Isso significa que na educação integral, além do desenvolvimento cognitivo privilegiado no modelo educacional tradicional, a educação passa a se ocupar também das demais dimensões do desenvolvimento humano.
Compreende-se, inclusive, que o desenvolvimento intelectual depende das demais dimensões para acontecer na sua plenitude: por exemplo, um corpo limitado na sua expressão ou uma sociabilidade comprometida impactam diretamente nos processos cognitivos.
Para a pesquisadora e fundadora da Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente (NECA), Isa Maria Guará, “essa perspectiva compreende o homem como ser uno e integral, que precisa evoluir plenamente num processo de educação que se articula com o desenvolvimento humano”.
Nesse sentido, a educação integral se concretiza em propostas que integram diferentes tempos, espaços e agentes educativos para além da sala de aula, das disciplinas e do professor. Essas diferentes interações permitem que os estudantes acessem e experimentem linguagens, contextos e ritmos diversificados que permitem o desenvolvimento de capacidades físicas, sociais, afetivas, além das intelectuais.