Os termos currículo em espiral e aprendizagem por descoberta surgiram
segundo os modelos concebidos pelo psicólogo Jerome S. Bruner, com
clara influência piagetiana, a partir da década de 60, nos EUA.
De acordo com a proposta educacional de Bruner, é possível ensinar
qualquer assunto, de uma maneira honesta, a qualquer indivíduo, em
qualquer estágio de desenvolvimento, desde que se leve em consideração
suas diversas etapas de desenvolvimento intelectual. Pois, para Bruner, o
que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura e o modo de
representá-la para o aluno.
Partindo desse pressuposto, o ambiente de aprendizagem por descoberta
deve proporcionar alternativas / resultados para percepção do aprendiz,
com relações e similaridades entre ideias que não foram previamente
reconhecidas. Dessa forma, o aluno tem oportunidade de ver o mesmo
tópico mais de uma vez, em diferentes níveis de profundidade e em
diferentes modos de representação.
Para Bruner, as fases de
desenvolvimento de um indivíduo ocorrem em seu ambiente e se manifestam
em três modos: representação ativa, representação icônica e
representação simbólica – a primeira, caracterizada pelo manuseio da
ação, a segunda, pela organização perceptiva de imagens e a terceira,
pela utilização de símbolos.
O ambiente de aprendizagem por descoberta propõe que o educador
facilite e ordene os processos de representação por parte do aluno, para
que ele se sinta estimulado a explorar alternativas. Conforme revelam
os três fatores envolvidos no processo de exploração de alternativas de
Bruner: ativação (dá inicio ao processo, curiosidade), manutenção (o
mantém no processo) e direção (evita que seja caótico).
Isso posto, a forma de conhecer do indivíduo dentro de uma disciplina
de ensino passa a compreender os fundamentos da matéria, do fenômeno e
prevê sua rememoração futura. Além de proporcionar reexame constante do
que foi aprendido com sua habilidade de dominar um assunto
(representações icônicas, lógicas e simbólicas); de economia,
relacionada à quantidade de informação a ser conservada na mente, a ser
processada ou entendida em novas proposições; e de potência afetiva,
pela capacidade de relacionar assuntos aparentemente distintos.
Contudo, em um ambiente de aprendizagem por descoberta, é necessário
que as atividades sejam significativas para o indivíduo naquele momento,
utilizando formas de reforços naturais que indicam o conhecimento por
prazer, ao contrário de reforços arbitrários.
Eliane da Costa Bruini
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL
FONTE:
Brasil EscolaNova postagem
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