segunda-feira, 26 de junho de 2017

GÊNERO CRÔNICA EM SALA DE AULA

Os diversos gêneros devem ser contemplados nas aulas de Língua Portuguesa. A crônica em sala de aula pode ser abordada de maneira interessante e produtiva com os alunos.

Professor, o trabalho com os diversos gêneros literários em sala de aula é muito importante. Muitas vezes privilegiamos um tipo de texto em detrimento de outro, o que em pouco contribui para a formação literária de nossos alunos. Sendo assim, alguns gêneros podem ser ricamente trabalhados. Utilizar a crônica em sala de aula, por exemplo, pode trazer resultados positivos para o processo de ensino e aprendizado.
A palavra crônica denuncia as características do gênero: do grego Chronikós, advém de Cronos, deus grego que simbolizava o tempo. No início da era cristã, a palavra chronica nomeava a narração de histórias cujos acontecimentos se davam em ordem cronológica, sendo assim, um breve registro de eventos. O molde perpetuou-se, e é imediata a associação da crônica aos fatos do cotidiano, contados de maneira breve, relatando curtos períodos de tempo, geralmente sucedidos em não mais que um dia. Por apresentar características bem demarcadas, dificilmente lemos um texto desse gênero sem o perceber, suas particularidades são notáveis, o que pode ajudar os alunos em seu reconhecimento. Por serem curtas, podem ser contempladas sem prejuízo de tempo, além do mais, representam situações ligadas ao cotidiano das pessoas, estabelecendo uma sintonia interessante com a turma, já que seu objeto é próximo às questões triviais do dia a dia.
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Ao trabalhar a crônica em sala de aula com seus alunos, eles deverão ser informados dos pontos de contato existentes entre a crônica e o gênero jornalístico, formando assim o que chamamos de gênero híbrido, por apresentar características próprias tanto do jornalismo quanto da Literatura. Faça a interpretação do texto sugerido e peça que a turma identifique os principais elementos que o classifiquem como uma crônica. Lembre-se de que na crônica há espaço para o humor, a crítica social e política, assim como para as digressões líricas do autor, visto que ela não precisa estar necessariamente vinculada a um tempo historicamente determinado e à narração sucessiva dos fatos.
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Por Luana Castro
Graduada em Letras