na hora de montar o quadro de horários

O quadro de horários é algo muito importante, pois interfere na rotina de alunos e professores e altera diretamente a satisfação e o sistema de aprendizado. É comum, ao pegar uma planilha em branco, o gestor ficar na dúvida: por onde começar?
Nos primeiro anos do ensino fundamental, a tarefa é mais simples. Isso porque, na maioria das escolas, os únicos docentes que se movem entre uma turma e outra são o de educação física e o de artes. Porém, no restante do ensino fundamental e no médio, a troca de professores é grande, o que torna o trabalho muito mais complicado.
A maioria dos diretores prefere montar a grade em um mural grande, para ficar mais fácil verificar o resultado e fazer alterações. Afinal, é preciso trabalhar para preencher todo o horário de todas as turmas e, ao mesmo tempo, não deixar os professores com janelas. Há também professores que lecionam em mais de uma escola e têm um ou dois dias na semana para dar todas as aulas na sua instituição. Ou seja, há pouca flexibilidade para os horários deles. Sem contar que, quando há aulas práticas separadas e a escola só possui um laboratório, o horário de uma turma não pode coincidir com o de outra.
Quando as aulas de educação física são realizadas no mesmo horário das demais, entra outra dificuldade. Claro que, com a existência de um vestiário no colégio, os alunos podem tomar banho antes de voltar para a aula, mas isso, muitas vezes, acaba por atrasar a seguinte. Por isso, sempre que possível, a educação física deve ficar encaixada nos últimos horários.
Escolher por colocar ou não aulas duplas também é uma questão a ser considerada. Dependendo da disciplina e do decente, a aula dupla pode até ser interessante para que o professor consiga dar um maior volume de conteúdo e, ao mesmo tempo, possa dar uma aula prática, por exemplo. Ciências, Biologia, Física e Química podem ser matérias interessantes para que, pelo menos uma vez por semana, tenham aula dupla.

Dicas para a hora de montar o quadro de horários

Observar o ano anterior é um bom começo. Veja quais foram as dificuldades apontadas pelos alunos, se eles se queixavam de sono na primeira aula, se a volta do recreio era um problema ou se as aulas duplas acabaram se tornando um desafio complicado para alguns dos docentes.
Procure colocar os professores que têm maior domínio sobre a turma no período que os alunos ficam mais agitados, como na volta do intervalo, e evite aulas duplas para os professores que têm mais dificuldade de manter os alunos quietos. Depois, veja os professores que têm menos horários disponíveis, para encaixá-los nos dias vagos.
Nas turmas mais agitadas, evite aulas duplas, a não ser no caso da necessidade devido à prática, como falamos. Outra disciplina interessante para ter aulas duplas é a de educação física. Caso você não consiga encaixá-las nos últimos horários, com a aula dupla ficará mais fácil para que o professor se planeje, de maneira que os alunos possam tomar banho antes de voltar para as outras classes, sem se atrasar.
O bom senso e o diálogo são necessários nesses momentos. Por isso, nunca deixe de prestar atenção na rotina da sua escola antes de começar a mexer no quadro de horários. Muitas vezes, um software é um bom aliado nesse processo.