Fazer
tudo ao mesmo tempo não é uma ideia tão boa quanto parece. Está na hora de você
lidar com as distrações digitais
O mundo é feito de telas. As distrações digitais
lutam com a nossa necessidade de aprender. O problema é que fazer várias coisas
ao mesmo tempo, como encoraja a tecnologia, não é uma ideia tão boa quanto
parece. Vários pesquisadores já comprovaram o fato de várias maneiras
diferentes.
O
pesquisador Clifford Nass,
da Universidade de Stanford, foi
o pioneiro em pesquisas de como o ser humano interage com a tecnologia. Ele
conduziu diversos estudos em que pessoas realizam várias atividades cognitivas
ao mesmo tempo, como falar ao telefone, assistir à televisão e trabalhar no
computador. O resultado foi simples: as pessoas vão mal nisso. Na verdade, elas
estão passando de uma tarefa para a outra rapidamente, não trabalhando
simultaneamente, e assim nada consegue a devida atenção.
Por
outro lado, performance não é a mesma
coisa que aprendizado.Joo-Hyun Song, um psicólogo
trabalhando com Patrick Bédard na Universidade
de Brown, descobriu que quando as pessoas aprendem habilidades
motoras enquanto distraídas, as duas são internalizadas. Isso pode criar um
aprendizado melhor, principalmente se você tem que lembrar fatos em um ambiente
diferente. “Quando pilotos estão aprendendo a lidar com situações de
emergência,” diz o doutor Song, “é melhor que eles o façam enquanto estão
cercados por distrações.”
Mas a
técnica deve ser usada com cautela. “Se você fizer uma prova enquanto fica no
Twitter, então claro, estude com o Twitter ao lado. Mas antes negocie com o seu
professor. Aliás, eu nem deveria falar nada disso.”
Já para pessoas que se distraem facilmente, a dica é
fazer algo pequeno para resolver a situação. Música
baixa pode ser a distração que uma pessoa sem foco precisa para prestar atenção
na tarefa em mãos. Se o
estudante tenta se focar demais, paradoxalmente, ele pode acabar criando uma
distração maior ainda.
Outro estudo
aponta que todas as facilidades da tecnologia podem, na verdade, estar
prejudicando estudantes. O estudo feito em Princeton em 2014 mostrou que fazer
anotações à mão é muito mais eficiente do que digitá-las. Anotando à mão a
pessoa usa menos palavras, mas conseguem se lembrar de conceitos com mais
facilidade. “Pessoas que tomam notas no computador estão transcrevendo, e as
pessoas com um caderno costumam selecionar melhor o que é anotado”, diz
Jonathan Zimmerman, professor da Universidade da Pensilvânia. “Uma parte
importante de aprender é ordenar as coisas, e você faz isso melhor quando toma
notas.”
Fonte: Universia Brasil